quarta-feira, 25 de agosto de 2010

É - LUIS INÁCIO FALOU....!!!

...E nos encheu de orgulho. Confiram.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

VARGAS - HÁ 56 ANOS UM TIRO MUDOU A HISTÓRIA


Do blog Tijolaço do Brizola Neto.
A essa hora da manhã, 56 anos atrás, as ruas já estavam cheias de uma multidão atônita, em pânico, em lágrimas.

O estampido do pequeno revólver que disparara a bala fatal no coração de Getúlio Vargas ecoava como se fosse um poderosíssimo canhão, um grunhido de dor que enchia os subúrbios da cidade, tomava corpo e, em pernas, em caminhões, em trens e em ônibus, começava fluir, em ondas, para as praças.

E a dor e a raiva, tão sempre companheiras, se misturaram numa comoção coletiva e em atos de inconformismo, queimando os jornais que detratavam o velho, empresas estrangeiras. O então jovem gaúcho Paulo José, o grande ator, conta que a multidão, em Porto Alegre, saiu “depredando tudo que tivesse nome americano: o Consulado, as Lojas Americanas, até a American Boite…”

Nem eu nem você vivemos estas cenas. Elas e perderam no tempo e sobrevivem apenas em velhos e riscados filmes em preto e branco, como o que reproduzo aí em cima, com uma regravação, por Zé Ramalho, do genial “Ele disse”, composto por Jackson do Pandeiro sobre a carta testamento de Getúlio ainda ali, no terremoto da tragédia.

Mas será que é mesmo assim? Será que como as velhas fotos de família que parecem nos retratar como já não somos mais, na aparência, não se guardam ali as raízes do que fomos e somos e que irrigam nossos sonhos e desejos.

O Vargas dos direitos trabalhistas, do petróleo, da exploração soberana dos nossos recursos naturais, dos bairros operários, dos Iapis, que entoava o seu “trabalhadores do Brasil” ao discursar, para mostrar que falava ao povo, essencialmente, e não às elites deste país é uma destas raízes.

Formou-se e tomou corpo absorvendo a seiva das lutas sociais da primeira metade do século 20 e cresceu em direção à luz do sonho de uma soberania nacional, um desenvolvimento autônomo que, como o sol, não importa que o quão longe esteja, nos alimenta com sua força vital.

Ah, quantos machados e quantas serras tentaram cortar esta raiz. A ditadura e seus porões e seus exílios. Depois, os professores de finos modos e feroz crueldade, como Fernando Henrique e, como ele, outros tantos que, filhos de Vargas, desejaram tomar daquele pequeno revólver e disparar não contra seu peito, mas contra o que dentro dele havia: o desejo de um Brasil soberano, livre, forte, dono de suas riquezas e habitado por uma gente que reunia todas as diferenças de pele, voz, secas, águas, campos, praias, frios calores, mas que se igualava naquela expressão que os chamava à consciência de que éramos um povo e um povo valoroso:

“Trabalhadores do Brasil”.

Se Vargas estava morto,o que mais queriam matar?

Era isso, meus amigos, era isso.

Os que vieram de Vargas, na primeira geração, Jango e Brizola, receberam um anátema. Eram malditos. Foi preciso bani-los, para o exílio, para a morte ou para o desterro político do “ultrapassado, populista, demagogo”. Não houve poucos, que, com a arrogância dos que acham que, antes deles, nada havia, repetiram o que vinha das vozes oficiais, fixando seus olhos nas origens e nos defeitos dos homens, sem serem capazes de entender que ali não estavam apenas homens de carne e osso, mas personagens da história.

Mas o processo social é caprichoso. Ao tomar posse, depois de uma estrondosa eleição popular, Getúlio saudou o povo trabalhador dizendo: “Hoje, estais com o Governo, amanhã, sereis Governo”.

Pois não é que um operário de carne e osso – bem verdade que, por tempos, tutelado como ícone por um grupo de intelectuais onde não faltavam os elitistas, que torcia o nariz ao nome de Getúlio, chegou ao Governo. Lá, lá, ao seu jeito e nas suas circunstâncias, entendeu o que foi o velho, ao ponto de repetir seu gesto sujando a mão de petróleo, de praticar uma política de valorização do salário-mínimo que e muito mais forte do que aquele discurso de “conquista da categoria organizada” e de entender que modernização do país e crescimento econômico só podem existir, de verdade, quando há ascensão do nosso povão.

Em um artigo que li, do professor Emir Sader, ele pergunta:

- Como isso foi possível, depois de 21 anos de ditadura militar e de mais de uma década de governos neoliberais? Qual o fio condutor que articula o movimento popular brasileiro desde suas origens contemporâneas, na Revolução de 30, passando por estas oito décadas de acontecimentos tão significativos – progressivos e regressivos – até chegar ao complexo período que vivemos?

Foi, professor, o fio da História, aquele que é tecido por gente e por fatos, por sonhos, por conquistas e derrotas, em que cada ponto se apóia e firma no ponto anterior, e no anterior, e no anterior,até estarmos todos seguindo uma linha que podemos nem mesmo saber onde começa, mas que serpenteia inexoravelmente em uma direção, como um rio procura o mar.

PS. Hoje, às 15 horas, quando fizermos uma pequena homenagem a Getúlio, em seu busto, na Cinelândia, preparei uma surpresa, uma cena que vai parecer uma brincadeira a alguns. Não me importo. A memória de Vargas é para ser lembrada com alegria, não com lágrimas. Porque a melhor homenagem que ele poderia desejar está expressa na sua própria letra, às portas do gesto heróico de 24 de agosto de 1954: que o povo de quem ele foi escravo, um dia, não mais seja escravo de ninguém.

domingo, 22 de agosto de 2010

A BOCA DO JACARÉ VAI SE ABRINDO MAIS.




Do, insuspeito, Dtafolha Dilma abre 17 pontos sobre Serra. É a vaca indo, irremediavelmente, para o brejo.

A FOLHA CHUTA CACHORRO MORTO



Mais uma das ratazanaz abandona o navio. - A Folha de São Paulo. Em editorial, o jornal dos Frias, desanca o seu candidato. Em síntese, a Folha diz que, Serra desrespeita os seus eleitores. Confiram.

Editorial da Folha de S. Paulo*

Pode até ser que a candidatura José Serra à Presidência experimente alguma oscilação estatística até o dia 3 de outubro. E fatores imprevisíveis, como se sabe, são capazes de alterar o rumo de toda eleição. Não há como negar, portanto, chances teóricas de sobrevida à postulação tucana.

Do ponto de vista político, todavia, a campanha de Serra parece ter recebido seu atestado de óbito com a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma diferença acachapante a favor da petista Dilma Rousseff.

