quarta-feira, 27 de julho de 2011

TÔ NESSA!!

Vamos acabar com essa Máfia da CBF.


FORA RICARDO TEIXEIRA!!

O 5ª COLUNA TUCANO

Um eleitor a altura do Serra. Eles se merecem.

Dilma,Dilma, abra do olho!! (MIF)

Saiu no site da Carta Capital:

A preservação da República
Pedro Estevam Serrano.

Vivemos uma época de confusão de valores, em que as situações de mistura entre o que é público e o que é privado são recorrentes. A recente declaração do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que votou na campanha presidencial de 2010 no candidato José Serra (PSDB), ícone da oposição ao governo Dilma Rousseff, é mais um lance dessa confusão.


Em entrevista ao portal UOL, Jobim disse que votou em Serra pelos anos seguidos de uma amizade que é de conhecimento público. Disse ainda que comunicou o fato ao ex-presidente Lula —na ocasião, ocupante do mais alto cargo da esfera pública. Segundo Jobim, sua manifestação se deu ao ser convidado a gravar depoimento para a candidatura de Dilma.


O ministro teria dito, então, que havia uma posição “irremovível” que seria sua amizade e consequente voto em Serra, mas que havia uma situação “removível” que era sua condição de ministro a impedi-lo de fazer campanha para o tucano. Há de se convir que a colocação embute certo tom de desafio, mas Lula preferiu mantê-lo no cargo. Dilma venceu as eleições e também segurou Jobim no Ministério da Defesa.


É preciso separar o que é de cunho pessoal e o que é da esfera pública. Parece-me evidente que se o ministro quis votar no amigo no interior secreto da urna, o que se dá é o simples exercício de sua capacidade eleitoral ativa. Não há reparos a essa escolha, é um direito de todo cidadão. Pode-se argumentar que os amigos nem sempre partilham de nossas concepções —políticas, econômicas, sociais, religiosas— e ainda assim são nossos amigos.


Avalio, contudo, que a declaração pública de voto por Jobim constitui contradição ao princípio republicano, para além dos constrangimentos à presidenta.


O tom e o conteúdo adotados na declaração de voto denotam que Jobim se vê numa posição inatingível mesmo pela presidenta. Algo, aliás, presente na relação com o ex-presidente Lula, segundo a entrevista de Jobim. Essa postura, a rigor, empurra a presidenta para uma verdadeira “sinuca”, com duas soluções: ou Dilma o demite ou admite ter em seu Ministério alguém que não pode remover.


Na segunda hipótese, há reconhecimento de que Jobim é uma espécie de “ministro-dono” do cargo, diferente dos demais ministros e com capacidade para permanece no cargo independentemente de qualquer relação de confiança política com a presidenta. E é exatamente nesse ponto que reside o cerne do problema.


Os cargos de ministro de Estado são de provimento de confiança. Tal forma de provimento existe na estrutura administrativa como garantia ao princípio republicano, ou seja, de que o funcionamento do Estado se dá por orientação do interesse público . Em decorrência, esse princípio implica na periodicidade dos mandatos eletivos, quer dizer, mudança periódica de governo e governantes,e mais que iisso mudança de programas de governo.


Para possibilitar que tal mudança programatica de governo chegue a todos os rincões da Administração é que os cargos de auxiliares direitos do presidente tem provimento em comissão, por criterio de confiança politica do presidente. Para que este modelo republicano funcione de forma eficaz é fundamental que a presidenta salvaguarde a confiabilidade de seus nomeados face ao programa para a qual foi eleita.


O provimento em confiança anima-se, portanto, pelo imperativo de concretização do programa político e de governo consagrado nas urnas. É a partir do instituto da designação de auxiliares diretos, escolhidos por conta de sua confiabilidade política, que o presidente eleito leva a todos os rincões da Administração seu programa. Em suma, é só assim que se garante o mínimo de correlação entre os conteúdos defendidos na campanha eleitoral e a realização das políticas de governo.


Ora, quando Jobim declara que votou em Serra, o que ele está dizendo em alto e bom som é que avalia —pelo menos avaliava— o programa oposicionista como sendo melhor. Há, portanto, um desalinhamento transparente entre o que queria o ministro e o que defendeu a presidenta, com maioria do apoio da população votante. Esse ruído se torna ainda mais estridente se observarmos que, hoje, Serra se coloca no espectro político nacional como oposição sistemática e extrema ao governo Dilma.


Quando a presidenta da República permite a um ministro permanecer no cargo após ele se declarar desalinhado com o programa de governo e exprimir simpatia pelo candidato que representou programa político diverso, quem perde não é apenas a presidenta em termos de seu poder pessoal —aliás, este é o problema menor—, mas, sim, a República como valor em nosso sistema político.


A presidenta, nesta sua omissão, deixa de dar vazão a seu dever institucional de defender a República como principio jurídico e político, assim como deixa de ecoar a vontade dos eleitores que a elegeram. A situação desnuda não apenas a tentativa de subtrair poder da presidenta, mas, fundamentalmente, conduta claudicante no dever de defesa da República como valor maior.


Ademais, qualquer argumentação de defesa do voto por razões pessoais tende, igualmente, a ser contrária aos interesses públicos, já que a motivação do voto deveria assentar-se sobre critérios racionais e lógicos voltados aos programas de governo. Este é, aliás, um dos nortes no debate sobre reforma política: como fortalecer as escolhas programáticas na hora do voto, em substituição às opções emocionais —tais quais a amizade.


Por fim, o que os brasileiros ficamos a nos perguntar diante das declarações de Jobim é: entre as pessoas e líderes dos partidos que apoiam o programa político para o qual Dilma foi eleita para concretizar, não há ninguém em condições de assumir o Ministério da Defesa? Alguém em especial que não se sinta tentado a desafiar a autoridade presidencial e a menoscabar o projeto político do governo do qual participa?


