sábado, 1 de junho de 2013

REFÉM DA SOLIDÃO




Um dos mais lindos sambas, por um de seus autores, Baden Powell

 REFÉM DA SOLIDÃO (Baden Powell / Paulo César Pinheiro):

Quem da solidão fez seu bem
 Vai terminar seu refém
 E a vida pára também
 Não vai nem vem
 Vira uma certa paz
Que não faz nem desfaz
Tornando as coisas banais
 E o ser humano incapaz de prosseguir
Sem ter pra onde ir Infelizmente eu nada fiz
Não fui feliz nem infeliz
 Eu fui somente um aprendiz
 Daquilo que eu não quis
 Aprendiz de morrer
 Mas pra aprender a morrer
 Foi necessário viver
 E eu vivi
Mas nunca descobri
Se essa vida existe
 Ou essa gente é que insiste
 Em dizer que é triste ou que é feliz
Vendo a vida passar
 E essa vida é uma atriz
 Que corta o bem na raiz
E faz do mal cicatriz
Vai ver até que essa vida é morte
 E a morte é
 A vida que se quer

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