A situação já era desesperadora. Sintoma disso foi o programa do horário eleitoral que foi ao ar na quinta-feira no qual o principal candidato de oposição ao governo Lula tenta aparecer atrelado... ao próprio Lula.

Cenas de arquivo, com o atual presidente ao lado de Serra, visaram a inocular, numa candidatura em declínio nas pesquisas, um pouco da popularidade do mandatário. Como se não bastasse Dilma Rousseff como exemplar enlatado e replicante do "pai dos pobres" petista, eis que o tucano também se lança rumo à órbita de Lula, como um novo satélite artificial; mas o que era de lata se faz, agora, em puro papelão.

Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de "defender" o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. "Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/... Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu."

Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista. A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira.
A infeliz jogada se volta, não contra o PT, Lula, Dilma ou quaisquer dos 40 nomes envolvidos no mensalão, mas contra o próprio PSDB, e toda a trajetória que José Serra procurou construir como liderança oposicionista.

Seria injusto atribuir exclusivamente a um acúmulo de erros estratégicos a derrocada do candidato. Contra altos índices de popularidade do governo, e bons resultados da economia, o discurso oposicionista seria, de todo modo, de difícil sustentação em expressivas parcelas do eleitorado.

Mais difícil ainda, contudo, quando em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como "Zé", no improvável intento de redefinir sua imagem pública.

Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece. Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.

Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

42 ANOS DA EXTENSÃO RURAL NO ACRE

SEAPROF de cara nova (Ô quarentona enxuta)

Governador Binho Marques, saudando os Extensionistas.


O novo auditório (lotado) da SEAPROF


Pedrinho e Neurides, homenageiam, com flores, o Governador Binho


Governador Binho, lendo meu artigo: "O Orelhão da Emater" (Marcão, Nilton e Binho )



A reinauguração da SEAPROF, marcou os 42 anos da Extensão Rural, agora, Agroflorestal no Acre. Fomos homenageados juntamente com Monteiro e Carlos Alberto (Cacá). Foi uma solenidade emocionante onde tivemos o prazer de rever e confraternizar com os velhos companheiros da Extensão do Acre. A nossa casa ficou mais bonita e mais aconchegante. A Extensão merece. (Marcão)

Eis a cobertura da Assessoria de Imprensa do Governo.


Binho entrega sede da Seaprof revitalizada e modernizada
Escrito por Edmilson Ferreira
18-Ago-2010
Sistema de atendimento ao público e ambientes adequados à extensão rural destacam-se na reforma que prepara o órgão para a Nova Economia, de baixo carbono e alta inclusão social


Extensionistas pioneiros no Acre entregaram flores ao governador como agradecimento ao apoio no Estado (Fotos: Gleilson Miranda/Secom)
O governador Binho Marques entregou nesta quarta-feira, 18, o novo prédio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Após uma ampla reforma, o órgão passa a ser um modelo de modernização e infraestrutura que já está sendo adotado em outros prédios públicos. O ato marcou o aniversário de 42 anos da implantação da extensão rural e assistência técnica no Acre. Estiveram presentes assessores e secretários estaduais, o secretário de Agricultura de Rio Branco, Jorge Fadel, que representou o prefeito Raimundo Angelim; Paulo Vianna, diretor-presidente do Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf); Cassio Silveira, do Instituto Socioeducativo do Acre; Daniel Zen, da Fundação Elias Mansour; Fábio Vaz, secretário de Governo; Aníbal Diniz, secretário de Comunicação Social e Tainá Pires, diretora de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, além de gestores, lideranças classistas, técnicos e extensionista. Um minuto de silêncio prestou homenagem póstuma ao presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco, Jessé Santiago, morto nesta terça-feira, 17, em acidente de carro. Marcos Fernandes, Antônio Monteiro e Carlos Alberto Bernardes, três dos onze demitidos na década de 1980 por lutarem por um novo modelo de extensão rural, foram os convidados especiais do evento. "Nós só chegamos até aqui graças ao trabalho de vocês. Nos momentos mais difíceis vocês ficaram do lado da produção familiar", disse o governador.
São 2.425 metros quadrados de área que passaram por uma profunda reestruturação. A reforma geral de todo o prédio inclui troca total de piso, forro, novas instalações elétricas, lógica e de telefonia e internet. A readequação compreendeu também a criação de novos ambientes em forma de salões para as equipes técnicas. O salão de atendimento agora está mais espaçoso e ventilado. Foi realizada a substituição de toda a instalação das redes elétrica, lógica, telefônica e climatização, além da instalação de brises metálicos decorativos nas fachadas e uma pintura geral. O valor da obra é de R$ 1.682.569,00 e foi realizada com recursos do Tesouro Estadual, Governo Federal e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

No pavimento térreo, o prédio conta com recepção, auditório, sala de atendimento, biblioteca, protocolo, gerência de manutenção, copa, área de serviço, depósito de manutenção e limpeza, cozinha, refeitório, praça de convivência, WCs, salas de multiuso, sala de tecnologia da informação, gerência de transporte da produção, gerência de patrimôio e material, almoxarifado e depósito. O andar superior abriga a gerência da produção familiar, cinco salas de diretores, gabinete do secretária e chefia do gabinete, assessoria jurídica, gerência de planejamento estratégico, gerência interna e logística da produção, arquivos e WCs. "O fato é que a extensão agora olha a propriedade como um sistema integrado", disse Nilton Cosson.

A cerimônia realizada no auditório revitalizado transcorreu em clima de muita alegria. Extensionistas pioneiros apresentaram relatos e contaram "causos" do trabalho em campo. Madalena Abreu agradeceu ao governador pelo esforço de investimentos e compromisso com a extensão rural. De seu lado, Joselito Silva, técnico em armazenagem e servidor da Companhia de Armazéns Gerais do Acre (Cageacre) agradeceu ao governador em especial pela recuperação do Mercado dos Colonos, no Centro de Rio Branco, tido como patrimônio histórico da empresa. Os extensionistas Pedro e Eurides contaram acontecimentos engraçados envolvendo a atividade de extensionista em comunidades do interior do Acre. A dupla entregou um buquê de flores ao governador como gratidão dos servidores ao apoio do Estado.


