quarta-feira, 31 de março de 2010

GOLPE MILITAR DE 1964



A DITABRANDA da Folha de São Paulo

O aniversário de 46 anos do golpe militar de 64, caiu esse ano, numa 4ª feira de trevas, que abre a via crucis da Semana Santa. Naquela data começava, também, um período de trevas para o povo brasileiro que duraria 21 longos anos. Foi a via crucis para comunistas, socialistas e outros democratas. Ainda não purgamos completamente essa mácula da nossa história recente, onde os militares das três forças armadas, mancharam suas fardas com o sangue da tortura de presos políticos. Nenhum torturador foi punido e ainda tem mortos insepultos, que os militares denominaram de "desaparecidos". A ferida continua aberta. Até quando?

Lembrança dos crimes da ditadura militar: fazei isso em memória delas

São mulheres de diferentes cidades do Brasil. Algumas amamentavam. Outras, grávidas, pariram na prisão ou, com a violência sofrida, abortaram. Não mereciam o inferno pelo qual passaram, ainda que fossem bandidas e pistoleiras. Não eram. Eram estudantes, professoras, jornalistas, médicas, assistentes sociais, bancárias, donas de casa. Quase todas militantes, inconformadas com a ditadura militar que em 1964 derrubou o presidente eleito. Foram presas, torturadas, violentadas. Muitas morreram ou desapareceram lutando para que hoje nós vivêssemos numa democracia.
As histórias de 45 dessas mulheres mortas ou desaparecidas estão contadas no livro “Luta, Substantivo Feminino”, lançado quinta-feira passada, na PUC de São Paulo, na presença de mais de 500 pessoas. O livro contém ainda o testemunho de 27 sobreviventes e muitas fotos. Se um poste ouvir os depoimentos dilacerantes delas, o poste vai chorar diante da covardia dos seus algozes. Dá vergonha viver num mundo que não foi capaz de impedir crimes hediondos contra mulheres indefesas, cometidos por agentes do Estado pagos com o dinheiro do contribuinte.

Rose Nogueira - jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje. “Sobe depressa, Miss Brasil’, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os ‘40 dias’ do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”.

Izabel Fávero - professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária: “Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”.

Hecilda Fontelles Veiga - estudante de Ciências Sociais, presa em 1971, em Brasília. Hoje, vive em Belém, onde é professora da Universidade Federal do Pará. “Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. (…) me colocaram na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição de Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia”.

Yara Spadini - assistente social presa em 1971, em São Paulo. Hoje, vive na mesma cidade, onde é professora aposentada da PUC. “Era muita gente em volta de mim. Um deles me deu pontapés e disse: ‘Você, com essa cara de filha de Maria, é uma filha da puta’. E me dava chutes. Depois, me levaram para a sala de tortura. Aí, começaram a me dar choques direto da tomada no tornozelo. Eram choques seguidos no mesmo lugar”.

Inês Etienne Romeu - bancária, presa em São Paulo, em 1971. Hoje, vive em Belo Horizonte. “Fui conduzida para uma casa em Petrópolis. O dr. Roberto, um dos mais brutais torturadores, arrastou-me pelo chão, segurando-me pelos cabelos. Depois, tentou me estrangular e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e deram-me pancadas na cabeça. Fui espancada várias vezes e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. O ‘Márcio’ invadia minha cela para ‘examinar’ meu ânus e verificar se o ‘Camarão’ havia praticado sodomia comigo. Esse mesmo ‘Márcio’ obrigou-me a segurar seu pênis, enquanto se contorcia obscenamente. Durante esse período fui estuprada duas vezes pelo ‘Camarão’ e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros”.

Ignez Maria Raminger - estudante de Medicina Veterinária presa em 1970, em Porto Alegre, onde trabalha atualmente como técnica da Secretaria de Saúde. “Fui levada para o Dops, onde me submeteram a torturas como cadeira do dragão e pau de arara. Davam choques em várias partes do corpo, inclusive nos genitais. De violência sexual, só não houve cópula, mas metiam os dedos na minha vagina, enfiavam cassetete no ânus. Isso, além das obscenidades que falavam. Havia muita humilhação. E eu fui muito torturada, juntamente com o Gustavo [Buarque Schiller], porque descobriram que era meu companheiro”.

Dilea Frate - estudante de Jornalismo presa em 1975, em São Paulo. Hoje, vive no Rio de Janeiro, onde é jornalista e escritora. “Dois homens entraram em casa e me sequestraram, juntamente com meu marido, o jornalista Paulo Markun. No DOI-Codi de São Paulo, levei choques nas mãos, nos pés e nas orelhas, alguns tapas e socos. Num determinado momento, eles extrapolaram e, rindo, puseram fogo nos meus cabelos, que passavam da cintura”.

Cecília Coimbra - estudante de Psicologia presa em 1970, no Rio. Hoje, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e professora de Psicologia da Universidade Federal Fluminense: “Os guardas que me levavam, frequentemente encapuzada, percebiam minha fragilidade e constantemente praticavam vários abusos sexuais contra mim. Os choques elétricos no meu corpo nu e molhado eram cada vez mais intensos. Me senti desintegrar: a bexiga e os esfíncteres sem nenhum controle. ‘Isso não pode estar acontecendo: é um pesadelo… Eu não estou aqui…’, pensei. Vi meus três irmãos no DOI-Codi/RJ. Sem nenhuma militância política, foram sequestrados em suas casas, presos e torturados”.

Maria Amélia de Almeida Teles - professora de educação artística presa em 1972, em São Paulo. Hoje é diretora da União de Mulheres de São Paulo. “Fomos levados diretamente para a Oban. Eu vi que quem comandava a operação do alto da escada era o coronel Ustra. Subi dois degraus e disse: ‘Isso que vocês estão fazendo é um absurdo’. Ele disse: ‘Foda-se, sua terrorista’, e bateu no meu rosto. Eu rolei no pátio. Aí, fui agarrada e arrastada para dentro. Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido. Fiquei nessa cadeira, nua, e os caras se esfregavam em mim, se masturbavam em cima de mim. Mas com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques”.

