domingo, 25 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
DIA DE SÃO SEBASTIÃO: ANIVERSÁRIO DE FERNANDINHO DO LULA E JUCA
BARACK OBAMA É O 44º PRESIDENTE DOS E.U.A.
O discurso de Obama:
Meus companheiros cidadãos:
Estou aqui hoje sujeito à tarefa diante de nós, grato pela confiança que me foi concedida, consciente dos sacrifícios suportados por nossos ancestrais. Agradeço o presidente Bush por seu serviço à nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo dessa transição.
Quarenta e quatro americanos agora já prestaram o juramento presidencial. Essas palavras foram ditas durante ondas crescentes de prosperidade e águas calmas de paz. E, de tempos em tempos, o juramento é feito em meio a nuvens carregadas e tormentas violentas. Nesses momentos, os Estados Unidos prosseguiram não apenas por causa de nossa habilidade ou pela visão daqueles no alto escalão, mas porque nós, o povo, permanecemos fiéis aos ideais de nossos ancestrais, e fiéis aos nossos documentos de fundação.
Tem sido assim. E precisa ser assim com esta geração de americanos.
Que estamos em meio a uma crise é bem conhecido agora. Nosso país está em guerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia está gravemente enfraquecida, consequência da ganância e da irresponsabilidade da parte de alguns, mas também de um fracasso coletivo nosso em fazer escolhas difíceis e em preparar o país para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos eliminados; empresas fechadas. Nosso sistema de saúde é muito caro; nossas escolas reprovam muitos; e cada dia traz novas provas de que as formas como usamos a energia reforçam nossos adversários e ameaçam nosso planeta.
Esses são os indicadores da crise, sujeitos a dados e estatísticas. Menos mensurável mas não menos profunda é a perda de vitalidade da confiança em nossa terra -- um medo persistente de que o declínio dos Estados Unidos é inevitável, e de que a próxima geração precisa reduzir suas metas.
Hoje digo a vocês que os desafios que encaramos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão enfrentados com facilidade ou em um período curto de tempo. Mas saibam disso, Estados Unidos: eles serão enfrentados.
Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança no lugar do medo, unidade de propósito sobre o conflito e a discórdia.
Neste dia, vimos proclamar o fim das discordâncias mesquinhas e das falsas promessas, das recriminações e dos dogmas gastos, que por muito tempo estrangularam nossa política.
Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras da Bíblia, é chegada a hora de deixar de lado as coisas infantis. É chegada a hora de reafirmar nosso espírito de persistência; de escolher a nossa melhor história; de levar adiante esse presente precioso, essa nobre ideia, passada de geração em geração: a promessa de Deus de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem uma chance de buscar sua medida plena de felicidade.
Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela precisa ser merecida. Nossa jornada nunca foi feita de atalhos ou de deixar por menos. Não foi uma trilha para os fracos de coração -- para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou apenas a busca de prazeres e riquezas e fama. Ao invés disso, tem sido uma jornada para os que assumem riscos, os realizadores, os que fazem as coisas -- alguns celebrados, mas mais frequentemente homens e mulheres obscuros em suas obras --, que nos conduziram pelo longo e acidentado caminho em direção à prosperidade e liberdade.
Por nós, eles empacotaram suas poucas posses terrenas e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.
Por nós, eles deram duro em fábricas precárias e cruéis e colonizaram o oeste; suportaram o estalar do chicote e lavraram a terra dura.
Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.
Repetidas vezes esses homens e mulheres deram duro e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem calejadas para que pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram os Estados Unidos como maiores que a soma de nossas ambições individuais; maiores que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou políticas.
Essa é a jornada que continuamos hoje. Continuamos a ser a nação mais próspera e poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando a crise começou. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos bens e serviços não são menos necessários do que foram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade não diminuiu. Mas nossa hora de permanecermos imóveis, de proteger nossos estreitos interesses e adiar decisões desagradáveis -- essa hora certamente passou. A partir de hoje temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer os Estados Unidos.
