domingo, 27 de julho de 2014

ROSA SEIS PONTO ZERO



 Socorro e D. Léa

 Eró, Rosa Rogério e o neto, Luís Paulo.

 Rogério puxando no cavaquinho os parabéns prá você.

 Rogério, eu e Eró.

 Rosa e Rogério.

 Rogério e Rosa com sua filha, Ana e seu neto, Luís Paulo

Ontem a noite foi o jantar de comemoração das 60 voltas em torno do sol da minha cunhada de estimação, Rosa Amélia, casada co meu irmão Rogério. A comemoração foi adiada em virtude do acidente com amãe de Rosa, D. Léa, que havia caído e quebrado o fêmur. Agora com D. Léa já operada e recuperada, aconteceu a comemoração. No jantar teve filé ao molho madeira, strogonof de frango e galinha caipira, com diversas saladas. Tudo muito gostoso, de juntar menino.
Parabéns Rosa, muitas felicidades junto aos seus e vida longa.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

SURPREENDENTE!!





SURPREENDENTE !!
(Só fazendo como o time de Teixeira – jogar descalço)
Marcos Inácio Fernandes*
Enfim, o caos. A Alemanha reproduziu no gramado do Mineirão, a blitzkrieg que fizeram na Europa no início da 2ª guerra Mundial, quando invadiram a Polônia, anexaram a Áustria e ocuparam a França, sem encontrar nenhuma resistência. Naquela época, no campo bélico, foi um passeio. Agora, no campo de futebol do Mineirão, contra o Brasil, foi outro passeio. Os germânicos nos derrotaram por 7 a 1 e podia ter sido de mais. Quem sintetizou muito bem o que aconteceu, foi meu amigo André: “foram tantos gols, que nem deu tempo de ter raiva”.
Ficou todo mundo perplexo e surpreendido com o placar tão elástico, a maior goleada que a seleção já levou na sua história. Agora, mas o que mais me surpreendeu, foi ter pessoas que acertaram o placar, coisa que me parecia impossível, e os comentários dos “especialistas” da crônica esportiva, quase todos,  a cata de bodes expiatórios e a reação dos vira-latas vibrando e se regozijando com o resultado. Dessa turma eu tenho nojo e quero distância.
O “caos” que anteciparam e difundiram com o #Não Vai Ter Copa, pois ia até faltar bola e apito, não se concretizou. Politizaram o evento e secaram o Brasil, de tal forma, que não estamos na final. Nosso time não teve tranqüilidade para jogar nem estabilidade emocional para encarar placar desfavorável.  Jogou sob muita pressão e com a obrigação de ganhar e foi o que se viu. – Humilhado em campo. O consolo é que podia ter sido um placar ainda mais dilatado e perdemos na bola sem apelar para a violência e a deslealdade.
Mas ninguém morreu por conta da acachapante derrota e a vida segue. Passada a perplexidade, ficamos conversando com os amigos na casa do Tadeu, que contou uma façanha do time de Teixeira na Paraíba num jogo contra o time de Patos. O time de Teixeira estava perdendo de 10 a zero no primeiro tempo aí eles perguntaram: agente pode jogar sem chuteiras? Eles jogaram descalços e viraram o jogo ganhando de 11 a 10 do time de Patos. Talvez tenha sido isso, que tenha faltado ao Brasil – jogar com espírito de peladeiros, jogar com prazer e naturalidade e não com a responsabilidade de “salvadores da pátria”.