São muitos os depoimentos, que nos deixam envergonhados, indignados, estarrecidos, duvidando da natureza humana, especialmente porque sabemos que não foi uma aberração, um desvio de conduta de alguns indivíduos criminosos, mas uma política de Estado, que estimulou a tortura, a ponto de garantir a não punição a seus autores, com a concordância e a conivência de muita gente boa “em nome da conciliação nacional”.
No lançamento do livro na PUC, a enfermeira Áurea Moretti, torturada em 1969, pediu a palavra para dizer que a anistia foi inócua, porque ela cumpriu pena de mais de quatro anos de cadeia, mas seus torturadores nem sequer foram processados pelos crimes que cometeram: “Uma vez eu vi um deles na rua, estava de óculos escuros e olhava o mundo por cima. Eu estava com minha filha e tremi”.
Os fantasmas que ainda assombram nossa história recente precisam ser exorcizados, como uma garantia de que nunca mais possam ser ressuscitados - escreve a ministra Nilcea Freire, ex-reitora da UERJ, na apresentação do livro, que para ela significa o “reconhecimento do papel feminino fundamental nas lutas de resistência à ditadura”.
Este é o terceiro livro da série “Direito à Memória e à Verdade”, editado pela Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O primeiro tratou de 40 afrodescendentes que morreram na luta contra o regime militar. O segundo contou a “História dos meninos e meninas marcados pela ditadura”. Eles podem ser baixados no site da SEDH.
O golpe militar de 1964 que envelhece, mas não morre, completa 46 anos nos próximos dias. Essa é uma ocasião oportuna para lançar o livro em todas as capitais brasileiras. No Amazonas, as duas reitoras - Marilene Correa da UEA e Márcia Perales da UFAM - podiam muito bem organizar o evento em Manaus e convidar a sua colega Nilcea Freire para abri-lo. Afinal, preservar a memória é um dos deveres da universidade. As novas gerações precisam saber o que aconteceu.
A lembrança de crimes tão monstruosos contra a maternidade, contra a mulher, contra a dignidade feminina, contra a vida, é dolorosa também para quem escreve e para quem lê. É como o sacrifício da missa para quem nele crê. A gente tem de lembrar diariamente para não ser condenado a repeti-lo: fazei isso em memória delas.

O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO).


Mas a Folha de São Paulo, que apoiou o golpe e emprestava seus carros para os torturadores, disse que no Brasil teve uma "DITABRANDA"

segunda-feira, 29 de março de 2010

MENSAGENS DE PARABÉNS




Marcos Roberto de Souza Fernandes para mim


mostrar detalhes 01:45 (7 horas atrás)

Tio marcos, olha eu de novo aqui! Lí a postagem no blog "30 dias sem D. Lia". Rí! Emocionei! Fiquei feliz! Gostei! Imprimi! Mostrei a pai, a mãe e a Renata!
Tenho certeza que neses dias que o senhor estava aqui em Parnamirim ela estava feliz. Pois com sua chegada de férias com a família era motivo de ela está mais feliz! Sempre foi assim! A vontade dela era que essas férias não terminasse, só pra ficar mais tempo com vocês. Ela sempre teve um chamego, um carinho, um amor especial pelo senhor, não sei por que. Mas sei que era assim.
Meus Deus!? Fico me perguntando!? Pela foto no blog onde está ela, Maria, D. Helena e Cristina em carnaúba, parecia a pessoa mais forte e feliz do mundo. Como acreditar no que aconteceu depois de alguns dias. Sempre achei que ela sairia daquele hospital, como das outras vezes. Só deixei de crer depois do sonho quando ela me dizia que não orasse mais, pois tinha quer ir embora. Ficou uma saudade grande no coração, pois me dava muito bem com ela - ríamos muito; conversávamos muito; e até cantávamos muito; E A OUVIA MUITO. Teve momento tenso também, mas Deus cuidou de mim sarando meu coração - pedia perdão e liberava perdão - estava tudo resolvido! Então quero sempre me lembrar dessa foto tirada em Carnaúba _ ELA FELIZ!

Agora nesse seu dia, 62 anos e com tudo funcionando menos essas cortadas do seu lado direito no tênis de mesa, o senhor sempre erra! rsrsrsrsrs. Parabéns! Vc é 10! É o melhor tio que eu tenho! Desejo tudo de bom!

Lançando sobre Ele toda toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. 1Pe 5.7


Os meninos (os desafiantes da ABLTM) mandam um recado:
Tio Marcos
Um feliz aniversário!
Desejo muita saúde, que o Senhor esteja firme e forte para enfrentar seus adversários.
Rogério

Feliz aniversário tio Marcos. Venha logo, estou pronto.
Lucas (filho de Rogério)

Feliz aniversário, comemore muito aí, chegando aqui não vai ter moleza não. Treine muito estou preparado.
Jonaldo

Parabéns Marcos, feliz aniversário. Aproveite bastante esse dia importante, pois quando você chegar aqui não vai ter comemoração nenhuma, vai ser só peia.
Sérgio Lemos ou como preferir filho de Chico de Sindona

Os demais somente dizem: feliz aniversário. (não querem provocação e continuam treinando.)
Jogadores da Associação da beira da Linha de Tênis de mesa

Um grande abraço pra todos!

sábado, 27 de março de 2010

SEIS PONTO DOIS

Neste 29 de março, (2ª feira), estarei completando 62 anos (com tudo funcionando). É o meu primeiro aniversário como aposentado e na orfandade. Não comemorarei.

Memória Musical do ano que nasci - 1948.

Uma das minhas preferidas. "Não Me Diga Adeus" com a cantora Ana Costa.



PRINCIPAIS MÚSICAS COMPOSTAS EM 1948

A lenda do Abaeté (canção) - Dorival Caymmi
A moda da mula preta (moda de viola) - Raul Torres
A mulata é a tal (marcha/carnaval) - João de Barro e Antônio Almeida
A saudade mata a gente (toada) - João de Barro e Antônio Almeida
Adeus, América (samba) - Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa
Aquelas palavras (samba-canção) - Benny Wolkoff e Luís Bittencourt
Bahia com H (samba) - Denis Brean
Cadê Zazá (marcha/carnaval) - Roberto Martins e Ari Monteiro
Caminhemos (samba-canção) - Herivelto Martins
É com esse que eu vou (samba/carnaval) - Pedro Caetano
Enlouqueci (samba/carnaval) - Luís Soberano, V. Pereira e João Vale
Esquece (samba-canção) - Gilberto Milfont
Esse moços (Pobres moços) (samba-canção) - Lupicínio Rodrigues
Falta um zero no meu ordenado (samba/carnaval) - Ary Barroso e B. Lacerda
Infidelidade (samba) - Ataulfo Alves e Américo Seixas
Jornal de ontem (samba-canção) - Romeu Gentil e Elisário Teixeira
Minueto (marcha/carnaval) - Herivelto Martins e Benedito Lacerda
Não me diga adeus (samba/carnaval) - Paquito, Soberano e J. C. Silva
Nova ilusão (samba-canção) - José Menezes e Luís Bittencourt
Pergunte a ela (samba-canção) - Fernando Martins e Geraldo Pereira
Princesa de Bagdá (marcha/carnaval) - Haroldo Lobo e David Nasser
Quem há de dizer (samba-canção) - Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves
Rio (samba) - Ary Barroso
Rosa Maria (samba/carnaval) - Anibal Silva e Eden Silva
Salve a princesa (samba/carnaval) - Paquito e Luís Soberano
Sarita (rancheira) - Santos Rodrigues e B. Toledo
Saudade (samba) - Dorival Caymmi e Fernando Lobo
Saudades de Itapoã (canção) - Dorival Caymmi
Segue teu caminho (tango) - Mário Zan e Arlindo Pinto
Ser ou não ser (samba-canção) - José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro
Somos dois (samba-canção) - Klecius Caldas, Armando Cavalcanti e L. Antonio
Tem gato na tuba (marcha/carnaval) - João de Barro e Alberto Ribeiro
Um cantinho e você (samba-canção) - José Maria de Abreu e Jair Amorim.