Pedro Estevam Serrano é advogado e professor de Direito Constitucional da PUC-SP,mestre e doutor em Direito do Estado pela PUC-SP.


terça-feira, 26 de julho de 2011

DIA DOS AVÓS - 26 DE JULHO

Do Site Mais de 50. Compartilho.

Em comemoração ao dia dos avós, especialista fala sobre o papel deles na educação dos netos

da redação 25/07/2011


Os tempos mudaram. Antes, avós eram patriarcas da família, donos da verdade e da razão, mas ficavam na retaguarda, observando. Hoje, com o aumento da qualidade e da expectativa de vida e o advento das novas tecnologias e conceitos, eles cumprem um papel mais ativo. Pais e avós precisam definir bem suas funções na educação dos filhos e netos para não confundirem as autoridades e participarem da melhor forma possível na educação deles. E para comemorar o dia dos avós, 26 de julho, conversamos com um verdadeiro especialista no assunto.

O papel dos avós mudou no mundo contemporâneo, é o que acredita Leonardo Posternak, pediatra e escritor, vencedor do prêmio Jabuti, e um dos autores do “Livro dos Avós: na casa dos avós é sempre domingo?”, juntamente com Lidia Arantangy. Para ele “os avós atuais já foram pais há muito tempo. Pais dos pais do neto. O que é importante é que o diálogo com os filhos não deve mais ser de pai para filho, mas de pai para pai quando o neto nasce. Os avós atuais precisam aprender a respeitar os modelos de criação. A sociedade mudou desde a época em que eles foram pais para a que os filhos foram pais. O papel se remete à estar perto dos filhos, conversar com eles”.

Em uma frase, Leonardo e Lidia resumem a nova posição que avôs e avós assumiram na sociedade atual: “A velhice não é apenas um evento cronológico é, sobretudo, social”. “Nessa frase, o que está resumido é que, há 200 anos uma pessoa com 45 de idade era velha, já que a sobrevida era mais curta. Hoje, aos 70, eles ainda trabalham, vão à academia, saem à noite. A sociedade vê a pessoa idosa e como ela se vê. Podem ter velhos de 30 anos e jovens de 70. Tudo depende da posição em que ela se coloca no mundo”, explica ele.

Mas será que mudou tanto assim o papel dos patriarcas na família? “Na época de meus avós, há 60 anos, as famílias funcionavam com a chefia do pai, eles eram chefes. Avós ficavam na retaguarda, mas muito mais perto dos filhos e netos. A educação das crianças é um papel que corresponde aos pais. Eles devem assumir esse cargo. Os avós têm que entender que podem conversar com os filhos, mas a palavra final é dos pais. Isso se atrela a um conceito muito comum da sociedade, que diz que os avôs estragam os netos. Mas os avós não podem educar. O que se observa ainda é que casais jovens têm que aceitar essa intromissão dentro do lar, determinando o que está certo e o que está errado, qual escola o neto deve estudar. Porém, isso é muito ruim”, diz Leonardo.

Muitos avós de hoje podem achar que os modelos atuais de educação são errados, entretanto, eles são apenas diferentes. Segundo o especialista, “temos tendência de pensar que nossa época era melhor, mas eram simplesmente diferentes. Não se pode manter a antiga cisão entre velho e novo. Gosto de citar um dito chinês que diz: ‘Cabe aos avós mostrar onde existem as montanhas, mas cabe aos pais levá-los ao pico’. O que queremos mostrar é que eles mostram aos netos da onde eles vêm, mas pra onde vão, depende dos pais. Passado e futuro se fundem no presente”.

Meu comentário:

É como vou proceder dentro em breve. (MIF)


SER FELIZ OU TER RAZÃO?

Recebí do Max, por e-mail. compartilho.

SER FELIZ OU TER RAZÃO?


Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado
para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no
mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire,
na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela
deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava
errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado,enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem
alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta
certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco
mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma
palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão,independentemente, de tê-la ou não.
Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?

Outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique; os amigos não precisam e os inimigos não acreditam".

EU QUERO SER FELIZ e você?


domingo, 24 de julho de 2011

AS MAIS LINDAS PRAIAS DO NORDESTE!!

Praia do Sancho em Fernando de Noronha- Pernambuco.

Praia do Espelho - Bahia

Praia do Gunga - Alagoas
Praia do Francês - Alagoas

Praia de Pipa - Rio G. Norte
Praia de Genipabú - Rio G. Norte

Dessas seis, só não conheço a praia do Espelho na Bahia. (MIF)

URUGUAI É O CAMPEÃO DA COPA AMÉRICA

O capitão Lugano, erguendo a taça recém-conquistada

O Uruguai, que foi o carrasco do Brasil em 1950, em pleno Maracanã, acaba de ganhar do Paraguai por 3 a 0, sagrando-se campeão da Copa América. Parabéns para o escrete "Azul Celeste"

A CARA BRANCA DO TERROR DE DIREITA

Anders Behring Breivik - A Besta-fera de Oslo


O atirador que matou mais de 85 jovens na Ilha de Utoya, Noruega, usou balas especiais projetadas para se desintegrar dentro do corpo e causar o máximo de danos internos, disse neste domingo o cirurgião-chefe do hospital que trata as vítimas. Segundo a polícia, o ataque durou 90 minutos até que o suspeito se rendesse tendo "uma quantidade considerável de munição" em uma pistola e um fuzil automático.

MINIMAMENTE FELIZ


Recebí do amigo, confrade e conterrâneo, Mário Amorim. Compartilho.

Minimamente Feliz

Leila Ferreira, jornalista *

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

* Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em Comunicação, em Londres.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

WILSON PINHEIRO, VIVE!!

