Hoje, assisti a defesa e a oitiva do Senador Demóstenes Torres (ex- Democrata) na Comissão de Ética do Senado Federal e tive pena. A pena é o pior sentimento, que devemos ter por um ser humano e Demóstenes é um ser humano, hoje, dígno de pena. Em poucos meses ele passou do "Mosqueteiro da Ética" (segundo a Veja), do "Catão da República", para um serviçal de um contraventor arrolado em diversos crimes. Um Senador, que recebeu presentes caros do Cachoeira, inclusive um telefone Nextel, cujas contas quem pagava era o Cachoeira. Como é que um Senador da República que dispõe de telefones institucionais e que tem condições de comprar e pagar as contas de seus próprios telefones se presta a aceitar e usar esse "presente de grego" (O Nextel) do amigo do contraventor? Só esse fato implica em quebra do decôro, porém tem muito mais coisas tenebrosas, que já veio e ainda vão vir a tona. Para mim a situação mais constrangedora no de poimento do Senador Demóstenes foi quando o mesmo foi interpelado pelo seu colega Mário Couto (PSDB-PA), seu aliado da oposição, outrora fã de carteirinha e grande admirador de Demóstenes, quando perguntou se le reconhecia que se era a sua vóz nas escutas gravadas pela Polícia Federal, independente do mérito se foram legais, ou não? E o Demóstenes não teve como negar que era a sua vóz. Só lhe restou como defesa relembrar um samba antológico do Ismael Silva "Nem tudo que se diz, se faz". Acontece Senador Demóstenes, que a ética implica em atitudes onde o que se diz e o que se pratica devem ser coerentes e compatíveis. Acho que nem o grande Ismael Silva com seu grande samba vai emprestar a beleza e o lirismo de sua música em defesa do seu mandato. E eu lembro outro grande samba do Noel Rosa, dos anos 30, que insiste em permanecer atual; "Onde Está a Honestidade?"
terça-feira, 29 de maio de 2012
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