Músicas estrangeiras de sucesso no Brasil:

Diez Minutos Mas (Gabriel Ruiz)
Dos almas (Don Fabián)
It’s Magic (Jule Styne e Sammy Cahn)
Jack, Jack, Jack (Cu-tu-gu-ru) (Armando Castro e Joe Davis)
Mariá-La-Ô (Ernesto Lecuona) (lançado em 1936)
La Mer (Charles Trenet)
Nature Boy (Eden Ahbez)
Negra consentida (Joaquin Pardave) (lançado em 1919)
Pigaile (Georges Ulmer, Guy Luygperts e Geo Koger)
Que Te Parece (Julio Gutierrez)
Quizás, quizás, quizás (Don Fabián)
Tres palabras (Osvaldo Farrés)
Cronologia:
26.01: Nasce em Belo Horizonte (MG) o compositor/instrumentista Tavito (Luís Otavio de Melo Carvalho).
31.01: Nasce no Rio de Janeiro (RJ) a cantora/compositora Joyce (Joyce Silveira Palhano de Jesus).
07.03: Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o cantor/compositor Danilo Caymmi (Danilo Cândido Tostes Caymmi).
04.05: Nasce no Rio de Janeiro (RJ) a instrumentista/compositora Célia Vaz (Célia Maria Carvalho Vaz).
14.05: Termina o mandato britânico sobre a Palestina. Ben Gurion proclama a República de Israel.
21.06: A Columbia americana apresenta o elepê de 33 1/3 rotações por minuto, resultado de nove anos de pesquisa. Simultaneamente, a Philco lança o aparelho para a reprodução do novo disco. No elepê de estréia, o violinista Nathan Milstein e a Orquestra Sinfônica Filarmônica de Nova York interpretam o “Concerto em Mi Menor”, de Mendelssohn.
08.07: Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o instrumentista Márcio Montarroyos (Márcio Cavalcanti Montarroyos).
29.07 a 14.08: Realizam-se em Londres os XIV Jogos Olímpicos da Era Moderna.
15.08: É criada a República da Coréia (Coréia do Sul).
16.08: Nasce em Morrinhos (GO) o cantor/compositor Odair José (Odair José de Araújo).
27.08: Morre no Rio de Janeiro (RJ) o compositor Lorenzo Fernandez.
09.09: É criada a República Democrática Popular da Coréia do Norte.
20.09: Morre no Rio de Janeiro (RJ) o compositor/regente Ernâni Braga. Ivon Curi grava o seu primeiro disco (Continental 15950: “Nature Boy” e “Adeus”).
02.12: Nasce em Belo Horizonte (MG) o compositor/instrumentista Toninho Horta (Antônio Maurício Horta de Melo).
20.12: Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o compositor/arranjador Roberto Gnattali

quinta-feira, 25 de março de 2010

VINDE A MIM AS CRIANCINHAS!







Pinçado do Blog Língua de Trapo.

Ainda diziam que os comunistas comiam as crianças.


Bento XVI encobriu escândalos sexuais quando era cardeal, diz 'NYT'



NOVA YORK - Documentos obtidos pelo jornal americano New York Times revelam que até o bispo alemão Joseph Ratzinger, atualmente o papa Bento XVI, encobriu um sacerdote americano que abusou de aproximadamente 200 meninos surdos. A reportagem denunciando as omissões da Igreja foram publicadas nesta quinta-feira, 25, no diário.



A correspondência interna de bispos do estado americano de Wisconsin diretamente ao cardeal Ratzinger, que se tornaria o papa em abril de 2005, mostra que enquanto os responsáveis eclesiásticos discutiram a expulsão do padre, a prioridade maior foi proteger a Igreja do escândalo, segundo o site do jornal.

Os documentos procedem da causa judicial aberta contra o reverendo Lawrence C. Murphy, que trabalhou durante mais de 20 anos, entre 1950 e 1974, em uma escola para crianças surdas de Wisconsin. Eles foram cedidos pelos advogados de cinco homens que processaram a Arquidiocese de Milwaukee.

O arcebispo de Milwaukee em 1996, Rembert G. Weakland, enviou duas cartas informando a situação, e não obteve resposta do então cardeal Ratzinger, que dirigia a Congregação para a Doutrina da Fé, encarregada de estudar esses casos.

Após oito meses, o segundo responsável à frente da doutrina oficial católica, o cardeal Tarsicio Bertone, atualmente secretário de Estado do Vaticano, ordenou aos bispos de Wisconsin iniciarem um julgamento cônego secreto que poderia ter terminado com a expulsão de Murphy do sacerdócio.

No entanto, Bertone parou o processo depois que Murphy escreveu pessoalmente a Ratzinger dizendo que tinha se arrependido e estava doente. "Só quero viver o tempo que me resta na dignidade do meu sacerdócio", afirmava o padre na carta que enviou Ratzinger, já perto de sua morte, que aconteceu em 1998. "Solicito sua bondosa ajuda neste assunto", acrescentava.

Murphy nunca foi julgado ou sancionado pela Igreja e até a Polícia e os investigadores de justiça se omitiram perante as declarações das vítimas. Em 1974, o sacerdote foi transferido pelo arcebispo William E. Cousins, de Milwaukee, à Diocese de Superior, no norte de Wisconsin, onde passou seus últimos 24 anos trabalhando com crianças em colégios, igrejas paroquiais e em um centro de detenção juvenil, segundo o jornal.

O New York Times cita o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que reconheceu que era um caso "trágico", mas acrescentou que o Vaticano não foi informado até 1996, anos depois que as autoridades civis averiguaram e encerraram o caso.

O ÓPIO DO POVO




Um pai que não ri nunca

Os judeus, os cristãos e os muçulmanos veneram a mesma divindade. É o deus da Bíblia, que responde a três nomes, Yahvé, Deus e Alá, conforme quem o invoque. Os judeus, os cristãos e os muçulmanos matam-se entre si dizendo que obedecem às suas ordens.

Entre as outras religiões, os deuses são ou foram muitos. Números olimpos existiram e existem na Grécia, na Índia, no México, no Peru, no Japão, na China. E ainda assim, o deus da Bíblia é ciumento. Ciumento de quem? Por que se preocupa tanto com a competência, se Ele é o único e verdadeiro?

Não te prostrarás diante de nenhum outro deus, pois Yahvé se chama Ciumento, é um Deus ciumento. (Êxodo)

Por que castiga nos filhos, e por várias gerações, a infidelidade dos pais?

