domingo, 28 de abril de 2013

AMAURY RIBEIRO PARA A ABL




Pelo seu Privataria Tucana, que o Procurador Geral da República e o STF, teimam em desconhecer.(MIF)

JÁ DIZIA O POETA QUE O BRASIL NÃO ACABA EM ABRIL. HÁ OUTUBROS!

Compartilho excepcional artigo do Saul Leblon, publicado no Carta Maior (MIF)


 Dias de Abril: o piloto sumiu?
 Por Saul Leblon.

 Há três semanas, o conservadorismo comanda as expectativas do país. O carnaval do tomate e a furor rentista marcaram a segunda quinzena de abril. Deu certo. No dia 17, o BC elevou os juros. Ato contínuo, vários indicadores desautorizaram as premissas da terapia ortodoxa. Os preços dos alimentos – não o único, mas um fator sazonal importante na pressão inflacionária – perderam fôlego. O do tomate desabou.
 Não apenas isso. O cenário internacional desandou. Recordes de desemprego na Europa vieram se somar à deflação das commodities, ademais da decepção com a velocidade da retomada nos EUA. Tudo a desaconselhar o arrocho pró-cíclico evocado pelos especialistas em incursões aos abismos e às bancarrotas.

 Há cinco anos eles advertem que a resistência do Brasil à crise é um crime contra o mercado. (Leia também: ‘O Brasil é um crime contra o mercado’) Nenhuma voz do governo ou do PT soube salgar o diagnóstico conservador com a salmoura pedagógica das evidências opostas. Dilma poderia ter ido à TV. É sua responsabilidade esclarecer a opinião pública quando o futuro do país esta sendo ostensivamente jogado na sarjeta das manipulações. Não significa mistificar os problemas de uma transição macroeconômica difícil rumo a um novo ciclo de investimento. Mas, sim, separa-los de interesses que não são os da nação.

As ferramentas macroeconômicas não tem partido. Mas a forma de combina-las, a dose e a direção, dependem de opções políticas mediadas pela correlação de forças. Um pedaço da correlação de forças se define no diálogo com a sociedade. Disputar as expectativas, em certos momentos, é tão decisivo quanto ajustar as linhas de passagem entre um ciclo e outro.

 Um governo que toma decisões ancorado em diálogo direto com suas bases, e apoiado por elas, irradia uma capacidade de comando que desencoraja o assalto conservador. Se Lula ficasse mudo em 2008, o jogral pró-cíclico faria do Brasil um imenso Portugal .

 O quadro hoje é outro? Sempre é outro. É para isso que existe governo. Se a história fosse estável e previsível , bastariam burocracias administrativas. Veio a terceira quinzena de abril. Enquanto o PT se preocupa com Eduardo Campos, o verdadeiro partido oposicionista alimentava um clima de dissolução institucional. É só aquecimento: o lacerdismo togado e seu diretório midiático podem muito mais. A pauta da ‘caça ao Lula’ voltou às manchetes. Grunhida pela boca do casal Roberto Gurgel e esposa, sub-procuradora Claudia Sampaio.

 Estamos em linha com a nova tradição latino-americana. A implosão institucional de governos progressistas tem no lacerdismo togado um laboratório de ponta no país. São sucessivas as contribuições ao modelo. Na desta semana, o STF desautorizou o Congresso a analisar a PEC sobre novos partidos, subtraindo espaço do Legislativo na divisão dos poderes. A ideia de um Judiciário que diga ao Congresso o que ele pode e o que ele não pode discutir e votar é estranha à democracia. Mas não ao método conservador, que pauta um Brasil cada vez mais explícito, à direita, em seus duetos e sintonias .

 Respira-se a certeza da impunidade associada à supremacia asfixiante do poder de difusão conservador. Avulta daí a progressiva desenvoltura de personagens que se dispensam do recato e da liturgia observada nos velhos conspiradores. Joaquim Barbosa se manifesta como uma extensão de Merval Pereira. E vice-versa. Gurgel acossa Lula e agasalha o líder de Carlinhos Cachoeira no Congresso, Demóstenes Torres, com uma aposentadoria de R$ 22 mil. E ninguém dá gargalhadas. Como diz o senador Requião, falta humor à crítica política.

