Jack Kevorkian (1928 - 2011)
Filme extraordinário, baseado em fatos reais, que aborda a questão da eutanásia ("boa morte" em grego), ou da morte assistida. Assistí nesse final de semana e recomendo. Fico cada vez mais convencido, que a morte não é o mal maior, como defendia Hobbes. Tem outras coisas piores como um câncer ósseo, a tortura, os dogmas e a intolerância religiosa, a hipocrisia e as leis ruins, entre outras... Sobre esse tema, complexo e angustiante, que é a morte, também recomendo a leitura do livro de Irving D. Yalom; "De Frente Para o Sol" - Como superar o terror da morte. O livro abre com a seguinte epígrafe: "Nem o sol nem a morte podem ser olhados fixamente." (François de La Rochefoucauld, máximas 26) -(MIF)
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Adam Mazer (“Rain Man”).
Produção: Scott Ferguson
Musica: Marcelo Zarvos
Fotografia: Eigil Bryld
Edição: Aaron Yanes
Elenco: Danny Huston (Geoffrey Fieger); Al Pacino (Dr. Jack Kevorkian); Susan Sarandon (Janet Good); John Goodman (Neal Nicol);
SINOPSE:
A trama conta a luta do médico para legalizar a eutanásia. Visto como monstro por uns e como um salvador misericordioso por outros, Kevorkian passou a assistir o suicídio de pacientes com doenças terminais no início da década de 80 e criou duas máquinas para facilitar o procedimento. Supostamente envolvido em 130 suicídios assistidos desde 1990, o “Dr. Morte” é o serial killer com maior quantidade de vítimas ativo hoje nos EUA. Ele foi julgado quatro vezes por suas práticas: foi absolvido em três delas e um dos julgamentos foi anulado. Em 1999, entretanto, o médico enfrentou mais uma vez a Justiça, agora por uma acusação de homicídio. Um de seus pacientes estava impossibilitado de ministrar as drogas do suicídio, o que foi feito por Jack. O doutor documentou o procedimento em vídeo e enviou o material ao programa de TV “60 Minutos”, o que se virou contra ele. Durante o julgamento, Kevorkian dispensou o advogado e comandou sua defesa, mas foi condenado por homicídio. Ele deixou a cadeia em 2007, em condicional.
Apesar do tema difícil, o filme a trama polêmica baseada em fatos reais, atores principais mais do que conceituados e produção bem cuidada. O personagem principal, o polêmico médico, é vivido por Al Pacino (Oscar de Melhor Ator por “Perfume de Mulher” – 1992) e Susan Sarandon (Oscar de Melhor Atriz por “Os Últimos Passos de Um Homem – 1996”.) faz o papel de Janet Good, ativista defensora da eutanásia que usa os serviços do médico ao descobrir que está com câncer terminal. A atuação do Al Pacino é magnífica. A Susan Sarandon co-estrela ao lado de Al Pacino esta brilhante a partir da segunda metade do filme. O ator John Goodman (“Speed Racer”) sem muito destaque. Não importa se é a favor ou contra a eutanásia. A discussão é saudável e levada ao filme de forma muito inteligente. Como vale a pena assistir.
A questão é realmente controversa: o código penal suíço, por exemplo, diz que o suicídio não é crime, e mesmo nos Estados Unidos, o Estado de Oregon tem uma lei que possibilita às pessoas lá residentes solicitarem auxílio médico para o suicídio terminal.
No Brasil, o Senado aprovou projeto de lei que torna lícita a ortotanásia, termo que define a morte natural, sem interferência da ciência, evitando-se métodos extraordinários de suporte à vida, como medicamentos e aparelhos, em pacientes irrecuperáveis. A nova versão do Código de Ética Médica, que entrou em vigor no último dia 13 de abril, também recomenda aos profissionais que evitem exames ou tratamentos desnecessários nos pacientes em estado terminal. Em vez de ações “inúteis ou obstinadas”, é aconselhada a adoção de cuidados paliativos, que reduzem o sofrimento do doente.
A trama conta a luta do médico para legalizar a eutanásia. Visto como monstro por uns e como um salvador misericordioso por outros, Kevorkian passou a assistir o suicídio de pacientes com doenças terminais no início da década de 80 e criou duas máquinas para facilitar o procedimento. Supostamente envolvido em 130 suicídios assistidos desde 1990, o “Dr. Morte” é o serial killer com maior quantidade de vítimas ativo hoje nos EUA. Ele foi julgado quatro vezes por suas práticas: foi absolvido em três delas e um dos julgamentos foi anulado. Em 1999, entretanto, o médico enfrentou mais uma vez a Justiça, agora por uma acusação de homicídio. Um de seus pacientes estava impossibilitado de ministrar as drogas do suicídio, o que foi feito por Jack. O doutor documentou o procedimento em vídeo e enviou o material ao programa de TV “60 Minutos”, o que se virou contra ele. Durante o julgamento, Kevorkian dispensou o advogado e comandou sua defesa, mas foi condenado por homicídio. Ele deixou a cadeia em 2007, em condicional.
Apesar do tema difícil, o filme a trama polêmica baseada em fatos reais, atores principais mais do que conceituados e produção bem cuidada. O personagem principal, o polêmico médico, é vivido por Al Pacino (Oscar de Melhor Ator por “Perfume de Mulher” – 1992) e Susan Sarandon (Oscar de Melhor Atriz por “Os Últimos Passos de Um Homem – 1996”.) faz o papel de Janet Good, ativista defensora da eutanásia que usa os serviços do médico ao descobrir que está com câncer terminal. A atuação do Al Pacino é magnífica. A Susan Sarandon co-estrela ao lado de Al Pacino esta brilhante a partir da segunda metade do filme. O ator John Goodman (“Speed Racer”) sem muito destaque. Não importa se é a favor ou contra a eutanásia. A discussão é saudável e levada ao filme de forma muito inteligente. Como vale a pena assistir.
A questão é realmente controversa: o código penal suíço, por exemplo, diz que o suicídio não é crime, e mesmo nos Estados Unidos, o Estado de Oregon tem uma lei que possibilita às pessoas lá residentes solicitarem auxílio médico para o suicídio terminal.
No Brasil, o Senado aprovou projeto de lei que torna lícita a ortotanásia, termo que define a morte natural, sem interferência da ciência, evitando-se métodos extraordinários de suporte à vida, como medicamentos e aparelhos, em pacientes irrecuperáveis. A nova versão do Código de Ética Médica, que entrou em vigor no último dia 13 de abril, também recomenda aos profissionais que evitem exames ou tratamentos desnecessários nos pacientes em estado terminal. Em vez de ações “inúteis ou obstinadas”, é aconselhada a adoção de cuidados paliativos, que reduzem o sofrimento do doente.
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