Eu, Yahvé, teu Deus, castigo a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração dos que me odeiam. (Êxodo)

Por que está sempre tão inseguro? Por que desconfia tanto de seus devotos? Por que necessita ameaçá-los para que o obedeçam? Falando ao vivo e diretamente, ou pela boca dos profetas, adverte:

Se não obedeces à voz de Yahvé, teu Deus, ele te ferirá de tísica, de febre, de inflamação, de gangrena, de aridez. Esposarás uma mulher, e outro homem a fará dele. Pó e areia serão a chuva da tua terra. Semearás em teus campos muita semente, mas a secará o gafanhoto. Plantarás vinhedos, mas não beberás vinho, porque os vermes os devorarão. Vos oferecereis à venda a vossos inimigos como escravos e escravas, mas não haverá comprador. (Deuteronômio)

Durante seis dias se trabalhará, mas o sétimo será sagrado para vós, dia de descanso completo em louvor a Yahvé. Qualquer um que trabalhe nesse dia morrerá. (Êxodo)

Aquele que blasfemar o nome de Yahvé será morto. A comunidade inteira o apedrejará. (Levítico)

Mais eficazes são os castigos que as recompensas. A Bíblia é um catálogo de espantosos castigos contra os incrédulos:

Soltarei contra vós as feras selvagens. Vos açoitarei sete vezes mais pelos vossos pecados. Comereis a carne de vossos filhos, comereis a carne de vossas filhas. Desembainharei a espada contra vós. Vossa terra será sempre um ermo e vossas cidades uma ruína. (Levítico)

Esse Deus sempre zangado domina o mundo do nosso tempo através de suas três religiões. Não é lá um Deus muito amável, digamos:

Deus ciumento e vingador, Yahvé, rico em ira! Se vinga de seus adversários, guarda rancor de seus inimigos. (Nahum)

Seus dez mandamentos não proíbem a guerra. Ao contrário: Ele manda fazer a guerra. E a sua é uma guerra sem piedade por ninguém, nem mesmo pelos bebês:

Não tenhas compaixão pelo povo de Amalec. Matarás homens e mulheres, crianças e lactantes, bois e ovelhas, camelos e asnos... (Samuel)

Filha de Babel, devastadora: feliz aquele que agarrar teus pequenos e os despedaçar contra as rochas! (Salmos)

Eduardo Galeano, "Espelhos - uma história quase universal"


É por essas e outras que dizem que entre Cristo e o Cristianismo, não escapa nem a cruz. Eu desconfio muito de uma religião que tem como principal símbolo um instrumento de tortura - a cruz. O barbudo tinha razão. "A religião é o ópio do povo" (Marx em a Questão Judia)



SEM FANTASIA

Essa composição de Chico Buarque de Holanda eu a consideroa quintessência do lirismo. Confiram.


segunda-feira, 22 de março de 2010

30 DIAS SEM D. LIA

D.Lia


D. Lia, Ana, eu, Abelardo e Eró (Formatura de Abelardo em Nutrição)





Maria (secretária), D. Lia, Helena e Cristina, no Cristo em Carnaúba





D. Lia, em pose comigo e com seus netos e netas .

Fotos tiradas no jantar na casa do irmão Carlos)

"Não devemos idealizar as mães. A minha para ser claro, era muito imperfeita, patológica até. Mas amou-me como ninguém, e eu a amei.... De sua morte, consolei-me depressa. De sua vida, ficarei para sempre inconsolável." (André Comte-Sponville - A Vida Humana)


D. Lia, filha"de Aparício" (um homem bruto) e de D. Ana Amélia (uma santa). Teve uma infância de pobreza e passou fome. Uma fome que a acompanhou na velhice, pois era obcecada por comida. O seu rói-rói das 11 horas (estômago roncando) tornou-se folclórico. Ela tinha que comer nesse horário. Ela comia muito e, agora na velhice, também podia comer bem. Comia de tudo ou quase tudo e seu apetite chamava atenção. Nos últimos anos, a sua geladeira duplex e seu freezer sempre estavam abarrotados de alimentos e, alguns, até perdiam o prazo de validade. Ela gostava de ver "fartura" na geladeira e também na mesa. D. Lia gostava de cozinhar e era extremamente cuidadosa com a higiene na preparação dos alimentos. Suas brigas com meu pai, que era taifeiro da Aeronáutica e também sabia cozinhar, foram homéricas, por conta da "higiene na cozinha". A outra paixão da sua vida foram as plantas, que ela cultivava como se fossem as filhas que ela não teve - uma das muitas frustrações de sua vida. A vida, com os seus sortilégios, fez de D.Lia uma pessoa amargurada. Ela quase não ria, não era humorada e de um pessimismo que, particularmente, me exasperava. Só na velhice e com a viuvez foi que a vida lhe foi mais benfazeja e mais pródiga. Eu, seu filho primogênito, confesso aqui que não gostava muito dela, talvez por ter levado muita pisa e muito cocorote, que embora merecesse, eu acho que não precisava tanto. Também as palavras machucavam. Ela dizia que eu era tão ruim, que havia nascido com uma pinta no olho. A pinta no olho continua e não me tornei uma pessoa ruim e, muito menos, com trauma das surras que levei. O tempo se encarregou de cicatrizar essas feridas. O registro é apenas para mostrar que a gente muda e o amadurecimento faz a gente reconhecer, que as mães têm sempre razão e seremos eternos devedores de tudo que ela fez por nós. Agora, nesse último pedaço de janeiro e fevereiro que passamos juntos, vai ficar muito marcado na minha lembrança. Serão gratas lembranças. O filme (seu último filme) que assistimos juntos: "Lula Filho do Brasil", que ela não chegou a ver o final, pois teve que sair para ir no banheiro (o mijadeiro dela era grande). Ela não gostou do filme "porque só viu sofrimento" eu disse a senhora saiu antes do fim sem ver Lula assumir a Presidência. Eu me lembrei de Joãozinho Trinta;: "Quem gosta de miséria é intelectual". Ela, com certeza, votaria na candidata do Lula em outubro. Nesse nosso último encontro fizemos algumas coisas prazerosas. Fomos à formatura de meu filho Abelardo em Nutrição e depois fomos jantar no restaurante “Camarões” (um dos melhores do Brasil) e D. Lia saboreou dos dois pratos que pedimos: um camarão à grega, o mais bem servido da casa, e um camarão com gergelim. Fomos à praia de Búzios e almoçamos numa barraca da praia, um peixe frito inteiro delicioso. Quando veio a conta ela fez questão que eu recebesse vinte reais, para ajudar na despesa do almoço, embora eu dissesse que não precisava e que ia pagar no cartão. Depois comemoramos o aniversário do Abelardo (03/02) com um jantar no restaurante “Buteco”, que serve um filé à parmegiana de “juntar menino”. Ela achou a carne um pouco dura (D. Lia sempre tinha uma reclamação a fazer e sempre queria as coisas a tempo e a hora de sua conveniência). Eu sempre questionei muito esse comportamento dela de querer as coisas “logo, logo, logo...” e, que na sua velhice, parece que ficou um pouco mais exacerbado. Na observação arguta de Roberto de Ailton, meu irmão, D. Lia tinha uma personalidade bipolar (com dentadura e sem dentadura). Quando ela estava usando as ”chapas” era imperiosa, mandona, prepotente; e, quando estava sem elas, era mais humilde, mais simples, mais cordial. Faz sentido!
Nessas férias fizemos o nosso já tradicional passeio à Areia Branca para visitar Dodinha, irmão de Eró e demais familiares vivos e mortos (D. Tica e seu José, Paes de Eró, D. Raimunda e Dedé Biluia) e fazer as compras de roupas baratas no “Badalo.” D. Lia perdeu esse passeio porque inventou de ir com o seu neto Igor, que na última hora lembrou-se que a sua carteira de motorista estava vencida. Entretanto, ela fez comigo, o seu último passeio à sua terra natal Carnaúba, distrito de Pedro Velho (antiga Vila Nova), onde ela nasceu e se criou. Em Pedro Velho ela quis passar na feira, onde comprou umas parelhas de avoador seco e umas postas de albacora. D. Lia adorava ir as feiras e supermercados. Fazer compras, mesmo sem necessidade, era uma diversão para ela. Em Carnaúba ficamos na casa dos compadres Né e Augusta, almoçamos uma galinha caipira com pirão de parida preparada pela nossa afilhada Cristina e revimos muitos outros familiares e amigos: compadres Demo e Helena, Da luz, Paulo de Beata, Nelson, Silas, Pedro Cóio,(parceiros do compadre Né na sueca de baralho) Estela do finado Janúncio, Maria José e Ceiça, Nice de Antônio de Odilon e suas filhas e outros mais. Visitamos as novas instalações do Cristo, onde acontece a maior festa da comunidade no mês de dezembro e tiramos muitas fotos. Foi uma despedida da sua terra natal.
Na 3ª feira (9/2) ela preparou a albacora, que dizem ser um peixe “carregado”, no molho de côco e “bateu colocado”, como sempre, na sua refeição. A comida não lhe fez bem e quando foi a noite ela começou a passar mal sentindo falta de ar. Fui com Leonardo levá-la no hospital São Lucas, onde ela foi bem atendida e socorrida prontamente com oxigênio, soro e outras medicações. Sua pressão media 21 por 16. Da emergência ela foi para a UTI onde passou seus últimos dias de vida. Visitei-a muitas vezes na UTI, visitas curtas, dolorosas, pois seu quadro clínico era grave. A última vez que a vi com vida foi no dia 18 de fevereiro, uma 5ª feira, na visita do meio dia. Comuniquei-lhe que estaria retornando para o Acre no dia seguinte, mas nas férias seguintes retornava e queria vê-la em casa e com saúde. Ela me recomendou; “vá dirigindo com cuidado”. Pedi sua benção e recebi um “Deus lhe acompanhe”. E eu que não creio em Deus, mas sei que ELE crê em mim, acredito que ELE atendeu ao pedido de uma mãe nos estertores da vida. Apesar da “angústia de um bolero” foi a viagem mais tranqüila, das tantas que fiz de carro, no trecho Rio Branco/Natal/Rio Branco. Não baixou ou furou pneu, não passamos susto na estrada, não pegamos blitz, nem mesmo da “Operação Manzuá” na entrada de João Pessoa que foi apelidada de “mãos ao alto” (pois sempre nos pararam só para pegar propina).
No dia 22 de fevereiro, uma 2ª feira, ainda bem cedo pela manhã, a morte me alcançou em Ibotirama na Bahia (pois quando morre um amigo ou um ente querido e familiar nosso, também morremos um pouco). De repente não tinha mãe e, sem pai já há alguns anos, continuei a viagem, agora, órfão de pai e mãe aos 61 anos de idade.
Naquela madrugada, D. Lia veio se despedir do seu filho mais velho. Tive o merecimento de receber sua visita em sonho, um sonho muito nítido onde ela estava toda arrumada e maquiada (foi vaidosa até a morte e depois dela) com um semblante sereno e um raro sorriso no rosto se embalando numa rede. Já estava no “paraíso”. Como disse o Jorge Amado: “O paraíso deve ser assim: descansar numa rede por toda eternidade.” Eu vi, pela última vez, minha mãe rindo, uma coisa rara na sua existência. A morte lhe foi benfazeja. Chorar prá que?
Prá você minha mãe (Lia de Aparício e D. Ana)

“Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos.
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade
O olhar estático da aurora.” (Ternura – Vinicius de Moraes)

Descanse em paz D.Lia. Vou lembrá-la sempre com ternura.

A VIDA HUMANA



"A Vida Humana", do filósofo francês André Comte-Sponville, é o livro que acabo de ler. Trata-se de uma leitura instigante sobre as diversas fases da vida, que engloba abordagens de antes do nascimento do homem até o tema da morte e da eternidade. Pincei algumas passagens que me pareceram importantes. Compartilho.


II - Nascer: "Toda a vida é recebida. Cabe a nós não sermos indignos desse presente que nos foi dado, que é o primeiro presente. Loteria da vida: combate da vida. O fato de termos todos nascidos por acaso, o que é bastante claro, não é a razão para viver ao acaso. Nascer é a primeira chance. Não desperdiçar essa chance, o primeiro dever."


III - A criança: "Lentidão da infância: lentidão muito sábia da vida no seu começo. Depois tudo se acelera, tudo se transforma. Crescimento, puberdade, adolescência... O corpo governa. A mente acompanha como pode. A infância fica apenas na lembrança. É uma lembrança que nos habita , ou somos nós que a habitamos. (...) "Cada qual empurra a infância para frente, dizia Alain, é esse nosso futuro real."


IV - O Adolescente: "Depois da criança, há o adolescente. É a mais bela idade, pelo menos aos meus olhos, a mais cativante, a mais perturbadora, a mais perturbada também, e isso dá um encanto a mais. (...)É a idade dos contrastes, das contradições, dos conflitos, inclusive internos. Tudo se mistura. Narcisismo e generosidade, exaltação e melancolia, conformismo e revolta, solidão e espírito de grupo, timidez e excentricidade, sede de absoluto e de reconhecimento...Como a vida é incerta, hesitante! Você já não é criança, ainda não é adulto. A adolescência é a idade dos segredos, das confidências, dos sonhos inconfessáveis... Os adultos não têm acesso a eles, e é bom que seja assim. A infãncia é um milagre e uma catástrofe. A adolescência, um mistério e uma promessa. Mas só será possível cumprí-la mais tarde."


V - Amar: "O amor é a primeira graça e a única. É o amor que faz viver, pois só ele torna a vida amável.(...) Somos fracos demais para vivermos sós. Fracos demais para nos bastarmos. (...) Não é Deus que é amor: é o amor no homem, que faz sonhar com Deus. Cabe então ao amor julgar a religião, não à religião julgar o amor. É o que chamo de espírito de Cristo - o espírito do filho - e o contrário do fanatismo."


XI - Morrer: "A morte, está bem claro, é um problema apenas para os vivos. Epicuro concluía daí que ela não é problema nenhum, para ninguém: nem para os vivos, pois não existe enquanto vivam, nem para os mortos, pois eles já não existem.(...) Não há nada mais pobre que um cadáver, nada mais improvável que a imortalidade. (...) Não há apenas a morte; há o morrer, a agonia e isso certamente não é coisa pouca. "Não é que eu tenha medo da morte, diz Woody Allen, mas preferia estar longe quando ela vier." (...) "Tudo é eterno, mas só a morte é definitiva. Tudo continua; nada permanece." (...) Que toda vida esteja fadada a finitude, à mudança, à impermanência, é algo que diz respeito a sua essência e não poderia ser ignorado. Mais uma razão para dedicar à vida - a própria, a dos outros - todos os cuidados que ela exige. Existe algo mais frágil? Existe algo mais precioso? Existe algo mais insubstituível?"
XII - A Eternidade: "Se quiserem, podem dizer que o presente é o que separa o passado e o futuro. Mas, como o passado e o futuro náo são nada, nada os separa. Há apenas a eternidade, que é o próprio presente. Entre nada e nada: tudo. É onde habitamos, e o único lugar da salvação." (...) "Existe algo mais absurdo que esperar a eternidade? Algo mais triste que esperar a felicidade? (...) " Os sábios são aqueles que se contentam com essa vida, isto é, que com ela se regozijam sem por isso renunciar a mudá-la. (...) "A humanidade, diz o sábio, importa mais que a sabedoria."
Recomendo a leitura.