Wilson Pinheiro (1931 -1980)

Pinçado do Jornal A Gazeta de 21/07/2011

Hoje, dia 21 de julho, significa só mais um dia comum no calendário! Mas há exatos 31 anos a data marcava a trágica perda de um dos dois principais líderes da luta dos seringueiros, Wilson Pinheiro. Pela sua coragem e fé em uma vida melhor aos seus companheiros, o ativista foi assassinado por latifundiários. Mas deixou no Acre um legado eterno!


Wilson Pinheiro foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, membro da Comissão Municipal Provisória do Partido dos Trabalhadores do município, fundador do PT no Acre, além de um trabalhador e pai de família exemplar. Ficou famoso pela sua atuação sindical, por ser um idealista da doutrina de que o homem pode conviver pacificamente com a natureza e por liderar o ‘Mutirão contra Jagunçada’ (criminosos que ameaçavam ‘posseiros’).

De acordo com o ativista e admirador de Wilson, Abrahim Fahrat, ‘Lhé’, 31 anos após a morte de Pinheiro, muita coisa já mudou. O povo acreano aprendeu a valorizar a sua causa. Porém, ele prega que ainda há muito chão pela frente para que o Estado se torne aquilo que ele e outros líderes do movimento seringueiro da época se concretize. “É preciso investir mais na Feira Pan-Amazônia e outras iniciativas que têm a nossa cara”, declarou Lhé.

Nota de Homenagem do PT

Nestes 31 anos do seu assassinato, o Partido dos Trabalhadores do Acre homenageia o nosso eterno companheiro Wilson Pinheiro, por sua grande contribuição para a resistência do povo do Acre e para fundação do PT no Acre. O Partido reconhece no companheiro um dos mais significativos símbolos do PT, da luta dos povos da floresta e do movimento sindical.
Direção do PT/AC

Meu comentário:

Conhecí Wilson Pinheiro logo que cheguei no Acre em 1978. Dormí muitas vezes no STR, de Brasiléia, quando ia àquele município fazer o trabalho de "Acompanhamento Conjuntural" dos preços de produtos agrícolas para a CEPA. Também fiquei no STR e recebí apoio do Wilson e outros sindicalistas, quando estávamos fazendo o trabalho sobre o Sistema de Aviamento no Acre e percorremos muitos seringais da região do Alto Acre. Na ocasião também conheci o fazendeiro Nilo Sérgio de Oliveira, que até nos fez um favor desatolando o jeepe Willis da Emater numa viagem para Assis Brasil. Esse fazendeiro foi um dos suspeito de mandante do assassinato de Wilson Pinheiro e foi "justiçado" pelos seringueiros.
Quando assassinaram Wilsão, eu estava em Cruzeiro do Sul, trabalhando para o CEAG e não acompanhei de perto o "furdunço" dos acontecimentos após seu assassinato, nos quais estiveram envolvidos Lula, Jacó Bittar, João Maia, Chico Mendes, que foram enquadrados na lei de Segurança Nacional, com os demais seringueiros que participaram da chacina de Nilo Sérgio.
Em 1999, quando fiz minha Tese de Mestrado sobre o PT do Acre, homenagiei Wilson Pinheiro, Chico Mendes, João Eduardo, Jesus André Matias e Ivair Higino, todos assassinados,e outros líderes que morreram de morte natural como: Hélio Pimenta,Bacurau e Matias. O texto ficou assim: "Em homenagem àqueles para quem a noite desceu mais cedo. Deles se podem dizer que ajudaram a preparar a mesa para o banquete da utopia" (MIF)

MORRENDO UM POUQUINHO MAIS

Manoel Alves Ribeiro (1955 - 2011)
(Fez a viagem grande sem sua barba característica.)


Há 26 anos, num início de tarde, recebi um telefonema de Manoel Ribeiro, que me comunicava o falecimento do seu irmão Mário Ribeiro, um jovem de apenas 29 anos. Ontem, fui surpreendido no café, com a notícia da morte do próprio Manoel Ribeiro, no programa de TV do Washington Aquino. Trabalhei com ambos na CEPA e privava da amizade dos dois e de toda família Ribeiro. Do Mário eu era mais próximo afetivamente. Já com o Manoel eu tinha mais afinidade política, pois no início dos anos 80, Manoel já era do PT eu do Partidão (fazíamos parte dos "Comunistas da CEPA"). No final dos anos 80, (86 ou 87) participei com o Manoel de um Congresso de Agronomia, no Rio de Janeiro, onde denunciamos as perseguições políticas que estavam acontecendo no governo do PMDB, com Nabor Júnior. Hélio Pimenta, havia sido exonerado da Emater, Gumercindo foi proibido de trabalhar em Plácido de Castro e depois foi demitido, entre outras denúncias. Depois só nos encontramos, esporadicamente, nos corredores da UFAC. Manoel foi meu colega de "infortúneo" no magistério de nível superior na nossa instituição de ensino. Ele Coordenou por muitos anos o Curso de Agronomia da UFAC, onde ministrei a disciplina de Sociologia Rural para algumas turmas. Manoel exigia dos professores dos outros Departamentos o controle de frequência. Era rigoroso. Foi um profissional exemplar, um servidor público por excelência. Um homem vertical, íntegro. Vai fazer falta. Ontem pasei no seu velório e fui ao seu sepultamento levando a minha palavra de conforto a Sandra, sua esposa e filhas e aos irmãos, Mauro, Marcos Maria, Regina e a D. Raimunda, a matriarca dos Ribeiros.

Hoje fui procurar nos meus papéis, uma homenagem póstuma que havia feito para o Mário Ribeiro, quado do aniversário de 1 ano de sua morte. Na época compartilhei o texto, apenas ,com a família e os amigos mais chegados. Agora quero compartilhar com mais pessoas e dizer, que cada dia me torno mais acreano e também vou morrendo em doses homeopáticas, com cada amigo que vai subindo para o andar de cima. Descanse em Paz Manoel e lembranças ao mano, seu Durval, Franklin e demais amigos que partiram antes do combinado.

