segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PENSAMENTO ZEN-BUDISTA


ONDE VOCÊ COLOCA O SAL?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?'
- Bom! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não... - disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
(Pensamento Zen-Budista)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

BRASIL: MOSTRA TUA CARA


A cara do Brasil está ficando mais bonita. Confira os dados da PNAD-2009.



Do Blog Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim.

A elite branca de olhos azuis vai ficar aflita
. O emprego subiu 2,8% de 2007 para 2008.
. Quem puxa é a construção civil, que cresceu 14% em um ano e criou 900 mil novos postos de trabalho.
. O crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada, em um ano, foi de 33%.
. Aumentou o contingente de trabalhadores com 11 anos ou mais de de estudos.
. Aumentou o número de domicílios ligados à rede de esgotos.
. O crescimento do acesso à internet é espantoso (bye-bye PiG (*)) foi de 20% EM UM ANO !
. O rendimento real do trabalho subiu 1.7%.
. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de renda, melhorou: passou de 0,57 em 2001 (governo FHC) para 0,52 em 2008.
(Quanto mais próximo de 1 o coeficiente de Gini, pior a distribuição de renda.)
. 97,5% das crianças entre 6 e 14 anos estão na escola.
. A maioria dos brasileiros se considera ou negra ou parda.
(A elite branca de olhos azuis – e separatista, no caso de São Paulo – vai ficar nervosa …)
Ou seja, a política social do Governo Lula é um sucesso.
O jornal nacional não conseguiu esconder isso.
Limitou-se a encerrar uma segunda reportagem com um casal de desempregados (quando o aumento do emprego foi significativo).

Paulo Henrique Amorim




(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Realise do IBGE sobre A PNAD-2009