domingo, 21 de março de 2010

UM HOMEM DE MORAL




Trata-se de Paulo Vanzoline, grande compositor Paulista, autor de alguns clássicos da nossa música popular, sendo os mais conhecidos "Volta Por Cima" e "Ronda", que são hinos nacionais que o povo canta. Tenho esse documentário e alguns CDs desse grande compositor que eu adoro. Segue algumas músicas do Paulo Vanzoline, que são poucos conhecidas, porém, da melhor qualidade. Como diz o próprio Paulo Vanzoline: "mais importante do que dar a volta por cima é reconhecer a queda." Eis um pouco do "cientista do samba"


CHOROS IMORTAIS

Choros imortais com esses músicos maravilhosos. 1 X 0 e Lamento de Pixinguinha. Execução: Dino 7 cordas (violão de 7), Déo Rian (bandolim), César Farias (violão de 6)e ainda Paulinho da Viola fazendo uma percussão e comentando. Um deleite.

21 DE MARÇO NA HISTÓRIA


1932 - Dia da carteira de trabalho.

Getúlio cria a Carteira de Trabalho, garantia dos direitos fundamentais do assalariado. No entanto, ela nunca chega a se universalizar. E nos anos 90, com a ofensiva neoliberal, perde terreno.

Manifestação de desempregados
nos anos 90


VEM AÍ A BANDA LARGA

sexta-feira, 19 de março de 2010

SALVE SÃO JOSÉ







Hoje é dia de São José. Dia de plantar o milho. Meu primeiro dia como aposentado. A portaria da minha aposentadoria foi publicada ontem no Diário Oficial da União -DOU.(Portaria Nº403, de 12 de março de 2010). Estou, oficialmente, no "pijama" Amanheceu chovendo em Rio Branco e quando chove no dia de São José é prenúncio de uma boa safra. Salve o Santo!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

O ROTEIRO DO GOLPE DO PIG

1- O panfleto da Veja requenta um factóide;
2 - O Jornal Nacional amplifica;
3 - Os jornalões se "escandalizam" nos seus editoriais;
4 - A oposição, sem rumo e sem projeto, reproduz o denuncismo no Congresso. Cobram explicações do governo e tentam criar uma CPI.

E la nave vá. São uns artistas!! Mas, não vencerão.

O PIG, A DIREITA E A RESISTÊNCIA



Do Blog "O Escrivinhador" do Rodrigo Viana.



Mauro Carrara, a mídia e a "Tempestade no Deserto"
publicada domingo, 14/03/2010 às 01:04 e atualizado domingo, 14/03/2010 às 01:22 37 Comentários
Mauro Carrara escreve sobre uma operação que, claramente, já está em curso.

O PIG declara guerra ao PT, Lula e Dilma.

Passado o Carnaval, os setores ligados aos tucanos - na grande mídia - se desesperaram. A sequência de notícias ruins para eles, desde o fim do ano passado, é impressionante: enchentes em São Paulo, Arruda preso, o DEM desmoralizado, o PSDB sem discurso diante da recuperação da economia. Para completar: Serra caiu e Dilma subiu nas pesquisas.

A oposição ao governo Lula bateu os tambores no convescote organizado pelo Instituto Millenium. Ao perceber que os partidos de oposição caminhavam para a anomia, os donos da mídia asumiram o controle da oposição. E as manchetes, capas e títulos distorcidos se avolumam.

É guerra. É a tempestade no deserto - como explica Mauro no texto abaixo..

Pesquisa IBOPE saiu a campo (coincidência, em se tratando do IBOPE?) na última semana, em meio à tempestade de manchetes anti-governistas. Resultado deve ser divulgado nos próximos dias, pela CNI.

Toda a esperança dos tucanos da mídia é que Serra tenha conseguido estancar a sangria dos votos. Aparentemente, não conseguiu. Há informações de que Dilma já aparece (numericamente) à frente de Serra, apesar de a situação (ainda) caracterizar empate técnico: leia sobre isso no Vermelho - http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=125750&id_secao=1.

Nos próximos meses, entraremos num ritmo frenético, parecido com o de 2005 - quando setores da mídia tentaram derubar Lula. Agora, sabem que não podem derrubá-lo. Mas bastaria a eles arranhar a imagem do PT, e vender a idéia de de que "Lula a gente tolerou, mas Dilma - a terrorista - não vai chegar lá".

Ninguém pode ser ingênuo. Essa campanha está articulada a interesses internacionais. Não do núcleo do governo de Obama, mas de setores da extrema-direita dos EUA que seguem alojados na máquina de governo em Wasgington, e que assumiram a tarefa de barrar a "subversão" na América Latina. Essa gente da mídia no Brasil é articulada com o que há de mais reacionário nos EUA.

A guerra será violenta - como diz o Mauro Carrara, abaixo. Fiquem com o texto dele...

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Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer? - por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia... O PSDB é uma mídia com partido).

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4) Elevar o tom de voz nos editoriais.

5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.


É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo


As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet


Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor

O APOIO DA GRANDE IMPRENSA AO GOLPE DE 64


Editorial de “O Globo”, em 02/04/1964

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.

Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.

sábado, 13 de março de 2010

DEPOIS VEIO O GOLPE.


1964 - Dia das reformas de base
Comício da Central do Brasil pró-reformas de base reúne 300 mil em clima já carregado pela conspiração golpista. Goulart anuncia nacionalização das refinarias de petróleo.

Jango fala no comício
Alguns dias depois veio o golpe militar de 1º de abril.
Assisti, no cine Rio Grande, em Natal, a reportagem sobre o comício da Central do Brasil no Canal 100, que antecedia o filme. Na época, com apenas 16 anos, ainda não tinha me dado conta da tragédia política que se abatia sobre o país e seu povo.


MENSAGEM DE PESSOA



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos..
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 10 de março de 2010

NEM TUDO QUE PINTA DE NOVO, PINTA NAS PÁGINAS DE "O GLOBO"


Do Blog do Rodrigo Viana:


Ativistas sociais e intelectuais do Rio de Janeiro protocolaram nesta segunda (8) uma representação contra o jornal "O Globo" no Ministério Público daquele Estado. Eles acusam a publicação de agir contra a liberdade de expressão ao inviabilizar um anúncio de um manifesto do movimento nacional Afirme-se!, favorável as políticas de ação afirmativa e das cotas raciais.

Segundo a ação há fortes indícios de “práticas infrativas à liberdade de expressão e ao direito à informação”. Para publicar o manifesto (figura ao lado), que no último dia 3 circulou em uma página em outros jornais nacionais, O Globo apresentou à Agência Propeg uma tabela no valor de R$ 54.163,20, mas após ter acesso ao conteúdo estipulou o valor em R$ 712.608,00.