 Falta também capacidade de se escandalizar. Um delegado ex-integrante do aparato da ditadura diz que Otávio Frias e Sergio Fleury eram parceiros de teoria e prática. Tomavam chá das cinco no DOPS. Dá para acreditar? Dá para ter certeza de que as veladas ligações entre o dispositivo midiático e a ditadura precisam ser investigadas. Por uma comissão de verdade. Quem se dispõe? Silêncio constrangedor.

 O ministro Mercadante defende a Folha e o ‘seu’ Frias – como ele se refere ao falecido pai de Otavinho, em nota tocante. (Leia o artigo demolidor de Paulo Nogueira, do blog do Centro do Mundo; nesta pág.) Toffoli, ministro do Supremo, dá ultimato à Câmara: os representantes do povo tem 72 horas para explicar o que estão pretendendo com a PEC-33 que determina que algumas decisões do STF sejam submetidas ao Congresso e eleva de seis para noves votos o quórum do Supremo ao invalidar emendas constitucionais do Legislativo.

 Paulo Bernardo alia-se ao oligopólio da mídia .
 A Secom sustenta a Globo.
 E o sub do sub do Banco Central vai discursar no Banco Itaú, espécie de diretório informal do PSDB. Prega o choque de juros
 O piloto sumi
 Esse filme não é no
 E nunca acaba bem

FECHANDO O ÚLTIMO DOMINGO DE ABRIL


Luizinho Calixto nos seus 8 baixos, executando dois clássicos da nossa música: Saxfone Porque Choras e Escadaria. Uma beleza!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

PBSM EM SÃO BENTO - MA



Tudo fluindo em São Bento na capacitação da equipe da AGERP, que irão trabalhar com o Plano Brasil Sem Miséria no Território Campos e Lagos no Maranhão. Nossa equipe de moderadores e instrutores está sendo coordenada pela Aládia Fregolente, da EMATER de Ji Paraná em Rondônia e está composta por Alexandre (Carioca), modeador; Kátia e Marcão. (Turma 2). A outra equipe está composta por Maria (moderadora), Sandra e Sérgio, instrutores. (Turma1). O entrosamento entre as duas equipes está sendo muito satisfatório e estamos cumprindo, rigorosamente, o cronograma de atividades previtas no curso. Hoje pela manhã entramos no tema: ATER no PBSM e nas Concepções Pedagógicas. O curso esta sendo realizado na UEMA, Na Fazenda Escola José Reinaldo Tavares.
 
 As dus equipes: Aládia,Sérgio, Sandra, Maria, Marcão, Alexandre,Kátia e Davide (Motorista)

 José Ribamar (motorista), Alexandre, Marcão, Kátia e Sérgio. (  Em frente a Pousada Vela Mar)

terça-feira, 16 de abril de 2013



O trio dos Fernandes, todos nos panos, na colação de grau da Dinha. Meu irmão Carlos, com seus filhos, empresários, Alexandre e Leonardo.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A REAÇÃO NA AMÉRICA LATINA PERDE MAIS UMA

Maduro é eleito na Venezuela. A oposição não se conforma.Transcrevo artigo do Rodrigo Viana, sobre o processo eleitoral na Venezuela.(MIF)


