Eró, mãe dos nossos filhos, Ana e Abelardo
D. Ritinha (mãe suplente da gente)
Para Sempre
Por que Deus permite
Que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
É tempo sem hora,
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba,
Veludo escondido
Na pele enrugada,
Agua pura, ar puro,
Puro pensamento.
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
É eternidade.
Por que Deus se lembra
- Mistério profundo -
De tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
Junto do seu filho
E ele, velho embora,
Será pequenino
Feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade. (1902 - 1987 )
Um comentário:
Tô gostanto de ver. Agora, o senhor só quer viver no desfrute e tá todo pós-moderno, tem inté blog. Mas, nem avisa para os amigos. né?
Estou com muitas saudades.
Um grande abraço,
Myris
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