segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

NOIVADO DE ABELARDO E KELEN

Ontem foi a comemoração do noivado do meu filho Abelardo (o Bibo da Eró), com Kelinha, uma namorada antiga. Fomos a Missa do último domingo do ano para benzer as alianças com as nossas famílias reunidas. A homilia da Missa foi justamente sobre os valores e a importância da família. O Padre fez uma boa prédica.

Depois da missa fomos jantar na casa dos pais da noiva, quando Abelardo fez o pedido solene a seu Eurico e D. Dora, que aceitaram o pedido de noivado. Seu Eurico, um pouco nervoso, fez uma fala, os noivos também falaram, depois Eró discorreu como deve ser a vida de casado e eu disse algumas palavras de apoio. As alianças foram trocadas e depois fomos jantar um delicioso filé ao molho madeira e um prato especial de frango, salada Marroquina e arroz branco. Tudo nos conformes. Que os noivos casem logo, nos dê outro neto ou neta, e sejam felizes e superem a nossa marca de 40 anos de casados, que vamos fazer em 2015, quando vou casar no eclesiástico com Eró, em Parnamirim.
 
 Os compadre, Alex e Socorro com o meu afilhado Iure e Lia, prestigiaram o noivado

 Abelardo e Kelinha, exibindo as alianças.

 Eu e Eró bebemorando o noivado do nosso filho com a Kelinha.

 No fim da Missa as duas famílias reunidas: Eró, Bibo, Kelen, D. Dora, seu Eurico e a irmão da Kelen (Eu estava bartendo a foto)


 Abelardo colocando a aliança no dedo de Kelinha. sendo observado por seu Eurico e D. Dora

O pedido de noivado do Abelardo, feito solenemente de joelhos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ERÓ - CIDADÃ ACRIANA, POR OPÇÃO E DE DIREITO



 O painel da ALE

 Pronunciamento do Deputado Éber sobre seus agraciados

 Os agraciados pelo Deputado Éber

 Eró e Sidney (amigo de infância dos meus filhos)

 Eró e o Deputado Éber Machado

Foi hoje a solenidade de entrega dos títulos de Cidadãos e Cidadãs do Estado do Acre, outorgados pela Assembléia Legislativa do Estado - ALEAC. Além de Eró, outros amigos também foram agraciados como o Dr. Milton, que foi o pediatra da Ana e agora é o de Arthur, filho da Ana; Dr. Gilson, com quem já fiz tratamento dentário; Nilson Josuá, companheiro da Extensão Rural; Sidney, amigo de infância de Ana e Abelardo; Anchieta, que hoje é responsável pela Previdência do Estado. Quem agraciou Eró com o título foi o Deputado Éber Machado, irmão da Elizete colega da Eró na SENAC e deve ter sido dela a sugestão da indicação. Somos gratos por essa honraria e ficamos felizes pela lembrança, pois de fato nos tornamos acrianos por opção. Chegamos nessa terra em 1978, eu em junho, numa véspera de São João e Eró chegou no dia 2 de outubro, com Ana com 2 anos incompletos e Abelardo ainda nos braços. O Acre nos acolheu com a generosidade do seu povo e aqui criamos nossos filhos e construimos toda um rede de boas relações com pessoas de todos os estratos sociais. Nossos filhos se formaram aqui em Rio Branco e a Ana já constituiu família e nos brindou com um neto. Eró formou dezenas de Cabeleireiras(os) no curso de Formação Profissional de Higiene e Beleza do SENAC. Eró está aposentada, mas ainda trabalha no seu Salão de beleza. Ela é uma referência na sua profissão e, como tal, fez por merecer esse título. E daqui a gente só sai para a viagem grande, que espero que não seja tão cedo !! (MIF)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

FILOSOFANDO

Recebí do meu amigo, conterrâneo e confrade, Mário Amorim. Compartilho.
 