Para todos os lados que olhamos, há trabalho a ser feito. A condição da economia pede ação, ousada e rápida, e vamos agir -- não apenas criando novos empregos, mas um novo fundamento para o crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes elétricas e linhas digitais que alimentem nosso comércio e nos una. Vamos restaurar a ciência a seu lugar de direito, e utilizar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade dos serviços de saúde e reduzir seu custo. Vamos manipular a energia solar e dos ventos e da terra para abastecer nossos carros e dirigirmos nossas fábricas. E vamos transformar nossas escolas e faculdades e universidades para atender as demandas de uma nova era. Tudo isso podemos fazer. E tudo isso vamos fazer.
Agora, há alguns que questionam a escala de nossas ambições -- que sugerem que nosso sistema não pode tolerar tantos grandes planos. As memórias desses são curtas. Pois eles esqueceram o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem alcançar quando a imaginação se une ao propósito comum, e a necessidade à coragem.
O que os cínicos não conseguem entender é que o terrenos sob eles mudou -- que os argumentos políticos envelhecidos que nos consumiram por tanto tempo não mais se aplicam. A pergunta que nos fazemos hoje não é se nosso governo é grande demais ou pequeno demais, mas se ele funciona -- se ele ajuda famílias a encontrar empregos com um salário decente, uma previdência que eles consigam pagar, uma aposentadoria que seja digna. Onde a resposta for sim, pretendemos seguir adiante. Onde for não, os programas serão encerrados. E aqueles de nós que lidam com o dinheiro público serão responsabilizados -- para gastar sabiamente, reformar maus hábitos e conduzir nossos negócios à luz do dia -- porque apenas então poderemos restaurar a confiança vital entre um povo e seu governo.
Nem é, a pergunta diante de nós, se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade não tem iguais, mas a crise nos lembrou de que, sem um olhar vigilante, o mercado pode sair de controle -- e que um país não pode prosperar quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; de nossa habilidade de estender a oportunidade a todos aquele que a queira -- não por caridade, mas porque essa é a rota mais certa para nosso bem comum.
Para nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança ou nossos ideais. Nossos pais fundadores, diante de perigos que mal podemos imaginar, esboçaram um texto para garantir a regra da lei e os direitos do homem, um texto expandido com o sangue de gerações. Aqueles ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos desistir deles em nome da conveniência. E para todos os povos e governos que nos assistem hoje, das grandiosas capitais à pequena vila onde meu pai nasceu: saibam que os Estados Unidos são amigos de todas as nações e de cada homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.
Lembrem-se de que gerações anteriores derrotaram o fascismo e o comunismo não apenas com tanques e mísseis, mas com alianças vigorosas e convicções duradouras. Elas entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá direito a fazer o que quisermos. Ao contrário, elas sabiam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da justeza de nossa causa, da força de nosso exemplo, das qualidades temperantes da humildade e da contenção.
Somos os guardiões desse legado. Guiados por esses princípios mais uma vez, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem esforços ainda maiores -- uma cooperação e compreensão ainda maiores entre as nações. Vamos começar a entregar de forma responsável o Iraque ao seu povo, e forjar uma paz muito duramente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para reduzir a ameaça nuclear, fazer retroceder o espectro de um planeta em aquecimento. Não vamos nos desculpar por nosso modo de vida, nem vamos esmorecer em sua defesa, e para aqueles que buscam fazer avançar suas metas pela indução ao terror e massacrando inocentes, dizemos a vocês agora que nossa determinação é mais forte e não pode ser quebrada; vocês não podem nos esgotar e vamos derrotar vocês.
Pois sabemos que a colcha de retalhos de nossa herança é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus --e não-religiosos. Somos moldados por cada idioma e cultura, vindo de cada canto desta Terra; e porque experimentamos o gosto amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos daquele capítulo obscuro mais fortes e mais unidos, não podemos evitar de acreditar que os velhos ódios um dia vão passar; que as linhas tribais em breve se dissolverão; que enquanto o mundo se torna menor, nossa humanidade comum se revelará; e que os Estados Unidos têm de desempenhar seu papel em conduzir uma nova era de paz.
Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho para seguir adiante, baseado no interesse mútuo e no respeito mútuo. Para aqueles líderes ao redor do mundo que buscam colher conflitos, ou culpar o Ocidente pelos males de sua sociedade: saibam que seus povos os julgarão pelo que podem construir, não pelo que destroem. Para aqueles que se agarram ao poder através da corrupção e da mentira e silenciando dissidentes, saibam que vocês estão do lado errado da história; mas que estenderemos a mão a vocês se estiverem dispostos a abrirem os punhos.
Para as pessoas das nações pobres, nos propomos a trabalhar com vocês para fazer suas fazendas florescerem e deixar águas limpas correrem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes famintas. E para aquelas nações como a nossa que usufruem de relativa fartura, dizemos que não podemos mais mantermos a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem considerar os efeitos. pois o mundo mudou, e precisamos mudar com ele.
Ao considerarmos as estradas que se abrem diante de nós, lembramos com humildade aqueles bravos americanos que, nesta exata hora, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, bem como aqueles heróis que jazem em Arlington sussurram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles são os guardiões de nossa liberdade, mas porque eles incorporam o espírito de servir; uma vontade de realizar algo maior que eles mesmos. E, neste momento -- um momento que definirá uma geração --, esse é precisamente esse espírito que tem de habitar em todos nós.
Pois, por mais que o governo possa fazer e tenha de fazer, no fim é sobre a fé e a determinação do povo americano que esta nação se apoia. É a gentileza de abrigar um estranho quando as barragens se rompem, é o desprendimento dos trabalhadores que preferem um corte em suas horas trabalhadas a ver um amigo perder o emprego que nos observa em nossas horas mais difíceis. É a coragem do bombeiro de subir uma escadaria cheia de fumaça, mas também a disposição dos pais em nutrir um filho que no fim decide nosso destino.
Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que nos deparamos podem ser novos. Mas aqueles valores sobre os quais nosso sucesso depende -- trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo --, essas coisas são antigas. essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é um retorno a essas verdades. O que se pede a nós agora é uma nova era de responsabilidade -- um reconhecimento, por parte de cada americano, de que temos deveres para conosco, nosso país e o mundo; deveres que não aceitamos com rancor, mas que recebemos com gratidão, firmes na certeza de que não há nada tão satisfatório para nosso espírito, nada tão definidor de nosso caráter que entregarmos tudo de nós mesmos a uma tarefa difícil.
Esse é o preço e a promessa da cidadania.
Essa é a fonte de nossa confiança -- a certeza de que Deus nos chama para dar forma um destino incerto.
Esse é o sentido de nossa liberdade e de nossa crença -- o por que cada homem e mulher e criança de cada raça e cada crença pode se juntar em celebração nesta magnífica avenida, e o por que um homem, cujo pai há menos de 60 anos podia não ser servido em um restaurante local, pode agora estar diante de vocês para fazer o juramento mais sagrado.
Vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe chegamos. No ano do nascimento dos Estados Unidos, no mais frio dos meses, um pequeno bando de patriotas se junto ao redor de fracas fogueiras à beira de um rio gelado. A capital foi abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Em um momento em que o resultado da revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas ao povo:
"Que isso seja dito ao mundo futuro (...) que nas profundezas do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderiam sobreviver (...) que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, avancem para enfrentar."
Estados Unidos. Diante de nossos perigos em comum, neste inverno de dificuldades, vamos lembrar essas palavras imemoriais. Com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes geladas, e as tempestades que podem vir. Que os filhos de nossos filhos digam que quando fomos testados, nos recusamos a deixar essa jornada acabar, que não recuamos, nem que hesitamos; e com olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos adiante nossa liberdade e a entregamos em segurança para as gerações futuras."
Tradução de Vinicius Albuquerque
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REFLEXÕES SOBRE O TEMPO -SEM PRINCÍPIO, SEM FIM, SEM MEDIDA.
O Tempo
Olavo Bilac
Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!
A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm . . .
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.
Ninguém pode evitar os meus danos . . .
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.
Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!
