segunda-feira, 27 de maio de 2013

DEZ MENTIRAS DA DIREITA

 
 
Saiu no Blog do saraiva artigo de Juremir Machado da Silva:
 
Dez mentiras que a direita quer tornar verdades
 
  A direita brasileira é tão bobinha que faz rir. Sofisma sem o menor constrangimento. E ainda cita a frase nazista sobre mentiras que se tornam verdades. É o que gostaria de fazer. Não consegue. Dez mentiras da direita que não emplacam:
 
1) Capa da Forbes mostra Lula como bilionário. Era uma montagem rastaquera.
2) Não há liberdade de imprensa na Venezuela. Os jornais El Nacional e El Universal provam o contrário.
3) Cristina Kirchner quer calar o Clarín. O Clarín tem mais de 200 concessões de televisão. A lei dos meios, inspirada na lei americana, quer evitar a concentração de mídia.
4) Os dois lados precisam ser investigados pela Comissão da Verdade. Um lado, o dos que resistiram à ditadura, foi investigado pela justiça militar do regime, submetido a processo, condenado, preso, torturado, morto, exilado. A história dos processos e condenações dos resistentes está em documentos, livros, depoimentos, relatos, reportagens, etc. Por que o lado dos resistentes deveria ser condenado duas vezes? Os torturadores é que nunca foram investigados nem condenados
5) O Brasil estava à beira do comunismo em 1964. Trata-se de uma tese sem fundamentação histórica.
6) O bolsa-família torna as pessoas preguiçosas e dependentes. Um milhão e seiscentos mil beneficiados saíram espontaneamente do sistema.
7) Alunos cotistas não conseguem acompanhar o ritmo dos outros. A média dos cotistas, numa escala comprimida, é 5.4, a dos não cotistas, 6.0. Uma diferença mínima, estatisticamente irrelevante.
8) Não havia corrupção no regime militar. O historiador Carlos Fico e muitos outros mostram o tamanho da corrupção ao longo da ditadura. Só não se podia falar sobre ela nos jornais.
9) Jango foi um presidente fraco. Jango foi um visionário que se dispôs a antecipar reformas que teriam melhorado tanto o Brasil que os conservadores trataram de derrubá-lo.
10) O Estado mínimo produz o máximo de benefícios e não existe a divisão esquerda/direita. Paul Krugman, prêmio Nobel de economia, tem surrado os que acham, por ignorância ou ideologia, que a crise de 2008 nada tem a ver com Estado mínimo e com neoliberalismo. “EXAME – Os defensores do Estado mínimo não estão agora na defensiva? Paul Krugman – Claramente estão. É preciso muita ginástica intelectual para defender que o livre mercado estabiliza a si mesmo. Muitos economistas até criaram explicações para que as persistentes e elevadas taxas de desemprego não sejam mais consideradas deficiência do mercado. Mas certamente esse não é um ambiente muito amistoso a quem defenda o rigoroso funcionamento do livre mercado.” A crise de 2008 enterrou essa vulgata de manual do neoliberalismo. A ideia de que não existem mais esquerda e direita é uma ideia de direita.

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