A vitória apertada e o trunfo de Maduro
 por Rodrigo Vianna

 A vitória do chavismo foi apertada. Mas incontestável: Nicolás Maduro teve 50,66%, contra 49,07% de Capriles (isso faltando menos de 1% para totalizar). Diferença de mais de 200 mil votos. A Venezuela votou no candidato de Chavez.
 Na Democracia é assim: 50% mais um significam vitória. E ponto. Ano passado, nos EUA, Barack Obama ganhou a reeleição por dois pontos percentuais no voto popular. Foi uma eleição radicalizada. Do outro lado, havia eleitores republicanos que consideravam Obama uma espécie de “demônio socialista”, por conta do projeto de assistência pública de saúde.
 Os EUA viraram um país “dividido” e “ingovernável”? Não. Obama governa. E Mitt Romney sumiu, no fundo das xícaras do Tea Party. A diferença é que nos EUA não há embaixada americana para fomentar golpe e instabilidade… Isso quer dizer que a vida de Maduro será fácil? Não.
 A direita venezuelana mostrou força. A tendência dos chavistas, de tratar todo adversário como “fascista” e “oligarca”, não cola. Metade do país é fascista? Maduro terá que moderar o discurso… Chavez tirou o Estado (e o petróleo) das mãos da oligarquia, criou programas sociais, deu dignidade para os pobres. Isso tudo é fato. Vi de perto, em quatro viagens à Venezuela nos últimos cinco anos. Mas há problemas sérios de gestão. E isso ficou claro desde a primeira vez que visitei Caracas, em 2007. Desde aquela época, escrevi: a oposição, com 45% dos votos (era o que conseguia, na época), tem força para fazer a disputa democrática, em vez de apelar para o golpismo.
 E aí vamos ao segundo ponto. A derrota por margem estreita tira o argumento daqueles que – em Caracas, em Washington ou no Jardim Botânico carioca – afirmam: a Venezuela chavista é uma ditadura. Bobagem. A oposição tem força midiática, presença nas TVs e jornais, liberdade de organização. E há um esquema limpo para contagem de votos. O resultado, por margem estreita, é um chamado para a moderação. De lado a lado.
 A vitória apertada porde ser um trunfo de Maduro, na legitimação de seu governo. Só que os chavistas precisam agora dialogar com o centro, com aqueles que até apóiam as políticas sociais do governo – mas estão insatisfeitos com a gestão do dia-a-dia. Em Caracas, por exemplo, há problemas sérios nas áreas de segurança, coleta de lixo, transporte…
 Capriles deveria apostar no institucional, cobrando que o governo resolva os problemas concretos da população. Os tempos de subir no muro da Embaixada americana e de fomentar golpes acabaram. Será que Capriles terá grandeza para assumir o novo papel? O problema é que parte da oposição quer golpe e confronto.
 E o outro problema são os gringos, acostumados com o jogo sujo. Nos últimos dias, surgiram indícios de que a CIA pode ter infiltrado mercenários armados na Venezuela. Maduro, por seu lado, terá que enfrentar uma burguesia e uma classe média furibundas (é esse o núcleo duro da oposição, com 30% a 40% dos votos) e, ao mesmo tempo, dialogar com aqueles 10% a 15% que votaram em Capriles mas não são “oligarcas” antipovo.
 Não basta mais invocar a figura de Chavez apenas. O presidente morto levou Maduro até o Palácio. Agora Maduro é quem precisa escrever sua história. Não podemos descartar que setores da oposição partam para campanhas abertas de desestabilização nos próximos dias. Mas será difícil justificar atos de violência quando – pelo voto – a oposição foi capaz de “quase” ganhar. Contraditoriamente, portanto, a aparente fragilidade de Maduro (“ganhou por apenas 2 pontos”) é também sua força estabilizadora.
 A Venezuela é uma democracia. E deve ser respeitada como tal. O Brasil terá um papel importante, rechaçando qualquer tentativa de ataque “por fora” da Democracia. Fiquemos atentos. E não esqueçamos: em Caracas, há embaixada dos Estados Unidos. Fonte de golpes e instabilidade na história da América Latina.
 Nos próximos meses também podem aparecer mais detalhes sobre o câncer que matou Chavez. A Venezuela segue a ser o centro de uma batalha continental. Os Estados Unidos querem retomar o velho quintal…

 PS: assim que acabei de escrever esse texto, já na madrugada de segunda-feira, Henrique Capriles anunciou que não reconhecia os resultados eleitorais; vai pedir recontagem total de votos. Joga na instabilidade, o que na verdade pode tirar dele parte do eleitorado (não chavista, mas tampouco antichavista). É uma jogada arriscada. E que pode incendiar a Venezuela. Difícil acreditar que Capriles tome essa direção sem apoio externo daqueles que já fizeram tombar governos legítimos em Honduras e no Paraguai. Espero estar errado, mas acho que tempos difíceis nos aguardam na América do Sul. E esse clima pode “contaminar” o Brasil.

domingo, 14 de abril de 2013

SABEDORIA INDÍGENA.

"Só após a última árvore ser cortada. Só após o último rio ser envenenado. Só após o último peixe ser pescado. Só então o homem descobrirá que dinheiro não pode ser comido." (Profecia Cree, tribo indígena americana)

sábado, 13 de abril de 2013

ESSES SÃO OS NOSSOS MINISTROS "SUPREMOS"



É pouco, ou vocês querem mais?? Uma vergonha a postura de alguns de nossos Ministros "Supremos". Se tivessem um pouco mais de ética, se declaravam impedidos para esse julgamento da Ação Penal 470.(MIF)

AS MENSAGENS DA SEMANA.



 
Essa  última frase, é especialmente prá você Fernandinha, pela agressão gratuita e injusta, que sofreu. Minha solidariedade. (MIF).