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) constatou diversos avanços no mercado de trabalho brasileiro, em 2008, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país. De 2007 para 2008, o contingente de trabalhadores cresceu 2,8%, totalizando 92,4 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade, impulsionado pelo setor da construção civil (crescimento de 14,1%), que gerou cerca de 900 mil novos postos de trabalho em todo o país. A formalização também foi destaque, com ampliação dos empregados com carteira assinada, de 33,1% dos ocupados em 2007 para 34,5% em 2008, ou seja, um acréscimo de 2,1 milhões de pessoas nessa categoria – o que resultou, por exemplo, numa elevação de 5,9% entre os contribuintes da Previdência. Também melhorou a escolaridade dos trabalhadores: o contingente de ocupados com 11 anos ou mais de estudo passou de 39,0%, em 2007, para 41,2%, em 2008. Reflexo do movimento no mercado de trabalho, tanto o rendimento dos trabalhadores, quanto o de todas as fontes e o domiciliar tiveram crescimentos de 2007 para 2008 (1,7%, 2,0% e 2,8%, respectivamente). Os dois primeiros, porém, aumentaram em taxas menores que nos anos anteriores.Se, em geral, cresceu o número de pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas, o de crianças e adolescentes trabalhando (5 a 17 anos de idade) caiu, passando de 10,8% para 10,2% das pessoas nessa faixa etária. Ainda assim, em 2008, 4,5 milhões de crianças e adolescentes trabalhavam, sendo 993 mil delas do grupo de 5 a 13 anos de idade. Esses trabalhadores eram, sobretudo, meninos, que estavam principalmente em atividades agrícolas e sem registro. De 2007 para 2008, no Brasil como um todo, alguns indicadores de educação mantiveram o ritmo gradual de avanço observado nos últimos anos: a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais de idade, por exemplo, passou de 10,1% em 2007 para 10,0% em 2008; e a média de anos de estudo aumentou de 6,9 para 7,1 anos – mas ainda não representava o ensino fundamental concluído. Nesse período, a taxa de analfabetismo funcional caiu de 21,8% para 21,0%, e a frequência a escola das crianças de 6 a 14 anos subiu de 97,0% para 97,5%.Segundo a Pnad 2008, a população do país era de 189,952 milhões de pessoas. A taxa média de fecundidade, que havia sido de 1,95 filho por mulher em 2007, passou para 1,89 filho por mulher em 2008, e a média de moradores por domicílio manteve o comportamento de queda, de 3,4 em 2007 para 3,3 em 2008. O percentual de domicílios ligados à rede de esgoto permanece subindo: de 51,1% (2007) para 52,5% (2008). A telefonia e o acesso à Internet foram os serviços que mais avançaram: de 2007 para 2008, 4,4 milhões de domicílios passaram a ter telefone, e aqueles ligados à Internet aumentaram de 20% para 23,8% do total, ainda que as desigualdades regionais de acesso se mantenham. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), tendo setembro como mês de referência. A partir desta divulgação, as estimativas da Pnad passam a ser calculadas com base nas novas projeções de população do IBGE, que incorporam resultados dos parâmetros demográficos calculados com base na contagem de população de 2007. Para manter as comparações com os anos anteriores, estão sendo fornecidas as séries dos principais indicadores, já recalculados considerando as novas projeções de população, para os anos de 2001 a 2007.A seguir, as principais informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008.População ocupada cresce mais que o total de pessoas de dez anos ou mais de idade. Entre 2007 e 2008, a população em idade ativa (PIA)1 cresceu 1,7%, totalizando 160,6 milhões de pessoas. No mesmo período, a população economicamente ativa na semana de referência (PEA)2, estimada em 99,5 milhões de pessoas, também cresceu 1,7%, o que fez a taxa de atividade 3 se manter estável de um ano para o outro, em 62,0%. Já o contingente de pessoas ocupadas (92,4 milhões) cresceu 2,8% entre 2007 e 2008. Assim, o nível de ocupação 4 em 2008 foi de 57,5%, contra 57,0%, em 2007, sendo de 68,6% entre os homens e de 47,2% entre as mulheres. A participação das pessoas de 10 a 14 anos de idade no total da população ocupada reduziu-se de 1,8%, em 2007, para 1,4%, em 2008. Movimento semelhante ocorreu no grupo de 15 a 19 anos, cuja participação caiu de 7,5% para 7,1%, nesse período. Por outro lado, houve crescimento, de 2007 para 2008, na participação na população ocupada dos grupos etários de 50 a 59 anos (de 12,9% para 13,4%) e de 60 anos ou mais (de 6,6% para 6,9%).Foi na região Norte que a população ocupada apresentou maior percentual de crescimento (4,2%), entre 2007 e 2008, passando de 6,6 milhões para 6,9 milhões de pessoas. Por sua vez, o Sudeste concentrava em 2008 o maior contingente de pessoas ocupadas (39,4 milhões de pessoas).A taxa de desocupação 5 caiu de 8,1%, em 2007, para 7,1%, em 2008, tendo passado de 6,1% para 5,2% entre os homens e de 10,8% para 9,6% entre as mulheres. A taxa de desocupação ficou acima da média nacional no Nordeste (7,5%), no Sudeste (7,8%) e no Centro-Oeste (7,5%); e abaixo nas regiões Norte (6,5%) e Sul (4,9%).Construção é setor com maior expansão de pessoas ocupadas. Quanto à distribuição das pessoas ocupadas segundo os grupamentos de atividade, as maiores participações foram as dos grupamentos agrícola (17,4%), do comércio e reparação (17,4%) e da indústria (15,1%).Na comparação com 2007, o grupamento da construção teve o maior crescimento em termos de pessoal ocupado (14,1%), com destaque para as regiões Norte (19,9%) e Nordeste (19,6%). Por outro lado, o grupamento agrícola, apresentou redução de 2,6% no seu contingente, de 2007 para 2008. As regiões Norte (-7,7%), Sul (-5,5%) e o Centro-Oeste (-5,1%) registraram quedas. O Sudeste foi a única região a apresentar crescimento de pessoas ocupadas no grupamento agrícola (2,6%) entre 2007 e 2008.Contingente de ocupados com carteira de trabalho assinada aumenta 7,1% A Pnad mostrou que dos 92,4 milhões de pessoas ocupadas em 2008, 58,6% (54,2 milhões de pessoas) eram empregados; 7,2% (6,6 milhões), trabalhadores domésticos; 20,2% (18,7 milhões), trabalhadores por conta própria; 4,5% (4,1 milhões de pessoas), empregadores; 5,0% (4,6 milhões), trabalhadores não remunerados; 4,5% (4,1 milhões), trabalhadores na produção para o próprio consumo e 0,1% (0,1 milhão), trabalhadores na construção para o próprio uso.Entre 2007 e 2008, destacou-se o crescimento dos empregados com carteira de trabalho assinada, de 33,1% para 34,5% dos ocupados, totalizando cerca de 31,9 milhões de empregados registrados, 2,1 milhões a mais que no ano anterior (aumento de 7,1%). A região Norte teve aumento de 2,1 pontos percentuais (20,9% para 23,0%) no emprego com carteira assinada. No Sul, o crescimento foi de 1,6 ponto percentual (37,2% para 38,8%), e no Sudeste, de 1,4 ponto percentual (42,2% para 43,6%). Por outro lado, houve redução do percentual dos trabalhadores por conta própria, de 21,2% em 2007 para 20,2% em 2008, no país.Cresce percentual de ocupados com 11 anos ou mais de estudo. O contingente de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo (ensino médio completo) registrou o maior crescimento no total dos ocupados, passando de 39,0%, em 2007, para 41,2%, em 2008, totalizando 38,1 milhões de pessoas. Nesse grupo, as regiões Norte e Nordeste apresentaram crescimentos bem acima da média; enquanto o Sudeste teve o menor crescimento. No entanto, a região concentrava em 2008 48,4% dos ocupados com 11 anos ou mais de estudo (19,1 milhões de pessoas), enquanto no Norte essa participação era de 35,3% (2,4 milhões de pessoas) e, Nordeste, de 30,5% (7,5 milhões de pessoas).Dentre os ocupados, 7,8 milhões de pessoas (8,4%) não tinham instrução ou tinham menos de um ano de estudo; 8,6 milhões de pessoas (9,3%) tinham de 1 a 3 anos de estudo; 21,8 milhões de pessoas (23,6%) tinham de 4 a 7 anos de estudo; e 16,0 milhões de pessoas (17,3%) tinham de 8 a 10 anos de estudo. As participações dos grupos de 1 a 3 anos de estudo e de 4 a 7 anos de estudo diminuíram em 7,8% e 1,8%, respectivamente. Regionalmente, o Nordeste apresentou a maior redução no grupo de 1 a 3 anos de estudo (-12,9%), seguido pelas regiões Sul (-11,6%), Centro-Oeste (-9,7%) e Sudeste (-2,2%). Comportamento diverso, contudo, ocorreu na região Norte, onde houve crescimento de 4,4% do contingente de pessoas nesse grupo de anos estudo.Número de contribuintes para instituto de Previdência aumenta 5,9%Dentre as 92,4 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas, 48,1 milhões (52,1%) eram contribuintes de instituto de Previdência em 2008. Frente a 2007, esse número cresceu 5,9%, impulsionado pela elevação do emprego com carteira de trabalho assinada.Em termos regionais, o Sudeste registrou o maior percentual de contribuintes, 62,9% (24,8 milhões de pessoas), e o Nordeste teve o menor percentual, 33,9% (8,3 milhões de pessoas). A região Norte foi a que teve maior crescimento no percentual de contribuintes de 2007 para 2008, 2,9 pontos percentuais, passando de 36,8% (2,4 milhões de pessoas), em 2007, para 39,7% (2,7 milhões de pessoas), em 2008.Dentre os ocupados em 2008, 18,2% eram associados a sindicatos (16,8 milhões de pessoas). A região Sul tinha o maior percentual de trabalhadores sindicalizados (21,7%). Regionalmente, houve crescimento do número de associados, de 2007 para 2008, sendo os percentuais de aumento mais relevantes registrados no Norte (crescimento de 14,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Sudeste (7,2%).Cai percentual de trabalhadores não remunerados em atividades agrícolasDos ocupados em atividade agrícola, 29,3% (16,1 milhões de pessoas) eram empregados; 25,1%, trabalhadores por conta própria; e 25,4%, trabalhadores na produção para o próprio consumo. Em relação a 2007, houve redução de trabalhadores não remunerados nessa atividade, de 20,7% para 17,4%.Nas atividades não-agrícolas (76,3 milhões de pessoas ocupadas), houve aumento de pessoas ocupadas na condição de empregado: de 63,7% (46,8 milhões de pessoas), em 2007, para 64,8% (49,5 milhões de pessoas), em 2008. Esse crescimento ocorreu principalmente na região Sul (de 66,2% para 68,0%).Já em relação aos trabalhadores por conta própria em atividade não-agrícola, houve uma redução de 1,2 ponto percentual, verificada mais intensamente na região Sul (de 17,8%, ou 2,1 milhões de pessoas, para 16,0%, ou 1,9 milhão de pessoas).Cresce grupamento de dirigentes em geral, especialmente no NordesteSegundo os dados da Pnad, o grupamento ocupacional com maior concentração de pessoas, em 2008, foi o de trabalhadores da produção de bens e serviços e de reparação e manutenção, 24,3% (22,4 milhões de pessoas), sendo que 10,4 milhões deles estavam no Sudeste. Esse grupamento teve aumento de 7,2% nas pessoas ocupadas, no período 2007-2008, com a região Norte, especificamente, registrando um crescimento de 11,8%.Na comparação frente a 2007, destacou-se o crescimento dos ocupados nos grupamentos de dirigentes em geral (8,6%), sendo que no Nordeste o crescimento foi de 17,6%, e de trabalhadores de serviços administrativos (9,3%), com destaque também para o Nordeste, que teve aumento de 14,0%. Por outro lado, houve quedas nos contingentes de pessoas ocupadas nos grupamentos de técnicos de nível médio (-0,8%), vendedores e prestadores de serviço do comércio (-2,9%) e trabalhadores agrícolas (-3,6%).Rendimento real dos trabalhadores aumenta de 2007 para 2008, mas em ritmo menorO rendimento médio real de trabalho das pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento (R$ 1.036 em 2008) cresceu 1,7% em relação ao de 2007 (R$ 1.019). O ritmo de crescimento, porém, diminuiu: de 2005 para 2006, o aumento havia sido de 7,2%; e, de 2006 para 2007, de 3,1%. De 2007 para 2008, o Nordeste (5,4%) e o Centro-Oeste (3,2%) tiveram os maiores ganhos. Também houve aumentos no Sul (2,1%) e Sudeste (0,5%), e no Norte não houve variação significativa. O Centro-Oeste registrou o maior valor, R$ 1.261; e o Nordeste, o menor, R$ 685.O índice de Gini6 (que em 2001 era de 0,571) caiu de 0,528 para 0,521 no país, entre 2007 e 2008. Regionalmente, as variações foram as seguintes: Norte (de 0,494 para 0,479), Sudeste (de 0,505 para 0,496), Sul (de 0,494 para 0,486), Nordeste (de 0,547 para 0,546) e Centro-Oeste (estável em 0,552, o mais alto entre as regiões).Os 10% de trabalhadores mais bem remunerados detêm 42,7% dos rendimentosOs 10% da população ocupada com os rendimentos mais baixos detinham, em 2008, 1,2% do total dos rendimentos de trabalho (1,1% em 2007) enquanto os 10% com os maiores rendimentos concentravam 42,7% do total das remunerações. Esse percentual, que segue indicando a forte desigualdade da distribuição dos rendimentos, ficou ligeiramente inferior ao de 2007 (43,3%).Para o Brasil, entre 2007 e 2008, houve elevações no rendimento médio mensal real de trabalho em todos os décimos da distribuição de rendimento, especialmente nos 10% das pessoas ocupadas com os rendimentos mais baixos (4,3%). Para os 10% com os rendimentos mais elevados, a alta foi de 0,3%.De 2007 para 2008, rendimento que mais cresce é o dos empregados sem carteiraOs empregados sem carteira assinada, que recebiam o menor rendimento médio (R$ 604) entre os empregados, obtiveram o maior ganho real (2,7%) de 2007 para 2008. Para os militares e funcionários públicos (R$ 1.759), houve ganho real de 0,4% e, para os empregados com carteira assinada (R$ 1.034), de 1,3%. O rendimento dos trabalhadores domésticos com carteira assinada (R$ 523) cresceu 2,1% de 2007 para 2008, e o dos sem carteira de trabalho (R$ 300), 2,7%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores por conta própria (R$ 799) caiu 4,8%.As mulheres, em média, recebiam R$ 839 por mês, o que representava 71,6% do rendimento médio dos homens (R$ 1.172) em 2008. Isto ocorria em todas as categorias de posição na ocupação, inclusive a de trabalhadores domésticos, cuja predominância é feminina.Rendimento de todas as fontes sobe 2,0%, e rendimento domiciliar aumenta 2,8%De 2007 para 2008, o rendimento médio real de todas as fontes (das pessoas de dez anos ou mais de idade, com rendimento) cresceu 2,0%, atingindo R$ 1.023. Foi o menor aumento nas últimas quatro comparações anuais: de 2004 para 2005 (5,1%); de 2005 para 2006 (6,1%) e de 2006 para 2007(2,7%).Para o rendimento médio mensal real de todas