FILOSOFANDO
 
Um relacionamento é baseado em dois atributos: beleza e paciência. Se der certo, beleza! Se não der, paciência."

"Mulher que escolhe homem pelo bolso, não pode reclamar quando é tratada como mercadoria e Homem que escolhe a mulher pela bunda, não pode reclamar quando tem um relacionamento de merda!
  
"Se alguém se afastar de você não fique triste. Pode ser a resposta da oração: Livrai-nos do mal, amém!"

"Mesmo que o Lula perca a voz e aprenda a linguagem dos sinais, continuará falando errado, pois lhe falta um dedo."

"Eu era lindo e vivia rodeado de mulheres, mas tive que vender a minha Ferrari."

"Ir a uma churrascaria e pedir salada é o mesmo que ir ao puteiro e pedir um abraço."

"A justiça é cega, mas a injustiça todo mundo vê."

"Em dia de trabalho, qualquer arranhão vira fratura exposta."

"Calça legging é igual a caldo Knnor, deixa qualquer galinha gostosa."

“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa”.

AGRADECIMENTOS AOS ALUNOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS - 2013



Saudação aos Formandos de Ciências Sociais de 2013

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
                                                                                         Cora Coralina (1889-1985)

Estimados formandos, doravante meus colegas de profissão.

É uma feliz coincidência essa solenidade de formatura do Curso de Ciências Sociais, quando se celebra os 500 anos do escrito de Maquiavel, O Príncipe. O Brasil ainda nem havia iniciado a sua colonização, e estava longe de construir seu projeto de Nação, quando o florentino surpreendeu o mundo com sua obra em 1513.

Assiná-lo esse evento para lembrar que essa obra é o marco da Ciência Política e que, nos meus cursos, eu fazia questão que todos a lessem e estudassem e apresentassem seminários da mesma. E como teve seminários excelentes!

No curso de Ciências Sociais, sempre fui o responsável para conduzir a disciplina de Introdução à Ciência Política para os recém aprovados no vestibular para o curso. As turmas eram enormes, sempre ultrapassando os 40 alunos, fato que comprometia um pouco a didática, mas, sem alterar o conteúdo programático da disciplina, que era apresentado com o respectivo calendário no 1º dia de aula.
Sempre fiz questão de enfatizar, com uma certa pretensão, que gostaria de ser um EDUCADOR e não apenas um simples professor repassador de conteúdos e o “dono do conhecimento”. Também estava ali para aprender (e como aprendi nos seminários). Sempre adverti os alunos, que o curso seria conduzido por todos e esperava que a relação professor/ aluno fosse solidária, de companheirismo e, sobretudo, de respeito. Naturalmente, que eu teria uma responsabilidade maior na condução, em face do status institucional, de professor da Disciplina, por ter mais experiência no magistério, por ter um considerável acúmulo de leituras, etc. 

Procurei sempre tornar os encontros pedagógicos prazerosos, sempre que possível passava vídeos de filmes, tanto documentários como longa metragens de assuntos relacionados com o conteúdo e sempre disponibilizava textos educativos complementares como o de Rubem Alves, “Política e Jardinagem”; o de Adalberto Paranhos, “Política e Cotidiano” (as mil faces do poder); o de João Ubaldo Ribeiro, “Dez Bons Conselhos de Meu Pai para Cidadãos Honestos e Prestantes”. Vou reproduzir os conselhos sem os seus respectivos comentários para não alongar o texto. Espero que os meus queridos alunos, que me prestam essa homenagem, os cultivem nas suas vidas e sejam cidadãos honestos e prestantes. São eles: 1 – Não seja tutelado; 2 – Não seja colonizado; 3 – Não seja calado; 4 – Não seja ignorante; 5 – Não seja submisso; 6 – Não seja indiferente; 7 – Não seja amargo; 8 – Não seja intolerante; 9 – Não seja medroso; 10 – Não seja burro.