FAZENDO ACONTECER O PBSM NO MARANHÃO

 
Acabamos de chegar de Codó no Maranhão, onde ministramos o curo para os Agentes de ATER da GR Assessoria e Planejamento de Projetos Agropecuários. O trabalho foi Coordenado pela companheira Júlia, ficando as duas equipes de instrutores composta por: Fernanda (moderadora), Marcelo e Marcão (equipe 1); e Kátia (moderadora), Maria e Sérgio, na equipe 2. Os trabalhos ocorreram sem maiores transtornos e acredito que cumprimos as tarefas a contento. É mais um desafio vencido. Agora iremos para São Bento, ainda no Maranhão, continuar as capacitações. Pessoal da Extensão Oficial, nos aguarde. Estamos botando é sem coar.!!
 
Memória Fotográfica

 A equipe: Fernanda (moderadora),Sérgio, Júlia (Coordenadora), Marcão, Marcelo, Kátia (moderadora) e Maria

 As musas do Brasil Sorridente: Fernanda e Maria

 Dois amigos de fé: Sérgio e Marcelo (jantar de confraternização do curso)

 Nossa grande competente Moderadora: Fernandinha que vai nos deixar para fazer seu Doutorado

 As duas turmas em confratenização com a equipe.

 Júlia e Marcelo, posando para minha Nikon. Lindos!!

 Kátia, a caminho de Codó.

 Essa frase do Luther King, expressa o nosso sentimento.

Marcão, Fernanda e Sérgio, aguardando o almoço no restaurante flutuante no encontro dos rios Poti e Parnaíba. O peixe que degustamos, estava de "juntar menino".
 
 
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

A OUTRA HISTÓRIA DO "MENSALÃO"

Comprei o meu exemplar em Natal e já lí. É de estarrecer tanta imparcialidade e injustiça (MIF). Compartilho um resumo feito pelom Willian Novaes publicado no Vi o Mundo do Luís Carlos Azenha.

 Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 21:22 - Uma verdade incômoda por: Willian Novaes, da Geração Editorial
 Neste livro corajoso, A Outra História do Mensalão – As contradições de um julgamento político (R$ 34,90, pag. 352), independente e honesto, o jornalista Paulo Moreira Leite, que foi diretor de Época e redator-chefe de Veja, entre outras publicações, ousa afirmar que o julgamento do chamado mensalão foi contraditório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer a regra elementar do Direito segundo a qual todos são inocentes até que se prove o contrário.
 Os acusados estavam condenados – por aquilo que Moreira Leite chama de opinião publicada, que expressa a visão de quem tem acesso aos meios de comunicação, para distinguir de opinião pública, que pertence a todos — antes do julgamento começar. 
Naquele que foi o mais midiático julgamento da história brasileira e, possivelmente, do mundo, os juízes foram vigiados pelo acompanhamento diário, online, de todos os seus atos no tribunal. Na sociedade do espetáculo, os juízes eles se digladiaram, se agrediram, se irritaram e até cochilaram aos olhos da multidão, como num reality show.
 Este livro contém os 37 capítulos publicados pelo autor em blog que mantinha em site da revista Época, durante os quatro meses e 53 sessões no STF. A estes artigos Moreira Leite acrescentou uma apresentação e um epílogo, procurando dar uma visão de conjunto dos debates do passado e traçar alguma perspectiva para o futuro.
 O prefácio é do reconhecido e premiado jornalista Janio de Freitas, atualmente colunista da Folha de S. Paulo. Esse é o 7° titulo da coleção Historia Agora, lançada pela Geração Editorial, entre os livros desta coleção está o best seller, A Privataria Tucana. Ler esses textos agora, terminado o julgamento, nos causa uma pavorosa sensação. O Supremo Tribunal Federal Justiça, guardião das leis e da Constituição, cometeu injustiças e este é sem dúvida um fato, mais do que incômodo, aterrador.
 Como no inquietante Processo, romance de Franz Kafka, no limite podemos acreditar na possibilidade de sermos acusados e condenados por algo que não fizemos, ou pelo menos não fizemos na forma pela qual somos acusados. Num gesto impensável num país que em 1988 aprovou uma Constituição chamada cidadã, o STF chegou a ignorar definições explícitas da Lei Maior, como o artigo que assegura ao Congresso a prerrogativa de definir o mandato de parlamentares eleitos.
 As acusações, sustenta o autor, foram mais numerosas e mais audaciosas que as provas, que muitas vezes se limitaram a suspeitas e indícios sem apoio em fatos. A denúncia do “maior escândalo de corrupção da história” relatou desvios de dinheiro público mas não conseguiu encontrar dados oficiais para demonstrar a origem dos recursos.
 Transformou em crime eleitoral empréstimos bancários que o PT ao fim e ao cabo pagou. Culpou um acusado porque ele teria obrigação de saber o que seus ex-comandados faziam (fosse o que fosse) e embora tipificasse tais atos como de “corrupção”, ignorou os possíveis corruptores, empresários que, afinal, sempre financiaram campanhas eleitorais de todos, acusados e acusadores.
 Afinal, de que os condenados haviam sido acusados? De comprar votos no Congresso com dinheiro público, pagando quantias mensais aos que deveriam votar, políticos do próprio PT – o partido do governo! – e de outros partidos.
 Em 1997 um deputado confessou em gravação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo que recebera R$ 200 mil para votar em emenda constitucional que daria a possibilidade de o presidente FHC ser reeleito. Mas – ao contrário do que aconteceu agora – o fato foi considerado pouco relevante e não mereceu nenhuma investigação oficial.
 Dois pesos, duas medidas. Independentemente do que possamos aceitar, nos limites da lei e de nossa moral, o fato é que, se crimes foram cometidos, os criminosos deveriam ter sido, sim, investigados, identificados, julgados e, se culpados, condenados na forma da lei. Que se repita: na forma da lei.
 É ler, refletir e julgar. Há dúvidas – infelizmente muitas – sobre se foi isso o que de fato aconteceu

