1 -Eró com o neto Arthur,sendo observado pela avó paterna, Rocilda. 2 -O avô "rigoroso" com Ana ainda um pouco dopada.3 - A enfermeira dando as instruções dos primeiros cuidados. 4 - Ana medindo a pressão antes da cirurgia. Estava em 16 por 10.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
OLHA O ARTHUR AÍ, GENTE!!!
Hoje, 31 de outubro de 2011, ás 20:00 hs, nasceu, Arthur Fernandes de Oliveira, no Hospital-Maternidade Santa Juliana, com saúde perfeita, pesando 2,24 kg e 47 cm. Cumprido todo. Vejam as fotos das primeiras horas da existência do Arthur, que espero que seja longa. Agora eu entro para o rol dos avôs abestados. Mas serei rigoroso. (MIF)
O COMANDANTE FIDEL, SOBRE O PAN
Pinçado do Vermelho. Compartilho.
Fidel Castro: A façanha de Guadalajara
Faço um breve recesso em minhas análises políticas para dedicar este espaço à façanha dos atletas cubanos nos 16º Jogos Desportivos Pan-Americanos.
Por Fidel Castro, em Cubadebate
Os Jogos Olímpicos e as competições desportivas internacionais que giram em torno deles, e despertam tanto interesse em bilhões de pessoas, têm uma bela história que não deveria deixar de ser recordada.
O aporte do criador dos Jogos Olímpicos foi especialmente nítido, mais ainda do que o de Nobel, que em uma etapa de sua vida, buscando criar um meio mais eficaz de produção, produziu o explosivo com cujos frutos econômicos os designados para cumprir sua vontade em favor da paz igualmente premiam um cientista ou escritor brilhante, como o chefe de um império que ordena o assassinato de um adversário na presença de sua família, o bombardeio de uma tribo no centro da Ásia ou de um pequeno país independente do norte da África, e o extermínio de seus órgãos de comando.
O Barão Pierre de Coubertin foi o criador dos Jogos Olímpicos modernos; de origem aristocrática, nascido na França, país capitalista onde um camponês, um operário ou um artesão não tinham naquela sociedade nenhuma possibilidade de empreender essa tarefa.
Desatendendo os desejos de sua familia, que queria fazer dele um oficial do exército, rompeu com a Academia Militar e se dedicou à pedagogía. De certa forma, sua vida recorda a de Darwin, descobridor das leis da Evolução Natural. Coubertin se converte em discípulo de um pastor anglicano, funda a primeira revista dedicada ao esporte e consegue que o governo francês a inclua na Exposição Universal de 1889.
Começa a sonhar com reunir em uma competição desportistas de todos os países sob o princípio da união e da irmandade, sem fins lucrativos e impulsionados somente pelo desejo de alcançar a glória.
Suas ideias inicialmente não foram muito compreendidas, porém persistiu, viajou pelo mundo falando de paz e união entre os povos e os seres humanos.
Finalmente, o Congresso Internacional de Educação Física, celebrado em Paris em junho de 1894, criou os Jogos Olímpicos.
A ideia encontrou resistência e incompreensão na Inglaterra, a principal potência colonial; o boicote da Alemanha, poderoso império rival; e inclusive a oposição de Atenas, cidade escolhida para a primeira Olimpíada.
Pierre de Coubertin conseguiu comprometer imperadores, reis e governos da Europa com seus incansáveis esforços e seu talento diplomático.
O principal foi, a meu juízo, a profundidade e a nobreza de suas ideias que ganharam o apoio dos povos do mundo.
Em 24 de março de 1896, o Rei da Grécia, pela primeira vez, declarou abertos os Primeiros Jogos Olímpicos Internacionais de Atenas, há 115 anos.
Duas destrutivas e demolidoras guerras ocorreram desde então, ambas originadas na Europa, as quais custaram ao mundo dezenas de milhões de pessoas mortas nos combates, e às quais se somaram os civis mortos nos bombardeios e pela fome e as enfermidades que vieram depois. A paz não está garantida. O que se sabe é que em uma nova guerra mundial as armas modernas poderiam destruir várias vezes a humanidade.
É à luz destas realidades que tanto admiro a conduta de nossos desportistas.
O mais importante do movimento olímpico é a concepção do esporte como instrumento de educação, saúde e amizade entre os povos; um antídoto real a vícios como as drogas, o consumo de tabacos, o abuso de bebidas alcoólicas, e os atos de violência que tanto afetam a sociedade humana.
Pela mente do fundador do olimpismo não passava a ideia do esporte tarifado nem o mercado de atletas. Esse foi também o nobre objetivo da Revolução cubana, o que implicava o dever de promover tanto o esporte como a saúde, a educação, a ciência, a cultura e a arte, que foram sempre princípios irrenunciáveis da Revolução.
Mas não só isto, nosso país promoveu a prática desportiva e a formação de treinadores nos países do Terceiro Mundo que lutavam por seu desenvolvimento. Uma Escola Internacional de Educação Física e Desportos funciona em nossa pátria há muitos anos, e nela se formaram numerosos treinadores que desempenham com eficiência suas funções em países que às vezes competem em importantes esportes com nossos próprios atletas.
Milhares de especialistas cubanos prestaram seus serviços como treinadores e técnicos desportivos em muitos países do chamado Terceiro Mundo.
É no marco desses princípios aplicados durante dezenas de anos que nosso povo se sente orgulhoso das medalhas que seus atletas obtêm nas competições internacionais.
As transnacionais do esporte tarifado deixaram muito para trás os sonhos do criador do olimpismo.
Valendo-se do prestígio criado pelas competições desportivas, excelentes atletas, a maioria deles nascidos em países pobres da África e da América Latina, são comprados e vendidos no mercado internacional por aquelas empresas, e só em poucas ocasiões se permite que eles joguem nas equipes de seu próprio país, onde foram promovidos como atletas prestigiosos por seus esforços pessoais e sua própria qualidade.
Nosso povo, austero e sacrificado, teve que se enfrentar com as garras desses vendedores ambulantes do esporte comercial que oferecem fabulosas somas a nossos atletas e em determinadas ocasiões privam o povo de sua presença com esses grosseiros atos de pirataria.
Como aficcionado ao esporte, muitas vezes conversei com os mais destacados, e por isso nesta ocasião me comprazia muito ver pela televisão os êxitos esportivos de nossa delegação e seu regresso vitorioso à pátria, procedente de Guadalajara, onde os Estados Unidos, apesar de possuir aproximadamente 27 vezes mais habitantes que Cuba, só obteve 1,58 vezes mais títulos e as correspondentes medalhas de ouro que Cuba, a qual alcançou 58.
O Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, obteve 48.
O México, com mais de 100, obteve 42.