Tive sorte e fui feliz com meus alunos. Durante os anos de magistério não enfrentei nenhum episódio desabonador. Usei o meu poder com moderação e estabeleci com muitos alunos uma relação de amizade, que ultrapassaram os muros do Campus da UFAC. Tive o privilégio de participar da primeira banca de Monografia do nosso curso (Um estudo de caso sobre “A Gravidez Precoce em Rio Branco” da Márcia Meireles) e de participar de outras dezenas delas como Orientador e Membro da banca. Alguns dos meus alunos enveredaram pela trilha acadêmica e tornaram-se Doutores, como a própria Márcia, O Bento e tantos outros. Superaram o velho Mestre na titulação e vida Acadêmica. Isso é uma coisa que me gratifica profundamente, pois tenho clareza, que contribuí um pouco, nessas trajetórias vitoriosas de meus alunos.

É sempre uma grande alegria, quando sou cumprimentado e festejado pelos meus ex-alunos(as) na rua, muitos deles exercendo a profissão que abraçaram,  na estrutura pública e privada, com competência técnica e com ética. Fiz dezenas de colegas e amigos e sou grato por isso. Essa é a nossa recompensa.

 Hoje quando me distinguem como Professor Homenageado da Turma de 2013, do nosso curso, ela expressa um reconhecimento Institucioanal, que ultrapassa as relações de amizades individuais, mas não deixam de ter a carga de carinho, generosidade, de companheirismo, de respeito, de gratidão e outros sentimentos bons que devemos cultivar tanto na vida acadêmica como pela vida afora. Obrigado meus alunos (as) e agora colegas e, com certeza, amigos. Estou contente e feliz com a lembrança. Como disse o poeta/letrista, Paulo César Pinheiro no samba Contentamento que a Clara Nunes canta: “Eu sei bem que mereço, mas não esperava tanto”.

CONTENTAMENTO


Esse é o meu estado de espírito nesse mês das festas Natalinas. Já recebí dois grandes presentes de Natal. Amanhá, 3ª feira. ( 17/12) Eró vai receber pela manhã na Assembléia Legislativa, o título de Cidadã Acriana e a noite eu vou ser o professor homenageado pela turma de 2013 do curso de Ciências Sociais. Ô sorte!! Quero  demonstrar meu contentamento apresentando essa música do Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, na interpretação de Clara Nunes. Ela exprime como estou me sentindo.(MIF)



ARTHUR SE REFRESCANDO NESSE CALOR!





Ele se refrescando e dando um calor na avó, querendo ficar no banho até a "gata miá".

A FAMÍLIA AUMENTOU.




A Cruvina, nossa vira-latas lá da chácara, pariu 5 cachorrinhos. Ficam tudo em baixo da casa é uma novela para vê os neguinhos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

OH, COISA BOA - OS SAMBAS DO PAULINHO PINHERO

HOMENAGEM MERECIDA.

Nesta 3ª feira,(17 /12), minha companheira Eró, estará recebendo da Assembléia Legislativa do Acre, o título de CIDADÃ ACRIANA, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Estado.
Realmente, nesses 35 anos de Acre, chegamos aqui em 1978, Eró formou dezenas de cabeleireiras e cabeleireiros nesse respectivo curso pelo serviço de aprendizagem profissional do SENAC/AC, até se aposentar por esta Instituição. Muitas de suas alunas e alunos, montaram salões de beleza e hoje atuam na área de forma qualificada. Importante ressaltar, que por Eró também possuir um estabelecimento de beleza, alguns concorrentes estranhavam a sua forma de ministrar os cursos do SENAC, diga-se um dos mais concorridos, pela maneira de repassar os conteúdos e tentar ensinar todos os "macetes" da arte. Diziam que ela não devia ensinar o "pulo do gato" para pessoas que seriam seus potenciais concorrentes. Eró, sempre muito competente na sua área, nunca se preocupou com isso e, pelo contrário, estimulava que seus alunos(as) montassem seu Salão de Beleza. Não rara vezes testemunhei suas alunas dizerem: "professora já estou  ganhando meu dinheirinho" e "como o salão tem me ajudado". Essa gratidão de suas alunas(os), agora foi reconhecido também institucionalmente, pela indicação do Deputado Eber Machado. Receba nosso agradecimento Deputado. ERONILDES DA SILVA FERNANDES (ERÓ) fez por merecer. (MIF)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