as fontes, os aumentos mais expressivos ocorreram nas classes de rendimentos intermediárias. Em 2008, os 10% de pessoas que tinham os rendimentos mais baixos não tiveram aumento real em relação a 2007 (para o rendimento de trabalho o aumento foi de 4,6%) e para os 10% com rendimentos mais elevados o aumento foi de 1,1%.Em 2008, o rendimento médio mensal real domiciliar dos domicílios com rendimento (R$ 1.968) cresceu 2,8% em relação a 2007 (R$ 1.915), aumento superior ao verificado de 2006 para 2007 (1,4%), mas menor que os de anos anteriores: 4,9% de 2004 para 2005; e 7,6% de 2005 para 2006. Houve aumentos em todas as regiões: Norte (1,4%); Nordeste (4,2%); Sudeste (2,5%); Sul (2,0%) e Centro-Oeste (5,5%). O Nordeste tinha o menor rendimento domiciliar em 2008 (R$ 1.299); e o Centro-Oeste, o maior (R$ 2.352).Norte tem estrutura etária mais jovem; Sul e Sudeste concentram mais velhos. A população brasileira, em 2008, era de 189,952 milhões de pessoas: sendo 92,4 milhões de homens (48,7%) e 97,5 milhões de mulheres (51,3%). A Pnad 2008 confirmou o envelhecimento da população: a participação do grupo de pessoas de 40 anos ou mais de idade cresceu de 33,1% para 34,3%, entre 2007 e 2008, enquanto, os grupos de 0 a 14 anos (25,5% para 24,7%) e de 15 a 39 anos (41,4% para 41,0%) reduziram suas proporções. O Norte continua a ter a estrutura etária mais jovem do país, apresentando, em 2008, as maiores participações nos grupos de 0 a 14 anos (31,4%) e de 15 a 39 anos (43,5%). Foi a única região que apresentou o contingente de crianças de 0 a 4 anos de idade (1,4 milhão) maior que o de pessoas com 60 anos ou mais de idade (1,1 milhão). Sul e Sudeste apresentaram as estruturas etárias mais envelhecidas. Nessas regiões, a população de 40 anos ou mais de idade representava, respectivamente, 38,1% e 37,9%.O Acre tinha o maior percentual de crianças de 0 a 4 anos na população (11,0%), seguido por Roraima (10,2%) e Amazonas (10,1%). O menor percentual de crianças nessa faixa, em 2008, estava o Rio de Janeiro (5,6%), onde, por outro lado, residia o maior percentual de pessoas com 60 anos ou mais de idade (14,9%) do país. Outro estado que se destacou pelo elevado percentual de pessoas com 60 anos ou mais foi o Rio Grande do Sul (13,5%).Em 2008, a população era integrada por 48,4% de pessoas brancas, 43,8% de pardas, 6,8% de pretas e 0,9% de amarelas e indígenas. Entre 2007 e 2008, houve uma elevação de 1,3 ponto percentual na proporção de pessoas declaradas pardas (42,5% para 43,8%) e redução das proporções das populações declaradas pretas (7,5% para 6,8%) e brancas (de 49,2% para 48,4%). Enquanto na região Norte e Nordeste as pessoas se declaravam predominantemente pardas e pretas, na Região Sul, 78,7% das pessoas se classificaram como brancas. A população parda cresceu em todas as regiões, exceto na Centro-Oeste, onde passou de 50,9% para 50,2%.Mais da metade da população dos municípios do Centro Oeste era de migrantesAs pessoas não naturais do município de residência correspondiam a 40,1% (39,8%, em 2007) da população do país e aquelas não naturais da unidade da federação em que moravam representavam 15,7% (mesmo resultado de 2007). No Centro-Oeste, a população não natural dos municípios era superior à natural, isto é, 54,2% das pessoas desta região não haviam nascido no município de moradia. Nas demais regiões, os percentuais foram os seguintes: Norte (43,3%); Nordeste (31,8%); Sudeste (41,3%) e Sul (44,0%).No Centro-Oeste, 35,6% dos moradores não tinham nascido nos estados em que viviam. As regiões Norte (21,9%); Nordeste (7,4%); Sudeste (18,0%) e Sul (12,0%) apresentaram percentuais menores. Rondônia (46,2%) e Roraima (45,9%) eram os estados com maiores percentuais de população não natural, enquanto Rio Grande do Sul tinha o menor percentual (4,1%).Com o aumento da faixa de idade, verifica-se progressivo crescimento na proporção de migrantes. O perfil mais envelhecido dos migrantes pode estar relacionado à busca por melhores oportunidades de trabalho. Dentre os não naturais da unidade da federação, 54,0% tinham 40 anos ou mais de idade.NE tem melhorias mais expressivas no analfabetismo e analfabetismo funcional.Em 2008, no Brasil, havia 14,2 milhões de analfabetos entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade. A taxa de analfabetismo para esse grupo etário foi estimada em 10,0%; em 2007, havia sido de 10,1%. Esse indicador continua apontando disparidades regionais, sendo, por exemplo, no Nordeste (19,4%), quase o dobro do nacional. Essa região foi a que apresentou queda mais expressiva da taxa em relação a 2007, quando ela chegava a 19,9%.Na faixa etária de 10 a 14 anos de idade, a taxa de analfabetismo foi estimada em 2,8%, mostrando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação a 2007. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, esse indicador era inferior a 1,5%; enquanto no Norte e Nordeste, ficava em 3,5% e 5,3%, respectivamente.A taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 10,2%, enquanto a das mulheres, do mesmo grupo etário, foi de 9,8%.A taxa de analfabetismo funcional7 foi estimada em 21,0%, em 2008, 0,8 ponto percentual abaixo da de 2007, tendo sido contabilizados 30 milhões de analfabetos funcionais dentre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. De 2007 para 2008, todas as regiões apresentaram queda dessa taxa, com destaque para a Nordeste onde a retração atingiu 1,9 ponto percentual (de 33,5% em 2007 para 31,6% em 2008). A taxa de analfabetismo funcional masculina (21,6%) também era superior à feminina (20,5%).Brasileiros maiores de 18 anos, em média, ainda não concluem o ensino fundamentalEm 2008, a população de dez anos ou mais de idade no país tinha, em média, 7,1 anos de estudo – em 2007, a média era de 6,9 anos de estudo. Esse número era menor no Nordeste (5,9 anos) e maior no Sudeste (7,7 anos). Para o total do país, as mulheres (7,2 anos de estudo) continuavam estudando, em média, mais do que os homens (6,9 anos). Porém, nas faixas etárias mais elevadas, o número médio de anos de estudo dos homens superava o das mulheres.Na faixa de 18 anos ou mais de idade, grupo que já poderia ter concluído o ensino médio, ou seja, pelo menos 11 anos de estudo, a média era de 7,4 anos de estudo, isto é, menos que o ensino fundamental completo. Para os com 25 anos ou mais de idade, a média caía para 7,0 anos de estudo.Na população de dez anos ou mais de idade, 31,6% tinham 11 anos ou mais de estudo, percentual que chegava a 1/3 entre as mulheres e nem atingia 30% entre os homens. Por outro lado, 22,8% da população era sem instrução ou não havia concluído sequer a 4ª série do ensino fundamental.97,5% das crianças de 6 a 14 anos frequentam escolaA taxa de escolarização da população na faixa etária de 6 a 14 anos de idade aumentou, passando de 97,0%, em 2007, para 97,5%, em 2008. As diferenças regionais, entretanto, persistem, com percentuais que variam de 96,1% na região Norte a 98,1% na região Sudeste.A escola pública atendia em 2008 79,2% dos estudantes de quatro anos ou mais de idade, no Brasil, participação que permaneceu estável em relação a 2007. Nos ensinos fundamental (88,0%) e médio (86,5%), a maioria expressiva da população estava na rede pública. No ensino superior, o quadro se invertia: 76,3% dos estudantes estavam na rede particular, num aumento de 0,4 ponto percentual em relação a 2007.Trabalho infantil diminui, mas ainda é realidade para 993 mil crianças de 5 a 13 anosNo Brasil, em 2008, havia 92,5 milhões de pessoas com cinco anos ou mais de idade ocupadas, destas, 4,5 milhões tinham de 5 a 17 anos de idade, sendo 993 mil delas crianças de 5 a 13 anos. As pessoas ocupadas representavam 10,2% da população de 5 a 17 anos de idade, 0,7 ponto percentual a menos que em 2007, e 3,3% das crianças de 5 a 13 anos.A proporção de pessoas de 5 a 9 anos de idade ocupadas foi de 0,9%, em 2008 (1,0% em 2007), percentual que era de 6,1% dentre as pessoas de 10 a 13 anos de idade (7,5% em 2007).A região Nordeste apresentava a maior proporção de pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas, 12,3% (1,7 milhão); e a Sudeste, a menor, 7,9% (1,3 milhão). A proporção de homens de 5 a 17 anos de idade ocupados (13,1%, ou 2,9 milhões de pessoas) era maior do que entre as mulheres (7,1%, ou 1,5 milhão), fato percebido em todas as regiões.A taxa de escolarização das pessoas de 5 a 17 anos aumentou de 92,4%, em 2007, para 93,3%, em 2008 (0,9 ponto percentual). Entre as pessoas dessa faixa etária ocupadas, esse aumento, porém, foi maior (1,9 ponto percentual), sendo que a taxa de escolarização chegou, em 2008, a 81,9%.Trabalho infantil é agrícola, masculino e sem registro. A tabela a seguir traça uma síntese do perfil socioeconômico das crianças e adolescentes envolvidos com o trabalho infantil.
Em 2008, 35,5% das pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas estavam em atividade agrícola e 51,6% eram empregados ou trabalhadores domésticos.As pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas trabalhavam em média 26,8 horas habitualmente por semana, em todos os trabalhos, sendo que as pessoas de 5 a 13 anos de idade trabalhavam em média 16,1 horas; as de 14 ou 15 anos de idade, 24,2 horas; e as de 16 ou 17 anos de idade, 32,7 horas.Apenas 9,7% dos empregados ou trabalhadores domésticos de 14 a 17 anos de idade possuíam carteira de trabalho assinada, percentual que era de 13,1% para as pessoas de 16 ou 17 anos de idade.Das pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas em 2008, 32,2% eram trabalhadoras não remuneradas, percentual que chegava a 60,9% entre as crianças de 5 a 13 anos de idade. Das pessoas de 14 ou 15 anos de idade ocupadas, 34,0% eram trabalhadoras não remuneradas e, dentre as pessoas ocupadas de 16 ou 17 anos de idade, esse percentual era de 19,1%.O rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas aumentou de R$ 262, em 2007, para R$ 269, em 2008. As pessoas de 5 a 13 anos de idade recebiam em média R$ 100; as de 14 ou 15 anos de idade, R$ 190; e as de 16 ou 17 anos, R$ 319.No Brasil, em 2008, 865 mil pessoas de 5 a 17 anos de idade ocupadas residiam em domicílios cujo rendimento mensal domiciliar per capita era menor que ¼ do salário mínimo ou sem rendimentos, o que representa 10,8% das pessoas desse grupo de idade. O rendimento médio mensal domiciliar per capita das pessoas de 5 a 9 anos de idade que estavam ocupadas era de R$ 186, ao passo que das pessoas com 16 ou 17 anos de idade era de R$ 394.Mais de 60% das crianças de 5 a 13 anos ocupadas também faziam tarefas domésticasEm 2008, 57,1% das pessoas de 5 a 17 anos de idade que estavam ocupadas também exerciam afazeres domésticos. Na faixa etária de 5 a 13 anos, esse percentual era de 61,2%; e entre 14 e 17 anos de idade, a proporção era de 56,0%. Entre as mulheres de 5 a 17 anos ocupadas, o percentual era de 83,2%; enquanto, entre os homens, 43,6% dos ocupados nessa faixa etária realizavam afazeres domésticos.Entre as pessoas de 5 a 17 anos de idade não ocupadas, 42,0% exerciam afazeres domésticos, percentual que era de 54,6% entre as mulheres e de 29,2% entre os homens.Em 2008, 74,4% dos 57,6 milhões de domicílios brasileiros eram própriosEm 2008, o Brasil tinha 57,6 milhões de domicílios particulares permanentes, 1,8 milhão a mais que em 2007. A participação dos domicílios próprios no total passou de 74,0%, em 2007, para 74,4% em 2008; e a dos domicílios próprios quitados, de 69,9% para 70,1%. O percentual de domicílios em aquisição (4,3%) cresceu 0,2 ponto percentual, e o dos alugados ficou estável (16,6%).O número médio de moradores por domicílio passou de 3,4 para 3,3, de 2007 para 2008. A proporção de domicílios com cinco moradores ou mais caiu de 20,5% para 18,9%. A região Norte apresentou o resultado mais elevado de pessoas por domicílio (3,8), enquanto o mais baixo foi o da região Sul (2,9), que deteve, com a região Sudeste, a menor média de pessoas por domicílio (3,1).A parcela de domicílios com um único morador manteve a tendência de crescimento, passando de 11,5% para 12,0%, entre 2007 e 2008 e chegando a 12,8% nas regiões Sul e Sudeste.Proporção de domicílios ligados à rede de esgoto cai na região NorteEm 2008, o Brasil tinha 30,2 milhões domicílios ligados à rede de esgoto, uma participação 1,4 ponto percentual maior que em 2007. O Norte, mesmo tendo a menor parcela (9,5%) de domicílios com esse serviço, teve redução de 0,5 ponto percentual, não mantendo o crescimento ocorrido entre 2006 e 2007. Nessa região cresceu 5,5 pontos percentuais a proporção de domicílios com fossa séptica (mais 308 mil). O Norte ainda possuía 1,6 milhão de domicílios sem rede coletora ou fossa séptica.O percentual de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água (83,9%) também manteve-se em crescimento: mais 0,7 ponto percentual ou 1,9 milhão de unidades em relação a 2007. No Nordeste, o acréscimo foi de 2,3 pontos percentuais, ou mais 770 mil domicílios.Após alta de 0,6 ponto percentual em relação a 2007, 87,9% (50,6 milhões) dos domicílios passaram a contar com coleta de lixo. Houve altas em todas as regiões. Já a energia elétrica continuava a ser o serviço público com o maior alcance no país: atingia 98,6% dos domicílios em 2008.
De 2007 para 2008, mais 4,4 milhões de domicílios brasileiros passam a ter telefoneA presença da telefonia, sobretudo a móvel, nos domicílios teve, mais uma vez, forte evolução. De 2007 para 2008, mais 4,4 milhões de domicílios passaram a ter algum tipo de telefone, dos quais 3,98 milhões adquiriram somente celular. Assim, com alta de 5,3 pontos percentuais, a participação dos domicílios com algum tipo de telefone passou a ser 82,1% (ou 47,2 milhões). Já os domicílios com somente celular chegaram a 21,7 milhões (37,6% do total), um aumento de 5,9 pontos percentuais.As proporções de domicílios que possuíam fogão, filtro de água, freezer e rádio pouco variaram.
Entre 2007 e 2008, percentual de domicílios ligados à Internet sobe de 20% para 23,8% Em 2008, 17,95 milhões de domicílios brasileiros (31,2%) possuíam microcomputador, sendo 13,7 milhões (23,8%) com acesso à Internet. Mais da metade dos domicílios com computador (10,2 milhões) estavam no Sudeste, dos quais 7,98 milhões tinham com acesso à Internet. Apesar da evolução em relação a 2007, o gráfico abaixo mostra que persiste a desigualdade regional quanto ao acesso à Internet.