O Canadá, um país rico e desenvolvido, com 34 milhões de habitantes, obteve apenas 29.
O número total de medalhas de ouro, prata e bronze alcançadas por Cuba foi proporcional ao número de títulos mencionados.
Não poucos de nossos jovens atletas tiveram êxitos verdadeiramente surpreendentes.
Apesar das vitórias, que orgulham nosso povo, temos o dever de seguir superando-nos.
Fidel Castro Ruz
30 de outubro de 2011.
Meu comentário:
É impressionantre como uma ilha, cercada de Estados Unidos por todos os lados e sofrendo um boicote econômico criminoso por parte dessa potência em decadência, conquiste a 2ª colocação nos jogos Panamericanos. Cuba superou países continentais e bem mais fortes demográfica e econõmicamente, como o Canadá, México e o Brasil. Ô ditadurazinha enjoada. (MIF)
Fidel Castro: A façanha de Guadalajara
Faço um breve recesso em minhas análises políticas para dedicar este espaço à façanha dos atletas cubanos nos 16º Jogos Desportivos Pan-Americanos.
Por Fidel Castro, em Cubadebate
Os Jogos Olímpicos e as competições desportivas internacionais que giram em torno deles, e despertam tanto interesse em bilhões de pessoas, têm uma bela história que não deveria deixar de ser recordada.
O aporte do criador dos Jogos Olímpicos foi especialmente nítido, mais ainda do que o de Nobel, que em uma etapa de sua vida, buscando criar um meio mais eficaz de produção, produziu o explosivo com cujos frutos econômicos os designados para cumprir sua vontade em favor da paz igualmente premiam um cientista ou escritor brilhante, como o chefe de um império que ordena o assassinato de um adversário na presença de sua família, o bombardeio de uma tribo no centro da Ásia ou de um pequeno país independente do norte da África, e o extermínio de seus órgãos de comando.
O Barão Pierre de Coubertin foi o criador dos Jogos Olímpicos modernos; de origem aristocrática, nascido na França, país capitalista onde um camponês, um operário ou um artesão não tinham naquela sociedade nenhuma possibilidade de empreender essa tarefa.
Desatendendo os desejos de sua familia, que queria fazer dele um oficial do exército, rompeu com a Academia Militar e se dedicou à pedagogía. De certa forma, sua vida recorda a de Darwin, descobridor das leis da Evolução Natural. Coubertin se converte em discípulo de um pastor anglicano, funda a primeira revista dedicada ao esporte e consegue que o governo francês a inclua na Exposição Universal de 1889.
Começa a sonhar com reunir em uma competição desportistas de todos os países sob o princípio da união e da irmandade, sem fins lucrativos e impulsionados somente pelo desejo de alcançar a glória.
Suas ideias inicialmente não foram muito compreendidas, porém persistiu, viajou pelo mundo falando de paz e união entre os povos e os seres humanos.
Finalmente, o Congresso Internacional de Educação Física, celebrado em Paris em junho de 1894, criou os Jogos Olímpicos.
A ideia encontrou resistência e incompreensão na Inglaterra, a principal potência colonial; o boicote da Alemanha, poderoso império rival; e inclusive a oposição de Atenas, cidade escolhida para a primeira Olimpíada.
Pierre de Coubertin conseguiu comprometer imperadores, reis e governos da Europa com seus incansáveis esforços e seu talento diplomático.
O principal foi, a meu juízo, a profundidade e a nobreza de suas ideias que ganharam o apoio dos povos do mundo.
Em 24 de março de 1896, o Rei da Grécia, pela primeira vez, declarou abertos os Primeiros Jogos Olímpicos Internacionais de Atenas, há 115 anos.
Duas destrutivas e demolidoras guerras ocorreram desde então, ambas originadas na Europa, as quais custaram ao mundo dezenas de milhões de pessoas mortas nos combates, e às quais se somaram os civis mortos nos bombardeios e pela fome e as enfermidades que vieram depois. A paz não está garantida. O que se sabe é que em uma nova guerra mundial as armas modernas poderiam destruir várias vezes a humanidade.
É à luz destas realidades que tanto admiro a conduta de nossos desportistas.
O mais importante do movimento olímpico é a concepção do esporte como instrumento de educação, saúde e amizade entre os povos; um antídoto real a vícios como as drogas, o consumo de tabacos, o abuso de bebidas alcoólicas, e os atos de violência que tanto afetam a sociedade humana.
Pela mente do fundador do olimpismo não passava a ideia do esporte tarifado nem o mercado de atletas. Esse foi também o nobre objetivo da Revolução cubana, o que implicava o dever de promover tanto o esporte como a saúde, a educação, a ciência, a cultura e a arte, que foram sempre princípios irrenunciáveis da Revolução.
Mas não só isto, nosso país promoveu a prática desportiva e a formação de treinadores nos países do Terceiro Mundo que lutavam por seu desenvolvimento. Uma Escola Internacional de Educação Física e Desportos funciona em nossa pátria há muitos anos, e nela se formaram numerosos treinadores que desempenham com eficiência suas funções em países que às vezes competem em importantes esportes com nossos próprios atletas.
Milhares de especialistas cubanos prestaram seus serviços como treinadores e técnicos desportivos em muitos países do chamado Terceiro Mundo.
É no marco desses princípios aplicados durante dezenas de anos que nosso povo se sente orgulhoso das medalhas que seus atletas obtêm nas competições internacionais.
As transnacionais do esporte tarifado deixaram muito para trás os sonhos do criador do olimpismo.
Valendo-se do prestígio criado pelas competições desportivas, excelentes atletas, a maioria deles nascidos em países pobres da África e da América Latina, são comprados e vendidos no mercado internacional por aquelas empresas, e só em poucas ocasiões se permite que eles joguem nas equipes de seu próprio país, onde foram promovidos como atletas prestigiosos por seus esforços pessoais e sua própria qualidade.
Nosso povo, austero e sacrificado, teve que se enfrentar com as garras desses vendedores ambulantes do esporte comercial que oferecem fabulosas somas a nossos atletas e em determinadas ocasiões privam o povo de sua presença com esses grosseiros atos de pirataria.
Como aficcionado ao esporte, muitas vezes conversei com os mais destacados, e por isso nesta ocasião me comprazia muito ver pela televisão os êxitos esportivos de nossa delegação e seu regresso vitorioso à pátria, procedente de Guadalajara, onde os Estados Unidos, apesar de possuir aproximadamente 27 vezes mais habitantes que Cuba, só obteve 1,58 vezes mais títulos e as correspondentes medalhas de ouro que Cuba, a qual alcançou 58.
O Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, obteve 48.
O México, com mais de 100, obteve 42.