Só o Tempo
Paulinho da Viola
"Largo a paixão
Nas horas em que me atrevo
E abro mão do desejo
Botando meus pés no chão
É só eu estar feliz
Acende uma ilusão
Quando percebe em meu rosto
As dores que não me fez
Ah, meu pobre coração
O amor é um desejo
Que sempre chega em silêncio
Como o azul do amanhecer
Por isso eu deixo em aberto
Meu saldo de sentimentos
sabendo que só o tempo
Ensina a gente a viver."
" Dentro de você é que o tempo está certo..." (do blog Tempo Essa janela do Carlos Edu Bernardes)
E O VENTO LEVOU
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
ÚLTIMO ANIVERSÁRIO DE SEU DESIDÉRIO - UM HOMEM BOM
Último aniversáriode seu Desidério, meu pai, (02-02-1986). da esquerda para direita; Dadade com a fanta na mão, D.Tica (mãe da Eró), Eró e D. Diva e a cabeça do Tiago de comadre Anália (na frente). Ailton(encoberto), Penha, seu Desidério e eu (mais "melado" do que o PSD de Guarabira). foto tirada na nossa casa da Cohabinal em Parnamirim - RN.
Em 28 de julho de 1987, às 20:30hs, meu pai viria a falecer aos 62 anos de idade.
domingo, 18 de janeiro de 2009
QUEREM MATAR O DELEGADO
sábado, 17 de janeiro de 2009
A POESIA DA SEMANA
Bertolt Brechet (1898-1956)
Quem construiu Tebas de sete portas?
Constam nos livros os nomes dos reis;
Terão os reis arrastados os blocos de pedra?
E Babilônia, tantas vezes arrasada
Quem, tantas vezes, a reconstruiu?
Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?
Para onde iam, a noite, os pedreiros, depois de pronta a muralha da China?
A grande Roma é cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu?
Sobre quem triunfavam os Césares?
Teria a tão decantada Bizâncio
Só palácios para os seus habitantes?
Até a lendária Atlântida,
Na noite em que pelo mar foi tragada,
Os afogados devem ter gritado por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia sozinho?
César,vencendo os gauleses,
Não levaria consigo ao menos um cozinheiro?
Chorou Felipe de Espanha quando sua esquadra foi a pique;
E ninguém mais terá chorado?
A cada página, um grande feito.
Quem cozinhava o banquete?
De dez em dez anos, um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias,
Quantas perguntas.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
MAGIA E ENCANTO: OS DOCES E DOLOROSOS MISTÉRIOS DA PAIXÃO
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
A ELITE E MINO CARTA
Concordo com Acuio, quem tem dentes no Brasil é elite. Eu também sou elite, pois nasci burguês, estudei (mediocremente), li alguns livros, cheguei a ganhar salários elevados etc. etc. Insisto, porém, em um ponto: não pertenço a essa que chamo de elite nativa. Exibicionista, feroz, arrogante, prepotente etc. etc. Mas quero responder mansamente a Juliana: CartaCapital não anseia o prestígio de Veja por duas razões fundamentais. Primeira: porque não pretende ser uma publicação de grande tiragem, como por exemplo, não pretende a The Economist, a mais importante semanal do mundo. No Reino Unido circula com pouco mais de 200 mil exemplares, tiragem inferior não somente à de Veja mas também de Época e Istoé. Trata-se de revista destinada a um público com poder de decisão, necessariamente reduzido. Olhaí, uma elite intelectual. Como aspiração suprema, e a dispor de fundos para forçar a venda e fazer marketing de si mesma, CartaCapital poderia atingir entre 120 e 140 mil exemplares de tiragem. Segunda: o prestígio de Veja está baseado na aposta que a revista fez na ignorância do público leitor. Seu objetivo é nivelar por baixo, o objetivo nosso, como o da The Economist, é exatamente o oposto.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
OS MELHORES DO MUNDO NO FUTEBOL
FRIAÇA MORRE AOS 84 ANOS
Albino Friaça Cardoso (1925-2009) craque do Vasco da Gama na sua fase mais esplendorosa do "Expresso da Vitória" e da seleção brasileira, faleceu hoje. Friaça marcou o único gol do Brasil contra o Uruguai na fatídica decisão da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã, em 16 de julho de 1950.