AZENHA FICA




Depois de ter anunciado o fim do blog Viomundo, na sexta-feira 29, o jornalista Luiz Carlos Azenha publicou uma nota nesta segunda-feira 1º demonstrando a intenção de iniciar novos projetos jornalísticos. A decisão de deixar de editar o blog aconteceu após uma série de processos movidos contra ele em razão de críticas direcionadas à Rede Globo e ao diretor de Jornalismo da emissora, Ali Kamel. Em nota, Azenha disse que pretende contar com a colaboração de diversos profissionais da mídia alternativa neste projeto. Segundo ele, o comentário de um leitor no Facebook o fez repensar a importância do trabalho desenvolvido no blog.
 “Achei muito bacana ver que um trabalho coletivo como o nosso, organizado por poucos mas que afeta muitos, ainda que precário e improvisado, seja capaz de tocar desta forma uma pessoa”, escreveu ele. Disse que, a partir disso, junto de Conceição Lemes e Leandro Guedes, pensou em refundar o site. “Acreditamos ter chegado a uma proposta que permitirá ao Viomundo não morrer, mas renascer das cinzas.”, encerrou Azenha. Leia abaixo a nota originalmente publicada no blog Viomundo, por Luiz Carlos Azenha:
“A ideia de puxar o plug e simplesmente deslogar o Viomundo, depois de mais de 10 anos de existência, foi pessoal, familiar e amadurecida ao longo do tempo. Confesso: me emocionei com a tremenda onda de solidariedade de todos vocês nas redes sociais, que surpreendeu mesmo os meus melhores amigos. Minha mãe, de 88 anos de idade, recém-recuperada de uma operação de cataratas e, portanto, testando a nova capacidade visual no computador, riu muito de uma foto inventada pelo Gerson Carneiro, ainda que não tenha entendido muito bem o motivo de todo aquele fuzuê: estava muito mais interessada no programa da Fátima.
Em minha participação no I Encontro Nacional de Blogueiros, fiz duas observações em meu discurso: revelei minha antipatia à ideia de depender de governos, que mudam de opinião e de prioridades ao longo do tempo e que, frequentemente, acreditam que o dinheiro do Estado, que deveria ser investido em políticas públicas de longo prazo — por exemplo, na promoção da diversidade cultural e pluralidade de ideias — lhe pertence, quando este dinheiro é, evidentemente, público. Propus, na ocasião, uma cooperativa de blogueiros que vendesse clics coletivamente no mercado.
Meu segundo ponto: a crítica da mídia estava desgastada, como se fosse um pensamento único de esquerda, e era preciso gerar pauta e conteúdo próprios. Explico: o grande poder da mídia corporativa no Brasil é o de definir a agenda do debate político. O tal consórcio midiático é formador de consensos: haverá um apagão que provará a incompetência geral do governo trabalhista, as filas de navios significam que é preciso privatizar os portos, a Petrobras é um fracasso e precisa ser “reestatizada” (isso do povo da Petrobrax, dos que faliram a indústria naval e que defendem a terceirização) e o mensalão foi o maior escândalo da História da República que merece um replay de 18 minutos no Jornal Nacional às vésperas da eleição municipal de São Paulo.
Embora não sejam mais completamente reféns da pauta da direita, os meios progressistas ainda subsistem dentro de um espaço de debate cujos marcadores são definidos pela grande mídia. Se o telejornal de maior audiência do Brasil tivesse dedicado uma boa parte de seus recursos e competência editorial aos incêndios nas favelas paulistanas, por exemplo, durante o governo do ex-prefeito Geraldo Kassab, é provável que um grupo muito maior de brasileiros se interessasse pelo assunto, cobrasse explicações e, lá no fim, seria levado pelo menos a especular se alguns episódios foram intencionais, obedecendo à politica de expulsar os pobres que tão bem serve à especulação imobiliária. Nada disso aconteceu, obviamente e nenhum meio de esquerda que conheço detém os meios financeiros para bancar uma investigação de longo prazo sobre o assunto.
Portanto, voltamos à questão financeira e, apesar das generosas ofertas de ajuda que recebemos nas últimas horas, é óbvio que elas não resolvem os problemas de fundo, que são os que nos interessam. A ação que Ali Kamel venceu, apenas na primeira instância, nunca foi a questão central, mas sim a incapacidade de enfrentar a ofensiva da direita sem as mais simples ferramentas para fazê-lo.