O Canadá, um país rico e desenvolvido, com 34 milhões de habitantes, obteve apenas 29.
O número total de medalhas de ouro, prata e bronze alcançadas por Cuba foi proporcional ao número de títulos mencionados.
Não poucos de nossos jovens atletas tiveram êxitos verdadeiramente surpreendentes.
Apesar das vitórias, que orgulham nosso povo, temos o dever de seguir superando-nos.
Fidel Castro Ruz
30 de outubro de 2011.
Meu comentário:
É impressionantre como uma ilha, cercada de Estados Unidos por todos os lados e sofrendo um boicote econômico criminoso por parte dessa potência em decadência, conquiste a 2ª colocação nos jogos Panamericanos. Cuba superou países continentais e bem mais fortes demográfica e econõmicamente, como o Canadá, México e o Brasil. Ô ditadurazinha enjoada. (MIF)
domingo, 30 de outubro de 2011
ANIVERSÁRIO DO YURE
CARTA DE FOZ DO IGUAÇU
1º Encontro Mundial de Blogueiros: Carta de Foz de Iguaçu
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:
- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
Carta de Foz do Iguaçu
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:
- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
sábado, 29 de outubro de 2011
BRASIL É HEGEMÔNICO NO VOLEY
O Brasil acaba de ganhar o ouro contra Cuba, no Voley masculino no PAN, por 3 sets a 1. No PAN de Guadalajara o Brasil foi ouro na areia e na quadra, tanto com a equipe masculina como a femenina.. Valeu Brasil!!
LATA DÁGUA
O primeiro Carnaval que fui em Natal ficou na minha memória por conta desse Samba, que nunca esquecí. Lata dágua na interpretação de uma das Rainhas do Rádio - Marlene foi o grande sucesso do carnaval de 1952. Para reavivar as lembranças.
FALAM DE MIM
Esse samba de Eden Silva, Anibal Silva e Noel Rosa de Oliveira é de outubro de 1948, ano que eu nascí, e foi sucesso no Carnaval de 1949. Aqui a gravação original da Continental e na interpretação da grande Elza Soares. Também há uma regravação com Nana Caymmi. Uma beleza!!!
RUGAS DE NELSON CAVAQUINHO
Essa era a música predileta dos poetas Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Segundo Nelson Cavaquinho, toda vez que ele encontrava com os dois, tinha que cantar essa música. Faz sentido. registro na interpretação do Zeca Pagodinho. De fato, "FELIZ É AQUELE QUE SABE SOFRER"
CENTENÁRIO DE NELSON CAVAQUINHO
Pinçado do Vermelho. (MIF)
Nelson Cavaquinho, o “profeta dos desenganos”
O compositor completaria 100 anos no dia 29. Ele, que deixou nosso convívio há 25 anos, permanece com sua obra na vida dos brasileiros com seu canto vívido que registra os anseios e experiências do povo mais humilde.
Por Marcos Aurélio Ruy*
Nelson Cavaquinho foi o homenageado por sua escola do coração, a Mangueira, no carnaval deste ano pelo centenário de seu nascimento. O enredo “O filho fiel, sempre Mangueira” traduziu na avenida a trajetória de um dos maiores sambistas do país, representante da chamada velha guarda da Mangueira.
Para muitos ele era o “profeta dos desenganos”, das desilusões amorosas, das angústias da vida, devido aos seus sambas com certa dose de pessimismo, Nelson Antônio da Silva nasceu no dia 29 de outubro de 1911 e ganhou o apelido de Nelson Cavaquinho por tocar esse instrumento nas rodas de choro que frequentava na juventude. O apelido permaneceu mesmo após ele trocar o cavaquinho pelo violão.
Seu pai era músico da banda da Polícia Militar carioca e ele próprio tornou-se policial fazendo rondas noturnas a cavalo pela cidade. Dessa maneira estabeleceu contato com músicos boêmios como Cartola e Carlos Cachaça entre outros. E adotou a Mangueira como usa escola de samba, aderiu ao ritmo brasileiro, à boemia e evidente largou o trabalho na PM.
Arte e vida
“Totalmente desapegado de bens materiais, vendeu grande parte de sua produção, ou pagou dívidas dando parcerias a desconhecidos”, diz Arley Pereira em “A história da música popular brasileira por seus autores e intérpretes”, relatando uma prática comum dos sambistas da época em vender seus trabalhos ou vender parcerias para terem um dinheiro mais rápido nas mãos, muitos fizeram isso. Essa atitude de Nelson acabou por barrar suas parcerias com o grande Cartola, que não aceitava vender seus trabalhos. Para não haver rompimento entre eles decidiram não trabalhar juntos para manter a amizade. Segundo Arley, “a melhor fase de seu trabalho surge quando se une com Guilherme Brito” e complementa que Nelson “jamais conseguiu (nem pretendeu) ganhar mais que o necessário para sobreviver”.
Nelson Cavaquinho eternizou canções na memória dos brasileiros como “A flor e o espinho”, “Rugas”, “Folhas Secas”, “Quando eu me chamar saudade”, “Eu e as flores”, Juízo final”, entre as mais de 400 canções que deixou. Sua primeira canção gravada foi “Não faça vontade a ela”, em 1939. Porém, apenas quando foi descoberto por Cyro Monteiro, anos mais tarde, é que Nelson se destacaria no meio artístico. Seu primeiro disco só apareceu em 1970 com o nome “Depoimento de poeta”.
Suas obras sempre tiveram um toque fortemente religioso, como em “Juízo Final”, onde diz: “O sol há de brilhar mais uma vez/A luz há de chegar aos corações/Do mal será queimada a semente/O amor será eterno novamente”. Como se vê em raro momento poético e otimista desse grande músico-poeta com uma crença num futuro promissor, pois ele diz na música “Quero ter olhos pra ver/A maldade desaparecer”. Usa de uma figura bíblica, o juízo final, e faz uma concatenação positiva de futuro. Já em “A flor e o espinho” canta: “Espinho não machuca a flor / Só errei quando juntei minh’alma a sua/O sol não pode viver perto da lua”.
O grande compositor morreu em 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, de enfisema pulmonar. Foi gravado por Cyro Monteiro, Clara Nunes, Beth Carvalho, Chico Buarque, Cazuza, Maria Bethânia, Elizeth Cardoso, entre muitos outros grandes intérpretes. Nelson Cavaquinho enobrece a cultura brasileira com suas músicas autênticas e delicadas contando a vida do morro e a sua própria através de amores e desamores, através da vida. A obra desse grande artista nacional merece destaque em seu centenário e em toda a vida cultural brasileira.