Eu também me lembrei das coisas nefastas por conta do fanatismo futebolístico e da tragédia que pode acarretar. O fato. Numa das minhas férias em Natal, fui engraxar meus sapatos com um dos engraxates, que ficava nas imediações da Praça Kennedy, no Grande Ponto, que o povo rebatizou como “Praça das Cocadas”. Conversa vai, conversa vem, entrou um assunto sobre futebol e o engraxate me contou que tinha se convertido ao Evangelho e nunca mais havia pisado num Estádio de futebol. O motivo foi o seguinte: Ele disse que era um torcedor fanático do América do RN e numa decisão de ABC e América, ele amolou uma peixeira dos dois lados e foi para o Juvenal Lamartine, cheio de cachaça, disposto a matar e morrer. Postou-se no “frasqueirão” onde ficava a geral com a torcida mais fanática do ABC e gritou a valer provocando os torcedores do “mais querido”, doido que algum torcedor fosse tomar satisfação e o hostilizasse. Ele me disse que ocorreu um verdadeiro milagre, pois ninguém o molestou. Quando passou mais o efeito da bebida ele se deu conta da loucura que estava fazendo, bateu uma crise de choro e ele jogou fora a faca e jurou nunca mais por os pés num Estádio. Digo isso prá dizer que o futebol, que é capaz realçar as paixões e a fidelidade do torcedor não devia chegar ao extremo de provocar instintos mórbidos e selvagens contra adversários.
Outro tema que entrou na conversa foi a fixação do Felipão por manter Fred no time, em que pese, ele não ter correspondido dentro de campo. Eu me lembrei da Glosa de Laélio Ferreira de Melo, que ele fez com o seguinte Mote:
O centefor do “Angicos” / Só tinha um olho e jogava.
Glosa:
“Inimigo dos fuxicos
 da sua terra escabrosa
Mania tinha, sebosa,
O centefor do Angicos.
Comia muitos furicos,
 Muita bundinha papava;
No treinador se encostava
Durante a concentração;
Ganhava, assim posição –
Só tinha um olho, e jogava.”
A gente sabe que Felipão é muito macho e também muito teimoso.  Ele escolheu os melhores,  montou a sua base e deu oportunidade a muitos jogadores. Ele mostrou toda a sua dignidade quando assumiu a derrota como de sua responsabilidade. Registre-se, ademais, que todos os nossos atletas deram o máximo dentro de campo e, se não renderam o que se esperava deles, foi porque muitos outros fatores, extra-campo, interferiram no desempenho da equipe. Não adianta agora crucificar ninguém e procurar culpados e bodes expiatórios.
Que essa derrota faça aflorar, definitivamente, a crise que há muito tempo ronda o futebol brasileiro, que precisa rediscutir o papel da CBF, dos clubes, dos cartolas, do calendário dos campeonatos, da lei Pelé, dos patrocínios, das transmissões futebolísticas monopolizadas pela Globo e muitas outras variáveis, que está comprometendo o futebol brasileiro e arrefecendo a paixão do brasileiro por esse esporte, que é um traço da nossa cultura.
Espero, que essa derrota que nos deixou humilhados, redunde numa CRISE no nosso futebol, pois toda crise encerra perigos e oportunidades, como nos ensina a filosofia milenar chinesa.
Que saibamos afastar os perigos e descobrir as oportunidades, para que o nosso futebol possa voltar a desempenhar o seu papel lúdico e mágico e voltar a nos encantar a todos.