1 Pessoas com dez anos ou mais de idade.
2 Pessoas com dez anos ou mais de idade ocupadas ou procurando trabalho.
3 Proporção de pessoas economicamente ativas na população de dez anos ou mais de idade.
4 Proporção de pessoas ocupadas na população de dez anos ou mais de idade.
5 Proporção de desocupados entre as pessoas economicamente ativas.
6 Medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade máxima).
7 Estimada pela proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudos completos em relação ao total de pessoas desse grupo etário.

Comunicação Social, 18 de setembro de 2009


UM LEMBRETE DO QUINTANA


Recebi do meu amigo, conterrâneo e confrade Mário Amorim. Repasso com os agredecimentos e desejando a todos um final de semana FELIZ.

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo, pois a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'
(Mário Quintana)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O DIA DO INÍCIO DO APOCALIPSE



O 11 de setembro de 2001. Lá se vão 8 anos do atentado terrorista as Torres gêmeas do World Trade Center em Nova York. O mundo entrou, desde então, numa nova era. Terá sido o prenúncio do Apocalipse?


Filmes Curtas-metragem sobre o 11 de setembro.



São 11 curtas-metragem, cada um com 11 minutos, 9 segundos e 1 frame de duração, dirigidas por diretores de vários países diferentes.
Uma produção tão abrangante como esta, que une sob o mesmo título curtas do Estados Unidos e do Burkina-Faso por exemplo, é de se esperar uma disparidade de qualidade. De fato, há curtas excepcionais, como o dirigido por Sean Penn, ou por Ken Loach do Reino Unido, enquanto que há outros bastante amadorístico como o curta egípcio, dirigido por Youssef Chahine, e o israelense, de Amos Gitai.
Esta seleção impressiona, no entanto, pelo tom geral anti-americano. É surpreendente como em apenas um ano (o filme foi lançado em 2002), a visão sobre o atentado passou de solidariedade à aceitação de que, no fundo, os Estados Unidos tem incitado o resto do mundo a odiá-los.
Destaques:
- o forte curta iraniano (dirigido por Samira Makhmalbaf), no qual eles exploram a inocência das crianças diante de um evento incompreensível no mundo no qual elas vivem;
- o curta dirigido por Ken Loach, do Reino Unido, que por si só já salvaria o filme, que compara o atentado ao World Trade Center e o golpe de Estado contra o governo de Salvador Allende, no Chile, ambos acontecidos do dia 11 de setembro. Simplesmente maravilhoso e, como já foi dito, ao explicitar a participação dos EUA no golpe, o roteiro "justifica", de certo modo, o ataque terrorista.
- e, finalmente, o curta dirigido por Sean Penn, que aborda a alienação do povo americano diante do falido "american way of life".
Para todos nós, que vimos pela TV este incidente, ter a oportunidade de vislumbrar o atentado com a perspectiva de outras culturas é esclarecedor. É a constatação pura de que a verdade não pertence a nenhum dos lados; temos somente interpretações.

FRASES PINDORÂMICAS

"A melhor maneira de enriquecer da noite para o dia é roubar de madrugada."
(José Francisco de Lara)
"A grande invenção polivalente de Deus foi o pato. Ele anda, nada e voa. E faz tudo isso mal demais." (Rolim Amaro).
"O passado de certas mulheres e cozinha de restaurante, se você conhecer, não come." (Washington Simões).
"Isto sim que é Congresso eficiente! Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga, ele mesmo absolve." (Millôr Fernandes).

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

VAMOS PRIVATIZAR A VEJA, A ÚLTIMA FLOR DO FÁSCIO.


Estou nessa campanha. do Blog do Paulo Henrique Amorim -CONVERSA AFIADA.


O Conversa Afiada re-publicada post do blog do Miro, o Altamiro Borges


Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009Pela imediata privatização da revista Veja Numa conversa descontraída no aeroporto de Brasília, o irreverente Sérgio Amadeu, professor da Faculdade Cásper Libero e uma das maiores autoridades brasileiras em internet, deu uma idéia brilhante. Propôs o início imediato de uma campanha nacional pela privatização da Veja. Afinal, a poderosa Editora Abril, que publica a revista semanal preferida das elites colonizadas, sempre pregou a redução do papel do Estado, mas vive surrupiando os cofres públicos. “Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência”, prognosticou Serginho.
As “generosidades” do governo Lula
Pesquisas recentes confirmam a sua tese. Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo, descobriu no Portal da Transparência que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país… Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos”.
Indignado, Carlos Lopes criticou. “O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente seu panfleto – a revista Veja”. Realmente, é um baita absurdo que o governo Lula ajude a “alimentar cobras”, financiando o Grupo Abril com compras milionárias de publicações questionáveis, isenção fiscal em papel e publicidade oficial. Não há o que justifique tamanha bondade com inimigos tão ferrenhos da democracia e da ética jornalística. Ou é muita ingenuidade, ou muito pragmatismo, ou muita tibieza. Ou as três “virtudes” juntas.
A relação promiscua com os tucanos
Já da parte de governos demos-tucanos, o apoio à famíglia Civita é perfeitamente compreensível. Afinal, a Editora Abril é hoje o principal quartel-general da oposição golpista no país e a revista Veja é o mais atuante e corrosivo partido da direita brasileira. Não é de se estranhar suas relações promiscuas com o presidenciável José Serra e outros expoentes do PSDB-DEM. Recentemente, o Ministério Público Estadual acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.
A compra de 220 mil assinaturas representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do “barão da mídia” Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao grupo direitista. José Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do “Guia do Estudante”, outra publicação da Abril. Como observa do deputado Ivan Valente, “cada vez mais, a editora ocupa espaço nas escolas de São Paulo. Isso totaliza, hoje, cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada, considerado apenas o segundo semestre de 2008”.
O mensalão da mídia golpista
Segundo o blog Na Maria News, que monitora a deterioração da educação em São Paulo, o rombo nos cofres públicos pode ser ainda maior. Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras, como Globo e Folha. Os dados são impressionantes e reforçam a sugestão de Sérgio Amadeu da deflagração imediata da campanha pela “privatização” da revista Veja. Chega de sugar os cofres públicos! Reproduzo abaixo algumas mamatas do Grupo Civita:
- DO de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual de ensino. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara “inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola.
- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.
- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.
- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.
- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.
- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.
- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.
- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.
- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.
- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.
Para não parecer perseguição à asquerosa revista Veja, cito alguns dados do blog sobre a compra de outras publicações. O Diário Oficial de 12 de maio passado informa que o governo José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, que desde a “ditabranda” viu desabar sua credibilidade e perdeu assinantes. Valor da generosidade tucana: R$ 2.704.883,60. Já o DO de 15 de maio publica a compra de 5.449 assinaturas do jornalão oligárquico O Estado de S.Paulo por R$ 2.691.806,00. E o de 21 de maio informa a aquisição de 5.449 assinaturas da revista Época, da Globo, por R$ 1.190.061,60. Depois estes veículos criticam o “mensalão” no parlamento.

RAJADAS DE VENTO







É o RAFALE, francês que a FAB vai comprar e com transferência de tecnologia. Gostei da posição do Governo brasileiro de reequipar as nossas Forças Armadas, que vivem em "petição de miséria".


Caça Rafale - França
Muitos dos caças da nova geração têm uma configuração com asas em delta e canards, com potente motorização, capazes de fazer curvas tão fechadas que até pouco tempo atrás eram consideradas impossíveis. Um dos exemplares dessa classe de aeronaves é o Dassault Rafale (rajada de vento), desenvolvido a partir do Avião de Combate Experimental (ACX) que surgiu nos anos 80 como avião de demonstração de tecnologia, antes que a França se retirasse do projeto European Fighter Aircraft (hoje Eurofighter Typhoon). O ACX foi utilizado então para testar a configuração de um novo programa, o ACT-Rafale (Avion de Combat Tactique), bem como o seu sistema de controle fly-by-wire e célula, construída em grande parte com materiais compostos. Produzido em três versões, o Rafale M, variante naval entrou em serviço na Marinha francesa em 2001, operando a bordo do porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, as versões B e C, biposto e monoposto da Força Aérea, estarão operacionais a partir de 2005. O cockpit do Rafale está equipado com manete HOTAS, head-up display (HUD) e um display holográfico grande angular da Thales, que provê as informações de vôo, da missão e dos alvos, conjugado com dois displays laterais e visor montado no capacete, permitindo ao piloto uma maior consciência situacional. As contramedidas eletrônicas estão a cargo do sistema Spectra, com alerta radar, alerta designação laser e aproximação de mísseis hostis. O radar do Rafale é o RBE2 da Thales, o primeiro da Europa ocidental com varredura eletrônica em dois planos (look-down/shoot-down). Verdadeiro sistema multimodal, incorpora a capacidade de seguimento do perfil do terreno, funções de navegação e ataque ao solo, podendo-se mudar sua configuração em pleno vôo de acordo com a missão a ser cumprida e possibilitando o acompanhamento automático e ataque simultâneo a até oito alvos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

JN-40 ANOS: NEM TUDO QUE PINTA DE NOVO, PINTA NA TELA DA GLOBO

Casal de apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Fátima Bernardes
Diogo Moyses. De São Paulo

Muitos leitores devem ter notado que a TV Globo passou as duas últimas semanas celebrando o aniversário de 40 anos do Jornal Nacional. Desde a sua criação, o telejornal global é, de longe, a principal fonte de informação de milhões de brasileiros.
Bonner e Fátima Bernardes fizeram questão de nos lembrar das tantas glórias conquistadas pelo JN e pelo jornalismo da emissora. Matérias intermináveis – intermináveis mesmo, de quase 15 minutos – exaltaram os feitos do telejornal. Os mais antigos repórteres (os que certamente melhor cumprem ordens do patrão) foram chamados à bancada e, ao vivo, recordaram as coberturas dos fatos que marcaram a história recente do país.
Telespectadores desavisados, desconhecedores de episódios importantes da vida nacional, talvez até tenham ficado com lágrimas nos olhos.
É fato incontestável que o Jornal Nacional consolidou-se desde a década de 1970 (estreou em 1969) como símbolo do poder das Organizações Globo. Com uma estrutura quatro, cinco ou seis vezes maior do que os telejornais de suas concorrentes, ainda hoje bota medo na maioria dos políticos, que temem ser alvos de abordagens, digamos, pouco simpáticas. Quando as menções são positivas, aí é só festa. Dá até pra pensar em vôos mais altos. Símbolo maior desse poder é o fato de seu lobista-chefe ser chamado de “senador” nos corredores do Congresso Nacional. Sem nunca ter sido candidato nem eleito para cargo algum, desfruta de poderes que nenhum parlamentar possui.
O JN tem todo o direito de comemorar o que bem entender. Aliás, a Globo é perita em se auto-promover. Já fez isso em diversas ocasiões e continua a fazer com competência, posando de defensora da cultura nacional e da liberdade de expressão, além da já manjada face “solidária” que os Crianças Esperanças da vida buscam construir.
O perigo iminente disso tudo é que, em um país pouco conhecedor da biografia de seus meios de comunicação, corre-se o risco de reescrever a história. O temor não se faz em vão: como historiadores cansam de afirmar, a memória coletiva muitas vezes é fruto do legado dos mais fortes.
Mas voltemos ao nosso tema. Como era previsível, o JN tratou de lembrar das tantas ocasiões nas quais noticiou fatos da vida política, econômica, cultural e esportiva do país.
Esqueceu-se, no entanto – e ao acaso isso não pode ser creditado -, de recordar os momentos em que o telejornal global foi ele mesmo sujeito da história.
Ficou de fora da retrospectiva, por exemplo, que o surgimento e fortalecimento da TV Globo deu-se a partir de um acordo ilegal com o grupo estrangeiro Time-Life, que foi inclusive objeto de CPI no Congresso Nacional.
Esqueceram de dizer que a emissora foi criada e se fortaleceu com o apoio decisivo dos sucessivos governos militares. E que seu jornalismo, em especial o JN, ignorou solenemente as torturas, os desaparecimentos e as mortes dos que lutavam contra a ditadura, como se não tivessem acontecido.
O resgate histórico deixou de lado a tentativa de ignorar o movimento pelas eleições diretas nos primeiros anos da década de 1980, assim como a participação da emissora na tentativa mal sucedida de fraude nas eleições para o governo do Rio de Janeiro, com o objetivo de evitar a posse de Leonel Brizola.
A memória seletiva igualmente deu conta de apagar a participação decisiva do JN na eleição de Fernando Collor em 1989, quando a emissora editou de forma canalha o último debate entre Collor e Lula, além de utilizar contra o candidato petista as acusações lunáticas de sua ex-mulher e o seqüestro do empresário Abílio Diniz.
Nos anos seguintes, de forma nem um pouco sutil, foi linha de frente na consolidação da idéia – hoje comprovadamente furada – de que o neoliberalismo e a privatização de empresas estatais eram o único caminho a seguir, impulsionando a eleição e reeleição de FHC à Presidência.
Há ainda uma série infindável de episódios mais recentes que poderiam ser acrescentados à lista, como a cobertura favorável ao tucano Alckmin nas últimas eleições presidenciais. Ao contrário de outras tentativas, a tática não deu certo, graças à multiplicação das fontes de informação e, quem sabe, ao aumento da consciência política das classes menos favorecidas.
Fato é que, ao longo de toda a sua história, a Globo consolidou-se como os olhos e ouvidos da atrasada elite brasileira, cerrando fileiras contra movimentos sociais e quaisquer políticas distributivas. Em Brasília, seu “senador” é sempre recebido com afagos. Tapetes vermelhos se estendem aos seus pés. E assim, políticas que visam democratizar as comunicações do país são enterradas antes mesmo de nascerem.
É normal, compreensível até, que o JN tente recontar a sua própria história. O que não pode acontecer é que a história não contada por ele seja esquecida por nós.


