Na minha faxina do escritório encontrei, dentro de um caderno, um texto que havia escrito quando papai faleceu. Não me lembrava que havia escrito essas palavras, que ficou muito tempo arquivada e esquecida. Agora faço o registro para não perder mais. Eis o texto.
"Com a morte de meu pai fecha-se um ciclo afetivo na minha vida. Perdí uma pessoa que me queria bem, profundamente. Morreu um homem bom. Um pouco orgulhoso, teimoso em demasia, mas bom! Um homem amargurado, muito solitário. viveu demasiadamente sua solidão e suas angústias. Resistiu muito. Bom pai. Morreu novo, mas morreu tarde, há tempos que não queria mais viver, já tinha deixado "cada coisa em seu lugar", como no poema de Bandeira. já se achava satisfeito com sua passagem por este mundo. 4 filhos criados, todos já casados e com filhos, que lhe deram 10 netos. Não queria mai nada. Só morrer, sem dá trabalho a ninguém. E assim aconteceu. Morreu só, num quarto de hospital. meu pai, INÁCIO FERNANDES DESIDÉRIO, uma criatura sofrida. Um homem bom, que não servia mais prá muita coisa, a não ser para ser bom, como no poema. Seu Desidério. Agora só uma lembrança. (MIF)
Inácio Fernandes Desidério (02/02/1925 - 28/07/1987).
Era filho de : Antônio Desidério Fernandes Filho e Maria Salomão Freire.
"Com a morte de meu pai fecha-se um ciclo afetivo na minha vida. Perdí uma pessoa que me queria bem, profundamente. Morreu um homem bom. Um pouco orgulhoso, teimoso em demasia, mas bom! Um homem amargurado, muito solitário. viveu demasiadamente sua solidão e suas angústias. Resistiu muito. Bom pai. Morreu novo, mas morreu tarde, há tempos que não queria mais viver, já tinha deixado "cada coisa em seu lugar", como no poema de Bandeira. já se achava satisfeito com sua passagem por este mundo. 4 filhos criados, todos já casados e com filhos, que lhe deram 10 netos. Não queria mai nada. Só morrer, sem dá trabalho a ninguém. E assim aconteceu. Morreu só, num quarto de hospital. meu pai, INÁCIO FERNANDES DESIDÉRIO, uma criatura sofrida. Um homem bom, que não servia mais prá muita coisa, a não ser para ser bom, como no poema. Seu Desidério. Agora só uma lembrança. (MIF)
Inácio Fernandes Desidério (02/02/1925 - 28/07/1987).
Era filho de : Antônio Desidério Fernandes Filho e Maria Salomão Freire.
Um comentário:
Que lindas palavras Marcão... Fiquei emocionada. Seu pai partiu novo. O meu pai fez 59 e peço muito a Deus que ele demore a ir.Amo demais ele.Beijo grande.
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