Embora não fale explicitamente de política ou questões sociais, sua obra cantou a vida dos morros, da periferia, do pobre, enfim a vida e inquietações dos brasileiros
Nelson Cavaquinho, o “profeta dos desenganos”
O compositor completaria 100 anos no dia 29. Ele, que deixou nosso convívio há 25 anos, permanece com sua obra na vida dos brasileiros com seu canto vívido que registra os anseios e experiências do povo mais humilde.
Por Marcos Aurélio Ruy*
Nelson Cavaquinho foi o homenageado por sua escola do coração, a Mangueira, no carnaval deste ano pelo centenário de seu nascimento. O enredo “O filho fiel, sempre Mangueira” traduziu na avenida a trajetória de um dos maiores sambistas do país, representante da chamada velha guarda da Mangueira.
Para muitos ele era o “profeta dos desenganos”, das desilusões amorosas, das angústias da vida, devido aos seus sambas com certa dose de pessimismo, Nelson Antônio da Silva nasceu no dia 29 de outubro de 1911 e ganhou o apelido de Nelson Cavaquinho por tocar esse instrumento nas rodas de choro que frequentava na juventude. O apelido permaneceu mesmo após ele trocar o cavaquinho pelo violão.
Seu pai era músico da banda da Polícia Militar carioca e ele próprio tornou-se policial fazendo rondas noturnas a cavalo pela cidade. Dessa maneira estabeleceu contato com músicos boêmios como Cartola e Carlos Cachaça entre outros. E adotou a Mangueira como usa escola de samba, aderiu ao ritmo brasileiro, à boemia e evidente largou o trabalho na PM.
Arte e vida
“Totalmente desapegado de bens materiais, vendeu grande parte de sua produção, ou pagou dívidas dando parcerias a desconhecidos”, diz Arley Pereira em “A história da música popular brasileira por seus autores e intérpretes”, relatando uma prática comum dos sambistas da época em vender seus trabalhos ou vender parcerias para terem um dinheiro mais rápido nas mãos, muitos fizeram isso. Essa atitude de Nelson acabou por barrar suas parcerias com o grande Cartola, que não aceitava vender seus trabalhos. Para não haver rompimento entre eles decidiram não trabalhar juntos para manter a amizade. Segundo Arley, “a melhor fase de seu trabalho surge quando se une com Guilherme Brito” e complementa que Nelson “jamais conseguiu (nem pretendeu) ganhar mais que o necessário para sobreviver”.
Nelson Cavaquinho eternizou canções na memória dos brasileiros como “A flor e o espinho”, “Rugas”, “Folhas Secas”, “Quando eu me chamar saudade”, “Eu e as flores”, Juízo final”, entre as mais de 400 canções que deixou. Sua primeira canção gravada foi “Não faça vontade a ela”, em 1939. Porém, apenas quando foi descoberto por Cyro Monteiro, anos mais tarde, é que Nelson se destacaria no meio artístico. Seu primeiro disco só apareceu em 1970 com o nome “Depoimento de poeta”.
Suas obras sempre tiveram um toque fortemente religioso, como em “Juízo Final”, onde diz: “O sol há de brilhar mais uma vez/A luz há de chegar aos corações/Do mal será queimada a semente/O amor será eterno novamente”. Como se vê em raro momento poético e otimista desse grande músico-poeta com uma crença num futuro promissor, pois ele diz na música “Quero ter olhos pra ver/A maldade desaparecer”. Usa de uma figura bíblica, o juízo final, e faz uma concatenação positiva de futuro. Já em “A flor e o espinho” canta: “Espinho não machuca a flor / Só errei quando juntei minh’alma a sua/O sol não pode viver perto da lua”.
O grande compositor morreu em 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, de enfisema pulmonar. Foi gravado por Cyro Monteiro, Clara Nunes, Beth Carvalho, Chico Buarque, Cazuza, Maria Bethânia, Elizeth Cardoso, entre muitos outros grandes intérpretes. Nelson Cavaquinho enobrece a cultura brasileira com suas músicas autênticas e delicadas contando a vida do morro e a sua própria através de amores e desamores, através da vida. A obra desse grande artista nacional merece destaque em seu centenário e em toda a vida cultural brasileira.
Embora não fale explicitamente de política ou questões sociais, sua obra cantou a vida dos morros, da periferia, do pobre, enfim a vida e inquietações dos brasileiros
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
OS TRAÍRAS DA IMPRENSA BRASILEIRA - II
SAIU NA BLOGOSFERA. Compartilho.
O Conversa Afiada reproduz texto do blog Os Amigos do Presidente Lula: Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA. Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo. Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa (o que não ocorreu). (Com informações do Portal 247)
Em tempo: o Conversa Afiada reproduz texto do sempre afiado Fernando Brito, no Tijolaço:
Nosso “midiagate” saiu na mídia! Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’. As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado.
À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro. Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off. Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA? Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas. Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.
Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação. Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz. Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras. Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.
TRAIRAGEM, QUINTA COLUNA, SABOTADORES, X-9, TRAIDORES (Marcos Inácio Fernandes)
O Conversa Afiada reproduz texto do blog Os Amigos do Presidente Lula: Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA. Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo. Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa (o que não ocorreu). (Com informações do Portal 247)
Em tempo: o Conversa Afiada reproduz texto do sempre afiado Fernando Brito, no Tijolaço:
Nosso “midiagate” saiu na mídia! Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’. As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado.
À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro. Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off. Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA? Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas. Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.
Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação. Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz. Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras. Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.
TRAIRAGEM, QUINTA COLUNA, SABOTADORES, X-9, TRAIDORES (Marcos Inácio Fernandes)
OS TRAÍRAS DA IMPRENSA BRASILEIRA - I
Wikileaks: além de relação com William Waack, EUA analisam a mídia brasileira
Jornal do BrasilJorge Lourenço
A repercussão da suposta relação entre do jornalista William Waack, da Rede Globo, com funcionários do governo americano foi um dos principais assuntos das redes sociais desde a tarde de quinta-feira. No entanto, analisando mais a fundo os documentos da vazados pelo Wikileaks a respeito da mídia brasileira, é possível colher um panorama mais amplo das impressões que o governo dos Estados Unidos teria doo jornalismo nacional.
Mídia paulista na frente
Entre os veículos mais citados nas mensagens estão os jornais Folha de S. Paulo (384 mensagens), Estado de S. Paulo (317 mensagens), O Globo (89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11). A Veja lidera entre as revistas, presente em 85 mensagens.
Classificação
Cada veículo também recebe uma classificação de acordo com a sua suposta orientação política. O JB é visto como centro-esquerda, a Folha como liberal e Estadão, O Globo e Veja são de centro-direita, segundo as autoridades americanas. A revista Carta Capital aparece como nacionalista de esquerda. Alguns relatos classificam matérias da Veja como "exageradas". O exemplo mais notório foi a reportagem sobre o suposto envolvimento do PT com guerrilheiros das Farc.