São 2.425 metros quadrados de área que passaram por uma profunda reestruturação
(Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Compromisso com a extensão agroflorestal e a assistência técnica


Na reforma, todas as salas e espaços da secretaria foram totalmente reconstruído (Foto: Gleilson Miranda/Secom) Os esforços para fortalecimento da agricultura são amplos. Um bom exemplo é o programa Boa Compra, lançado recentemente pelo governador Binho Marques. O Boa Compra investe cerca de R$ 20 milhões na garantia de compra da produção de alimentos e beneficia mais de 7.000 famílias nos 22 municípios do Acre.
Agora a sede da Seaprof conta também com uma praça de convivência interna, um espaço para que os servidores possam ter um momento de descanso. O auditório foi totalmente reconstruído. O projeto foi coordenado pela Secretaria de Obras Públicas e Infraestrutura (Seop) e a reforma faz parte das metas do governador Binho Marques de terminar seu governo com todas as secretarias bem estruturadas. Trata-se de um marco no contexto da extensão agroflorestal e um diferencial no processo de fortalecimento do desenvolvimento rural sustentável. "Quando você tem um bom ambiente de trabalho, tem-se melhor qualidade nos serviços prestados para a população porque os funcionários se sentem melhor perante aquilo que fazem", disse Nilton Cosson, titular da Seaprof. Esta é a terceira reorganização do prédio da Seaprof e a primeira de forma ampla e completa.

Um dos emblemas da luta dos trabalhadores do Acre


Nova estrutura valoriza profissionais que hoje atuam na extensão rural no Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom) O prédio é emblemático na história da Empresa de Extensão Rural e Assistência Técnica (Emater) do Acre, que deu origem à Seaprof. Na década de 1980 esteve ameaçado de arresto para pagamento de dívidas previdenciárias, e, por causa das instalações precárias, sofreu princípio de incêndio. Esse foi o período de descaso e abandono pelo qual passou a agricultura familiar no Estado. Em 1999, por exemplo, a Seaprof possuía apenas dez escritórios em algumas cidades. Atualmente, são 32 escritórios em todos os 22 municípios. Nos últimos quatro anos, a parceria entre Governo do Acre e órgãos da União possibilitou investimentos de R$ 14 milhões na agricultura familiar.
Nos idos de 1980, um grupo de extensionistas deflagrou o debate que resultaria em um novo modelo de extensão rural, na época completamente voltado para fazendeiros e seringalistas. O grupo de onze técnicos queria que o serviço envolvesse os sindicatos de pequenos agricultores e acabou demitido, recorreu à Justiça e ganhou o direito de retornar aos quadros da Emater. "Ficamos 21 meses fora", lembrou Marcos Fernandes, ex-titular da Seaprof. Entre os demitidos estavam também Carlos Alberto Bernardes, o Cacá, que junto com Antonio Monteiro prestou concurso público e foi aprovado para trabalhar na Emater do Rio de Janeiro. "O modelo que propomos naquela época evoluiu para a extensão agroflorestal", disse Carlos Alberto.
Enviei o seguinte e-mail para os amigos e companheiros da Extensão Brasil afora e tive o prazer de receber as seguintes mensagens:



Companheiros e amigos da Extensão.


Hoje se comemorou em grande estilo o aniversário
de 42 anos da Extensão no Acre. A sede original da EMATER, foi
completamente reformada e equipada com móveis e equipamentos novos e
bonitos. Foi uma festa bonita onde aconteceu uma singela homenagem a
minha pessoa e outros companheiros (Jurássicos ) da Extensão acreana.
Encaminho algumas fotos e o texto de cobertura da Assessoria de
Imprensa do Governo. É a Extensão sempre nos proporcionando emoções e
sentimentos bons.
Saudações Extensionistas do:
Marcão.

O que os companheiros e amigos da Extensão disseram:


Verneck para mim
PARABÉNS MARCÃO.
Faltou o texto "O Orelhão da Emater"
Vou repassar a reportagem para os colegas da EMATER-PARAÍBA
Um abraço,
Verneck

Maria do Carmo Lira Silva para mim
Muito obrigada pelo envio da matéria.
Esse é o Marcão que conheço.
Bjs....



Osman para mim
Amigo Marcos.
Parabéns pelos 42 anos da EXTENSÃO RURAL trabalhando pelo desenvolvimento da agricultura e da família rural do ACRE.
Grande abraço e aplausos para os extensionistas que participaram dessa longa, valiosa e bem sucedida missão.
Para você, o abraço fraternal do "velho" e saudoso extensionista e amigo

Osman


Mário Varela Amorim para mim
Estimado MARCÃO,
Obrigado pela boa notícia dos 42 anos da ATER ACREANA. Parabéns pela homenagem recebida, pois você é um dos ilustres da ATER brasileira.
Parabéns
Mário Amorim

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O SHOW DA NOITE

CARTA DOS BLOGUEIROS PROGRESSISTAS


Carta dos Blogueiros Progressistas

“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa, na medida em que a imprensa compreensiva do rádio e da televisão se define como serviço público sob regime de concessão ou permissão, ao passo que a internet se define como instância de comunicação inteiramente privada” MinistroAyresBritto

Em 21 e 22 de agosto de 2010, homens e mulheres de várias partes do país se reuniram em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros, com a finalidade de materializarem uma entidade, inicialmente abstrata, dita Blogosfera, a qual vem ganhando importância no transcurso desta década devido à influência progressiva que passou a exercer na comunicação e nos grandes debates públicos.

A Blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que alude a àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir o que já se tornou o primeiro meio de comunicação de massas autônomo. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um ato de heroísmo porque não existem meios sólidos de financiamento para exercer a atividade profissionalmente, ou seja, obtendo remuneração.

Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a Blogosfera Progressista siga crescendo e ganhando influencia em uma comunicação de massas dominada por um oligopólio poderoso, influente e, muitas vezes, antidemocrático, os blogueiros progressistas se unem para formularem aspirações e propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação está passando no Brasil e no mundo.

Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:

I – Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro extemporaneamente alijada de um meio de comunicação de massas como a internet no limiar da segunda década do século XXI, o que é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos nessa área já são acessíveis a qualquer cidadão de qualquer classe social nos países em estágio civilizatório mais avançado.
Apesar do apoio ao PNBL, os Blogueiros Progressistas declaram que, mesmo entendendo a iniciativa governamental como positiva, julgam que precisa de aprimoramento, pois da forma como está ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. A velocidade de processamento a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada ou não realizará aquilo a que se propõe.

2 – Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil e, entre outras coisas, proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação de massa e que dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado.
Por omissão dos Poderes Executivo e Legislativo na regulamentação da matéria e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os Blogueiros Progressistas decidem mover na Justiça brasileira uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação das leis que determinam profundas alterações na realidade da comunicação no Brasil supra descrita e que vêm sendo solenemente ignoradas.

3 – Combatemos iniciativas que tramitam no Poder Legislativo tais como o Projeto de Lei de autoria do senador mineiro Eduardo Azeredo, iniciativa que se notabilizou pela alcunha de “AI-5 digital” e que pretende impor restrições policialescas à liberdade de expressão na rede mundial de computadores, bem como as especulações sobre o que se convencionou chamar de “pedágio na rede”, ou seja, a possibilidade de os grandes grupos de mídia poderem veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas como capacidade e velocidade de processamento em detrimento do que for produzido pelos cidadãos comuns e pelas pequenas empresas de comunicação.