5º CONGRESSO DO PT




Nos seus 33 anos de existência, o Partido dos Trabalhadores - PT, inicia hoje o seu 5º Congresso, instância máxima do partido. Hoje foi a abertura com Lula e Dilma, os Ministros, Governadores, Prefeitos, Parlamentares e a militância do PT. Aqui reproduzo um vídeo do 4º Congresso, nos 30 anos do PT, o partido que está mudando o Brasil. (MIF)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ANIVERSÁRIO DE NOEL ROSA


Pelo natalício do grande Noel, um dos seus clássicos - Fita Amarela.


ALBUM DE FAMÍLIA 2

Quem são. E de quem é o aniversário? Sabatina para a família. (MIF)

DE PERNA MANCA!!


Gilberto Carvalho coloca as coisas no seu devido lugar (MIF)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

7 ANOS SEM BILUIA.


Essa foi nossa última viagem de carro para Natal, com Eró, Max e Ana. A foto foi tirada quando passávamos pela serra Diamantina na Bahia. É Biluia (era assim que ele me chamava e eu chamava ele), o nosso Vasco desceu para a segundona, mas com o timinho que estava, só Jesus na causa. Em janeiro ou fevereiro vou lhe visitar em Areia Branca. Não saia daí. (MIF)

ALBUM DE FAMÍLIA 1

Quem são? Quem sabe dizer o ano em que a foto foi tirada e o local? É a sabatina de fim de ano.

ME SENTINDO IMPORTANTE !!



Acabo de receber da minha ex - aluna, Cidinha Mendonça, agora minha colega de profissão, o convite de formatura de sua turma no curso de Ciências Sociais 2013. Serei o professor homenageado, embora já esteja no pijama. Também será prestada uma homenagem póstuma ao nosso querido professor Mastrângelo e outras aos professores Coaracy e Enock, nomes emblemáticos do nosso curso de Ciências Sociais e da UFAC.
Essa distinção a mim conferida, atribuo a generosidade da turma e, desde já, quero externar meus agradecimentos. Fiquei feliz com a lembrança.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

AS PÉROLAS DE CLARICE LISPECTOR

QUE MISTÉRIOS TEM CLARICE?





Hoje é o aniversário de sua passagem e amanhã a do seu nascimento. Deixou saudades (MIF)



'Inútil querer me classificar, eu simplesmente escapulo não deixando.'
Clarice Lispector (Haia Pinkhasovna Lispector)
(Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977)
Escritora e jornalista nascida na Ucrânia, naturalizada brasileira, quanto à sua brasilidade, declarava-se pernambucana.

domingo, 8 de dezembro de 2013

A BENÇÃO MADRINHA!

 
Minha mãe tomou Nossa Senhora da Conceição para ser minha madrinha. Tô é mal de madrinha, hein!!?? Salve o seu dia !

DECISÃO

Recebi do meu amigo, conterrâneo e confrade, Mário Amorim. Compartilho

A Decisão


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Charles Chaplin

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

DIA DA EXTENSÃO RURAL.


Minha saudação aos valorosos extensionistas do Acre e de todo Brasil, pela passagem do nosso dia. Reproduzo aqui, um texto que fiz quando a extensão completou 60 anos. Ele permanece atual e, a exemplo da EXTENSÃO RURAL BRASILEIRA, continua insistindo na juventude. (MIF)

EXTENSÃO RURAL - 65 ANOS
UMA INSTITUIÇÃO REPUBLICANA E UM SERVIÇO DE ESTADO
      *Marcos Inácio Fernandes

“O passado não nos dirá o que devemos fazer, mas sim, o que devemos evitar.” (José Ortega y Gasset – A Rebelião das Massas.)