terça-feira, 1 de julho de 2014

A MAIOR CONQUISTA DOESPORTE BRASILEIRO



Oscar disputando a bola com os americanos

Atraso na Cerimônia
(Só quem morre de véspera é peru)
Marcos Inácio Fernandes*

“Pênalti é uma coisa tão importante, que quem devia bater é o presidente do clube.”  (Nenen Prancha)

Nessa copa, que está nos reservando tantas emoções, já houve duas decisões, no mata-mata, por pênaltis. (Brasil e Chile e Costa Rica e Grécia) E numa copa com seleções nacionais, seguindo a filosofia do Nenen Prancha, quem devia bater as penalidades é o Presidente da República? Por analogia, sim. Essa decisão tiraria dos jogadores o peso e a responsabilidade de, num simples tiro livre e num átimo, se transformarem em “salvadores” e/ou “vilões” da pátria. Ser consagrado ou vilipendiado, por sucessivas gerações, como foi o caso de Barbosa em 50. Não desejo isso prá nenhum jogador, que participa desse certame mundial, e gostaria que tantos os atletas como os torcedores e dirigentes encarassem a competição como um simples jogo de futebol, onde ganhar, perder ou empatar faz parte do jogo e que deve-se se saber lidar com qualquer resultado.

Deve-se, sobretudo, não se considerar favorito e nem subestimar nenhum adversário. O esporte nos dá lições a respeito e aqui eu lembro a epopéia de Indianapólis no Pan-Americano de 1987, quando Brasil e Estados Unidos, disputaram a medalha de ouro no basquetebol daqueles jogos, algo equivalente ao Brasil e Uruguai em 1950. Na minha concepção, aquela vitória do Brasil sobre os Estados Unidos por 120 a 115, foi a maior conquista esportiva nacional até agora. Não teve penta no futebol nem campeão olímpico masculino e feminino no voley, nem Ademar Ferreira, no salto triplo em Helsinque e Melbourn nos jogos olímpicos de 1952 e 1956, nem César Cielo nas piscinas do mundo, que se compare a fantástica vitória do Brasil sobre os Estados Unidos, na sua casa e num esporte em que eles eram, praticamente, imbatíveis.

Os Yankes estavam tão convictos da vitória, que nem levaram o hino brasileiro para a Market Square Arena, naquele 23 de agosto de 1987, e tiveram que adiar a cerimônia de premiação e saíram, nas carreiras, atrás do hino brasileiro, que foi executado com o Brasil subindo mais alto no pódio para receber suas medalhas de ouro.

Agora vendo uma entrevista do Oscar e Marcel, que foram os grandes protagonistas daquela vitória,( Oscar fez 46 pontos e Marcel 31 dos 120 pontos que o Brasil marcou), o Oscar falou que eles entraram em quadra como quem vai pro matadouro. Só não queriam que os Estados Unidos abrissem muita vantagem como fizeram com seus outros adversários. Ele lembrou que o técnico Ary Vidal, não fez preleção e disse apenas: vão lá e joguem. E como jogaram os meninos do Brasil! (Gerson, Guerrinha, Israel, Pipoca, Marcel e Oscar). Mesmo jogando muito a nossa seleção virou o 1º tempo com 14 pontos atrás e já nos primeiros minutos do 2º tempo, os americanos abriram 24 pontos de vantagem. Então, eles se lembraram do que Ary Vidal falou no intervalo: chutem de 3 pontos, essa regra foi feita prá vocês Marcel e Oscar, acreditem. Aí começou a cair as bolas de 3 pontos do Oscar e Marcel e o Brasil virou espetacularmente e conquistou o ouro que ninguém acreditava e esperava.

 A imprensa americana reagiu muito mal ao 2º lugar. Um grande jornal americano colocou na manchete esportiva: “Prata?! Joguem Isso no Lixo”.

 Espero que continuemos passando por nossos adversários e que a nossa imprensa, não se comporte como a americana e os nossos torcedores se conscientizem, que nesse torneio as seleções se equivalem. Os resultados apertados e nas prorrogações de Alemanha, França, Argentina e Bélgica, comprovam essa assertiva. Não há favoritos e muitas emoções nos aguardam.

Para encerrar gostaria que o Felipão se mirasse no exemplo de Ary Vidal e sua preleção para os nossos jovens craques, os melhores que conseguimos reunir, fosse a mesma do técnico do basquete: “Vão lá e joguem”

Tenho convicção, que se for abstraído os outros fatores, extra-futebol, que está pressionando nossos atletas, nosso futebol vai fluir e teremos mais tranqüilidade para construir resultados positivos. Podemos até não ganhar, mas espero que não nos falte disposição para tal.

 Lembrando, mais uma vez, o filósofo do futebol, Nenen Prancha, é bom que todos tenham clareza, que mesmo um evento de magnitude mundial como a copa e a glória de conquistá-la  “tudo é passageiro, menos o motorista e o cobrador”.

PS 1 – Depois que o Brasil derrotou os Estados Unidos no Pan de Indianápolis, eles resolveram participar dos jogos Olímpicos com seus jogadores profissionais. Foi ali que nasceu o “Dream Time” com os melhores do basquete americano.
PS 2 – 4ª e 5ª feira #Não Vai Ter Copa. 6ª feira ela continua

*Marcos Inácio Fernandes, é professor aposentado da UFAC e militante do PT.