4 – Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a veiculação de publicidade privada e oficial remuneradas nos blogs, bem como outras formas de financiamento que efetivamente viabilizem essa forma de comunicação representada pela Blogosfera Progressista, de maneira que possa ser produzida por qualquer cidadão que disponha de competência para explorar seu potencial econômico e comercial, exatamente como fazem os meios de comunicação de massas tradicionais com amplo apoio do Estado por meio de fartas verbas públicas que, com freqüência, são repassadas sob critérios meramente políticos e que ignoram a orientação constitucional que determina pluralidade na comunicação do país.

5 – Cobramos dos Poderes Executivo e Legislativo que examinem com seriedade deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) como a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.

6 – Deliberamos pela instituição de um Encontro Anual dos Blogueiros progressistas, que deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenham contato com esse evento e, em algum momento, com o universo da blogosfera.

7 – Lutaremos para instituir núcleos de Apoio Jurídico aos Blogueiros Progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo, por parte da classe política e de grandes meios de comunicação de massas.

São Paulo, 22 de agosto de 2010

Altamiro Borges
Conceição Lemes
Conceição Oliveira
Diego Casaes
Eduardo Guimarães
Luis Nassif
Luiz Carlos Azenha
Paulo Henrique Amorim
Rodrigo Vianna

COMEÇOU O MASSACRE!!

Agora é desenbanhar o sabre e partir para o corpo a corpo. Até a vitória. (MIF)




Weissheimer: O olhar mineiro e o pensamento gaúcho
17/08/2010

O sentido histórico de uma candidatura (e de um programa)

O primeiro programa de Dilma na TV cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação da jornada que ele apresenta e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior

O primeiro programa de TV da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República calou fundo. E a emoção que despertou não foi resultado de um truque de marketing. A excelência técnica, neste caso, foi submissa ao sentido histórico da candidatura. Entregou-se por inteiro, de joelhos – a qualidade de imagem, de edição, de som, de roteiro –, para narrar um pedaço da história recente do Brasil e para apresentar uma importante personagem dessa história. A imagem de abertura é simples e poderosa: uma estrada, um veículo e somos convidados a seguir em frente com as nossas crenças, paixões e compromissos. Essa jornada, no programa, não é uma invenção aleatória, mas sim um trajeto muito bem situado historicamente. Tem passado, presente e futuro. E estabelece nexos entre eles.

Há vários detalhes que devem ser destacados. Nos programas vitoriosos de Lula, em 2002 e 2006, a ditadura militar não foi tema no debate eleitoral. Agora, aparece já no primeiro programa de Dilma. Por duas razões. Os adversários de Dilma querem usar contra ela seu passado na luta armada contra a ditadura militar, apresentando-a como uma “terrorista”. O expediente, explicitado didaticamente na capa da revista Época, já depõe contra o candidato José Serra que, supostamente, também foi perseguido pela ditadura militar. Se não foi supostamente, ou seja, se foi de fato, não deveria jamais autorizar esse tipo de argumento autoritário e aliado do fascismo que governou o país por aproximadamente duas décadas. Mas o tiro da Época saiu pela culatra e ajudou a consolidar, na figura pública de Dilma, uma dimensão histórica que não era desejada por seus adversários (não deveria ser ao menos). A capa da revista vai, entre outras coisas, inundar o país com milhares de camisetas como a fotografia de uma mulher que entregou-se de corpo e alma na luta em defesa da democracia. Então, ela não é apenas uma “gerentona linha dura”, sombra de Lula, sem história nem passado. A candidata não só tem passado, como o resgate desse passado parece incomodar o candidato Serra, ele também, supostamente, um resistente da ditadura.

Isso não é pouca coisa. Como tantos outros brasileiros e brasileiras valorosos, Dilma participou da resistência armada contra um regime criminoso que pisoteou a Constituição brasileira e depôs um presidente legitimamente eleito. E a palavra legitimidade adquire um sentido muito especial neste caso. A transição da ditadura para a democracia, como se sabe, ocorreu com muitos panos quentes e mediações. Muita coisa foi varrida para debaixo do tapete por exigência dos militares e seus aliados civis conservadores. E agora, uma filha da geração dos que lutaram contra a ditadura apresenta-se como candidata a disputar o posto mais alto da República. Mais ainda, como candidata a dar prosseguimento ao governo do presidente com a maior aprovação da história do país. Um presidente saído das fileiras do povo pobre, sindicalista, que também participou da luta contra o regime militar e ajudou a acelerar a transição para a democracia.

Dilma representa, portanto, a linha de continuidade de uma luta interrompida pelo golpe de 1964, retomada no processo de redemocratização e que hoje materializa-se em um governo com aproximadamente 75% de aprovação popular. Ela representa também a possibilidade de outras retomadas para fazer avançar a democracia brasileira. Em outras palavras, é uma candidatura com sentido histórico bem definido, um sentido que remonta a um período anterior inclusive ao golpe militar de 1964. Quando Dilma diz que olha o mundo com um olhar mineiro e que pensa o mundo com um pensamento gaúcho, não está fazendo um gracejo regionalista, mas sim retomando uma referência histórica que remonta à primeira metade do século XX e que, ainda hoje, causa calafrios nas elites econômicas e políticas de São Paulo. Essas são algumas das razões pelas quais o programa de Dilma calou fundo. Ele fala da história do Brasil, de algumas das lutas mais caras (na dupla acepção da palavra, querida e custosa) do povo brasileiro, de vitórias e derrotas. Isso transparece em suas palavras e em seu olhar. Há verdade aí, não invenção de propaganda eleitoral. Ela viveu aquilo tudo e tem hoje a oportunidade de conduzir o Brasil nesta jornada, na estrada que nos leva todos para o futuro.

Passado, presente e futuro não são categorias isoladas e aleatórias. Um não existe sem outro. São diferentes posições que assumimos nesta estrada que aparece no programa. É um programa que cala tão mais fundo quanto mais percebemos os elos de ligação nesta jornada e a oportunidade histórica que essa eleição oferece de religar alguns fios dessa trama que, em função de algumas doloridas derrotas, acabaram ficando soltos pelo caminho.