“Há tempos em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, a margem de nós mesmos.” Fernando Pessoa (1888- 1935)

            Neste 6 de dezembro, a Extensão Rural Brasileira completa 65 anos de existência. É uma sexagenária com grande vitalidade, “insistindo na juventude”, resistindo, reaprendendo e se reafirmando como uma instituição REPUBLICANA. Nós da Extensão temos muito orgulho do nosso passado, de fazer parte de um serviço que, ao longo de sua história, sempre respeitou a COISA PÚBLICA, que nunca se envolveu em ilícitos administrativos, que nunca se envolveu em esquema de corrupção e sempre teve as suas prestações de contas aprovadas pelos órgãos fiscalizadores. Isto é o que se espera e se exige dos gestores e servidores públicos. E os extensionistas são servidores públicos por excelência.

            Somos, desde 1948, os “eternos carregadores de piano” de todas as políticas públicas para o meio rural brasileiro. Sempre tocamos as partituras que já vinham prontas dessas políticas, mas agora, queremos também participar do arranjo na construção da melodia, sermos  co-autores, solistas, maestros e até professores/animadores/facilitadores desse processo de educação informal que é a extensão rural. Nessa perspectiva e na atual conjuntura da vida política do nosso país, o extensionista tem que se preparar para assessorar os agricultores/produtores familiares a serem, principalmente, PRODUTORES DE DECISÕES! Que eles sejam protagonistas nos processos de decisões políticas, na definição das políticas públicas, na afirmação de seus interesses enquanto classe social.

 Cabe aos extensionistas como “como agente político de desenvolvimento” e como educador popular, contribuir no processo de tomada de decisões dos agricultores/produtores familiares e suas organizações. Decisões implicam em escolhas, fazer opções e definir alternativas. Na busca da melhor alternativa é necessário conhecimento, dispor de informações e capacidade política para construir alianças, aglutinar forças e minimizar os riscos inerentes aos processos, quase sempre conflituosos, das relações de poder e das tomadas de decisões políticas. Cabe a extensão, esse enorme desafio de fazer com que os agricultores/produtores familiares evoluam de uma consciência ingênua para uma consciência crítica e organizativa. A questão da organização dos produtores e da produção é central, o resto é “perfumaria” e vem como conseqüência do nível organizativo.

            Produtores organizados significa a construção de sua VONTADE COLETIVA, como protagonista de um drama histórico real e efetivo como nos ensina Gramsci na sua obra de referência: “Maquiavel a Política e o Estado Moderno”. A vontade coletiva, portanto, é algo mais profundo do que interesses individuais e imediatos. Ela será descoberta e organizada num processo coletivo e continuado de consulta/confronto a respeito da origem e superação de problemas em todos os campos da realidade social dos produtores familiares. O grande desafio da Extensão é saber, como neste campo, prestar um serviço que defenda e afirme os interesses dos agricultores/produtores familiares, razão da nossa existência institucional.
            Vivemos um bom momento na Extensão Pública Oficial no Brasil e no Acre. Este bom momento é conseqüência do CICLO VIRTUOSO que o país atravessa onde três fenômenos ocorrem concomitantes e simultaneamente – DEMOCRACIA, CRESCIMENTO ECONÔMICO COM DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E INFLAÇÃO BAIXA.

            Neste momento histórico e nessa conjuntura política, quando se pretende que o desenvolvimento seja sustentável, que o crescimento econômico seja com distribuição de renda e com respeito ao meio ambiente, a extensão pode e deve cumprir um papel essencial.