Documento relata impressões da Embaixada a respeito de reportagem da VejaO relatório diz ainda que "enquanto os opositores e outros veículos de comunicação estão notavelmente desinteressados em prosseguir com as acusações e investigações, parece que a Veja está exagerando os fatos".
Consultas informais
Nos documentos, que podem ser acessados pelo cablesearch.org, é possível encontrar relatos de vários encontros informais entre funcionários do governo americano e jornalistas brasileiros para obter informações. Num deles, em janeiro de 2010, o ex-colunista Diogo Mainardi aparece antecipando informações de sua coluna para os americanos num "almoço reservado".
Jornal do BrasilJorge Lourenço
A repercussão da suposta relação entre do jornalista William Waack, da Rede Globo, com funcionários do governo americano foi um dos principais assuntos das redes sociais desde a tarde de quinta-feira. No entanto, analisando mais a fundo os documentos da vazados pelo Wikileaks a respeito da mídia brasileira, é possível colher um panorama mais amplo das impressões que o governo dos Estados Unidos teria doo jornalismo nacional.
Mídia paulista na frente
Entre os veículos mais citados nas mensagens estão os jornais Folha de S. Paulo (384 mensagens), Estado de S. Paulo (317 mensagens), O Globo (89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11). A Veja lidera entre as revistas, presente em 85 mensagens.
Classificação
Cada veículo também recebe uma classificação de acordo com a sua suposta orientação política. O JB é visto como centro-esquerda, a Folha como liberal e Estadão, O Globo e Veja são de centro-direita, segundo as autoridades americanas. A revista Carta Capital aparece como nacionalista de esquerda. Alguns relatos classificam matérias da Veja como "exageradas". O exemplo mais notório foi a reportagem sobre o suposto envolvimento do PT com guerrilheiros das Farc.
Documento relata impressões da Embaixada a respeito de reportagem da VejaO relatório diz ainda que "enquanto os opositores e outros veículos de comunicação estão notavelmente desinteressados em prosseguir com as acusações e investigações, parece que a Veja está exagerando os fatos".
Consultas informais
Nos documentos, que podem ser acessados pelo cablesearch.org, é possível encontrar relatos de vários encontros informais entre funcionários do governo americano e jornalistas brasileiros para obter informações. Num deles, em janeiro de 2010, o ex-colunista Diogo Mainardi aparece antecipando informações de sua coluna para os americanos num "almoço reservado".
BRASIL NO PAN DE GUADALAJARA
O Brasil está fazendo bonito no PAN-2011, em Guadalajara, no México. A disputa com Cuba pela 2ª colocação está disputadíssima. A Ginástica, a natação e o judô, para mim,foram os destaques. Parabéns para os nossos atletas que subiram ao pódio e nos encheram de orgulho. O veterano de jogos Olímpicos Hugo Hoyama, Diego e Danielle Hipólito, César Cielo, Gustavo Borges, Magi Maureen, e tantos outros como está ilustrado no vídeo. Diego Hipólito, com 3 ouros nesse Pan, vai ter a honra de levar a bandeira brasileira na solenidade de encerramento do PAN.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
MÍDIA E IDEOLOGIA
O vocabulerolero da velha mídia
Aqui algumas indicações sobre como ler a velha mídia. Nada do que é dito vale pelo seu valor de face. Tudo remete a um significado, cuja arte é tratar de camuflá-lo bem.
Por exemplo, quando dizem liberdade de imprensa, querem liberdade de empresa, das suas empresas, de dizerem, pelo poder da propriedade que tem, de dizer o que pensam.
A chave está em fazer passar o que pensam pelo interesse geral, pelas necessidades do país. Daí que nunca fazem o que deveriam fazer. Isto e’, dizer, por exemplo: “A família Frias acha que…” Ou: “A família Civita acha que…” e assim por diante.
A arte da manipulação reside em construções em que os sujeitos (eles) ficam ocultos. Usam formulas como: “É mister”, “Faz-se necessário”, “É fundamental”, “É’ indispensável”.
Sempre cabe a pergunta: Quem, cara pálida? Eles, os donos da empresa. Sempre tentar passar a ideia de que falam em nome do país, do Brasil, da comunidade, de todos, quando falam em nome deles. A definição mais precisa de ideologia: fazer passar interesses particulares pelos interesses gerais.
Quando dizem “fazer a lição de casa”, querem dizer, fazer duro ajuste fiscal. Quando falam de “populismo”, querem dizer governo que prioriza interesses populares. Quando falam de “demagogia”, se referem a discursos que desmascaram os interesses das elites, que tratam de ocultar.
Quando falam de “liberdade de expressão”, estão falando no direito deles, famílias proprietárias das empresas monopolistas da mídia, dizerem o que bem entendem. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresas – as deles.
No Vocabulerolero indispensável para entender o que a mídia expressa de maneira cifrada, é preciso entender que quando falam de “governo responsável”, é aquele que prioriza o combate à inflação, às custas das políticas sociais. Quando falam de “clientelismo”, se referem às politicas sociais dos governos.
Quando falam de “líder carismático”, querem desqualificar os discursos os lideres populares, que falam diretamente ao povo sobre seus interesses.
Quando falam de “terrorismo”, se referem aos que combatem ou resistem a ações norte-americanas. “Sociedades livres” são as de “livre mercado”. Democráticos sao os países ocidentais que tem eleições periódicas, separação dos três poderes, variedade de siglas de partidos e “imprensa livre”, isto é, imprensa privada.
“Democrático” é o pais aliado dos EUA – berço da democracia. Totalitário é o inimigo dos EUA.
Quando dizem “Basta” ou “Cansei”, querem dizer que eles não aguentam mais medidas populares e democráticas que afetam seus interesses e os seus valores.
Entre a velha mídia e a realidade se interpõe uma grossa camada de mecanismos ideológicos, com os quais tentam passar seus interesses particulares como se fossem interesses gerais. É o melhor exemplo do que Marx chamava de ideologia: valores e concepções particulares que pretendem promover-se a interesses da totalidade. Para isso se valem de categorias enganosas, que é preciso desmistificar cotidianamente, para que possamos enxergar a realidade como ela é.
Por Emir Sader
19/10/2011
Aqui algumas indicações sobre como ler a velha mídia. Nada do que é dito vale pelo seu valor de face. Tudo remete a um significado, cuja arte é tratar de camuflá-lo bem.
Por exemplo, quando dizem liberdade de imprensa, querem liberdade de empresa, das suas empresas, de dizerem, pelo poder da propriedade que tem, de dizer o que pensam.