Como tocar um blog que não aceita patrocínios de governos, empresas públicas ou estatais — uma decisão tomada porque esperamos que Globo, Veja, Folha e Estadão nos sigam — e ainda assim tenha capacidade de debater políticas públicas de forma relevante, sem apenas reproduzir opinionismo político?
 Acreditamos que o Estado deva adotar políticas que incentivem a diversidade e a pluralidade, conforme previsto na Constituição. Que combata a propriedade cruzada. Acreditamos que o Parlamento deve cuidar do Direito de Resposta, uma forma de evitar a judicialização que leva desiguais para se enfrentarem num campo em que prevalece o poder econômico — dos advogados e lobistas. Isso se agrava pela nossa leitura da conjuntura internacional, que continua muito negativa: depois dos baques de Wall Street e do euro, o neoliberalismo se reorganiza num poderoso tripé: na indústria financeira, que pendurou e continua pendurando a conta nas costas dos direitos sociais, na crescente influência do dinheiro no processo político — basta ver a decisão da Suprema Corte Americana que permite às corporações doarem a campanhas como se fossem ‘indivíduos’, de forma ilimitada — e, acima de tudo, em uma mídia oligopolizada, de discurso quase unificado, que acima de tudo defende seus interesses econômicos associados ao neoliberalismo.
 Quando foi o último trabalho de fôlego da imprensa paulistana sobre o adensamento da cidade, se saem todos aqueles anúncios da Abyara nas edições de domingo? Com as grandes corporações de mídia, vivemos uma espécie de Gulag ao contrário: nosso corpo está livre, mas nosso pensamento frequentemente é prisioneiro de uma pauta que não nos interessa e, mais que isso, desconhece o interesse público, precariza as relações de trabalho e concentra ainda mais o capital na mão de poucos.
A contra-ofensiva neoliberal está em andamento, acreditem: pelo urânio do Mali, pelo petróleo da Líbia, pelas reservas do Orinoco na Venezuela, pelo gás boliviano, pelo pré-sal brasileiro. O neo-imperialismo não obedece apenas às regras clássicas, de conquista militar. Associado a interesses nacionais, ele faz lobby no Congresso, compra bancadas e trabalha silenciosamente nos bastidores. No Brasil, a mídia corporativa, concentrada em níveis inéditos, é uma espécie de aríete, capaz de arrombar a porta e implantar ministros-lobistas num governo do Partido dos Trabalhadores! Sempre perspicaz, o senador Roberto Requião revelou o que está por trás da “falência” da Petrobras, por exemplo. Estamos entregues às grandes corporações, que implantam vastas extensões de eucalipto, criam empregos de alta qualidade em seus países de origem, agregam valor à terra e ao sol brasileiros, exportam água embutida em seus produtos e nos deixam com os danos ambientais. Vale o mesmo para o agronegócio. Estamos entregues em Carajás, com o fenomenal trem que arranca o minério num ritmo que não obedece a prioridades brasileiras, mas às necessidades de lucro da associação entre o grande capital internacional e o trabalho escravo chinês, que produz as bugigangas posteriormente exportadas para os Estados Unidos, via Wal Mart, para entre outros motivos manter baixa a inflação e dar à classe média local a sensação de que ela consome, logo existe! Como se diz no Amapá, foi o manganês da Serra do Navio que financiou o Plano Marshall!
Estamos entregues na transformação dos rios amazônicos em fontes de energia para as grandes mineradoras; Tucuruí nasceu do interesse do Japão de se livrar de suas indústrias eletrointensivas e poluentes. O Brasil fica com o trabalho sujo, enquanto eles desenvolvem alta tecnologia e os empregos do futuro em solo japonês. Nada disso é discutido com profundidade em nossa grande mídia. Nosso único recurso — o daqueles que pretendem discutir questões essenciais ao futuro do Brasil sem o cabresto da mídia — é a solidariedade humana, que foi o que vocês demonstraram com profundidade nas últimas horas. Recentemente, li na revista Economist — de todos os lugares! — uma pesquisa sobre a necessidade que as pessoas têm de de sentirem úteis ao mundo, de deixarem sua contribuição, de acreditarem que fazem a diferença. Obviamente o viés da revista servia às grandes empresas, já que as estimulava a incentivar os empregados a se engajarem em ações filantrópicas. O altruísmo de funcionários utilizado para valorizar a marca! Mas a solidariedade genuína, idealista e altruísta de todos vocês finalmente me convenceu.