Diogo Moyses é jornalista e radialista especializado em regulação e políticas de comunicação, pesquisador do Idec – Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor e autor de A convergência tecnológica das telecomunicações e o direito do consumidor

A PRIMEIRA TRANSMISSÃO RADIOFÔNICA DO BRASIL


Do Blog Café História.


O 7 de setembro de 1922.


Os 100 anos de independência do Brasil. Você sabe como ele foi comemorado?O 7 de setembro naquele ano foi comemorado com um grande feito da ciência moderna: o rádio. O Rio de Janeiro foi o palco escolhido para a 1ª transmissão radiofônica do país. Na ocasião, o então presidente Epitácio Pessoa, foi o escolhido para discursar diante do microfone para os alto-falantes distribuídos pelo centro da cidade.No Campo São Cristóvão, os novos ouvintes puderam acompanhar, além do pronunciamento na íntegra, a execução da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, que era executada no Teatro Municipal do Rio.Ouvintes de Niterói, Petrópolis e São Paulo puderam ouvir tudo, até mesmo os aplausos da platéia. Epitácio Pessoa exibia sua felicidade ao lado do Rei da Bélgica, Alberto I. No dia seguinte, os principais jornais noticiavam em manchete a primeira transmissão radiofônica do Brasil.

INTOCÁVEIS E INVENCÍVEIS


Recebi da minha aluna Verônica Abugoche. Compartilho.



INTOCÁVEIS E INVENCÍVEIS


(Nelson Motta)



Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invenciveis.Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos. O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço. O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Polícia? No ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader Barbalho, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas. Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a justiça. Eles só tem medo de perder eleição.Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos. Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia

DIREITA X ESQUERDA

Do Blog VERMELHO - "A ESQUERDA BEM INFORMADA."
8 de Setembro de 2009 - 8h52

Direita trama contra nossa soberania
Eron Bezerra *
"Brava gente brasileira longe vai temor servil ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil... "
No momento em que a nação brasileira completa mais um ano de sua independência é mais do que oportuno recorrermos a essa estrofe do hino da independência e analisar a sua atualidade.A gente brasileira continua brava. Construiu em apenas dois séculos uma nação grandiosa, unitária e diversificada em todos os aspectos. Figura entre as 10 maiores economias do planeta, apesar de todos os seus problemas sociais. Seus recursos naturais, a criatividade e a eficiência produtiva de seus trabalhadores, associada a uma estrutura de bancos (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Economia, BASA, etc.) e empresas públicas do porte da Petrobras, lhe credenciam para liderar esse pelotão num espaço de tempo relativamente curto.A tudo isso se soma outros fatores de difícil comparação no planeta terra, como a extraordinária biodiversidade amazônica, seu gigantesco manancial hídrico tanto para consumo como para fins energéticos e de transporte fluvial, sua quase inesgotável planície mineral e a espetacular descoberta das jazidas de petróleo do pré-sal.Mas essa construção nunca foi pacifica. Historicamente a opção de um caminho progressista ou conservador sempre opôs as correntes de esquerda às de direita. Esse embate vem da época do império e persiste até os nossos dias. Se expressa das mais variadas formas.No império a esquerda lutava pela independência a direita pela manutenção do imperador. Quando veio a república a esquerda lutava pelas conquistas sociais a direita para manter os privilégios dos antigos proprietários de escravos. Entre o nacionalismo de Getúlio Vargas e os avanços trabalhistas por ele defendidos, a direita optou pelo golpismo e o servilismo pró-americano de Carlos Lacerda. Foi assim sempre.Na república contemporânea enquanto a esquerda fazia opção pelo caminho socialista a direita optava pelos golpes militares mundo afora, em especial na América Latina, interrompendo um curto ciclo de paz e prosperidade material e intelectual.Atualmente o embate continua. Inicialmente de forma velada, agora explícita. Desde os anos 90, no caso brasileiro, duas opções radicalmente opostas são expostas.A esquerda, cuja essência se agrupa em torno de Partidos como PCdoB, PT, alguns segmentos do PDT, PSB e outras correntes minoritárias, defende um projeto de desenvolvimento nacional assentado no fortalecimento do estado nacional, na reafirmação da soberania nacional, relação soberana e independente com todos as demais nações, valorização do trabalho e do trabalhador, no aumento dos direitos sociais e trabalhistas e na perspectiva de construção de uma nação socialista.A direita, representada essencialmente por PSDB e PFL em torno de quem gravita correntes como PPS, busca viabilizar a concepção neoliberal. Prega o desmonte do estado nacional, embora tal concepção tenha provocado a uma das maiores crises já paridas pelo capitalismo. Advoga alinhamento subordinado ao império americano, supressão de direitos sociais e trabalhistas e a criminalização dos movimentos sociais.A direita tenta de todas as formas impedir o avanço da esquerda no mundo, em particular na América Latina. Tramou um golpe contra Hugo Chaves e não desiste um minuto de fazer provocações ao líder venezuelano, insulta sistematicamente, sob os mais dispares pretextos, Rafael Correa do Equador, Evo Morales da Bolívia, Lula do Brasil e acaba de depor Zelaya através de um golpe militar em Honduras.Por outro lado, como a prática é o critério da verdade, a direita não pode mais se esconder. Ela tem que vir a campo. E nesse caso suas posições ficam evidentes.Apóia abertamente a instalação de bases militares americanas na Colômbia, inclusive algumas delas na Amazônia colombiana. Fica muda diante da aprovação do 3º mandato para Uribe, o que restou da direita na América do Sul, enquanto vocifera com a possibilidade de Chaves ou Lula obterem um novo mandato. Sem mencionar que recorreu a um golpe militar em Honduras para evitar precisamente que o povo fosse consultado sobre essa possibilidade.Enquanto nós defendemos a exploração do pré-sal sob o controle nacional e com uma justa repartição de seus recursos para o povo, a direita volta com a velha cantilena privatista. Mesmo desmoralizada não se da por vencida. Dispõe de mídia a vontade para atacar sem ser atacada.Mesmo assim os ventos sopram a nosso favor. Nós queremos 40 horas de trabalho, a direita quer a volta da escravidão e a manutenção do lucro máximo.Os embates no mundo e no Brasil nos ajudam a compreender isso e ao mesmo tempo tirar lições de como a direita atenta e sempre atentou contra a nossa soberania.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PROTÓGENES NO PCdoB

Do Blog do Protógenes.

"... Foram me chamar eu estou aqui o que há... Eu vim de lá, eu vim de lá pequeninho, mas eu vim de lá pequeninho, alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho..." Estamos em pleno mês da primavera e tudo vai florescer no jeito brasileiro de ser, com debates e ações políticas verdadeiras orientados pela luz divina que abençoa hoje esse projeto de nação. " Comunista graças a Deus ".Na forma com sempre pautei o meu dever como agente público. O BRASIL TEM PRESSA!!!!.
Por Protógenes Queiroz às 00h26

A POESIA DA SEMANA


Versos Íntimos

Augusto dos Anjos (1884-1914)

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!


Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.

Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").

A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.


O poema acima foi incluído no livro "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século", organizado por Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2001, pág. 6




segunda-feira, 7 de setembro de 2009

LUIZ INÁCIO FALOU!



Pronunciamento à nação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cadeia nacional de rádio e televisão, por ocasião do 187º aniversário da Independência do Brasil
Brasília-DF, 06 de setembro de 2009