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UMA AMOSTRA DO QUE VEM POR AÍ NO HORÁRIO DO PT

Nem começou o horário eleitoral e Dilma já coloca 11 pontos na frente do Serra, segundo o IBOPE, do presidente Montenegro, que havia dito que o teto da Dilma era de 15% das intenções de voto. Amanhã começa o massacre de Serra/FHC. Vejamos uma amostra que o site VERMELHO elaborou.

domingo, 15 de agosto de 2010

SERRA, RUMO AO OSTRACISMO


A charge da semana é do Cancio:


Ostracismo era uma forma de punição política empregada inicialmente pelos atenienses. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos. Seus bens ficavam guardados na cidade e ele se tornava como de fora. Foi decretada em Atenas no ano de 510 A.C. por Clístenes e foi posto em prática no ano 487 A.C. como luta contra a tirania.
O político que houvesse proposto projetos e votações para beneficio próprio para retornar para a tirania era candidato certo ao ostracismo.
O primeiro político punido com o ostracismo foi
Hiparco e mais tarde os políticos Megacles, Jantipo (pai de Péricles) e no ano 482 A.C. foi a vez de Aristides. Ao que parece o último punido foi o demagogo Hipérbolo no ano 417 A.C.
A votação era feita inicialmente pela assembleia de
Atenas. Se a votação tinha como resultado voto favorável ao ostracismo então uma votação pública era feita dois meses mais tarde. Se o resultado final fosse confirmado o político tinha 10 dias para deixar a cidade. Poderia voltar depois de 10 anos ou se outra assembleia seguida de votação pública trouxesse perdão.
O processo deve ser distinguido do uso atual do termo, que genericamente refere-se à modos informais de exclusão de um grupo através do isolamento social. Derivado, assim do mundo grego, ainda, o exemplo social antropológico clássico de ostracismo, é a expulsão de membros da tribo
Aborígene pré-colonial Australiana, que poderia resultar em morte do membro expulso.
Em Atenas, o ostracismo contribui para a manutenção da república.
(Fonte: Wikpédia a Enciclopédia Livre)

AS ORGANIZAÇÕES GLOBO: DE BRAÇOS DADOS COM A DITADURA


Pescado do VÍ O MUNDO, do Luiz Carlos Azenha. Compartilho.

O dono das Organizações Globo, Roberto Marinho (direita), de braços dados com o general-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo (nos anos 80).

“Sinto-me feliz todas as noites quando ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante após um dia de trabalho”. Frase do general-presidente Emilio Garrastazu Médici, nos anos 70, sobre o Jornal Nacional, da TV Globo.

Por sugestão do leitor Marat e para benefício dos leitores mais jovens, que não viveram essa época, abro espaço para que vocês deixem nos comentários dicas de leitura, de fotos e de documentários que contextualizem a relação das Organizações Globo — da qual faz parte a revista Época — com o regime militar (1964-1985).

O GOLPE DE MESTRE


Pescado do blog CONVERSA AFIADA, do Paulo Henrique Amorim. Compartilho.

Tesoureiro do Robanel some com grana do
Serra. Dra. Cureau, vai ficar por isso mesmo ?
Publicado em 14/08/2010 Compartilhe Imprima Vote (+38)

Paulo Viera de Souza, o “bom de bico” nega tudo

A revista IstoÉ desta semana publica a reportagem “Um tucano bom de bico”.

“Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por lideres do PSDB, de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa (dois – PHA) da campanha.”

O tamanho do “sumiço”, segundo a IstoÉ, é de R$ 4 milhões.

Coisa pouca.

O engenheiro potiguar – clique aqui para ler – Paulo Vieira de Souza “… atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel (também conhecido como “Robanel dos Tunganos” – PHA), empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação (inútil – PHA) da marginal do Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão”.

O interessante é que o PSDB não vai poder reclamar a grana de volta.

As contribuições, aparentemente, segundo a Istoé, são “por fora”.

Ou seja, ilegais.

Sem contabilidade.

O chamado “Caixa Dois” de campanha” – um produto tão brasileiro quanto o guaraná da Amazônia.

Ou seja, o PSDB ia receber grana “por fora”.

Ilegal.

Como é que é ?, dra. Cureau ?

Grana para a campanha “por fora”?

A senhora não acha isso grave, dra Cureau ?


Paulo Henrique Amorim

EU SEI, MAS NÃO DEVIA

Recebi do meu amigo, conterrâneo e confrade, Mário Amorim. Compartilho.



EU SEI, MAS NÃO DEVIA

Neste texto comovente , a jornalista e escritora Marina Colasanti
descreve a vida real de milhões de pessoas.

Será que essas pessoas
têm consciência da vida que levam?
Eu sei que a gente se acostuma . Mas não devia .
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor . E, porque não tem vista , logo se acostuma a não olhar para fora . E, porque não olha para fora , logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas . E, porque não abre as cortinas , logo se acostuma a acender mais cedo a luz . E, à medida que se acostuma, esquece o sol ,esquece o ar,esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora . A tomar o café correndo porque está atrasado . A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem . A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado . A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia .
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra . E, aceitando a guerra , aceita os mortos e que haja números para os mortos . E, aceitando os números , aceita não acreditar nas negociações de paz.(.....)
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir . A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto .
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita . E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar . E a ganhar menos do que precisa . E a fazer fila para pagar . E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais . E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro , para ter com que pagar nas filas em que se cobra .
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes . A abrir as revistas e ver anúncios . A ligar a televisão e assistir a comerciais . A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado , conduzido , desnorteado , lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição .Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor . Ao choque que os olhos levam na luz natural . Às bactérias da água potável . À contaminação da água do mar . À lenta morte dos rios . Se acostuma a não ouvir passarinho , a não ter galo de madrugada , a temer a hidrofobia dos cães , a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta .
A gente se acostuma a coisas demais , para não sofrer . Em doses pequenas, tentando não perceber , vai afastando uma dor aqui , um ressentimento ali , uma revolta acolá . Se o cinema está cheio , a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço . Se a praia está contaminada , a gente molha só os pés e sua no resto do corpo . Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana . E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza , para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas , sangramentos , para esquivar-se de faca e baioneta , para poupar o peito . A gente se acostuma para poupar a vida . Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar , se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina . Eu sei, mas não devia . 1.ed.RJ, Rocco, 1996)

AO TERRORISMO DOS MARINHO, RESPONDEREMOS: DITADURA NUNCA MAIS!


É um passado que enobrece a candidata (MIF)


Do blog CIDADANIA, do Eduardo Guimarães.

Se pudesse dar um conselho a Dilma Rousseff, diria que não se preocupasse com o seu principal adversário. Ele não existe, simplesmente. É a roupa que não se sustenta em pé sem um cabide (a mídia). Poderia ter qualquer nome ou forma, é apenas o que estava à mão da direita, da qual a mídia corporativa é a manifestação mais poderosa, hoje em dia…

O problema de Dilma é a mídia – e continuará sendo inclusive se a petista vencer a eleição. E, para ser mais claro, dou nome aos bois que executarão a tarefa de tentar desmoralizar a candidata: Organizações Globo, Grupo Folha, Grupo Estado e Editora Abril, com as capilaridades todas desses impérios de comunicação.