“A alegação de "O Globo" para tal alteração foi expressa nos seguintes termos: o anúncio foi analisado pela diretoria e ficou definido que será Expressão de Opinião, pois, o seu conteúdo levou a esta decisão”, diz o conteúdo da ação.

Segundo a representação, o valor cobrado inicialmente estava dentro da realidade do mercado. Pelo mesmo anúncio, por exemplo, o jornal "Folha de S.Paulo" cobrou R$ 38.160,00 e o "Estado de S.Paulo" R$ 37.607,23.

“Deve ser dito que, dos jornais mencionados, a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo competem, no mercado editorial, em distribuição, circulação e influência nacionais. Em termos de linha editorial, esses três veículos são, nitidamente, contrários às cotas e às políticas de ação afirmativa. No entanto, diferentemente de O Globo, todos os demais aceitaram publicar o Manifesto, custeado pela sociedade civil por um preço comercialmente realista”, diz o documento.

A Campanha

O principal objetivo da campanha "Afirme-se" foi sensibilizar os ministros do Supremo Tribunal federal (STF) para a justeza e constitucionalidade das políticas de ação afirmativa já existentes, a favor de indígenas e afrodescendentes. A principal delas são as cotas em universidades, a regularização de terras dos remanescentes dos quilombos e programas especiais dos ministérios das Relações Exteriores e reforma Agrária.

Diz a representação que no Brasil a adoção de tais práticas, “implementadas timidamente há menos de uma década, vem sofrendo ataques poderosos de setores da grande mídia."

“Há uma verdadeira campanha que objetiva duas coisas: 1) extinguir, vetar, destruir as poucas iniciativas institucionais de ação afirmativa já existentes; 2) impedir, bloquear, derrotar qualquer possibilidade de implantação ou criação de novos instrumentos legais e institucionais de ação afirmativa.”

A representação é assinada pelos professores Alexandre do Nascimento, Rodrigo Guerón e pelo advogado André Magalhães Barros. Um abaixo-assinado será anexado a ação que já aguarda uma posicionamento da Justiça.

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia

segunda-feira, 8 de março de 2010

PARA AS MULHERES NO SEU DIA

"MULHER", música de Custódio Mesquita e Sady Cabral, na interpretação de Emílio Santiago.

sexta-feira, 5 de março de 2010

PARABÉNS MINHA FILHA

Neste 7 de março, Eró completa 63 anos. Não tem quem diga. Recebemos os familiares e amigos para comemorar a data. Edna fez um strogonof de frango, Mazé trouxe um tal de fricassê, também de frango, e Regina um Bobó de camarão. A casa entrou com o arroz, uma salada verde e uma musse de chocolate feita pela Ana, além dos pratos, talheres e as bocas. Foi almoço e jantar. Depois do jantar Rogério puxou os "parabéns prá você" no cavaquinho e partimos uma torta holandesa, que substituiu o bolo de aniversário. Foi uma comemoração só para a "diretoria". Agora vou colocar uma "página musical" para homenagear a minha companheira aniversariante. É o meu presente. Elis Regina cantando de Tom e Vinicius "O Que Tinha de Ser", acompanhada ao piano por César Camargo Mariano.

E LÁ SE FOI O RAPAZ DE BEM JOHNNY ALF

Faleceu nessa 5ª feira, aos 80 anos, o precursor da Bossa Nova, Johnny Alf. No sábado passado foi o Walter Alfaiate, que nos deixou. Duas grandes perdas da nossa MPB.

Elis Regina, cantando Ilusão à Toa de Johnny Alf.

quinta-feira, 4 de março de 2010

ROGÉRIO CINCO PONTO DOIS

Rogério aos 52 anos e de bem com a vida.

O "Comandante Barca Furada", meu irmão Emanoel Rogério Fernandes, esta completando 52 anos neste 4 de março do ano da graça de 2010. Rogério, no sábado, vai oferecer um cuz-cuz, aos familiares e amigos na sua residência no setor de mansões sul do Tucumã. Vai ser um cuz -cuz de juntar menino. Estarei lá. PARABÉNS, mano véio.

quarta-feira, 3 de março de 2010

AILTON E PENHA EM CARNAÚBA

Ailton rindo do porre da Penha.




Penha tomou um porre grande em Carnaúba. Eis sua foto cheia da "manguaça".
Ailton dizendo: "Ô crioula difícil, tchê!!.... Na foto de cima, Ailton comentando com os compadres Né e Augusta, o homérico porre da Penha. Augusta respondeu que Penha só tomou dois dedinhos assim! (Registro fotográfico cedido gentilmente por Rogério).










FHC X LULA - A DIFERENÇA É GRANDE!!


Do Blog CONVERSA AFIADA do Paulo Henrique Amorim.

«O jornal “The Economist” publicou em 12/11/2009 os seguintes dados sobre o Brasil antes e o Brasil depois
(http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=14845197)

Só mesmo a nossa “imprensa” omite os avanços do país. Porque será ???

Itens………………..ComFHC————-Com LULA
Risco Brasil——————- 2.700 pontos—– 200 pontos
Salário Mínimo —————-78 dólares ——210 dólares
Dólar —————————-Rs$ 3,00 ——–Rs$ 1,78
Dívida FMI —————Não mexeu ————Pagou
Indústria naval ————–Não mexeu ——-Reconstruiu
Universidades Federais Novas–Nenhuma ——10
Extensões Universitárias ——-Nenhuma ——45
Escolas Técnicas —————–Nenhuma —–214
Valores e Reservas
do Tesouro Nacional –185 Bilhões US$ Negativos—— 160 Bilhões US$ Positivos
Créditos para o povo/PIB ——–14% ———————–34%
Estradas de Ferro —————Nenhuma ————3 em andamento
Estradas Rodoviárias —-90% danificadas————-70% recuperadas
Indústria Automobilistica – Em baixa, 20% ————-Em alta, 30%
Crises internacionais ——4, arrasando o país———– Nenhuma, pelas
reservas acumuladas
Câmbio Fixo —Estourando o Tesouro Nacional—– Flutuante: com ligeiras
intervenções do Banco Central
Taxas de Juros SELIC ————27% ———————-11%
Mobilidade Social ————2 milhões ——– 23 milhões de pessoas
saíram da linha de pobreza
Empregos ———————–780 mil —————– —-11 milhões
Investimentos em
infraestrutura ————-Nenhum —–504 Bilhões de reais previstos até 2010
Mercado internacional –Brasil sem crédito—- Brasil reconhecido como “investment grade”

Clique aqui para ler a íntegra

FORMATURA DE ANA E MAX


Hoje é a solenidade de Colação de Grau da minha filha Ana e do seu marido Max. Ambos se formaram em Administração do Comércio Exterior pela FIRB em Rio Branco. Ontem foi a Missa, celebrada na Paróquia de São Peregrino, em agradecimento por essa grande conquista. Sábado tem o churrasco da turma. Os parabéns do pai e genro com os votos de bom desempenho profissional.

terça-feira, 2 de março de 2010

OS OUROS DE D. LIA




Inventário dos "ouros" de D.Lia feito por Zilma. As peças foram trazidas por Rogério, que as passou para minha guarda, bem como, a memória da reunião realizada em 24 de fevereiro de 2010, com a participação dos irmãos.