Queridas Brasileiras e Queridos Brasileiros,
É comum que o 7 de setembro sirva para a gente enaltecer o passado e pensar o presente. Desta vez é diferente: este é o 7 de setembro do Brasil festejar o futuro. De celebrar uma nova independência.
Esta nova independência tem nome, forma e conteúdo. Seu nome é pré-sal; seu conteúdo são as gigantescas jazidas de petróleo e gás descobertas nas profundezas do nosso mar; sua forma é o conjunto de projetos de lei que enviamos, há poucos dias, ao Congresso Nacional. E que vai garantir que esta riqueza seja corretamente utilizada para o bem do Brasil e de todos os brasileiros.
Peço a cada um de vocês que acompanhe passo a passo as discussões destas leis no Congresso. Que se informe, reflita, e entre de corpo e alma nesse debate tão importante para os destinos do Brasil e para o futuro de nossos filhos e netos.
Posso resumir em duas frases a proposta do governo: de um lado, ela garante que a maior parte da riqueza do pré-sal fique nas mãos dos brasileiros; de outro, ela impede que qualquer governante gaste de forma irresponsável estes recursos. E mais: obriga que este dinheiro seja aplicado em educação, ciência e tecnologia, cultura, defesa do meio-ambiente e combate à pobreza.
Minhas amigas e meus amigos,
O pré-sal é uma das maiores descobertas de todos os tempos. Ainda não se pode dizer, com exatidão, quantos bilhões de barris de petróleo existem nele. Mas já se pode garantir, com toda segurança, que ele colocará o Brasil entre os países com maiores reservas de petróleo e gás do mundo.
Elas se espalham por uma área de 149 mil quilômetros quadrados, que começa no litoral do Espírito Santo e termina no de Santa Catarina. É uma área do tamanho do estado do Ceará.
As jazidas ficam debaixo de uma lâmina de água e de camada de sal, que, em alguns pontos, correspondem a dez morros do corcovado empilhados.
Minhas amigas e meus amigos,
O que deve fazer um povo livre, responsável e soberano ao receber tamanha dádiva de Deus? Garantir que esta riqueza não escape de suas mãos, buscar os meios mais eficientes de explorá-la e modernizar suas leis para não repetir os erros de outros países.
A história tem mostrado que a riqueza do petróleo é uma faca de dois gumes. Quando bem explorada, traz progresso para o povo. Quando mal explorada, ela traz conflitos, desperdícios, agressão ao meio-ambiente, desorganização da economia e privilégios para uns poucos. Assim, alguns países pobres, ricos em petróleo, não conseguiram jamais sair da miséria.
Por isso, dei orientações bem claras aos ministros. Primeira: o petróleo e o gás pertencem ao povo brasileiro. Como no pré-sal, os possíveis sócios terão poucos riscos, eles não podem ficar com a parte da renda. Ela tem que ser do povo. Segunda orientação: o Brasil não pode ser um mero exportador de óleo cru. Vamos agregar valor aqui dentro, exportando derivados, como gasolina, diesel e produtos petroquímicos, que valem muito mais. Vamos construir uma poderosa indústria de equipamentos e serviços e gerar milhares e milhares de empregos brasileiros. Terceira orientação: não vamos nos deslumbrar e sair por aí, como novos ricos, torrando dinheiro em bobagens. O pré-sal é um passaporte para o futuro. Vamos investir seus recursos naquilo que temos de mais precioso e promissor: nossos filhos, nossos netos, nosso futuro.
Minhas amigas e meus amigos,
Os ministros seguiram estas diretrizes e honraram o compromisso com o povo brasileiro. A principal mudança que estamos propondo é que, nas áreas ainda não exploradas do pré-sal, passe a vigorar o modelo de partilha. Quase todos os países que têm grandes reservas e baixo risco de exploração adotam este sistema. Ele garante que o estado e o povo continuem donos da maior parte do óleo e do gás mesmo depois de sua extração.
O modelo de concessão, que foi adotado em 97, não se adapta a nova situação. Seria um erro mantê-lo no pré-sal. Um erro grave. Ele foi implantado quando não sabíamos da existência de grandes reservas e o País não tinha recursos para explorar seu petróleo.
Estamos propondo, também, que a Petrobras seja a operadora de toda área. Ou seja, exerça atividades de exploração e produção, com uma participação mínima de 30% em todos os blocos.
Não podia ser diferente. Afinal, temos dentro de casa uma das maiores, melhores e mais respeitadas empresas de petróleo do mundo. Assim saberemos tudo sobre as reservas, aperfeiçoaremos nossa tecnologia e faremos da Petrobras uma empresa ainda mais forte.
Este trabalho será complementado pela Petro-sal, uma nova empresa estatal, enxuta e altamente qualificada, que vai gerir os contratos de partilha e os de comercialização. Ela não vai concorrer com a Petrobras. Sua função é outra – a de ser o olho do povo na fiscalização de toda operação.
Minhas amigas e meus amigos,
Hoje o Brasil tem todas as condições políticas, econômicas e tecnológicas para enfrentar este desafio. A economia do Brasil vive um novo momento. De 2003 a 2008, crescemos em média, 4,1% ao ano. Nos últimos dois anos, mais que 5%. O país gerou cerca de onze milhões de empregos com carteira assinada. O desemprego caiu fortemente, de 11,7% em 2003, para 8% hoje. As taxas de juros são as menores das últimas décadas.
Não só pagamos a dívida externa, como acumulamos reservas de 215 bilhões de dólares. E mais: reduzimos a miséria e as desigualdades. Mais de 30 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza. E destes, 20 milhões ingressaram na nova classe média, fortalecendo o mercado interno e dando vigoroso impulso à nossa economia.
O fato é que hoje temos uma economia organizada e em crescimento, que foi testada na mais grave crise internacional desde 29 e saiu-se muito bem. Não só não quebramos, como fomos um dos últimos países a entrar na crise e estamos sendo um dos primeiros a sair dela. Antes, éramos alvo de chacotas e de imposições. Hoje, nossa voz é ouvida lá fora com atenção e respeito.
A Petrobras de hoje é a cara deste novo Brasil. É a oitava maior empresa do mundo. Não existe nenhuma empresa, na Europa, do tamanho dela. Nas Américas, fica atrás apenas de três gigantes norte-americanas. E é a segunda empresa em lucratividade. E, entre as petroleiras, a segunda em valor de mercado no mundo.
A Petrobras chegou aí, entre outros motivos, porque este governo acreditou e investiu, dando condições para que ela aumentasse a produção, encomendasse plataformas, sondas, modernizasse e ampliasse refinarias, treinasse e contratasse funcionários. Além de construir uma grande infra-estrutura de gás natural e entrar na área de biocombustíveis.
O coroamento deste esforço foi exatamente a descoberta, pela própria Petrobras, das reservas do pré-sal. Um feito extraordinário, que encheu de admiração o mundo e de orgulho os brasileiros.
Minhas amigas e meus amigos,
Este é um governo que acredita no Brasil e no que ele tem de mais rico: o seu povo.
É por isso que propomos que os recursos do pré-sal sejam colocados em um fundo social, controlado pela sociedade, e que será aplicado, majoritariamente, em desenvolvimento humano. De um lado, o novo fundo será uma mega-poupança, um passaporte para o futuro, que nos ajudará, entre outras coisas, a pagar a imensa dívida que o País tem com a educação e a pobreza.
De outro lado, funcionará, também, como um dique contra a entrada desordenada de dinheiro externo, evitando seus efeitos nocivos e garantindo que nossa economia siga saudável, forte e baseada no trabalho e no talento de nossa gente.
Todos estes temas estão agora em discussão no Congresso Nacional e eu sei que contaremos, mais uma vez, com o apoio livre e soberano do Legislativo na construção deste novo Brasil.
Uma ação desta amplitude só pode ocorrer, de forma saudável, em um ambiente democrático. A democracia é o ambiente mais saudável para o crescimento.
O embate e a paixão política fazem parte do universo democrático, mas não podemos deixar que interesses menores retardem ou desviem a marcha do futuro.
Uma democracia só se fortalece com a participação da sociedade. Por isso se mobilize, converse com seus amigos, escreva pra seu deputado, seu senador, pra que eles apoiem o que é melhor para o Brasil.
O Brasil não tem medo de crescer, nem de buscar os melhores caminhos. Não vai ficar preso a dogmas, a modelos fechados ou a falsas verdades.
O Brasil acredita no livre mercado mas também no papel do estado como indutor do desenvolvimento. E saberá sempre buscar o equilíbrio que garanta o melhor para seu povo.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
É tempo de ampliarmos, ainda mais, a nossa esperança no Brasil. A independência não é um quadro na parede nem um grito congelado na história. A independência é uma construção do dia-a-dia. A reinvenção permanente de uma nação. A caminhada segura e soberana para o futuro.
Viva o 7 de setembro! Boa noite!



domingo, 6 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA VÍRGULA

Recebi do meu amigo, conterrãneo e confrade, Mário Amorim. Compartilho.

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

- Lutando SEMPRE para que ninguém mude UMA vírgula da sua informação.

O VENTO E O LEÃO


Do blog VI O MUNDO, do luis Carlos Azenha.

O vento e o leão

Atualizado e Publicado em 06 de setembro de 2009 às 00:07


O Vento e o Leão por Wander Roberto Steca


“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se um monstro. Quando se olha para o abismo, o abismo olha de volta para você”. A frase de Friedrich Nietzsche demonstra bem o dilema da oposição, que vive entre o desejo e a realidade. O desejo de tornar-se monstro e a realidade, o abismo, o próprio monstro, que ainda não olhou para a oposição. A oposição necessita de um grande nome, e por mais que olhe para os lados, não vê nenhum. Imagina que possui alguém talhado para o desafio, mas pressente que não vai ser o suficiente. Recorda assustada o passado, lembra-se do pesadelo e repete bem alto para si mesma e para aqueles que estão a sua volta: “Ninguém pode hoje em dia transferir votos para o seu candidato”. A oposição relembra as moças com uma bacia de doces, que os oferecia aos eleitores, pedindo, “vote no Brigadeiro, ele é bonito e é solteiro”. Brigadeiro Eduardo Gomes, sobrevivente da revolta dos 18 do forte de Copacabana de 1922, onde enfrentou as tropas de Epitácio Pessoa. Legenda de heroísmo das Forças Armadas, amado com justiça por todos os brasileiros, participou de duas eleições Presidenciais, sendo a primeira em 1945. Afastado do Getulismo concorreu pela UDN perdendo para o também militar Gaspar Dutra que foi apoiado por Getúlio Vargas, monstro e abismo de então. Concorreu em 1950 contra o próprio Getúlio e perdeu novamente. “Não existem mais “brigadistas”, “getulistas”, “lacerdistas”, “janguistas”, “janistas”, brizolistas”, não existem mais ‘paixões nacionais’. Aqui reside o primeiro erro da oposição, eles não perceberam que Lula era o maior político do País há 30 anos, alguém que dividiu o palco por um tempo com Leonel Brizola, quando o importante não era quem poderia ser o presidente, o importante mesmo, era quem não poderia ser Presidente. Reunia-se então todo o staff midiático, todo o setor produtivo e econômico, e todo o Estado para conter as pretensões de Brizola e, depois as de Lula, em alcançar a vitória em uma eleição presidencial. O vencedor invariavelmente era um boneco escolhido a dedo A política se resumia na contenção das pretensões desses dois, depois de Brizola, Lula ficou só. Um segundo erro da oposição foi na avaliação da capacidade de administrar de Lula. Diziam eles: “Lula nunca administrou nada, como poderá administrar o Pais?” Administrou sim, a CUT, onde as decisões podiam ser realmente sentidas literalmente no bolso. Decisões que afetavam o bolso do trabalhador, ou o bolso do empregador, a busca de um equilíbrio constante tornou Lula um grande conciliador. È muito fácil dar um aumento salarial quando toda a sociedade irá arcar com as conseqüências. No caso de Lula, a decisão precisava ser justa para ambos os lados. Não há no país um único setor da sociedade que não tenha se beneficiado da administração petista. Ganhou o mercado financeiro, o setor produtivo, a agricultura, o setor exportador, os aposentados, os assalariados, os comerciantes, os sindicalistas, os movimentos sociais. Há um erro na avaliação da oposição na capacidade de Lula em administrar o país e, administrar a política do país. Talvez percebam tarde o grande ‘animal’ político que é Lula, sua esperteza sua inteligência por vezes assusta. Recentemente em Londrina, ao lançar o Plano Safra 2009/2010, Lula foi antes a Congoinhas para a entrega simbólica do consumidor de nº 2 milhões do programa “Luz para todos”, onde acompanhado de uma multidão de agricultores e moradores emocionados, recebeu e vestiu um boné do MST. De volta a Londrina, no parque de Exposições Ney Braga, apresentou um pacote agrícola no valor Recorde de R$ 107,5 bilhões de Reais. Não é só esperteza, é inteligência. O que ele fez pode ser imaginado por muitos, mas quem mais pode fazer tudo isso parecer tão natural? Nessa noite de 6 de setembro, em seu discurso para a comemoração do 7 de Setembro, o abismo começa a olhar de volta a oposição. Um dia tinha que acontecer. Mas de um modo constante não é a forma que Lula age. Ele não liga para a forma insidiosa que a mídia e a oposição apresentam as falhas ou as pretensas falhas de seu governo. Parece ter assistido por demais o filme “O Vento e o Leão”. Esse filme, realizado em 1975 com direção de John Milius, tendo no elenco Sean Conory no papel de Mulay Achmed Mohamed El Raisuli, Candice Bergen no papel de Éden Padecaris, Brian Keith como o Presidente Theodore Roosevelt e John Huston como secretário de estado norte americano, conta a história verídica passada no início do século XX, de um impetuoso sheik árabe (Connery) que rapta uma bela viúva americana (Bergen) e os seus filhos. O incidente desencadeia um conflito de vontades entre dois protagonistas, quando o Presidente Teddy Roosevelt (Keith) e o seu astuto Secretário de Estado (Huston) iniciam um perigoso jogo de xadrez. Mas o que conta realmente no filme, é a carta que El Raisuli, ao final envia a Roosevelt. Uma carta que nos reflete ao jogo atual da oposição e mídia com o Presidente Lula. Diz Raisuli: “Eu sou como o Leão que sobe ao monte e rugi com força e altivez. Todos me ouvem e temem, mas você é como o vento, passa por mim e de mim não toma conhecimento, vai para onde quer e deseja”. Lula é como Vento

terça-feira, 1 de setembro de 2009

HISTÓRIA : LULA LANÇA O PRÉ-SAL



Reproduzido no Vermelho, o discurso de Lula sobre o pré-sal:


Minha querida companheira Marisa Letícia,Excelentíssimo senhor presidente do Senado, José Sarney,Excelentíssimo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer,Ministra Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República; ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, em nome dos quais cumprimento todos os ministros aqui presentes,Quero cumprimentar todos os governadores que vieram ao lançamento do pré-sal,Quero cumprimentar as autoridades dos Superiores Tribunais aqui de Brasília,Quero cumprimentar os nossos amigos senadores e deputados que estão presentes,Quero cumprimentar os membros do corpo diplomático,Quero cumprimentar os prefeitos aqui presentes,Em nome dos empresários eu gostaria de cumprimentar o nosso companheiro José Sérgio Gabrielli, presidente da nossa gloriosa Petrobras,E o Luciano Coutinho, presidente do BNDES,

Minhas amigas e meus amigos,Hoje é um dia histórico.O governo está enviando ao Congresso Nacional sua proposta do marco regulatório para a exploração de petróleo e gás no chamado pré-sal.Estou seguro de que, nos próximos meses, os deputados e senadores, recolhendo também as contribuições de governadores e prefeitos, aperfeiçoarão as propostas do governo, trabalhando com responsabilidade, espírito público, compromisso com o país e, sobretudo, muita visão de futuro.Estou seguro também de que o povo brasileiro entrará de corpo e alma nesse debate tão importante para o destino do Brasil e para o futuro dos nossos filhos.Porque esse não é um assunto apenas para os iniciados e especialistas. Nem é tampouco um tema que deva ficar restrito somente ao parlamento. Ao contrário, ele interessa a todos e depende de todos.Por isso mesmo, quero convocar cada brasileiro e cada brasileira a participar desse grande debate. Trabalhadores, donas de casa,lavradores, empresários, intelectuais, cientistas, estudantes, servidores públicos, todos podem e devem contribuir para que tomemos as melhores decisões.Minhas amigas e meus amigos,O chamado pré-sal contém jazidas gigantescas de petróleo e gás, situadas entre cinco e sete mil metros abaixo do nível do mar, sob uma camada de sal que, em certas áreas, alcança mais de 2 mil metros de espessura.Não se pode ainda dizer, com certeza, quantos bilhões de barris o pré-sal acrescentará às reservas brasileiras. Mas já se pode dizer, com toda segurança, que ele colocará o Brasil entre os países com maiores reservas de petróleo do mundo.Trata-se de uma das maiores descobertas de petróleo de todos os tempos. E em condições extremamente importantes: as reservas encontram-se num país de grandes dimensões, de grande população e de abundantes recursos naturais. Um país que conta com um regime político estável e instituições democráticas em pleno funcionamento. Um país pacífico que faz questão de viver em paz com seus vizinhos. Um país que possui uma economia sofisticada, com um parque industrial diversificado, uma agropecuária de ponta e um setor de serviços moderno. Um país que, tendo dado passos importantes na superação das desigualdades sociais, encontrou seu caminho e está maduro para dar um salto no desenvolvimento.Como já disse em outra oportunidade, o pré-sal é uma dádiva de Deus. Sua riqueza, bem explorada e bem administrada, pode impulsionar grandes transformações no Brasil, consolidando a mudança de patamar de nossa economia e a melhoria das condições de vida de nosso povo.Mas o pré-sal também apresenta perigos e desafios. Se não tomarmos as decisões acertadas, aquilo que é um bilhete premiado pode transformar-se em fonte de enormes problemas. países pobres que descobriram muito petróleo, mas não resolveram bem essa questão, continuaram pobres.Outros caíram na tentação do dinheiro fácil e rápido. Passaram a exportar a toque de caixa todo o óleo que podiam e foram inundados por moedas estrangeiras. Resultado: quebraram suas indústrias e desorganizaram suas economias. E, assim, o que era uma dádiva transformou-se numa verdadeira maldição.Para evitar esse risco, desde o primeiro instante, determinei à comissão de ministros que preparou o marco regulatório do pré-sal que trabalhasse em cima de três diretrizes básicas.Primeira: o petróleo e o gás pertencem ao povo e ao Estado, ou seja, a todo o povo brasileiro. E o modelo de exploração a ser adotado, num quadro de baixo risco exploratório e de grandes quantidades de petróleo, tem de assegurar que a maior parte da renda gerada permaneça nas mãos do povo brasileiro.A segunda diretriz é de que o Brasil não quer e não vai se transformar num mero exportador de óleo cru. Ao contrário, vamos agregar valor ao petróleo aqui dentro, exportando derivados, como gasolina, óleo diesel e produtos petroquímicos, que valem muito mais. Vamos gerar empregos brasileiros e construir uma poderosa indústria fornecedora dos equipamentos e dos serviços necessários à exploração do pré-sal.A terceira diretriz: não vamos nos deslumbrar e sair por aí, como novos ricos, torrando dinheiro em bobagens. O pré-sal é um passaporte para o futuro. Sua principal destinação deve ser a educação das novas gerações, a cultura, o meio ambiente, o combate à pobreza e uma aposta no conhecimento científico e tecnológico, por meio da inovação. Vamos investir seus recursos naquilo que temos de mais precioso e promissor: nossos filhos, nossos netos, nosso futuro.Ao examinar os projetos de lei que estamos enviando hoje ao Congresso, depois de tanto trabalho e estudo, vejo com satisfação que eles estão em perfeita sintonia com essas diretrizes.Minhas amigas e meus amigos,Uma mudança importante no marco regulatório será a adoção do modelo de partilha de produção no pré-sal e em outras áreas de potencial e características semelhantes. É uma mudança absolutamente necessária e justificada.Estamos vivendo hoje um cenário totalmente diferente daquele que existia em 1997, quando foi aprovada a Lei 9.478, que acabou com o monopólio da Petrobras na exploração do petróleo e instituiu o modelo de concessão.Naquela época, o mundo vivia um contexto em que os adoradores do mercado estavam em alta e tudo que se referisse à presença do Estado na economia estava em baixa. Vocês devem se lembrar como esse estado de espírito afetou o setor do petróleo no Brasil. Altas personalidades naqueles anos chegaram a dizer que a Petrobras era um dinossauro – mais precisamente, o último dinossauro a ser desmantelado no país. E, se não fosse a forte reação da sociedade, teriam até trocado o nome da empresa. Em vez de Petrobras, com a marca do Brasil no nome, a companhia passaria a ser a Petrobrax – sabe-se lá o que esse xis queria dizer nos planos de alguns exterminadores do futuro.Foram tempos de pensamento subalterno. O país tinha deixado de acreditar em si mesmo. Na economia, campeava o desalento. O Brasil não conseguia crescer, sofria com altas taxas de juros, de desemprego, e juros estratosféricos, apresentava dívida externa elevadíssima e praticamente não tinha reservas internacionais. Volta e meia quebrava, sendo obrigado a pedir ao FMI ajuda, que chegava sempre acompanhada de um monte de imposições.Além disso, não produzíamos o petróleo necessário para nosso consumo. Ferida, desestimulada e desorientada, a Petrobras vivia um momento muito difícil. Tinha dificuldades de captação externa e não contava com recursos próprios para bancar os investimentos. Nessa época, é bom lembrar – e a Dilma já falou – o preço do barril do petróleo estava em torno de US$ 19.Hoje, nós vivemos um quadro é inteiramente diferente. Em primeiro lugar, os países e os povos descobriram na recente crise financeira internacional que, sem regulação e fiscalização do Estado, o deus-mercado é capaz de afundar o mundo num abrir e fechar de olhos. O papel do Estado, como regulador e fiscalizador, voltou, portanto, a ser muito valorizado.A economia do Brasil vive também um novo momento. De 2003 a 2008, crescemos em média, 4,1% ao ano. Nos últimos dois anos, nosso crescimento foi superior a 5%. Nesse período, o país gerou cerca de onze milhões de empregos com carteira assinada. O desemprego caiu de 11,7% para 8%, em 2008. Hoje, as taxas de juros atuais são as menores de muitas décadas em nosso país.Não só pagamos a dívida externa pública, como acumulamos reservas superiores a US$ 215 bilhões. E mais: reduzimos de modo consistente a miséria e as desigualdades sociais. Mais de 30 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza e 2 milhões ingressaram... e 20 milhões ingressaram na nova classe média, fortalecendo o mercado interno e dando vigoroso impulso à nossa economia.O fato é que hoje temos uma economia organizada, pujante e voltada para o crescimento. Uma economia que foi testada na mais grave crise internacional desde 1929 e saiu-se muito bem na prova. Não só não quebramos, como fomos um dos últimos países a entrar na crise e estamos sendo um dos primeiros a sair dela. Antes, éramos alvo de chacotas e de imposições. Hoje, nossa voz, a voz do Brasil, é ouvida lá fora com muita atenção e com muito respeito.Meus queridos companheiros e companheiras,Desde o primeiro instante, meu governo deu toda força à Petrobras. Passamos a cuidar com muito carinho do nosso querido dinossauro. Os recursos da empresa destinados à pesquisa e ao desenvolvimento deram um salto de US$ 201 milhões, em 2003, para R$ 960 milhões, em 2008.A companhia voltou a investir, aumentou a produção, abriu concursos para contratação de funcionários, encomendou plataformas, modernizou e ampliou refinarias, além de construir uma grande infra-estrutura de gás natural e entrar também na era de biocombustíveis. Deixamos claro que nossa política era fortalecer, e não debilitar, a Petrobras. E a companhia – estimulada, recuperada e bem comandada – reagiu de forma impressionante.Resultado: a Petrobras vive hoje um momento singular. É o orgulho do país. É a maior empresa do Brasil. É a quarta maior companhia do mundo ocidental. Entre as grandes petroleiras mundiais, é a segunda em valor de mercado. É um exemplo em tecnologia de ponta. Descobriu as reservas do pré-sal, um feito extraordinário, que encheu de admiração o mundo e de muito orgulho os brasileiros. É uma empresa com crédito e autoridade internacionais. Tanto que, nos últimos meses, levantou cerca de US$ 31 bilhões em empréstimos. Seus investimentos previstos até 2013 somam US$ 174 bilhões.E ainda para ajudar, para completar, o preço do barril de petróleo oscila hoje em torno de US$ 65, mais do triplo do que em 1997.Em suma, os tempos e o ambiente no mundo são outros. A situação da economia brasileira é outra. O Brasil e o prestígio do Brasil são outros. A Petrobras é outra. E outra também é a situação do mercado do petróleo.Minhas amigas e meus amigos,Também não há termos de comparação entre as áreas que vinham sendo exploradas até agora e as áreas do pré-sal.No pré-sal, os riscos exploratórios são