Livro sobre a "tragédia de 50" com a versão de seus protagonistas;
Os protagonistas da tragédia:
Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo, Bigode, Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico. Ninguém melhor do que eles para contar o que aconteceu no fatídico de 16 de julho de 1950. Essa foi a constatação de Geneton Moraes Neto quando decidiu escrever o livro "Dossiê 50".
Além de um capítulo para as versões de cada um dos nossos mais injustiçados craques, declarações de gente como Nelson Rodrigues, Mino Carta, Chico Buarque, Zagallo e Nilton Santos. E histórias como a do ex-favelado que trabalhou na construção do Maracanã e até hoje, todos os dias, vai ao maior do mundo para narrar o gol de Ghiggia.
Para quem não tiver a oportunidade de ler, escolhi uma frase de cada um dos principais personagens da maior tragédia tupiniquim.
Barbosa
Ghiggia diz que só ele, o Papa e Frank Sinatra calaram o Maracanã. Eu também fiz o Brasil calar, fiz o Brasil chorar: não é só ele que tem esse privilégio não.
Augusto
A cena já estava toda pronta, na minha imaginação. O jogo terminava. O Brasil, absoluto, ganhava fácil do Uruguai. A gente se perfilava no gramado, em frente à tribuna de honra do Maracanã. Depois de cantar o Hino, a gente veria chegar o velhinho Jules Rimet com taça na mão. Eu pegaria a da taça das mãos dele. Todo feliz, ergueria a taça lá para o alto.
Juvenal
Eu me sentia um soldado defendendo o país. Não é só numa guerra que se defende o país: é nas disputas esportivas também. Então, perder aquele jogo para o Uruguai foi como perder uma guerra. A gente não falava em dinheiro. Os jogadores não pediram prêmio, nada, nada, nada. Nós, ali, éramos como militares.
Bauer
Vim para o Rio para ser campeão do mundo. Voltei a São Paulo no chão do trem.
Danilo
Como a Copa de 50 marcou a inauguração do Maracanã, a derrota do Brasil ficou gravada para a eternidade. O próprio time do Vasco, base da Seleção Brasileira, derrotou o Peñarol, base da Seleção Uruguaia, em Montevidéu, logo depois. Mas os uruguaios diziam: "A gente não queria ganhar essa aqui em Montevidéu, não. Queríamos ganhar aquela, no Maracanã".
Bigode
Deve ter morrido gente de enfarte. Se o Brasil fosse campeão, morreria muito mais gente. O povo é exagerado. O Maracanã ia vir abaixo. Iam quebrar tudo nos bailes. O futebol é um fenômeno que ninguém explica. Futebol incomoda mais que problema de família...
Friaça
Fiz 1 x 0 na final da Copa. Ali nós já éramos deuses.
Zizinho
Meu sonho era assim: a gente ainda iria jogar contra o Uruguai. Aquilo que aconteceu era mentira.
Ademir
Depois do jogo com a Espanha - que vencemos por 6 x 1 - apareceu um senhor num automóvel gritando: "Quero falar com Ademir". Ele entrou e foi falar direto com Flávio Costa. Daí Flávio me chamou num canto: "Vá ao hospital com o médico da seleção, veja a situação e volte". Quando cheguei ao hospital, vi que era um garoto meu admirador. O menino vei, me beijou e disse: "Doutor, pode operar". De volta à concentração, não consegui dormir. Fiquei pensando: "O que é que eu sou? Um santo? Um deus?".
Jair
Sempre antes de dormir, eu pensava no gol que não fiz, aos 45 do segundo tempo. Eu sonhava assim: o Brasil com um time daqueles não ganhou a Copa do Mundo? A derrota é que tinha sido um sonho. Acordava espantado, olhava ao redor - e o Maracanã estava ali, na minha frente.
Chico
Tive um pressentimento estranho. Quando o Brasil entrou em campo, a derrota já estava escrita.