A chave está em fazer passar o que pensam pelo interesse geral, pelas necessidades do país. Daí que nunca fazem o que deveriam fazer. Isto e’, dizer, por exemplo: “A família Frias acha que…” Ou: “A família Civita acha que…” e assim por diante.
A arte da manipulação reside em construções em que os sujeitos (eles) ficam ocultos. Usam formulas como: “É mister”, “Faz-se necessário”, “É fundamental”, “É’ indispensável”.
Sempre cabe a pergunta: Quem, cara pálida? Eles, os donos da empresa. Sempre tentar passar a ideia de que falam em nome do país, do Brasil, da comunidade, de todos, quando falam em nome deles. A definição mais precisa de ideologia: fazer passar interesses particulares pelos interesses gerais.
Quando dizem “fazer a lição de casa”, querem dizer, fazer duro ajuste fiscal. Quando falam de “populismo”, querem dizer governo que prioriza interesses populares. Quando falam de “demagogia”, se referem a discursos que desmascaram os interesses das elites, que tratam de ocultar.
Quando falam de “liberdade de expressão”, estão falando no direito deles, famílias proprietárias das empresas monopolistas da mídia, dizerem o que bem entendem. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresas – as deles.
No Vocabulerolero indispensável para entender o que a mídia expressa de maneira cifrada, é preciso entender que quando falam de “governo responsável”, é aquele que prioriza o combate à inflação, às custas das políticas sociais. Quando falam de “clientelismo”, se referem às politicas sociais dos governos.
Quando falam de “líder carismático”, querem desqualificar os discursos os lideres populares, que falam diretamente ao povo sobre seus interesses.
Quando falam de “terrorismo”, se referem aos que combatem ou resistem a ações norte-americanas. “Sociedades livres” são as de “livre mercado”. Democráticos sao os países ocidentais que tem eleições periódicas, separação dos três poderes, variedade de siglas de partidos e “imprensa livre”, isto é, imprensa privada.
“Democrático” é o pais aliado dos EUA – berço da democracia. Totalitário é o inimigo dos EUA.
Quando dizem “Basta” ou “Cansei”, querem dizer que eles não aguentam mais medidas populares e democráticas que afetam seus interesses e os seus valores.
Entre a velha mídia e a realidade se interpõe uma grossa camada de mecanismos ideológicos, com os quais tentam passar seus interesses particulares como se fossem interesses gerais. É o melhor exemplo do que Marx chamava de ideologia: valores e concepções particulares que pretendem promover-se a interesses da totalidade. Para isso se valem de categorias enganosas, que é preciso desmistificar cotidianamente, para que possamos enxergar a realidade como ela é.
Por Emir Sader
19/10/2011
domingo, 23 de outubro de 2011
AOS AMIGOS NOVOS, GRACIAS POR LA VISITA.
Acrescentamos mais duas ótimas pessoas na nossa relação de amizades. São os amigos Valdir, tio do compadre Alex e Jorge. Eles estiveram no Acre para conhecer a nossa fauna e flora e inventaram uma caçada e pescaria na "Casa de Chapéu". Fomos bater no Amazonas lá onde o vento encosta o lixo, - O projeto de Assentamento Antimari. Eles vieram se divertir e acabaram trabalhando prá se lascar na mudança do Alex para o Assentamento Nova Baixa Verde. Pense em duas pessoas prestativas e solidárias. Sou grato por tê-los conhecidos e agora desfrutar do privilégio de suas amizades. Em breve irei retribuir a visita, mas sem caçada e muito menos pescaria em alto mar, pois ainda não fiz seguro de vida e nem tenho auxílio funeral. Me aguarde.
Para valdir e Jorge essa música de Milton Nascimento e Fernando Brant. "Encontros e Despedidas" Esperando que possamos nos encontrar mai vezes.
Para valdir e Jorge essa música de Milton Nascimento e Fernando Brant. "Encontros e Despedidas" Esperando que possamos nos encontrar mai vezes.
9ª RODADA DO CIRCUITO DE TÊNIS DE MESA DA AABB-AC
Neto o grande campeão e atleta melhor rankeado do Circuito, recebendo a medalha do Vítor, sendo observado por seu Antônio, Presidente da Federação.
Marcão e Elásio (3º e 2º colocado da série "B".Neto me entregando a medalha de bronze da série "B". Elázio (camisa do Flamengo), foi o 2º colocado e Paulo representando Washington com a medalha de 1º colocado.
O pódio da série "A". Paulo, 2º colocado; Neto, 1º colocado e seu Antônio (camisa da Paz, com seu neto Vítor) foi o 3º colocado.
Aconteceu nesse domingo a 9ª Rodada do Circuito de Tênis de Mesa da AABB - AC. A disputa foi realizada entre atletas da série "A", série "B" e infanto-juvenil.
No 1º grupo, o pódio foi composto por Neto, 1º colocado; Paulo, 2º colocado e seu Antônio, que é Presidente da Federação de Tênis de Mesa do Acre, ficou na 3ª colocação.
Na série "B", o campeão foi o atleta Washington, Elásio ficou em segundo e eu fiquei na 3ª colocação. Cumprindo registrar que ganhei do "Barca Furada", Rogério, duas vezes. Uma na fase classificatória e a segunda na disputa da 3ª colocação.
No infanto juvenil, o Vítor, neto de seu Antônio, venceu seus dois adversários e fez a final com Gabriel. Eis as imagens do evento.
No 1º grupo, o pódio foi composto por Neto, 1º colocado; Paulo, 2º colocado e seu Antônio, que é Presidente da Federação de Tênis de Mesa do Acre, ficou na 3ª colocação.
Na série "B", o campeão foi o atleta Washington, Elásio ficou em segundo e eu fiquei na 3ª colocação. Cumprindo registrar que ganhei do "Barca Furada", Rogério, duas vezes. Uma na fase classificatória e a segunda na disputa da 3ª colocação.
No infanto juvenil, o Vítor, neto de seu Antônio, venceu seus dois adversários e fez a final com Gabriel. Eis as imagens do evento.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
ANA "TRÊS PONTO CINCO"
Nesse sábado, 15 de outubro, comemoramos o aniversário da Ana, que agora carrega o Artur a tira-colo. Eró fez com Katiane um jantar para reunir a família e os amigos mais próximos, inclusive os amigos novos Valdir e Jorge do Rio de Janeiro. A família do Max, veio em peso enquanto que a nossa, Abelardo e Rogério, não quiseram comparecer. Sentimos a falta dos dois, mas fazer o que?
Eró, fez um jantar de juntar menino.
Eró, fez um jantar de juntar menino.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
HASTA LA SIEMPRE COMANDANTE!!!