            Considero que o nosso serviço é de caráter ESTRATÉGICO, não é simplesmente um serviço de governo, mas um serviço e uma CARREIRA DE ESTADO, pois lidamos com uma questão de SOBERANIA NACIONAL, que é a SEGURANÇA ALIMENTAR e a EDUCAÇÃO do nosso povo. Um povo, onde muitos “Severinos ainda morrem de velhice antes dos 30/ de emboscada antes dos 20/ e de FOME um pouco por dia”, como registra João Cabral de Melo Neto no seu poema Funeral de Um Lavrador. 

            Enquanto a chaga social da FOME e do ANALFABETISMO perdurar no Brasil, não poderemos falar de democracia plena, de cidadania, de desenvolvimento e, também, não se poderá prescindir do serviço público da Extensão Rural Oficial para atuar com outros parceiros governamentais e não governamentais no combate a fome, a miséria e a exclusão social.

 Parabéns Extensionistas do Acre e do Brasil pelo o seu dia, com a certeza de que dias melhores virão. Como educadores e construtores de utopias, sejamos sensatos, queiramos o impossível ! E, Já que dizem que o nosso serviço é um sacerdócio, miremo-nos no exemplo e nas palavras de São Francisco de Assis (que bem podia ser o padroeiro da Extensão Rural): “Inicie por fazer o necessário, então o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível.”

*Marcos Inácio Fernandes (Marcão), é Extensionista, membro da Academia Brasileira de Extensão Rural-ABER.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

DIZERES E SABERES DO POVO NORDESTINO




Dizeres e saberes do povo nordestino.

( Registrando para não esquecer essas expressões que ouvi na infância e adolescência)


O povo, na sua sabedoria e observações do cotidiano, vai construindo analogias, comparações jocosas, alegres, divertidas e, as vezes, também ácidas e ferinas sobre o seu dia a dia, a sua vivência e convivência com a natureza e a sociedade. Muitas dessas expressões são precisas, cirúrgicas, definitivas e que se explicam por si mesmas. Outras, precisa-se conhecer a conjuntura, o ambiente cultural, o sentido da expressão e uma explicação adicional para entendê-las .(É uma outra tarefa). Ao longo da minha infância e adolescência elas foram sendo ditas e repetidas no ambiente familiar, nas ruas e nas cidades do interior, principalmente, por gente simples do povo. Elas me encantam e me faz rir. Reproduzo-as aqui, de forma aleatória, na medida que vou me lembrando e embevecendo com as comparações. (MIF)


1        “Mais curto do que coice de preá”;

2        “Mais fino do que assobio de saguin”;

3        “Mais ligeiro que coceira de cachorro”;

4        “Mais chato que lençol curto”; (Se cobre os pés, descobre a cabeça)

5        “Mais enjoado que cachorro de índio”;

6        “Mais enjoado do que menino quando está nascendo os dentes”;

7        “Mais alegre que pinto de dois dias”;

8        “Mais arrochado do que cu de sapo”;

9        “Mais folgado que charuto em boca de bebo”;

10    De moça falada, diz-se: “Leva mais vara que casa de taipa” Ou então: “leva mais vara que chiqueiro de criar bode”;

11    De gente muito magra diz-se: “Tá só o tamanco” (Só tem o couro e o pau). Ou então: “Tá uma bandeira de pirata” (Só tem o pano e a caveira);

12    De gente amarrada, sovina, diz-se: “Não abre a mão nem prá tomar injeção na veia”;

13    De gente desonesta diz-se: “Só pega no que é dele quando vai mijar”; Ou então: “Só não tem falta de ar, mas toda falta tem”

14    De gente astuciosa diz-se: “Isso de burro só tem a peia”;

15    “Direto igual a enterro de crente” (O de católicos passa na Igreja para encomendar o corpo);

16    “Penando mais do que galinha que cria pato”;

