quinta-feira, 10 de julho de 2008

A BOSSA, ETERNAMENTE, NOVA












Narinha e Maria Esther Bueno


















"A Bossa Nova é o samba, do qual nós dedetizamos as baratas"
(João Donato)



No dia de hoje, há 50 anos, o anônimo João Gilberto gravou o antológico 78 rpm com Chega de Saudade de Tom e Vinicius,no lado "A" e Bim-Bom do próprio João Gilberto no lado "B", no estúdio da ODEON, no Rio de Janeiro. Era o registro oficial da Bossa Nova. A partir de Chega de Saudade, na vóz inconfundível e na batida diferente do violão de João Gilberto as modernidades que vinham sendo tentadas no decorrer da década, finalmente, encontrava a sua síntese, ganhava as ruas e depois o mundo. A Bossa Nova foi um milagre. Ela não era dançavel e, mesmo assim, conquistou a juventude. Suas harmonias eram difíceis, sofisticadas e, nem por isso, assustou os que quiseram aprendê-la. Espalhou-se pelo Brasil numa época em que não havia Rede Globo, nem vídeo-tape e nem satélite, mesmo assim, o movimento da Bossa Nova competiu com os Beatles no mercado fonográfico mundial. A Bossa, hoje cinquentenária, continua eternamente Nova.



CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL DA BOSSA NOVA




Na época que floresceu a Bossa Nova, também florescia o Cinema Novo, com Glauber Rocha, Ruy Guerra, Nelson Pereira dos Santos, Cacá Diegues, entre outros. O Movimento estudantil universitário ganhava as ruas com o CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE, cujo hino é de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Era o período desenvolvimentista de JK, dos "50 anos em 5", com a arquitetura arrojada de Oscar Niemeyer com as conquistas no futebol, no basquete, no tênis com Pelé, Garrincha,(futebol), Amauri e Vlamir(Basquete) e Maria Estér Bueno (tênis). Era um tempo "cheio de graça" como a sua garota mais famosa. Um tempo em que se cantava "o amor, o sorriso e a flor", o mar, a Estrada do Sol, o Barquinho, a Insensatez e as paisagens urbanas como o Corcovado, Copacabana, Ipanema, Leme e Leblon... E tudo isso "prá fazer feliz a quem se ama".... Viva os 50 anos da Bossa Nova.
Garrincha, Pelé, Amauri e wlamir(Os reis dos campos e das quadras nos anos 50 e 60)

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