sexta-feira, 10 de junho de 2011

MÁXIMAS PARA CULTIVAR A VIRTUDE POLÍTICA - 3

A Arte da Prudência, publicado em 1647 na Espanha, foi escrito pelo jesuita, Baltasar Gracián y Morales (1601-1658).É um manual que advoga a virtude da prudência e ensina normas essenciais à convivência em sociedade e à sobrevivência em um mundo competitivo e hostil. Escrito há, precisamente, 364 anos, esse escrito permanece extremamente moderno e atual. Ele contém, em resumo, todos os temas e qualidades de estilos e de pensamentos que indentificam o melhor do autor espanhol: o engenho verbal, o conceito preciso, a sátira e a ironia. (Da orelha do livro).
Baltasar era mestre na arte da vida. Em seu livro, A Arte da Prudência, em 300 aforismos, explana sobre as relações humanas, tendo como princípio a instabilidade do ser humano no campo emocional. Este livro funciona como manual de estratégia para bem viver. Mas não usa sentimentalismos, ou utopias. Seu modo de pensar se baseia na realidade dos fatos. Para Gracian, o ser humano é imprevisível e age em todo o tempo buscando seus próprios interesses. Ser precavido ante as circunstâncias para obter o equilíbrio é a base de seus ensinamentos.

A Arte da Prudência (1647)

Baltasar Gracián, disse:

1. “Jogar abertamente não agrada nem é útil” (Criar Expectativas).

2. “O jogador astuto nunca move a peça que seu oponente espera, e muito menos ainda a que ele deseja”. (Variar o Modo de Agir).

3. “Os chefes gostam de ser ajudados, mas não superados. Ao aconselhá-los, é melhor que o aviso pareça uma lembrança de algo esquecido....” (Evitar as Vitórias Sobre o Chefe).

4. “Conhecer a fraqueza de cada um é ter a chave da vontade alheia.” (Encontrar o Ponto Fraco de Cada Um)

5. “A quantidade sozinha nunca pôde ir além da mediocridade.”(...) O intenso produz excelência e, se o assunto for muito importante, forma.” (É melhor o Intenso que o Extenso).

6. “Não há nada mais contagioso que a infelicidade.”

7.(....) “A sorte se cansa quando tem de levar alguém nas costas por muito tempo.” ”(Saber se retirar quando se está ganhando).

8. “O que importa não é receber aplausos na entrada – o que é muito comum -, mas continuar a ser aplaudido na saída, fazer falta ao partir, o que é mais raro.”. (saber retirar-se).

9. “Não se deve negar as coisas repentinamente (....) também não se deve negar por completo (...) É melhor que sempre fique um resto de esperança para adoçar o gosto amargo da recusa. (...) O “não” e o “sim” são palavras curtas, mas exigem muita reflexão.” (Saber negar).

10. “Vive-se mais daquilo que se ouve do que daquilo que se vê. Por isso é preciso cuidado com quem elogia e mais ainda com quem crítica. A cautela deve servir de contra peso para detectar o que falta e o que é falso.” (Ter cautela ao se informar)

11. “Uma das máximas das pessoas prudentes é deixar as coisas antes que elas nos deixe.” (Não esperar o sol se por)

12. “A abelha logo acha a doçura para a colméia e a víbora, a amargura para o veneno. O caráter de alguns é tão desgraçado que, entre mil qualidades, encontrarão um único defeito e o criticarão e o aumentarão.” (Descobrir o bom de cada coisa)

13. “A amizade multiplica os bens e divide os males. È o único remédio contra a adversidade e um alento para alma.” (Saber tirar proveito das amizades)

14. “A principal finalidade da prudência é nunca perder a compostura”. (nunca perder a compostura).

15. “O bom se é breve, é bom duas vezes. O que é bem dito é dito rapidamente”. (Não ser cansativo).

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