UM ANO SEM MÁRIO RIBEIRO
Marcos Inácio Fernandes

“Duas vezes se morre:
Primeiro na carne, depois no nome.
A carne desaparece, o nome persiste, mas
Esvaziando-se de seu casto conteúdo.
- Tantos gestos, palavras, silêncios –
Até que um dia sentimos, com uma pancada de espanto ( ou de remorso?)
Que o nome querido já nos soa como os outros.”
(Fragmento do poema: “Os Nomes” de Manuel Bandeira)

Faz um ano que Mário se foi, mas, o seu nome, os seus gestos, o seu sorriso infantil são lembranças, ardorosamente, vivas e presentes. A segunda morte, (a do nome), ainda não aconteceu: MÁRIO RIBEIRO, esse nome querido, vai soar para seus familiares e amigos sempre diferente. Nunca será um simples nome do cadastro do contribuinte, da lista telefônica ou dos obituários dos jornais.
Mário Ribeiro, para nós, será sempre sinônimo de vida, de amizade, de trabalho, de companheirismo, de alegria, de honestidade, de afeição, de desprendimento, de coragem, de ternura, enfim, de todas aquelas qualidades que caracterizam um homem bom.

Mário era um homem bom! Talvez por isso, ele tenha nos deixado tão prematuramente, porque um homem bom, como disse outro poeta, “não serve para muita coisa, só serve para ser bom”.
Mário foi um dos primeiros amigos que fiz no Acre, pois ele era daquelas pessoas, que mal a gente conhece, já fica querendo bem, parecendo que a amizade que se inicia já vem de longas datas como se fosse uma amizade de infância.

Através do Mário fui introduzido na “pelada” do Departamento de Produção Animal – DPA, no campo da EMBRAPA, onde fiz outros grandes amigos. Por causa do Mário comecei a torcer pelo Atlético Acreano (uma herança dolorosa) mas, perfeitamente compreensível. É que as pessoas de coração largo têm uma tendência de torcer e lutar pelos mais fracos.

Mário tinha um coração de animal pré-histórico (era grande demais e sem a poluição da era industrial). Trabalhamos, bebemos, jogamos e nos divertimos juntos e, em todas as atividades em que tive o privilégio de estar ao seu lado, trago as mais gratas e alegres recordações.

Hoje, passado um ano, que ficamos privados do seu convívio, de sua presença física, as lembranças se avivam com grande intensidade em nossas mentes e em nossos corações. Vou sempre lembrar do “e aí meu” (palavras iniciais que ele usava quando me telefonava). Vou sempre rir daquela sua frase na partida de buraco (eu e um primo do Mário, ele e Franklin). Era que o baralho estava acabando e eu perguntei: eu ainda jogo? Ele respondeu: “joga sim, mas na outra” e bateu o jogo deixando a gente com as mãos cheias de cartas, soltando aquela sua risada tão característica.

Lembro ainda do nosso encontro na Bahia, no Congresso de Veterinária, das cervejadas na Raimundinha, das peladas na quadra da PM ( com aquela camisa ridícula do Flamengo) e tantas outras passagens que faz a gente lembrar do Mário sempre com ternura, com alegria, com saudade.

Mário, está fazendo um ano, que nós também morremos um pouco, pois segundo Públilio Siro: “o homem morre tantas vezes, quantas vezes perde os seus” . E segundo Plauto: “aqueles a quem os Deuses estimam morre jovem”. Você, com certeza, era um estimado dos Deuses, por isso, Eles, divinamente egoístas, o chamaram tão cedo.
Descanse em boa companhia Mário, amigo e irmão.

Marcão (enfim, um acreano, pois nesta terra já enterrei os meus mortos).

Rio Branco – AC, 28 de julho de 1986.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A LIÇÃO QUE VEM DA INGLATERRA

Blog do Melo. Compartilho

Carta aberta à Presidenta Dilma: É hora de enfrentar o tigre-de-papel-impresso

Posted: 20 Jul 2011 06:17 AM PDT

Presidenta Dilma, leu 'O medo que não ousava dizer o nome', de Timothy Ash, no Estadão?

Publicado no domingo, o artigo do professor Timothy Garton Ash (traduzido por Celso Paciornik) comenta o escândalo dos tabloides de Murdoch na Grã-Bretanha, especialmente do medo que eles provocavam em políticos, celebridades, policiais e até nos primeiro-ministros britânicos.

Selecionei uns trechos, presidenta, mas vale a pena a leitura do texto na integra. Repare que, se trocarmos os tabloides de Murdoch por seus congêneres brasileiros (Veja, Folha, Organizações Globo etc.), políticos, celebridades, policiais britânicos por brasileiros e os primeiro-ministros pelos presidentes brasileiros (a senhora inclusive) veremos que a crise de lá se parece muito, é quase um espelho da de cá.


Mas no alto da vida pública britânica circulam homens e mulheres com pequenos pingentes de medo nos corações, e o medo é inimigo da liberdade.

Esse era um medo que não ousava dizer o seu nome; uma covardia autocomplacente que se ocultava em silêncio, eufemismo e desculpa. Intimamente, políticos, consultores de imagem, relações públicas, figuras públicas e, agora se sabe, até quadros superiores da polícia disseram a si mesmos: não ataque Murdoch. Jamais vá contra os tabloides. Murdoch & Co. usaram intromissões vergonhosas, inescrupulosas e ilegais na privacidade tanto para vender jornais, excitando um público faminto por celebridades com detalhes íntimos, como para angariar influência política.