baixíssimos. A taxa de sucesso dos poços operados pela Petrobras na área é de 87%, sendo que nos blocos situados na Bacia de Santos ela é de 100%. Foram 13 poços perfurados. E nos 13 comprovou-se a existência de grandes quantidades de óleo e gás, com excelentes perspectivas de viabilidade econômica.Nessas circunstâncias, seria um grave erro manter na área do pré-sal, de baixíssimo risco e grande rentabilidade, o modelo de concessões, apropriado apenas para blocos de grande risco exploratório e baixa rentabilidade.No modelo de concessões, a União, proprietária do subsolo, permite que as companhias privadas procurem petróleo, mediante o pagamento de uma taxa chamada bônus de assinatura. Se elas encontrarem óleo ou gás, podem extraí-lo e comercializá-lo como quiserem. São donas do petróleo arrancado das entranhas da terra, porque, a partir da boca do poço, a União perde os direitos de propriedade, recebendo apenas uma parcela pequena da renda do petróleo, na forma de royalties e participações especiais.Já no modelo de partilha, que prevalece em todo o mundo em áreas de baixo risco exploratório e grande rentabilidade, a União continuará dona da maior parte do petróleo e do gás mesmo depois de sua extração. Nesse modelo, o Estado não transfere toda a propriedade do óleo para grupos privados, mas fecha contratos para a exploração e a produção em determinada área – diretamente com a Petrobras ou, mediante licitação, no caso de outras companhias.No modelo de partilha, as empresas são remuneradas com uma parcela do óleo extraído, suficiente para cobrir seus custos e investimentos e ainda proporcionar uma rentabilidade adequada ao risco do projeto. Já o Estado fica com a maior parte dos lucros da exploração e produção de petróleo, parte esta bem superior ao que recebe hoje no regime de concessão. A regra do modelo de partilha é clara: nas licitações, vence a empresa que oferecer a maior parcela do lucro da operação para o Estado e para o povo brasileiro.Amigas e amigos,Como no modelo de partilha a maior parte do petróleo, mesmo depois de extraído, continuará a pertencer ao Estado, ela controlará o processo de produção. Assim, ela poderá definir claramente o ritmo de extração, calibrando-o de acordo com os interesses nacionais, sem se subordinar às exigências do mercado. Dessa maneira, ficará mais fácil para o Brasil contornar os riscos inerentes à produção excessiva, que poderia inundar o país de dinheiro estrangeiro, desorganizando nossa economia – aquilo que os especialistas chamam de doença holandesa.Além disso, poderemos produzir petróleo nas condições que mais convêm ao país. E desse modo poderemos aproveitar a riqueza do petróleo, que Deus nos deu, para produzir mais riqueza ainda com o nosso trabalho.Dessa forma, consolidaremos uma poderosa e sofisticada indústria petrolífera, promoveremos a expansão da nossa indústria naval e converteremos o Brasil num dos maiores pólos mundiais da indústria petroquímica do mundo.Trabalhando com essa perspectiva, encomendaremos – e produziremos aqui dentro – milhares e milhares de equipamentos, gerando emprego, salário e renda para milhões de brasileiros.Minhas amigas e meus amigos,Para gerir os contratos de partilha e os contratos de comercialização de petróleo e gás, zelando pelos interesses do Estado e do povo brasileiro, estamos criando uma nova empresa estatal na área do petróleo, a Petrosal.Ela não concorrerá com a Petrobras, já que não participará da prospecção ou da exploração de petróleo e gás. Sua missão é inteiramente diferente. A nova estatal será, isso sim, a representante dos interesses do Estado brasileiro, o olho atento do povo brasileiro, acompanhando e fiscalizando a execução dos contratos firmados na área do pré-sal.Será uma empresa enxuta, com corpo técnico altamente qualificado, formado por profissionais com experiência comprovada. Em vários países que adotaram o modelo de partilha, empresas com esse caráter revelaram-se imprescindíveis para defender os interesses públicos e nacionais nas negociações e na gestão de contratos e processos complexos e sofisticados como os que caracterizam a indústria petrolífera. Minhas amigas e meus amigos,Se vocês estão cansados, imaginem eu. Outra novidade importante é a criação do Fundo Social. Ele será responsável pela administração da renda do petróleo e pela sua aplicação em investimentos seguros e de boa rentabilidade, tanto no Brasil como no exterior.De um lado, o novo fundo será uma mega-poupança, um passaporte para o futuro, que preservará e incrementará a renda do petróleo por muitas e muitas décadas. Os rendimentos do fundo serão canalizados, prioritariamente, para a educação, a cultura, o meio ambiente, a erradicação da pobreza e a inovação tecnológica. Vamos aproveitá-los para pagar a imensa dívida que o país tem com a educação e para permitir que a aplicação do conhecimento científico seja, na verdade, a nossa maior garantia do nosso futuro.De outro lado, o novo fundo funcionará, também, como um dique contra a entrada desordenada de dinheiro externo, evitando seus efeitos nocivos e garantindo que nossa economia siga saudável, forte e baseada no trabalho e no talento dos milhões e milhões de brasileiros.Assim, a renda gerada pela produção do pré-sal será administrada de forma planejada e inteligente. E seu ingresso na economia nacional será dosado de modo a fortalecê-la e a impulsioná-la, jamais a desorganizá-la.Minhas amigas e meus amigos,Não poderia deixar de prestar aqui uma sincera homenagem à Petrobras, a sua diretoria e a todo o seu corpo de funcionários.A descoberta do pré-sal, que coloca o Brasil num novo patamar no cenário mundial, não foi fruto do acaso ou de um golpe de sorte. Ao contrário, ela só foi possível graças ao talento, à competência e à determinação da Petrobras. E também, é claro, graças ao revigoramento da empresa nos últimos anos, à recuperação da sua autoestima e aos investimentos crescentes em pesquisa e prospecção.Poucas empresas no mundo têm hoje a experiência da Petrobras na exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. E nenhuma empresa petrolífera conhece e é capaz de obter resultados tão expressivos em nossa plataforma submarina como ela. Trata-se de um ativo, de um patrimônio de enorme valor, que deve ser bem e de forma extraordinária aproveitado.Por isso mesmo, a Petrobras terá um status especial no marco regulatório do pré-sal. Será a única empresa operadora nessa província. Outras empresas poderão ter participação, inclusive majoritária, nos consórcios que explorarão os blocos contratados. Mas a operação – vale dizer, a exploração, o desenvolvimento, a produção e a desativação das instalações – estará sempre a cargo da nossa querida e orgulhos Petrobras.Além disso, as reservas do pré-sal, que pertencem ao Estado e ao povo brasileiro, oferecem uma excelente oportunidade para que a União fortaleça a Petrobras para enfrentar os novos desafios. Nesse sentido, estamos enviando projeto de lei ao Congresso Nacional autorizando a União a promover aumento de capital da companhia. O valor total do aumento de capital será aquilo que a ministra Dilma já falou, de até cinco bilhões de barris equivalentes de petróleo, obviamente, relativos às jazidas contíguas às áreas que a empresa já detém no pré-sal.Nos termos da lei, os acionistas minoritários que desejarem participar dessa chamada de capital poderão adquirir ações da companhia, o que contribuirá para reforçar economicamente nossa maior empresa nesse momento decisivo.Se os acionistas minoritários não exercerem integralmente seus direitos de opção, a capitalização promovida pela União implicará aumento da participação do povo brasileiro no capital total da Petrobras.Minhas amigas e meus amigos,Nesse momento em que o Brasil discute o melhor caminho para se tornar um grande produtor mundial de petróleo, quero render minhas homenagens a todos os brasileiros que lutaram para que este sonho se transformasse em realidade.Em primeiro lugar, homenageio os que acreditaram quando era mais fácil descrer. E não deram ouvidos às aves de mau agouro que, durante décadas, apregoaram aos quatro ventos que o Brasil não tinha petróleo. Foram, por isso, chamados de fanáticos e maníacos. Ainda bem que houve fanáticos que nos ensinaram a duvidar dos preconceitos e a ter fé em nossas próprias forças.Rendo minha homenagem também aos que se insurgiram contra a ladainha que proclamava que, mesmo que o Brasil tivesse petróleo, não teria competência para explorá-lo. E que deveria deixar essa tarefa para o capital estrangeiro. Muitos foram tachados de lunáticos, prisioneiros de uma idéia fixa, como o grande e saudoso Monteiro Lobato, porque teimaram em lutar para que o Brasil explorasse suas riquezas. Benditos lunáticos que ensinaram o país a enxergar longe, em tempos de escuridão, e iluminaram os caminhos dos que vieram depois.Rendo minha homenagem ainda aos que saíram às ruas em todo o país na campanha do “O Petróleo é nosso”, levando o presidente Getúlio Vargas a instituir o monopólio estatal do petróleo e a criar a Petrobras. Foi uma batalha travada em condições duríssimas. Basta ler os jornais da época, alguns em circulação até hoje, que ridicularizavam a campanha nacionalista. E eu digo: bendito nacionalismo, que permitiu que as riquezas da nação permanecessem em nossas mãos.Rendo homenagem muito especial, por fim, a todos os que defenderam a Petrobras quando ela foi atacada ao longo de sua história – e ainda hoje – e aos funcionários e petroleiros que se mantiveram de pé quando a empresa passou a ser tratada como uma herança maldita do período jurássico. Benditos amigos e companheiros do dinossauro, que sobreviveu à extinção, deu a volta por cima, mostrou o seu valor. E descobriu o pré-sal – patrimônio da União, riqueza do Brasil e passaporte para o nosso futuro.Olho para trás e vejo que há algo em comum em todos esses momentos, algo que unifica e dá sentido a essa caminhada, algo que nos trouxe até aqui e ao dia de hoje: é, sinceramente, a capacidade do povo brasileiro de acreditar em si mesmo e no nosso país. Foi em meio à descrença de tantos que querem falar em seu nome... O povo – principalmente ao povo – devemos esse momento atual.É como se houvesse uma mão invisível – não a do mercado, da qual já falaram tanto, mas outra, bem mais sábia e permanente, a mão do povo – tecendo nosso destino e construindo nosso futuro. Não creio que seja uma coincidência o fato de a Petrobras ter descoberto as grandes reservas do pré-sal justamente num momento da vida política nacional em que o povo também descobriu em si mesmo grandes reservas de energia e de esperança. Num momento em que o país, deixando para trás o complexo de inferioridade que lhe inculcaram durante séculos, aprendeu como é bom andar de cabeça erguida e olhar com confiança para o futuro.Muito obrigado, companheiros