DO BLOG DO RODRIGO VIANA
QUE O DINHEIRO, MAS... CUSTAM TANTO!"
segunda-feira, 05 de janeiro de 2009 às 21:40
Recebo de meu colega jornalista (e anarquista) Luiz Malavolta o texto de Frei Betto sobre a "ressureição de Marx" .A ressurreição vem pela pena de um outro Marx, também alemão, mas que veste a batina católica. O texto de Betto cita ainda um terceiro Marx - esse, sim, do agrado de meu amigo Malavolta. Leiam abaixo.MARX, MARX & MARX por Frei Betto:
sábado, 10 de janeiro de 2009
A TERRA PROMETIDA
A QUESTÃO PALESTINA
1947 – A ONU aprova a partilha da Palestina em dois Estados – um judeu e outro árabe. Essa resolução é rejeitada pela Liga dos Estados Árabes.
1948 – Os Judeus proclamam o Estado de Israel, provocando a reação dos países árabes. Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vitória de Israel sobre o Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano e ampliação do território israelense em relação ao que fora estipulado pela ONU. Centenas de milhares de palestinos são expulsos para os países vizinhos. Como territórios palestinos restaram a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupadas respectivamente por tropas egípcias e jordanianas.
1956 – Guerra entre Israel e o Egito. Embora vitoriosos militarmente, os israelenses retiraram-se da Faixa de Gaza e da parte da Península do Sinai que haviam ocupado.
1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino. Utilizando táticas terroristas e sofrendo pesadas retaliações israelenses, a OLP não alcançou seu objetivo e, com o decorrer do tempo, passou a admitir implicitamente a existência de Israel.
1967 – Guerra dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.
1970 – “Setembro Negro”. Desejando pôr fim às retaliações israelenses contra a Jordânia, de onde provinha a quase totalidade das incursões palestinas contra Israel, o rei Hussein ordena que suas tropas ataquem os refugiados palestinos. Centenas deles são massacrados e a maioria dos sobreviventes se transfere para o Líbano.
1973 – Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”). Aproveitando o feriado religioso judaico, Egito e Síria atacam Israel; são porém derrotados e os israelenses conservam em seu poder os territórios ocupados em 1967. Para pressionar os países ocidentais, no sentido de diminuir seu apoio a Israel, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) provoca uma forte elevação nos preços do petróleo.
1977 – Pela primeira vez, desde a fundação de Israel, uma coalizão conservadora (o Bloco Likud) obtém maioria parla mentar. O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, inicia o assentamento de colonos judeus nos territórios ocupados em 1967.
1979 – Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). Em 1981, militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.
1982 – Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristãos e muçulmanos) e consegue expulsar a OLP do território libanês. Os israelenses chegam a ocupar Beirute, capital do Líbano. Ocorrem massacres de refugiados palestinos pelas milícias cristãs libanesas, com a conivência dos israelenses.
1985 – As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde mantêm uma “zona de segurança” com pouco mais de 10 km de largura. Para combater a ocupação israelense, forma-se o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico fundamentalista do Irã.
1987 – Começa em Gaza (e se estende à Cisjordânia) a Intifada (“Revolta Popular”) dos palestinos contra a ocupação israelense. Basicamente, a Intifada consiste em manisfestações diárias da população civil, que arremessa pedras contra os soldados israelenses. Estes freqüentemente revidam a bala, provocando mortes e prejudicando a imagem de Israel junto à opinião internacional. Resoluções da ONU a favor dos palestinos são sistematicamente ignoradas pelo governo israelense ou vetadas pelos Estados Unidos. A Intifada termina em 1992.
1993 – Com a mediação do presidente norte-americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial em alguns pontos do território palestino. Prevê-se também a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e da Cisjordânia. Em troca, a OLP reconhece o direito de Israel à existência e renuncia formalmente ao terrorismo. Mas duas organizações extremistas palestinas (Hamas e Jihad Islâmica) opõem-se aos termos do acordo, assim como os judeus ultranacionalistas.
1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em Jericó. Sua jurisdição abrange algumas localidades da Cisjordânia e a Faixa de Gaza – embora nesta última 4 000 colonos judeus permaneçam sob administração e proteção militar israelenses. O mesmo ocorre com os assentamentos na Cisjordânia. Na cidade de Hebron (120 000 habitantes palestinos), por exemplo, 600 colonos vivem com o apoio de tropas de Israel. Nesse mesmo ano, a Jordânia é o segundo país árabe a assinar um tratado de paz com os israelenses.
