terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A ELITE E MINO CARTA


Sobre elite

Concordo com Acuio, quem tem dentes no Brasil é elite. Eu também sou elite, pois nasci burguês, estudei (mediocremente), li alguns livros, cheguei a ganhar salários elevados etc. etc. Insisto, porém, em um ponto: não pertenço a essa que chamo de elite nativa. Exibicionista, feroz, arrogante, prepotente etc. etc. Mas quero responder mansamente a Juliana: CartaCapital não anseia o prestígio de Veja por duas razões fundamentais. Primeira: porque não pretende ser uma publicação de grande tiragem, como por exemplo, não pretende a The Economist, a mais importante semanal do mundo. No Reino Unido circula com pouco mais de 200 mil exemplares, tiragem inferior não somente à de Veja mas também de Época e Istoé. Trata-se de revista destinada a um público com poder de decisão, necessariamente reduzido. Olhaí, uma elite intelectual. Como aspiração suprema, e a dispor de fundos para forçar a venda e fazer marketing de si mesma, CartaCapital poderia atingir entre 120 e 140 mil exemplares de tiragem. Segunda: o prestígio de Veja está baseado na aposta que a revista fez na ignorância do público leitor. Seu objetivo é nivelar por baixo, o objetivo nosso, como o da The Economist, é exatamente o oposto
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