17    De camisa muito amassada, diz-se: “Saiu pelo bico do bule”;

18    De coisa nova e bonita, diz-se: “É uma moça no banho”;

19    De gente gorda, diz-se; “Parece filho de ladrão quando o pai tá solto”;

20    De gente perfumada, diz-se: “Mais cheiroso do que filho de barbeiro”

21    De moça que não é mais virgem, diz-se: “É mais furada que tábua de pirulito”.

22    “Mais falso do que tábua de quixó”. Ou então: “Mais falso do que uma nota de sete” E ainda: “Mais falso do que carta de baralho” (tem duas caras);

23    “Mais quieto do que menino cagado”;

24    “Mais desarrumado do que ninho de xexéu”;

25    “Mais grosso do que papel de embrulhar prego”. Ou então: “Mais grosso do que cano de passar tolete”;

26    “Mais fraco do que caldo de batata”;

27    “Mais forte do que o fumo de Arapiraca”;

28    “Mais triste do que São Sebastião flechado”;

29    “Mais sorte do que rapariga nova” (Não chega prá quem quer no cabaré);

30    “Mais enfeitado do que penteadeira de rapariga”;

31    “Mais melado do que o PSD de Guarabira” (“melado” no sentido de embriagado);

32    “É melhor do que achar dinheiro em calçada alta” (Não precisa nem se baixar para apanhar);

33    “Mais empenado do que o gato da Zinebra”;

34    “Tremendo mais do que Toyota em ponto morto”;

35    “Vomitando mais do que urubu novo quando vê gente”;

36    “Se acabando pelo fundo como balaio de salineiro” (pessoa com caganeira);

37    “Se acabando pelo fundo como rede de aleijado”;

38    “Mais sujo do que puleiro de pato”;

39    “Mais sujo do que piso de oficina”;

40    “Mais enrolado do que cabelo de relógio”;

41    Diz-se do ladrão pé de chinelo: “Isso rouba até pano de ferida no quintal dos outros”;

42    “Mais desconfiado do que cachorro em cima de carga”;

43    “Mais lustroso do que espinhaço de pão doce”;

44    “Dorme mais do que gato em forno de padaria”. Ou então: “Dorme mais do que gato em bica”

45    Diz-se da pessoa extremamente pobre: “Não tem um lugar prá cair morto”. E também: “Não tem um pau prá dá num gato”. E ainda: “Não tem no cu o que um periquito roa”;

46    De gente que tem muita lábia (argumentos): “Tem conversa de botar um bode na chuva”. E também: “Tem conversa que derruba até avião”;

47    Com pessoa desordeira, diz-se; “Vai arranjar o chapéu da viagem”;

48    De pessoa com sintoma de desordem mental: “Parece até que chupou manga com febre.” E também: “Doido de jogar pedra na lua”;

49    De mulher “caridosa”, diz-se: “Dá mais do que paca da mão branca em noite de lua”;

50    De pessoa toda arrumada e alinhada: Tá toda nos panos”;

51    De gente sisuda, de cara amarrada, diz-se: “Mais sério do que um bode cagando numa canoa”;

52    De sujeito corno: “Leva mais chifre do que pano de toureiro”
53 "Não paga nem promessa de areia à Santo, morando embaixo do morro";
54 "Quem enricou de promessas foi São Sevrerino do Ramo";
55 "Mais por fora de que Barriga de mucura." Ou então: "Mais por fora do que língua de cachorro cansado" E  ainda: "Mais por fora do que quarto de empregada";
56"Mais cumprido do que vara de bater pecado";
57"Mais duro do que rabo de ovelha";
58 "Mais perigoso do que pastel de botequim";
59 "Mais afiada do que língua de manicure" ;
60 De gente gulosa, diz-se: "Come mais do que impinge braba". Ou então: "Come mais do que esmeril da França". E ainda: "Come mais do que areia de cimitério";
61 De gente metida a importante, diz-se: "Só que ser o que a folhinha não marca". Ou então: "Só quer ser as pregas";
62 "Mais por baixo do que cu de arraia" (Que fica abaixo da lama 3 dedos);
63 "Mais escuro do que casa de viúva";