Agora virão com tudo, as concessões públicas de rádio e tevê, os grandes jornais e revistas semanais irrigados com o dinheiro dos impostos de TODOS os brasileiros, enquanto tais meios acusam o governo de dar a alguns bloguinhos o que eles é que recebem aos caminhões simplesmente por conta de uma lei não escrita, mas que o governo Lula continuou obedecendo, parcialmente, para evitar maiores encrencas.

Mas o que restaria à mídia tucana tentar se não mais do mesmo? Vêm aí mais acusações a Dilma. Por alguma razão, as famílias supra mencionadas e os seus amigos donos de tevês, rádios, jornais e revistas acham que não acusaram suficientemente a candidata.

Encontrei lá no blog do Luis Nassif um bom exemplo do que já começa a ser tentado, na forma de reprodução e questionamento de matéria da revista Época levantando suspeitas sobre o passado guerrilheiro de Dilma, para variar. Ou seja: volta a tática do medo, até então moribunda depois das besteiras ditas por Índio da Costa e avalizadas por José Serra.

A mídia não vê alternativa – e talvez não haja mesmo. Quem sabe a tática do medo leva a eleição para o segundo turno, pelo menos…

Mesmo com a experiência de 2002 e, sobretudo, com a de 2006, quando Alckmin, na segunda rodada da eleição, teve menos votos do que na primeira, a direita continua achando que o segundo turno é “uma outra eleição” – eles repetem tanto as próprias frases feitas que terminam acreditando nelas.

As pessoas mais politizadas ficarão irritadas, as menos politizadas ficarão indiferentes, mas todos teremos que agüentar essa baixaria. Pelo menos teremos a satisfação de vencer essa estratégia simplesmente não fazendo nada, deixando que ela, sozinha, trucide o último fio de possibilidade de Serra de, mesmo não vencendo, sair da eleição de cabeça erguida.

sábado, 14 de agosto de 2010

Eu também (MIF).


Tudo pronto para o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
por Conceição Lemes



“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa.” Ayres Britto, ministro STF.

Com esse lema, acontece na próxima semana o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. Será em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros.

Show do grupo de Luis Nassif, na sexta às 20h, abre o evento. No repertório, choro, samba e MPB.

No sábado, as atividades da parte da manhã vão das 9h às 12h. Programação prevista:


9h, mesa de abertura: Rodrigo Vianna (SP, Escrevinhador) e Leandro Fortes (BSB, Brasília eu vi) falam sobre os objetivos e a dinâmica do encontro.


9h30 às 12h, debate: O papel da internet e os desafios da internet, com Paulo Henrique Amorim (SP, Conversa Afiada), Luis Nassif (SP, Luis Nassif Online ) e Débora da Silva (Santos, Movimento Mães de Maio). Moderadores: Rodrigo Vianna e Leandro Fortes.

No sábado à tarde, a partir das 14h, temas que envolvem o dia a dia dos blogueiros:

14h, painel: Ameaças à internet, neutralidade na rede e questões jurídicas, com Túlio Vianna, professor da Faculdade de Direito da UFMG (MG, Túlio Viana), Paulo Rená (Brasília , Hiperfície) e Marcel Leonardi, especialista em direito digital e professor da Escola de Direito da FGV-SP. Moderador: Diego Casaes (SP, Global Voices Online).

15h, painel: Como financiar a blogosfera, com Geórgia Pinheiro (Conversa Afiada) e Leandro Guedes (SP, Juiz de Fora, Café Azul Agência Digital). Moderador: Renato Rovai (SP, Revista Fórum).

16h, oficina: Narrativas na internet (blogs, twitter,tvweb, tecnologias de uso da web), com Luiz Carlos Azenha (SP, Viomundo), Conceição Oliveira (SP, Maria_Frô), Emerson Luis (Brasília, Nas Retinas), Guto Carvalho (Brasília, Guto Carvalho). Moderador Eduardo Guimarães (SP, Blog da Cidadania)

No domingo, as atividades também começam às 9h. O objetivo é a troca de experiências. Os participantes serão divididos em seis grupos. Cada um terá dois moderadores, que relatarão seus trabalhos, abrindo espaço para que outros blogueiros façam o mesmo, debatam e proponham sugestões.

Grupo 1: Altino Machado (AC, Altino Machado e Blog da Amazonia, da Terra Magazine) e Claudia Cardoso (RS, Dialógico)

Grupo 2: Antonio Mello (RJ, Blog do Mello) e Lola Aronovich (CE, EscrevaLolaEscreva).

Grupo 3: Lucio Flávio Pinto (AM, Jornal Pessoal) e Carlos Latuff (RJ, Latuff DevianArt).

Grupo 4: Leonardo Sakamoto (SP, blog do Sakamoto) e e Daniel Pearl Bezerra (CE, Dilma 13 e Desabafo Brasil).

Grupo 5: Emílio Gusmão (BA, Blog do Gusmão) e Cloaca (RS, Cloaca News)

Grupo 6: Helio Paz (RS, Helio Paz) e Rogério Tomaz Jr (BSB, Brasília-Maranhão).

Desde já, convidamos você a visitar esses blogs, para conhecer um pouco mais os nossos palestrantes. Tem de tudo: economia, política, direitos humanos, meio ambiente, mulher, questões jurídicas, movimentos sociais, internet. No início da próxima semana, postaremos um texto com mais informações sobre eles.

Aliás, neste final de semana, postaremos a proposta inicial da Carta dos Blogueiros. Leiam, comentem e enviem sugestões para contato@baraodeitarare.org.br

HOSPEDAGEM E ALMOÇO GARANTIDOS; ESTUDANTES PAGARÃO 20 REAIS

Como dissemos desde o início, a comissão organizadora faria de tudo para garantir a participação de blogueiros de fora da capital paulista.

Pois – felizmente!!! – com as cotas de patrocínio vendidas esta semana, temos ótimas notícias.

Primeira: vamos bancar a hospedagem dos blogueiros do interior de São Paulo e dos demais estados. Será no hotel Braston, da rua Augusta. São quartos com duas camas. O café da manhã está incluído no pacote.

Segunda: a comida está garantida. No sábado, será um almoço num restaurante próximo ao Sindicato dos Engenheiros. No domingo, haverá um superlanche, que incluirá frutas, sucos, lanches naturais. Ele será antes da plenária, quando serão lidos os relatórios dos grupos da manhã. Em seguida, será votada e aprovada a Carta dos Blogueiros.