Pinçado do Blog Tijolaço, do Brizola Neto. Compartilho.(MIF)
Os mortos que não morrem e os vivos que não vivem
Do sensível e coerente Eric Nepomuceno, no Carta Maior:
“No dia em que executaram o Che Guevara em La Higuera, uma aldeola perdida nos confins da Bolívia, Julio Cortázar – que na época trabalhava como tradutor na Unesco – estava em Argel. Naquele tempo – 9 de outubro de 1967 – as notícias demoravam muito mais que hoje para andar pelo mundo, e mais ainda para ir de La Higuera a Argel. Vinte dias depois, já de volta a Paris, onde vivia, Cortázar escreveu uma carta ao poeta cubano Roberto Fernández Retamar contando o que sentia: “Deixei os dias passarem como num pesadelo, comprando um jornal atrás do outro, sem querer me convencer, olhando essas fotos que todos nós olhamos, lendo as mesmas palavras e entrando, uma hora atrás da outra, no mais duro conformismo… A verdade é que escrever hoje, e diante disso, me parece a mais banal das artes, uma espécie de refúgio, de quase dissimulação, a substituição do insubstituível. O Che morreu, e não me resta mais do que o silêncio”. Mas escreveu:
"Yo tive un hermano que iba por los montes mientras yo dormía.
Lo quis Yoe a mi modo, le tomé su voz libre como el agua, caminé de a ratos cerca de su sombra. No nos vimos nunca pero no importaba, mi hermano despierto mientras yo dormía, mi hermano mostrándome detrás de la noche su estrella elegida."
A ansiedade de Cortázar, a angústia de saber que não havia outra saída a não ser aceitar a verdade, a neblina do pesadelo do qual ninguém conseguia despertar e sair, tudo isso se repetiu, naquele 9 de outubro de 1967, por gente espalhada pelo mundo afora – gente que, como ele, nunca havia conhecido o Che. Passados exatos 44 anos da tarde em que o Che foi morto, o que me vem à memória são as palavras de Cortázar, o poema que recordo em sua voz grave e definitiva: “Eu tive um irmão, não nos encontramos nunca mas não importava, meu irmão desperto enquanto eu dormia, meu irmão me mostrando atrás da noite sua estrela escolhida”.
No dia anterior, 8 de outubro de 1967, um Ernesto Guevara magro, maltratado, isolado do mundo e da vida, com uma perna ferida por uma bala e carregando uma arma travada, se rendeu. Parecia um mendigo, um peregrino dos próprios sonhos, estava magro, a magreza estranha dos místicos e dos desamparados. Foi levado para um casebre onde funcionava a escola rural de La Higuera. No dia seguinte foi interrogado. Primeiro, por um tenente boliviano chamado Andrés Selich. Depois, por um coronel, também boliviano, chamado Joaquín Zenteno Anaya, e por um cubano chamado Félix Rodríguez, agente da CIA. Veio, então, a ordem final: o general René Barrientos, presidente da Bolívia, mandou liquidar o assunto. O escolhido para executá-la foi um soldadinho chamado Mario Terán. A instrução final: não atirar no rosto. Só do pescoço para baixo. Primeiro o soldadinho acertou braços e pernas do Che. Depois, o peito. O último dos onze disparos foi dado à uma e dez da tarde daquela segunda-feira, 9 de outubro de 1967. Quatro meses e 16 dias antes, o Che havia cumprido 39 anos de idade. Sua última imagem: o corpo magro, estendido no tanque de lavar roupa de um casebre miserável de uma aldeola miserável de um país miserável da América Latina. Seu rosto definitivo, seus olhos abertos – olhando para um futuro que ele sonhou, mas não veria, olhando para cada um de nós. Seus olhos abertos para sempre. Quarenta e quatro anos depois daquela segunda-feira, o homem novo sonhado por ele não aconteceu. Suas idéias teriam cabida no mundo de hoje? Como ele veria o que aconteceu e acontece? O que teria sido dele ao saber que se transformou numa espécie de ícone de sonhos românticos que perderam seu lugar? Haveria lugar para o Che Guevara nesse mundo que parece se esfarelar, mas ainda assim persiste, insiste em acreditar num futuro de justiça e harmonia? Um lugar para ele nesses tempos de avareza, cobiça, egoísmo? Deveria haver. Deve haver.
O Che virou um ícone banalizado, um rosto belo estampado em camisetas. Mas ele saberia, ele sabe, que foi muito mais do que isso. O que havia, o que há por trás desse rosto? Essa, a pergunta que prevalece. O Che viveu uma vida breve. Passaram-se mais anos da sua morte do que os anos da vida que coube a ele viver. E a pergunta continua, persistente e teimosa como ele soube ser. Como seria o Che Guevara nesses nossos dias de espanto? Pois teria sabido mudar algumas idéias sem mudar um milímetro de seus princípios. Diz Eduardo Galeano, que conheceu o Che Guevara: ele foi um homem que disse exatamente o que pensava, e que viveu exatamente o que dizia. Assim seria ele hoje. Já não há tantos homens talhados nessa madeira. Aliás, já não há tanto dessa madeira no mundo. Mas há os mortos que nunca morrem. Como o Che.
E, dos mortos que nunca morrem, é preciso honrar a memória, merecer seu legado, saber entendê-lo. Não nas camisetas: nos sonhos, nas esperanças, nas certezas. Para que eles não morram jamais. Como o Che.”
Os mortos que não morrem e os vivos que não vivem
Do sensível e coerente Eric Nepomuceno, no Carta Maior:
“No dia em que executaram o Che Guevara em La Higuera, uma aldeola perdida nos confins da Bolívia, Julio Cortázar – que na época trabalhava como tradutor na Unesco – estava em Argel. Naquele tempo – 9 de outubro de 1967 – as notícias demoravam muito mais que hoje para andar pelo mundo, e mais ainda para ir de La Higuera a Argel. Vinte dias depois, já de volta a Paris, onde vivia, Cortázar escreveu uma carta ao poeta cubano Roberto Fernández Retamar contando o que sentia: “Deixei os dias passarem como num pesadelo, comprando um jornal atrás do outro, sem querer me convencer, olhando essas fotos que todos nós olhamos, lendo as mesmas palavras e entrando, uma hora atrás da outra, no mais duro conformismo… A verdade é que escrever hoje, e diante disso, me parece a mais banal das artes, uma espécie de refúgio, de quase dissimulação, a substituição do insubstituível. O Che morreu, e não me resta mais do que o silêncio”. Mas escreveu:
"Yo tive un hermano que iba por los montes mientras yo dormía.
Lo quis Yoe a mi modo, le tomé su voz libre como el agua, caminé de a ratos cerca de su sombra. No nos vimos nunca pero no importaba, mi hermano despierto mientras yo dormía, mi hermano mostrándome detrás de la noche su estrella elegida."