1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista judeu.
1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à população predominantemente árabe. O processo de pacificação da região entra em compasso de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. Em Israel, o primeiro-ministro (chefe do governo) é eleito pelo voto direto dos cidadãos.
1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat, mas sem que se produzam resultados práticos.
2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano. Enfraquecido politicamente, devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas (não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. São convocadas novas eleições, nas quais ele se reapresenta como candidato. Mas o vencedor é o general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, implacável inimigo dos palestinos. Pouco antes das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.
2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados suicidas palestinos e graves retaliações israelenses. Nesse contexto, Yasser Arafat, já septuagenário, parece incapaz de manter a autoridade sobre seus compatriotas ou de restabelecer algum tipo de diálogo com Israel, cujo governo por sua vez mantém uma inflexível posição de força.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
AS CRIANÇAS MERECEM A PAZ
As humildes sugestões que se seguem são baseadas nos meus 70 anos de experiência como combatente de trincheiras, soldado das forças especiais na guerra de 1948, editor-em-chefe de uma revista de notícias, membro do parlamento israelense e um dos fundadores do movimento pela paz:
1) No que se refere à paz israelense-árabe, o Sr. deve agir a partir do primeiro dia.
2) As eleições em Israel acontecerão em fevereiro de 2009. O Sr. pode ter um impacto indireto, mas importante e construtivo já no começo, anunciando sua determinação inequívoca de conseguir paz israelo-palestina, israelo-síria e israelo-pan-árabe em 2009.
3) Infelizmente, todos os seus predecessores desde 1967 jogaram duplamente. Apesar de que falaram sobre paz da boca para fora, e às vezes realizaram gestos de algum esforço pela paz, na prática eles apoiavam nosso governo em seu movimento contrário a esse esforço.
Particularmente, deram aprovação tácita à construção e ao crescimento dos assentamentos colonizadores de Israel nos territórios ocupados da Palestina e da Síria, cada um dos quais é uma mina subterrânea na estrada da paz.
5) Todos os assentamentos colonizadores desde 1967 foram construídos com o objetivo expresso de tornar um estado palestino – e portanto a paz – impossível, ao picotar em faixas o possível projetado Estado Palestino. Praticamente todos os departamentos de governo e o exército têm ajudado, aberta ou secretamente, a construir, consolidar e aumentar os assentamentos, como confirma o relatório preparado para o governo pela advogada Talia Sasson.
9) A administração Clinton, e ainda mais a administração Bush, permitiram que o governo israelense mantivesse o fingimento. É, portanto, imperativo que se impeça que os membros dessas administrações desviem a política que terá o Sr. para o Oriente Médio na direção dos velhos canais.
10) É importante que o Sr. comece de novo e diga-o publicamente. Idéias desacreditadas e iniciativas falidas – como a “visão” de Bush, o “mapa do caminho”, Anápolis e coisas do tipo – devem ser lançadas à lata de lixo da história.
11) Para começar de novo, o alvo da política americana deve ser dito clara e sucintamente: atingir uma paz baseada numa solução biestatal dentro de um prazo de tempo (digamos, o fim de 2009).
12) Deve-se assinalar que este objetivo se baseia numa reavaliação do interesse nacional americano, de remover o veneno das relações muçulmano-americanas e árabe-americanas, fortalecer os regimes dedicados à paz, derrotar o terrorismo da Al-Qaeda, terminar as guerras do Iraque e do Afeganistão e atingir uma acomodação viável com o Irã.
13) Os termos da paz israelo-palestina são claros. Já foram cristalizados em milhares de horas de negociações, colóquios, encontros e conversas.