(...) Certa vez concluí que Rupert Murdoch era o segundo homem mais poderoso na Grã-Bretanha. Mas, se a medida final de poder relativo é "quem tem mais medo de quem", então seria o caso de dizer que Murdoch foi - no sentido estrito, básico - mais poderoso que os últimos três premiês da Grã-Bretanha. Eles tinham mais medo dele do que ele deles.

Considerem as evidências. Blair vira seu antecessor no cargo, John Major, e um líder trabalhista, Neil Kinnock, serem destruídos por uma imprensa hostil. Ele aprendeu a lição. Cortejou o mais que pôde esses barões da imprensa. Só quando estava prestes a deixar o cargo, após dez anos, ousou denunciar a mídia britânica por se comportar "como uma besta feroz".

Na semana retrasada, soubemos que o sucessor de Blair como primeiro-ministro, Gordon Brown, acredita que registros médicos, bancários e, talvez, fiscais de sua família foram invadidos. Brown conta que foi levado às lágrimas quando Rebekah Wade, então editora do Sun, outro tabloide de Murdoch, lhe telefonou para dizer que o jornal ia revelar que Fraser, filho de Brown de 4 anos, tinha fibrose cística. Apesar disso, alguns anos depois Brown foi ao casamento de Rebekah - que, no momento em que isto é escrito, é Rebekah Brooks, ex-braço direito de Murdoch na News International, o ramo britânico da News Corp. A Feiticeira Morgana do jornalismo britânico era simplesmente poderosa demais para um primeiro-ministro em busca de reeleição esnobar.

David Cameron superou Blair na paparicação aos barões da imprensa em geral e de Murdoch em particular. Pior, ele contratou Andy Coulson, ex-editor do News of the World, como seu assessor de comunicações. Não me lembro de ter encontrado algum jornalista britânico que acreditasse que o ex-editor fosse tão inocentemente desinformado, como alega, sobre o que seus repórteres estavam para fazer. Mas Cameron ignorou todas as advertências.

O mais chocante foi a polícia metropolitana de Londres ter engavetado uma investigação que devia ter feito com o maior empenho. Ela não contou a milhares de pessoas, cujos nomes apareceram nas anotações de um detetive particular usadas pelo News of the World, que seus telefones tinham sido grampeados. Somente uma tenaz reportagem investigativa do Guardian e do New York Times forçou a reabertura da investigação policial.

O primeiro-ministro Cameron agora promete um inquérito público, presidido por um juiz conceituado. Talvez a coisa mais importante que ele terá de determinar é por que a polícia agiu como agiu. De novo, a explicação mais provável se resume a medo. A polícia tinha medo de pôr em risco sua confortável relação com os jornais de Murdoch, que a ajudaram em seus inquéritos e a elogiavam pelos esforços de combate à criminalidade. Alguns policiais eram pagos pela imprensa de Murdoch. Autoridades de peso agora dizem que seus próprios telefones foram grampeados. Na falta de evidências fortes em contrário, a única conclusão razoável é que a polícia temia ser malhada, em vez de incensada, pela besta feroz. De modo que ela também dobrou os joelhos.

Só nos falta descobrir que um juiz conceituado foi espionado, vencido ou intimidado. Seguramente que não, gritamos. Isso não! Mas quantas vezes antes não acreditamos ter chegado ao fundo e depois ouvimos batidas vindas de baixo?

Na Inglaterra, ainda há dúvidas sobre juízes. Logo, certamente o nome de algum deles aparecerá. Aqui, nem essa dúvida temos, como mostra o já famoso caso Veja do grampo sem áudio.

É hora de agir. É hora de enfrentar o tigre-de-papel-impresso. A presidenta é a pessoa mais indicada para isso. Quem enfrentou a ditadura militar, suportou a tortura, enfrentou um câncer e chegou ao cargo máximo do país tem que dar o primeiro passo, porque O poder dos cartéis midiáticos não permite a informação livre e põe em risco a democracia no Brasil

terça-feira, 19 de julho de 2011

SELEÇÃO SEM PONTARIA E SEM VERGONHA


Pinçado do blog Amálgama. Compartilho.

A seleção da CBF

por André Egg

Chamar esse amontoado que anda vestindo a camisa amarela de Seleção Brasileira é uma falta de respeito com o torcedor, com o país e com nossa história. É preciso lembrar que somos o país que teve a hombridade de organizar uma Copa do Mundo mesmo sem condições para tal, quando o mundo estava destruído pela guerra (1950). E que neste mesma Copa nos calamos diante do imponderável que foi perder a final de virada para o Uruguai, quando só precisávamos do empate. Parece que aprendemos a lição, pois no tempo em que o Brasil tinha uma coisa que se podia chamar de Seleção Brasileira, ganhamos soberbamente às copas de 1958, 62 e 70.

A Seleção de 70 é tida por 10 entre 10 especialistas como a melhor de todos os tempos a pisar num gramado.
Curiosamente, em 1970 já tínhamos essa coisa que hoje nos faz penar: uma tentativa de subordinar o futebol brasileiro à ditadura da política suja. Tempos de governos militares, quando já começava a se impor uma desbrasileirização do nosso alegre futebol. Quando treinadores formados nas casernas tentavam impor um esporte de predomínio da força física e de uma pseudo-organização tática, apagando o brilho e a alegria do drible, da ginga, da malandragem. Características que fizeram do futebol uma linguagem brasileira, conforme demonstra o fantástico estudo de José Miguel Wisnik.