 A mensagem decisiva veio do João Carlos Cassiano Ribeiro, que não conheço pessoalmente, via Facebook. Diz:
Boa noite!!!! Não sei se o Azenha vai ler isto, mas gostaria que servisse de incentivo. A um bom tempo me acostumei a ler blogs e abandonar jornais escritos. Quando aconteceu o primeiro blog que conheci foi o Viomundo, desde então aprendi a conhecer o mundo pelo seu site. Gosto dos colaboradores e fotos das reportagens históricas feitas pelo jornalista. Hoje acordei incomodado com o papel que a tv e o CQC exercem na nossa vida. Passei o dia incomodado com o baixo nível intelectual da tv e o comportamento fascista que noto nela. Até imaginei que se fosse eu no lugar do Genoino ou do Clodovil durante a agressão a que Pânico e CQC os submeteram, acho que não suportaria. Ser humilhado em frente a tv toda semana, não sei se aguentaria. Fiquei feliz ao ver seu post sobre seu pai, imaginei que os fascistas passarão mas os bons permanecem sempre. Foi um sopro de alegria na minha tristeza. Como já havia acontecido em outras oportunidades com o Viomundo, resgatei um pouco da dignidade e do respeito ao ser humano, voltei a acreditar na capacidade criativa e na solidariedade humana. Respeito sua decisão e compreendo sua necessidade, mas me sinto um pouco órfão com o fim do Viomundo e triste em ver o jornalista abandonando uma das frentes de trabalho por força da opressão. Choro ao escrever essas palavras pois sei que perdemos um espaço vital para nossa luta. Não sou colaborador e nem costumo interagir com o blog, sou um leitor anônimo e aprendi a observar o seu blog como um filho observa o pai e aprende e se orgulha de estar por perto. Nossa luta não é partidária ou governamental é pelos mais fracos e pela dignidade humana. Sempre o terei como amigo sem nem o conhecer, pois me orgulho dos meus amigos e me orgulho muito de você! Obrigado por ter tido no Viomundo os melhores exemplos de humanidade e um espaço em que sempre me senti à vontade.
Achei muito bacana ver que um trabalho coletivo como o nosso, organizado por poucos mas que afeta muitos, ainda que precário e improvisado, seja capaz de tocar desta forma uma pessoa. Assim sendo, depois de longas horas de conversa com a Conceição Lemes e o Leandro Guedes, pensamos num jeito de refundar o site (com o nome provisório de, rsrsrs, Democratas). Uma consulta ao Comitê Central, sempre munidos dos tomos leninistas, nos levou a decidir:
1. Conceição Lemes (conceicaolemes@uol.com.br) se torna a editora-chefe do site, encarregada também da relação com nossos 40 mil seguidores no twitter/facebook;
2. Leandro Guedes (leandro@cafeazul.com.br) adotará um mix de todas as sugestões que nos foram feitas por vocês sobre crowdfunding, além de perseguir eventuais patrocinadores que vocês nos sugerirem; o dinheiro arrecadado com o crowdfunding será todo reinvestido no site e não será utilizado para bancar advogados, dos quais já contamos com os competentíssimos Cesar Kloury, Idibal Pivetta, Airton Soares e um importante escritório de Brasília que ofereceu ajuda solidária
. 3. Eu me afasto do compromisso diário de passar de 5 a 10 horas diante de um computador aprovando comentários, traduzindo e publicando textos. Torno-me um repórter voluntário e não remunerado, além de escrever os tradicionais comentários sobre mídia e política.
4. Passo a aceitar, sempre que compatível com minha agenda profissional, todos aqueles pedidos de entrevistas de estudantes, palestras em universidades e conferências, se possível associadas a oficinas sobre as redes sociais oferecidas pela Conceição Oliveira (blogmariafro@gmail.com), que entende tudo do ramo.
5. Acima de tudo, passo a me dedicar à área de minha especialidade, que é a produção de vídeos, mini-docs e docs.
 