Terceira ótima notícia: todo estudante pagará 20 reais. Atendendo à reivindicação de vários blogueiros, o desconto não será exclusivo aos alunos de comunicação. Quem pagou além, terá o dinheiro devolvido.


Importante: as inscrições devem ser pagas IMPRETERIVELMENTE até segunda-feira, 16 de agosto, na conta abaixo:


Banco do Brasil
Ag. 4300-1
C/C. 50141-7
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
CNPJ. 12.250.292/0001-08 (é necessário, caso a transferência seja eletrônica)

Por favor, envie o comprovante por e-mail para contato@baraodeitarare.org.br ou via fax para (011) 3054-1848. Escreva no documento o seu nome, cidade e estado. É para consolidar a inscrição. Indique se precisará de hospedagem.

24 AMIGOS DA BLOGOSFERA

Tudo isso só se tornou possível graças ao apoio financeiro dos Amigos da Blogosfera. São estes:

Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)

CUT (Central Única dos Trabalhadores) nacional

CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)

Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo

Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)

Federação Nacional dos Urbanitários (FNU)

Federação dos Químicos de São Paulo

Força Sindical

Fundação Maurício Grabois

Fundação Perseu Abramo

Agência T1

Café Azul

Carta Capital

Carta Maior

Conversa Afiada

Opera Mundi

Rede Brasil Atual

Revista Fórum

Seja Dita a Verdade

TVSL

Viomundo

O 1º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas tem o apoio institucional do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Movimento dos Sem Mídia (MSM) e Altercom.

No domingo, no final da plenária, faremos a prestação de contas. Ela será também postada na internet para que todos podem acessá-la.

* Comissão Organizadora: Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Altamiro Borges, Conceição Lemes, Eduardo Guimarães, Conceição Oliveira, Rodrigo Vianna, Renato Rovai e Diego Casaes.

* O Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo fica na rua Genebra, 25. É onde ocorrerão os trabalhos dos dias 21 e 22 de agosto. O show do Luis Nassif será na Regional Paulista do Sindicato dos Bancários: rua Carlos Sampaio, 305.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A OPOSIÇÃO FOI À LUTA

Sem comentários. (MIF)

ATÉ TU, DATAFOLHA!!

Os ratos já começam a bandonar o navio.





DILMA 41% X SERRA 33%

DATAFOLHA JOGA A TOALHA E DÁ UM CAVALO DE PAU DE 9 PONTOS EM 20 DIAS PARA SE 'ADEQUAR' AO DECLÍNIO TUCANO

Entre a pesquisa de 24 de julho e a de agora, um intervalo de 20 dias, o Datafolha tira 4 pontos de Serra e adiciona cinco pontos às intenções de voto em Dilma. O que se intui por esse ajuste sem pudor é que a situação de Serra pode ser até pior. Há muito, o esfarelamento de sua candidatura vem sendo constatado por praticamente todos os demais institutos. Só o Datafolha resistia. Ao jogar a toalha sangrando Serra em praça pública com um cavalo de pau de nove pontos, o instituto da família Frias envia uma mensagem devastadora, quase uma admissão pública de que 'não dá mais para segurar'. O recado pode desencadear um 'salve-se quem puder' na coalizão demotucana, multiplicando-se as defecções na base aliada às vésperas de iniciar o horário político eleitoral. Esse risco é reforçado por outro indicador indigesto revelado pela pesquisa, uma espécie de 'fuja dele se você for candidato' que parece dar razão às estratégias de campanha que já escondem o nome e o rosto de Serra em santinhos. O ex-governador de SP, com declinantes 33% de apoio, já se aproxima dos 30% de rejeição -- está com 28%, segundo o Datafolha. Confirma-se assim o que outros institutos vinham captando: o tucano se debate espetado em uma cruz feita de porcentuais quase idênticos, mas de sinais trocados, em que a linha da rejeição sobe e a das intenções de votos desaba. A cristianização de sua candidatura, a exemplo do que ocorreu com o presidenciável Cristiano Machado, nos anos 50, abandonado pelo próprio partido, o PSD, que apoiou Vargas, pode se tornar um fenômeno epidêmico nas campanhas demotucanas em todo o país. (Carta Maior; 14-08)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VEJA MENTE

Na sua última edição, histórica,de nº 2.177 de 11 de agosto, que trouxe o direito de resposta do PT, a Veja, como de costume, volta a mentir. Ela publicou na coluna "Panorama. HOLOFOTE" texto do Felipe Patury, que transcrevemos na íntegra: "SALTO ALTO É ISSO AÍ" O que não falta ao PT é autoconfiança. A dois meses da eleição, o partido debate a sucessão na presidência do senado que só ocorrerá em fevereiro de 2011. A agremiação especula sobre as chances de três interessados no cargo: o mineiro Fernando Pimentel, o sul mato´grossense Delcídio Amaral e o acriano Jorge Viana. Eles ainda precisam passar pelo crivo das urnas, mas os petistas estão certos de que o trio garantirá vaga no congresso. Um exemplo: o suplente de Jorge Viana, Nilson Mourão, espalhou no Acre que seu titular será ministro de Dilma Roussef. Viana desconversa, mas o oba-oba aborrece o principal aliado do PT, o PMDB, que está instalado na presidência do Senado e não pretende abrir mão do postona próxima legislatura."
O Deputado Nilson Mourão está elaborando sua resposta ao panfleto da Abril para repor a verdade. Para quem não se lembra, Nilson já rasgou uma Veja no plenário da Câmara Federal em protesto as agressões da revista ao Presidente Lula. Como diz a Chica Marinheiro: Nilson é baixinho, mas não é pedaço. Aguardamos a resposta do nosso grande Nilson Mourão.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MEU PAI SEMPRE ME DIZIA...

"...Você não enxerga dois palmos além do nariz". Era um profeta. (MIF)

"Quano penso no futuro, não esqueço o meu passado... Desilusão..."

domingo, 8 de agosto de 2010

MINHA HOMENAGEM AOS PAES

A música de Miguel Gustavo, que o Ivon Cury, interpretava.