Aquela Seleção de 1970 conseguiu, até hoje não se sabe como, resistir ao massacre cultural dos milicos. Foi preparada por um comunista louco, um tal de João Saldanha, que criou uma marca que iria perdurar: Seleção mesmo, de verdade, só poderíamos ter quando algum técnico bastante teimoso tivesse culhões para peitar o esquemão corrupto que passava a dominar a administração do futebol no país. Telê Santa montou novamente um selecionado à altura da tradição tricampeã, que infelizmente voltou derrotado em 1982. Sem conseguir renovar aquela geração, levando Zico e Sócrates já sem condição física de jogar no mesmo nível, novamente Telê voltou derrotado em 1986. As duas derrotas de Telê no comando da Seleção pareciam confirmar a tese de que não adiantava jogar bom futebol – isso não garantia vitória.

Uma primeira tentativa foi feita em 1990 com a esquadra de Lazzaroni. Mas não seria daquela vez, pois a mágica de Maradona era capaz de superar um time talhado para se defender.
Em 1994 viria a desgraça total: uma vitória em Copa do Mundo, comandada por Carlos Alberto Parreira, o queridinho dos militares, o “professor” do método que abandonava tudo o que significa o futebol brasileiro. Que montou uma Seleção para não jogar futebol. Dispensou Raí, o grande craque do meio campo da época, para manter o Zinho, que era conhecido pela especialidade de girar em torno de um eixo imaginário o maior número possível de vezes. Que tinha em Dunga sua marca – o volante raçudo, que marcava muito e sabia dar passes. O pouco de parecido com futebol vinha duma dupla de ataque muito acima da média da época (Bebeto e Romário). Mas o título de tetracampeão veio da incompetência alheia – uma Copa com equipes horríveis de todos os grandes países tradicionais, que o Brasil venceu após um zero a zero na final com a Itália, com pênalti desperdiçado por Baggio nas cobranças decisivas.

Em 1998 viemos com Zagalo-vocês-vão-ter-que-me-engolir, e com um time que era escalado pelo patrocinador. A Nike obrigou Ronaldo Nazário a entrar em campo mesmo após ter sofrido convulsão. Fato que virou até alvo de CPI no Congresso Nacional. Em 2002, um novo teimoso, Scolari, chamado às pressas para salvar uma Seleção que sequer iria se classificar para a Copa, tendo perdido pela primeira vez na história para a Venezuela Bolívia nas eliminatórias. Scolari deu padrão de jogo à equipe, recusou interferências em seu trabalho, e montou um time vitorioso – apesar de ter chegado desacreditado à primeira Copa disputada na Ásia.

Em 2006 devolvemos as cores da nação ao comando de Parreira, que desta vez adotou a tática de deixar a imprensa esportiva escalar o time (leia-se Galvão-empresário-de-jogador-Bueno). O tal “quadrado mágico” com Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano era um esquema que apenas parecia ofensivo, e tentava limpar a barra de um técnico com fama de retranqueiro. Não deu certo. Tendo que mandar o preferido Parreira embora, a CBF queria trazer Scolari de volta. Ele tinha dito pra si mesmo que nunca mais entrava para aquela máfia que era a CBF do Ricardo Teixeira. Então convocaram o Dunga, que nunca tinha sido técnico de time nenhum. A ideia era queimá-lo, e depois chamar Scolari em condições que ele não poderia recusar. Não deu certo, porque mesmo não sendo técnico de futebol, Dunga tinha a hombridade de fazer o que acreditava, e mostrou entender alguma coisa de Seleção Brasileira, montando um time com ótimo aproveitamento. As pressões sobre ele foram tantas, que o treinador chegou à África do Sul sem o mínimo de equilíbrio emocional, transmitindo insegurança à equipe. Isso ficou claro no jogo contra a Costa do Marfim, e foi decisivo na derrota para a Holanda nas quartas-de-final.

Era óbvio que Dunga seria demitido após a Copa, inda mais depois de ter comprado briga com a TV Globo. Na hora de escolher o substituto, a CBF acertou com Muricy Ramalho, o homem que levaria a Seleção a um rumo certo, se conseguisse ficar no cargo. Acabou nem assumindo para honrar o compromisso com o Fluminense, que levou ao título nacional em 2010. Depois disso ainda conquistou o continental com o Santos em 2011, comprovando que é o grande técnico brasileiro do momento.

Na falta de Muricy, vai o Mano Menezes. Que mostrou que não tem cacife para comandar uma Seleção. Por que deixa CBF, TV Globo e patrocinadores escalarem seu time. O que obviamente só pode dar besteira. O goleiro Julio Cesar que o diga. Na derrota para o Paraguai, Mano mostrou que, além de não saber convocar, não saber treinar e não saber escalar uma Seleção decente, também não sabe fazer substituições. Colocou Fred no lugar de Neymar, ao invés de sacar Pato. Colocou Lucas no lugar de Ganso, quando deveria novamente ter sacado Pato. E finalmente tirou Pato, mas para colocar Elano, o que não adiantaria nada, pois o Brasil não precisava de um volante para vencer o jogo – apesar da expulsão de Lucas Leiva. Mas o principal é que Mano Menezes não sabe organizar uma relação de cobradores de pênalti. Colocou um volante (Elano), um zagueiro (Thiago Silva) e um lateral esquerdo (André Santos) para bater os primeiros três pênaltis. Não é pedir para perder? O negócio é que não adianta reclamar dos jogadores quando o técnico não sabe o que faz. Mas também não adianta reclamar do técnico quando ele é um marionete de Ricardo Teixeira. Enquanto ele estiver no comando dos negócios mais lucrativos do país, o futebol brasileiro continuará sendo uma coisa que dará muito dinheiro para Ricardo Teixeira e para a FIFA. Mas não será capaz de trazer nada de bom para o Brasil e para o torcedor.

A esperança é que as investigações e denúncias que se agigantam sejam capazes de demover Ricardo Teixeira do cargo de dirigente máximo do esporte nacional por excelência.