Aqui, uma explicação se faz necessária. No modelo acertado com o Leandro Guedes, da Café Azul, que há meses já vinha estudando o assunto, os leitores poderão tanto indicar as pautas quanto aprovar nossas propostas. Exemplo: o Gilberto Nascimento quer escrever uma investigação sobre o poder da Opus Dei no Brasil. Calcula o tempo que vai levar e a remuneração adequada, por valores de mercado, à tarefa. Colocamos uma espécie de contador para acompanhar o avanço da meta. As pautas financeiramente aprovadas serão feitas. Outros exemplos hipotéticos: a Conceição Lemes quer ir a Minas Gerais investigar o choque de gestão dos governos Aécio/Anastasia. Há mais de um interessado em fazer um mini-doc sobre o impacto da Globo nas eleições de 2006 e 2010. Serão trabalhos jornalísticos, não de militância, sobre assuntos que a mídia corporativa brasileira simplesmente desconhece, por não se adequarem àquela pauta única a que me referi acima.
Eu, por exemplo, gostaria de investigar pessoalmente o massacre de Felisburgo, na Bahia, até hoje impune. O Lino Bocchini poderia ser convidado para fazer a Coleção Folha: Como Rose Nogueira ‘abandonou’ o emprego durante a ditadura. A Beatriz Kusnir, se aceitasse, poderia fazer uma versão em vídeo do livro Cães de Guarda, aquele que narra o colaboracionismo da mídia brasileira com a ditadura militar.
O Amaury Ribeiro Jr. poderia ficar encarregado, à lá Andrew Jennings, de perseguir e exigir explicações dos privatas que andam por aí. Nosso Michael Moore. Minha ênfase nos vídeos se deve ao fato de que, eventualmente, eles vão dominar a internet, à medida em que as conexões se acelerarem. Finalmente, queremos aproveitar o imenso potencial de jornalistas — e quantos!!! — recentemente demitidos, que deixaram suas empresas com boas histórias para contar e projetos nunca realizados. Quem sabe vocês nos ajudam a financiar o sonho destes colegas.
Portanto, depois de muito matutar, acreditamos ter chegado a uma proposta que permitirá ao Viomundo não morrer, mas renascer das cinzas. Aguardem, que as mudanças serão implantadas lentamente, inclusive em todo o visual do site.”

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O GOLPE MILITAR DE 1º DE ABRIL COMPLETA 49 ANOS

O golpe polìtico-militar de 1º de abril de 1964, completa 49 anos.Abaixo o trágico balanço dessa ditadura que infelicitou o povo brasileiro por 21 anos.

O terror do Estado (mortos e "desaparecidos" nos porões do regime:
1964 / 1968 -  22
1969 / 1973 - 205
1974 /1978 -   56
1979 / 1981 -  23

A Censura da Ditadura:

Filmes - 500
Livros - 200
Músicas- 50
Revistas retiradas de circulação - 100

Cidadãos cassados:

Governadores - 07
Vice-Governadores - 03
Ministros - 04
Prefeitos - 04
Vice-Prefeitos -13
Secretários Executivos -17
Deputados Federais - 150
Deputados Federais (Suplentes) - 25
Deputados Estaduais - 230
Deputados Estaduais (Suplentes) - 51
Vereadores - 45
Dirigentes Sindicais - 35

DITADURA NUNCA MAIS!!