São eles:
a) estabelecer-se-á um Estado da Palestina soberano e viável lado a lado com o Estado de Israel.
b) A fronteira entre os dois estados se baseará na linha de armistício de 1967 (a “Linha verde”). Alterações não substanciais poderão ser feitas por concordância mútua numa troca de territórios em base 1: 1.
c) Jerusalém Oriental, incluindo-se o Haram-al-Sharif (o “Monte do Templo”) e todos os bairros árabes servirão como Capital da Palestina. Jerusalém Ocidental, incluindo-se o Muro Ocidental e todos os bairros judeus, servirão como Capital de Israel. Uma autoridade municipal conjunta, baseada na igualdade, poderia se estabelecer por aceitação mútua, para administrar a cidade como uma unidade territorial.
d) Todos os assentamentos colonizadores de Israel – exceto aqueles que possam ser anexados no marco de uma troca consensual – serão esvaziados (veja-se o 15 abaixo)
e) Israel reconhecerá o princípio do direito de retorno dos refugiados. Uma Comissão Conjunta de Verdade e Reconciliação, composta por palestinos, israelesnses e historiadores internacionais estudará os fatos de 1948 e 1967 e determinará quem foi responsável por cada coisa. O refugiado, individualmente, terá a escolha de 1) repatriação para o Estado da Palestina; 2) permanência onde estiver agora, com compensação generosa; 3) retorno e reassentamento em Israel; 4) migração a outro país, com compensação generosa. O número de refugiados que retornarão ao território de Israel será fixado por acordo mútuo, entendendo-se que não se fará nada para materialmente alterar a composição demográfica da população de Israel. As polpuldas verbas necessárias para a implementação desta solução devem ser fornecidas pela comunidade internacional, no interesse da paz planetária. Isto economizaria muito do dinheiro gasto hoje militarmente e a partir de presentes dos EUA.
f) A Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza constituirão uma unidade nacional. Um vínculo extra-territorial (estrada, trilho, túnel ou ponte) ligará a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
g) Israel e Síria assinarão um acordo de paz. Israel recuará até a linha de 1967 e todos os assentamentos colonizadores das Colinas de Golã serão desmantelados. A Síria interromperá todas as atividades anti-Israel, conduzidas direta ou vicariamente. Os dois lados estabelecerão relações normais.
h) De acordo com a Iniciativa Saudita de Paz, todos os membros da Liga Árabe reconhecerão Israel, e terão com Israel relações normais. Poder-se-á considerar conversações sobre uma futura União do Oriente Médio, no modelo da União Européia, possivelmente incluindo a Turquia e o Irã.
14) A unidade palestina é essencial. A paz feita só com um naco da população de nada vale. Os Estados Unidos facilitarão a reconciliação palestina e a unificação das estruturas palestinas. Para isso, os EUA terminarão com o seu boicote ao Hamas (que ganhou as últimas eleições), começarão um diálogo político com o movimento e sugerirão que Israel faça o mesmo. Os EUA respeitarão quaisquer resultados de eleições palestinas.
15) O governo dos EUA ajudará o governo de Israel a enfrentar-se com o problema dos assentamentos colonizadores. A partir de agora, os colonos terão um ano para deixar os territórios ocupados e voluntariamente voltar em troca de compensação que lhes permitirá construir seus lares dentro de Israel. Depois disso, todos os assentamentos serão esvaziados, exceto aqueles em quaisquer áreas anexadas a Israel sob o acordo de paz.
16) Eu sugiro ao Sr., como Presidente dos Estados Unidos, que venha a Israel e se dirija ao povo israelense pessoalmente, não só no pódio do parlamento, mas também num comício de massas na Praça Rabin em Tel-Aviv. O Presidente Anwar Sadat, do Egito, veio a Israel em 1977 e, ao se dirigir ao povo de Israel diretamente, mudou em tudo a atitude deles em relação à paz com o Egito. No momento, a maioria dos israelenses se sente insegura, incerta e temerosa de qualquer iniciativa ousada de paz, em parte graças a uma desconfiança de qualquer coisa que venha do lado árabe. A intervenção do Sr., neste momento crítico, poderia, literalmente, fazer milagres, ao criar a base psicológica para a paz.
Esta é uma carta aberta escrita por Uri Avnery, 85 anos, ex-deputado do Knesset, soldado que ajudou a fundar Israel em 1948 e que há décadas milita pela paz. A tradução ao português é de Idelber Avelar. O obrigado pelo envio do link vai ao Daniel do Amálgama. O pedido de divulgação vai a todos os que desejam uma paz duradoura, nos termos já reconhecidos pela comunidade internacional.