É sempre o papai - Miguel Gustavo

Papai, papai, papai
Quem é que atura
A cara feia da titia
Que vem cá pra casa
Pra ficar um dia
E a semana passa
E a tia não vai
É o papai
É sempre o papai

Quem é que ganha
Palmadinha de carinho
E agrado do filhinho
Que já tem um carro
Mas não tem cigarro
E anda sem nenhum
E sempre quer algum
Quando de noite sai
É o papai

Que é que luta
Trabalhando como um louco
E o dinheiro é sempre pouco
Porque sempre tem modista
Tem jantares na cidade
Tem festa de caridade
Onde a mamãe vai, ai, ai...
É o papai

Quem é que agora
Tem um dia todo seu
Todo seu completamente
Pra ganhar presente
E o papai tá tão contente
E o dinheiro do presente
Dá onde é sai...
É do papai

CRISTIANIZAÇÃO DO SERRA NO RIO GRANDE DO NORTE


A senadora Rosalba Ciarlini (PFL, ex-Arena), candidata do Demo ao governo do Rio Grande de Norte, está fugindo de Zé Chirico como o Tinhoso da cruz. Tanto é que as peças publicitárias de sua campanha eleitoral não estavam sequer fazendo menção ao tucano, como é de praxe nos materiais das coligações partidárias.
Não estavam. Agora estão, mas na marra. De acordo com informação publicada pelo blog rio-grandense-do-norte Fator RRH, o cartaz que você vê acima – aparentemente, dentro da “normalidade” – é fake, não-oficial, obra de “gente contratada pra fazer o jogo sujo” ou de “algum canalha desocupado”. Ainda segundo o blog, “embora a senadora não esconda o seu apoio ao candidato tucano” a confecção e distribuição do cartazete está sendo considerada uma “artimanha desonesta”.
Por sua vez, indignado com a ausência da cara e do nome de Serra nos materiais de campanha de Rosalba, um eleitor local resolveu produzir uma singela peça (veja abaixo) para reparar a injustiça cometida contra o candidato do PSDB à presidência da república. No pôster, que está se alastrando pelo estado como um rabo-de-palha queimado, também o senador Agripino Maia, candidato à reeleição, é igualmente cobrado por não assumir seu apoio a Zé Chirico.
.


Postado por Cloaca News às 00:54:00 7 comentários
Marcadores: Aliança demotucana, Eleições 2010, José Serra
sábado, 7 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

CENTENÁRIO DE ADONIRAN BARBOSA

Adoniran Barbosa (06/08/1910 - 23/11/1982)



Na 6ª feira, (06-08) se vivo estivesse, Adoniran Barbosa completaria 100 anos. Adoniran é um dos monstros sagrados da música popular brasileira e autor de alguns dos nossos hinos nacionais cantados e consagrados pelo povo, tais como Saudosa Maloca, Trem das Onze, Abrigo de Vagabundos e a própria Iracema, uma das musas da nossa MPB. Iracema é uma das músicas que mais gosto. Ela me lembra Fernando de Noronha e uma Iracema filha de seu Zé Marques, que era uma mulher bonita que morava na ilha. Essa Iracema namorou com um americano, mister Tony, com quem teve um filho. Na época, final dos anos 50, os americanos estavam em Noronha construindo uma base de observação de satélites ou coisa parecida. A sorte também não foi pródiga com essa Iracema que conheci.
Vamos ouvir o próprio Adoniran cantando a sua Iracema.

O TSE ACERTOU A VEJA




O Partido dos Trabalhadores - PT, ganhou direito de resposta na VEJA, "última flor do fáscio," segundo Paulo Henrique Amorim. O PT também ganhou na justiça de se contrapor a acusação de partido ligado ao narcotráfico, no Site do PSDB, por 10 dias. A manchete da Veja da semana passada foi: "O ÍNDIO ACERTOU O ALVO" Agora o TSE acertou a VEJA. Confiram a matéria do blog Cidadania do Eduardo Guimarães.

Direito de resposta está na página 80
80 / 11 de agosto, 2010 / VEJA

Abaixo, o teor da nota “Direito de Resposta” que o PT obrigou a Veja na Justiça a publicar em sua edição impressa de número 2177, duas semanas após a divulgação ilegal de acusação ao PT de ser um partido de traficantes.

Ao reproduzir declarações de candidato a vice-presidente, a revista endossa e amplifica ofensas ao PT que foram objeto de sanção da Justiça Eleitoral ao PSDB.

Em defesa de sua honra, de seus dirigentes, filiados e militantes, e em respeito à população brasileira, que tem o direito de ser corretamente informada, o Partido dos Trabalhadores vem desfazer inverdades publicadas pela revista Veja, na Edição 2.175.

O PT é um partido político democrático, registrado desde 1980 no Tribunal Superior Eleitoral, que defende a Constituição e cumpre rigorosamente a lei.

O PT condena o terrorismo, repudia a violência, pratica e defende a via democrática para a solução de conflitos.

As relações do PT com partidos políticos de diversos outros países são pautadas pela busca da cooperação entre os povos e pela construção da paz mundial.

O repúdio ao narcotráfico, que corrói a juventude, atemoriza a população e corrompe a sociedade, é parte constitutiva do ideário e da prática do PT desde a fundação do partido.

O PT combate com firmeza o narcotráfico e o crime organizado, por meio de sua representação no Poder Legislativo, de suas administrações municipais, estaduais e, especialmente, na Presidência da República.

Ao longo de sua existência, o PT demonstrou que não transige com o crime nem se relaciona com o narcotráfico. Afirmar o contrário, como fez a revista Veja, é transigir com a verdade.

Veja comenta a nota na página ao lado, de número 81, com foto do plenário do Tribunal Superior Eleitoral. A matéria vai até a página 82. O título é “A resposta do direito”. No texto, a revista tenta atribuir alguma inconstitucionalidade à decisão da Justiça Eleitoral, previsivelmente tentando caracterizar como censura o direito que o PT exerceu de dar a sua versão sobre uma acusação sem provas que lhe foi feita.

Em seguida, Veja enumera os membros do TSE que votaram desta ou daquela forma e reproduz o que chama de “repercussão”, que nada mais é do que uma seleção de juristas e advogados amigos escalados para sustentar o ponto de vista que a Justiça Eleitoral rejeitou ao dar razão à queixa do PT, como não poderia deixar de ser diante de ataque tão baixo.

O que resta dos fatos que relatei é que julgo que a Justiça Eleitoral deveria auditar a distribuição da edição de número 2.177 da revista Veja, datada previamente, na capa da publicação, como sendo de 11 de agosto, apesar de ter chegado às bancas quatro dias antes, o que é uma estratégia para tornar a revista “atual” fraudulentamente, pois as informações ali contidas já terão envelhecido na data anunciada.

Não deveria haver motivo para a distribuição da revista se atrasar, haja vista que a decisão do TSE sobre o recurso da Veja aconteceu na quinta-feira. Os vendedores das bancas de jornal com os quais conversei durante a via crúcis que fiz para encontrar publicação pela qual despendi exorbitantes R$ 8,90, disseram-me que não se lembravam de a entrega dessa revista ter se atrasado assim anteriormente…

Sobre a revista VEJA:

1 - Veja, mas não compre;


2 - Se comprar, não abra;


3 - Se abrir, não leia;


4 - Se ler, não acredite;


5 - Se acreditar, relinche.