Aproveitando o embalo, já que a presidenta da república resolveu demitir aqueles que são pegos em investigações. Quem sabe a moda pega, e chegamos a Orlando Silva e Ricardo Teixeira. Afinal de contas, a organização da Copa é uma questão central do país em muitos aspectos. É importante demais para ficar nas mãos de alguém com este currículo.
E certamente, a continuar nessa toada, a Seleção da CBF (ia dizer “nossa Seleção”, mas o termo é falso) será uma vergonha, e a Copa do Brasil será um grande problema, ao invés de uma coisa positiva para o país.

A EXTENSÃO VIVE
















Dep. Federal José Silva, um dos "Baobás" da Extensão
Rural brasileira.


Piso salarial nacional de extensionistas rurais


Publicado em 13 de julho de 2011 por rudaricci

Já está em tramitação no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 49, de autoria do deputado federal José Silva (PDT-MG), que institui pisos salariais nacionalmente unificados para os funcionários das entidades públicas de assistência técnica e extensão rural. A iniciativa conta com o apoio de 198 deputados. Na justificativa, o deputado chama a atenção para o relevante trabalho desenvolvido pelos mais de 26 mil extensionistas rurais do setor público, que cooperam com cerca de 92% dos agricultores familiares, distribuídos em mais de 5.200 municípios. A tramitação da proposta será acompanhada pela Assessoria Parlamentar da ASBRAER. A cada movimento que ocorrer no Congresso Nacional, novos informes serão divulgados, pelo site (www.asbraer.org.br) ou por correspondência direta. A orientação política é que os extensionistas sensibilizem os parlamentares de seus estados para que a PEC seja aprovada e, assim, criado um piso nacional para os técnicos de nível médio e de nível superior dedicados à assistência técnica e à extensão rural

(Pinçado do blog do Rudá Rice);

PARQUE AQUÁTICO DOS ALVES

Rogério e seu "Jaime da Princesinha" só se divertindo no "Parque Aquático" da mundiça dos Alves. E hoje tem tênis de mesa na AABB, vamos treinar!! (MIF)

terça-feira, 12 de julho de 2011

TREINANDO NA AABB

O espaço da AABB

Seu Antônio. o Presidente da FATM

Eu e Rogério, fazendoo aquecimento



Nosso primeiro treino de Tênis de Mesa na AABBAlinhar ao centro

domingo, 10 de julho de 2011

O TÊNIS DE MESA EM PRETO E BRANCO

Antigamente também se jogava com categoria e estilo. Confiram.

O ESPORTE DO SÉCULO XXI





É o Tênis de Mesa ( Saúde, Inteligência e Paz)

Para a saúde:

1 - Melhora a circulação sanguínea;
2 - Desenvolve a velocidade de raciocínio e a habilidade;
3 - Melhora a coordenação motora e reflexos;
4 - Melhora a visão e exercita os nervos do cérebro;
5 - É ótimo para queimar calorias;
6 - Numa partida não existe choques físicos, evitando-se traumas e brigas;
7 - É considerado um dos esportes em que mais se utiliza o raciocínio.
Para seus sonhos como atleta olímpico de alto nível:
1 - É um esporte individual, você não depende de terceiros para vencer;
2 - Não é necessário um biotipo especial. Basta ter técnica e habilidade;
3 - Não precisa sacrificar/abandonar os estudos para se chegar num alto nível;
4 - Não existem muitos atletas, portanto, há maior chance de se chegar numa seleção nacional;
5 - Regras fáceis e um esporte dividido em categorias (Pré-mirim a veteranos).

Para sua formação/educação:

1 - Toda a família pode participar junta, praticando;
2 - Ensina a programar e planejar para treinar corretamente com objetivos;
3 - Não existe a vantagem por ser mais velho, as chances são iguais para todos;
4 - Como todo esporte, ensina a vencer, perder e lutar;
5 - Desenvolve muito a disciplina e a concentração (o que pode ser utilizado nos estudos);
6 - Todo atleta de destaque consegue ser diferenciado no tratamento (tanto na escola como no emprego).

Aspectos gerais:

1 - O futebol é o esporte mais popular, porém o Tênis de Mesa é fácil e simples de se praticar, por muitos motivos, em especial "não ter contato físico";
2 - Não é necessário uma grande infra-estrutura como um ginásio, área, etc. Basta uma mesa,rede, bola e raquete numa pequena sala;
3 - Para se praticar não é necessário muitos participantes, apenas 2. Outras modalidades; futebol 22 atletas; Volley, 12 atletas; Futsal, 10 atletas; Basquete, 10 atletas;
4 - O atleta ao treinar, concentra seus objetivos na modalidade e geralmente não fuma, não bebe, fica longe das drogas e das más companhias;
5 - Existem muitos campeonatos, por isso o Tênis de Mesa faz com que o atleta viaje bastante, conhecendo muitoas cidades, consequentemente fazendo novas amizades.

Texto desenvolvido por: Marcos Yamada (técnico desde 1975) e Hikosuke Tamasu (ex-atleta da seleção Japonesa e proprietário da Butterfly no Brasil.)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

AS DEZ MELHORES CACHAÇAS DO BRASIL

1ª Colocada: Vale Verde de Betim - MG. Envelhecida 3 anos em carvalho.
2ª Colocada: Anísio Santiago de Salinas - MG. Envelhecida de 6 a 8 anos em carvalho e bálsamo.
3ª Colocada: Canarinha de Salinas - MG. Envelhecida 3 anos em bálsamo.
4ª Colocada: Germana de Nova União - MG. Envelhecida 2 anos em carvalho e bálsamo.
5ª Colocada: Claudionor de Januária - MG. Envelhecida 2 anos em carvalho.
6ª colocada: Boazinha de Salinas - MG. Envelhecida 2 anos em bálsamo
7ª Colocada: Casa Bucco de Passo Velho - RS. Envelhecida 2 anos em bálsamo e carvalho 8ª Colocada: Armazém Vieira de Florianopólis - SC. Envelhecida em ariribá.
9ª Colocada: Magnífica de Miguel Pereira - RJ. Envelhecida 3 anos em carvalho.
10ª Colocada: Piragibana de Salinas - MG. Envelhecida 2 anos em bálsamo e carvalho.