1) Anéis - 01 aliança escrava;
01 anel três em um;
01 anel de pedra lilás;
01 anel bordado modelo escrava.

2) Correntes e brincos:
01 corrente c/nome LIA
01 pulseira modelo de elos;
03 elos desta mesma pulseira;

01 brinco infantil, um deles está sem a tarracha;
01 brinco com pedra liláz;
01 tarracha solta;
02 pares de brinco;
01 relógio folheado.
É muito pouco ouro para tanta especulação. Em breve compartilharei com os irmãos o destino que vamos dá a essa herança.

segunda-feira, 1 de março de 2010

22 DE FEVEREIRO - O DIA QUE D. LIA PARTIU.



Um panorama geral do que aconteceu nesse dia ao longo do tempo.
Fonte: Enciclopédia Wikipedia.

22 de fevereiro é o 53º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 312 para acabar o ano (313 em anos bissextos)



Eventos históricos:


• 1461 – Guerra das Rosas – Segunda Batalha de St. Albans: Margarida de Anjou derrota o Conde de Warwick e recupera a guarda de Henrique VI.
• 1819 - Tratado de Adams-Onìs entre EUA e a Espanha, em que a Florida é cedida pela Espanha aos Estados Unidos.
• 1821 Espanha vende leste da Flórida para os Estados Unidos US $ 5 milhões
• 1836 - Criação da cidade de Uberaba-MG
• 1828 - Regresso a Lisboa de D. Miguel, que jura a Carta Constitucional, assume a regência e nomeia um novo ministério.
• 1841 - El Salvador proclama sua independência.
• 1900 - Isadora Duncan - A bailarina norte-americana se apresenta pela primeira vez na Europa. Duncan causou uma verdadeira revolução no mundo da dança e em sua época, se negando a seguir padrões e regras pré-estabelecidas.
• 1900 Havaí tornou-se um território E.U.
• 1907 Primeiros táxis com taxímetros começam a operar em Londres
• 1912 - Assinatura de contrato com a empresa Marconi para introdução da telegrafia sem fios em Portugal.
• 1922 - Henri Desiré Landru, acusado de assassinar dez mulheres, é guilhotinado na prisão francesa de Versalhes.
• 1932 - Adolf Hitler é designado candidato à presidência da República alemã pelo Partido Nacional-socialista.
• 1939 - Petróleo jorra pela primeira vez no Brasil, no poço de Lobato (Salvador).
• 1945 - Segunda Guerra Mundial: a Força Expedicionária Brasileira conquista o Monte Castelo em Itália as forças alemãs.
• 1958 - Estréia a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, que renovou o teatro brasileiro.
• 1959 - 1ª corrida Daytona 500-auto ganha Lee Petty (MPH 135,521)
• 1962 - Wilt Chamberlain bate recorde da NBA com 34 lances livres.
• 1963 - Beatles começam sua própria editora musical (Northern Songs)
• 1964 - Beatles chegam de volta à Inglaterra após a sua visita E.U.
• 1967- Tropas americanas e sul-vietnamitas desencadeiam a maior ofensiva até então registrada na guerra do Vietnam.
• 1971 - Tenente-General Hafiz al-Assad torna-se presidente da Síria
• 1974 - O Paquistão reconhece a independência do Bangladesh
• 1974 - O General português António de Spínola publica o livro "Portugal e o Futuro" em que propõe soluções políticas e não militares para os conflitos nas colónias portuguesas em África.
• 1978 - O delegado Sérgio Paranhos Fleury, acusado de pertencer ao Esquadrão da Morte, grupo paramilitar que cometia assassinatos na década de 1970, tem a prisão decretada.
• 1987 - O presidente Alan García, do Peru, escapa de um atentado com bomba pouco antes de desembarcar no aeroporto de Trujillo
• 1989 - É criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
• 1998 - O edifício Palace II, construído pelo então deputado Sergio Naya (PPB-MG, já falecido), com suspeitas de uso indevido de materiais de baixa qualidade para baratear a obra e aumentar os lucros, desaba matando 8 pessoas e deixando 176 desabrigadas - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro.
• 1998 - O filme Central do Brasil, do brasileiro Válter Sales, ganha o Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim.
• 1999 - Edison Tsung Chi Hsueh, um calouro da Faculdade de medicina da USP, foi encontrado morto no fundo de uma piscina, após levar trote de veteranos.
• 2001 - Divulgada a violação do Painel do Senado na votação do Senador Luis Estevão envolvendo o líder do PSDB, José Roberto Arruda e do PFL, Antonio Carlos Magalhães, que, para não serem cassados, renunciaram ao mandato.
• 2003 - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciam que estão em seu poder três americanos que sobreviveram à queda de um avião Cessna

Nascimentos:
• 1732 - George Washington, general e primeiro presidente dos EUA (m. 1799)
• 1788 - Arthur Schopenhauer, filósofo alemão (m. 1860).
• 1843 - Alfredo d'Escragnolle Taunay Visconde de Tauney (m.1899).
• 1857 - Robert Baden-Powell, general britânico e fundador do escotismo (m. 1941).
• 1894 - Victor Brecheret, escultor ítalo-brasileiro.
• 1895- Plínio Salgado, jornalista, escritor e político brasileiro, fundador da Ação Integralista Brasileira (m. 1975).
• 1897 - Barbosa Lima Sobrinho, jornalista e político brasileiro (m. 2000).
• 1900 - Luis Buñuel, cineasta espanhol (m. 1983).
• 1921 - Jean-Bédel Bokassa, ditador da República Centro-Africana (m. 1996).
• 1932 - Ted Kennedy, político norte-americano (m. 2009).
• 1940 - Aracy Balabanian, atriz brasileira..
• 1943 - Paulo Henrique Amorim, jornalista brasileiro.
• 1945 - Elke Maravilha, atriz brasileira.
• 1949 - Niki Lauda, ex-piloto austríaco de Fórmula 1, tricampeão da categoria.
• 1952 - Marcos Caruso, ator e autor brasileiro.
• 1975 - Drew Barrymore, atriz norte-americana.
• 1979 - Débora Falabella, atriz brasileira.

Falecimentos:
• 1512 - Américo Vespúcio, explorador e navegador italiano (n. 1454)
• 1891 - Benjamin Constant (Brasil), líder maçon e articulador da proclamação da República (n. 1836)
• 1987 - Andy Warhol, artista plástico e produtor cinematográfico norte-americano (n. 1928)
• 2002 - Jonas Savimbi, dirigente angolano da UNITA (n. 1934)
• 2004 - Roque Maspoli, ex-goleiro uruguaio, campeão da Copa do Mundo de 1950 (n. 1917)
• 2008 - Rubens de Falco, ator e teledramaturgo brasileiro (n. 1931)
• 2008 - Oswaldo Louzada, ator brasileiro (n. 1912)
• 2009 - Ida Gomes, atriz brasileira (n. 1933)



.2010 – Maria Martinho Fernandes (D.Lia) Uma mulher sofrida do povo.