Recebí, por e-mail, do meu amigo e confrade, Verneck, um apreciador da "branquinha" como bom nordestino. Entre as 10 melhores, 7 são de Minas Gerais e entre essas 7, 4 são de Salinas.

No Rio Grande do Norte, conheci e tomei duas boas cachaças, cujos alambiques já fecharam. A Malhada Vermelha, parece-me que produzida em itaú e a Olho D'Agua de São José de Mipibú.(MIF)

LÁ SE FOI O MOCINHO BONITO!!

Billy Blanco (1924 - 2011) Um dos grande cronistas musicais do Rio de Janeiro.


O cantor e compositor paraense Billy Blanco faleceu na manhã desta sexta-feira (8), às 7h, aos 88 anos, vítima de parada cardíaca. O músico estava internado no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Pan-Americano, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro.
Desde outubro de 2010 sofria as consequências de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, apesar do quadro estável, desde dezembro do ano passado não conseguia mais falar. O corpo está sendo velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro até as 22h, e deverá ser cremado neste sábado (09).

William Blanco Trindade, o Billy Blanco, é um dos compositores mais importantes da Música Popular Brasileira. Nasceu em Belém em 1924. Já aos 10 anos praticava poesia, fazendo suas redações em versos. Interessou-se pela música desde cedo, fazendo inicialmente paródias, com letras diferentes em músicas conhecidas.
A ida para o Rio de Janeiro lhe proporcionou gravar as primeiras músicas, o que não havia conseguido em São Paulo. Daí por diante, frequentando o meio musical, conheceu Dolores Duran, que o apresentou a Lúcio Alves, Dick Farney, Silvio Caldas, Isaura Garcia, Elizete Cardoso e Radamés Gnattalli. Seu primeiro sucesso foi “Estatutos da Gafieira”, cantado por Inesita Barroso, e regravado por vários cantores.
"Billy Blanco é um dos maiores compositores da MPB. Deixa alguns sambas antológicos, onde a ironia e o humor se sobressaem, como todo bom sambista da história da MPB. No entanto, apesar da morar há tantos anos fora do Pará, nunca perdeu a sintonia com a cultura e os valores da terra. Vou procurar homenagear a sua despedida com uma gravação histórica", declarou o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes.
Billy foi parceiro de Baden Powell, Tom Jobim e Sebastião Tapajós, entre outros grandes compositores. Com Baden, compôs o clássico "Samba Triste", e mais de 50 gravações no exterior.
Criou um estilo próprio, descrevendo com perspicácia as situações a sua volta, ora com humor (talvez sua face mais conhecida), ora no gênero exaltação; outras vezes, falando de amor e desilusão.
"Um baluarte, um desbravador.
Desde os anos 50 compondo, seja com a turma da bossa nova ou com outros músicos. Cidadão do mundo, um compositor com material inédito, ainda a ser descoberto", destacou o músico Sebastião Tapajós, parceiro em mais de 60 músicas, pouquíssimas gravadas.
Crônicas - Quando Billy Blanco apareceu no cenário musical foi comparado a Noel Rosa, pela graça com que fazia crônicas musicais do Rio de Janeiro.
Ele, que descreveu tantos personagens, também se tornou uma figura do Rio - andando sempre de branco, com um vasto bigode e rabo-de-cavalo por Copacabana.
“A obra de Blanco não se limita ao Pará. É um legado musical do Brasil e do mundo, que perde um artista fantástico, um compositor maravilhoso. Fica a missão cumprida de um espírito brincalhão. Uma obra que não será esquecida", assegurou o cantor e compositor Nilson Chaves.
Quando sofreu um enfarte, em 1995, o compositor conta que foi recusado na entrada do céu porque esqueceu o “passaporte carimbado”, e voltou para fazer mais “uns sambas pro povo”. De sua produção musical, com cerca de 500 músicas, 300 foram gravadas pelos mais respeitáveis artistas da música brasileira, como Maria Bethânia, Emílio Santiago, Zé Renato, Elis Regina, João Gilberto e as paraenses Lucinha Bastos Leila Pinheiro.

José Augusto Pacheco - Secul

Ainda tive o privilégio de ver um show com Billy Blanco no Teatro Plácido de Castro em Rio Branco. (MIF)

SAMBA TRISTE.

O samba está mais triste. O compositor Billy Blanco, subiu no dia de hoje. Foi juntar-se a seu compadre e parceiro, Baden Powell, autores desse belíssimo Samba Triste, um dos sambas antológicos da nossa MPB. Vejam que execução magistral de Baden ao violão e a interpretação do Baden do seu samba com Billy Blanco.







Samba triste
(Baden Powell e Billy Blanco)

Samba triste
A gente faz assim:
Eu aqui
Você longe de mim, de mim
Alguém se vai
Saudade vem
E fica perto
Saudade, resto de amor
De amor que não deu certo
Samba triste
Que antes eu não fiz
Só porque
Eu sempre fui feliz, feliz, feliz, feliz
Agora eu sei
Que toda vez que o amor existe
Há sempre um samba triste, meu bem
Samba que vem
De você, amor

SAMBA TRISTE.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

COERÊNCIA É ISSO AÍ !!!


Professora Amanda Gurgel Recusa Prêmio.

Essa minha conterrânea é arrochada... e coerente (MIF). Pinçado do Ví O Mundo, do Luís Carlos Azenha.

5 de julho de 2011 às 20:12
Os motivos de Amanda Gurgel para recusar prêmio



Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,
Professora Amanda Gurgel