A ansiedade de Cortázar, a angústia de saber que não havia outra saída a não ser aceitar a verdade, a neblina do pesadelo do qual ninguém conseguia despertar e sair, tudo isso se repetiu, naquele 9 de outubro de 1967, por gente espalhada pelo mundo afora – gente que, como ele, nunca havia conhecido o Che. Passados exatos 44 anos da tarde em que o Che foi morto, o que me vem à memória são as palavras de Cortázar, o poema que recordo em sua voz grave e definitiva: “Eu tive um irmão, não nos encontramos nunca mas não importava, meu irmão desperto enquanto eu dormia, meu irmão me mostrando atrás da noite sua estrela escolhida”.
No dia anterior, 8 de outubro de 1967, um Ernesto Guevara magro, maltratado, isolado do mundo e da vida, com uma perna ferida por uma bala e carregando uma arma travada, se rendeu. Parecia um mendigo, um peregrino dos próprios sonhos, estava magro, a magreza estranha dos místicos e dos desamparados. Foi levado para um casebre onde funcionava a escola rural de La Higuera. No dia seguinte foi interrogado. Primeiro, por um tenente boliviano chamado Andrés Selich. Depois, por um coronel, também boliviano, chamado Joaquín Zenteno Anaya, e por um cubano chamado Félix Rodríguez, agente da CIA. Veio, então, a ordem final: o general René Barrientos, presidente da Bolívia, mandou liquidar o assunto. O escolhido para executá-la foi um soldadinho chamado Mario Terán. A instrução final: não atirar no rosto. Só do pescoço para baixo. Primeiro o soldadinho acertou braços e pernas do Che. Depois, o peito. O último dos onze disparos foi dado à uma e dez da tarde daquela segunda-feira, 9 de outubro de 1967. Quatro meses e 16 dias antes, o Che havia cumprido 39 anos de idade. Sua última imagem: o corpo magro, estendido no tanque de lavar roupa de um casebre miserável de uma aldeola miserável de um país miserável da América Latina. Seu rosto definitivo, seus olhos abertos – olhando para um futuro que ele sonhou, mas não veria, olhando para cada um de nós. Seus olhos abertos para sempre. Quarenta e quatro anos depois daquela segunda-feira, o homem novo sonhado por ele não aconteceu. Suas idéias teriam cabida no mundo de hoje? Como ele veria o que aconteceu e acontece? O que teria sido dele ao saber que se transformou numa espécie de ícone de sonhos românticos que perderam seu lugar? Haveria lugar para o Che Guevara nesse mundo que parece se esfarelar, mas ainda assim persiste, insiste em acreditar num futuro de justiça e harmonia? Um lugar para ele nesses tempos de avareza, cobiça, egoísmo? Deveria haver. Deve haver.
O Che virou um ícone banalizado, um rosto belo estampado em camisetas. Mas ele saberia, ele sabe, que foi muito mais do que isso. O que havia, o que há por trás desse rosto? Essa, a pergunta que prevalece. O Che viveu uma vida breve. Passaram-se mais anos da sua morte do que os anos da vida que coube a ele viver. E a pergunta continua, persistente e teimosa como ele soube ser. Como seria o Che Guevara nesses nossos dias de espanto? Pois teria sabido mudar algumas idéias sem mudar um milímetro de seus princípios. Diz Eduardo Galeano, que conheceu o Che Guevara: ele foi um homem que disse exatamente o que pensava, e que viveu exatamente o que dizia. Assim seria ele hoje. Já não há tantos homens talhados nessa madeira. Aliás, já não há tanto dessa madeira no mundo. Mas há os mortos que nunca morrem. Como o Che.
E, dos mortos que nunca morrem, é preciso honrar a memória, merecer seu legado, saber entendê-lo. Não nas camisetas: nos sonhos, nas esperanças, nas certezas. Para que eles não morram jamais. Como o Che.”
O BRASIL MAIS TRISTE.
O humorista José Vasconcellos morreu na madrugada desta terça-feira (11), aos 85 anos. O ator estava internado na UTI do setor de geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e sofreu uma parada cardíaca.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do hospital, o ator morreu “às 4h40 desta madrugada, em decorrência de uma parada cardíaca.
Ele estava internado na UTI”. José sofria de Mal de Alzheimer e enfrentava problemas nos rins.
José Tomaz da Cunha Vasconcellos Neto nasceu em Rio Branco. Iniciou sua carreira no rádio e ficou conhecido ao interpretar personagens gagos na TV. Seu papel mais conhecido foi o Rui Barbosa Sa-Silva, na "Escolinha do Professor Raimundo", da Globo. Seu último trabalho na televisão foi em “Escolinha do Barulho”, da Record, com o mesmo personagem. (Do Ig)
De acordo com informações da assessoria de imprensa do hospital, o ator morreu “às 4h40 desta madrugada, em decorrência de uma parada cardíaca.
Ele estava internado na UTI”. José sofria de Mal de Alzheimer e enfrentava problemas nos rins.
José Tomaz da Cunha Vasconcellos Neto nasceu em Rio Branco. Iniciou sua carreira no rádio e ficou conhecido ao interpretar personagens gagos na TV. Seu papel mais conhecido foi o Rui Barbosa Sa-Silva, na "Escolinha do Professor Raimundo", da Globo. Seu último trabalho na televisão foi em “Escolinha do Barulho”, da Record, com o mesmo personagem. (Do Ig)
Meu comentário:
Já rí muito ouvindo o Lp de josé Vasconcellos "Eu Sou o Espetáculo", do qual tenho um exemplar. O Brasil perde um grande humorista nascido aqui no Acre, que fez piada até de sua origem. "Quando eu digo que nascí no Acre, perguntam: E nasce gente lá?! Pensava que só dava borracha." (José Vasconcellos). Vou me lembrar com alegria do Zé Vasconcellos, que agora vai fazer o pessoal rir lá por cima. (MIF)
Já rí muito ouvindo o Lp de josé Vasconcellos "Eu Sou o Espetáculo", do qual tenho um exemplar. O Brasil perde um grande humorista nascido aqui no Acre, que fez piada até de sua origem. "Quando eu digo que nascí no Acre, perguntam: E nasce gente lá?! Pensava que só dava borracha." (José Vasconcellos). Vou me lembrar com alegria do Zé Vasconcellos, que agora vai fazer o pessoal rir lá por cima. (MIF)
EXPEDIÇÃO AO ANTIMARI
Seu José Cambuti,(sem camisa) morador da vila Floriano Peixoto, nos mostrando o mapa da Área do PA - Antimari.
Valdir, Lindauro, Jorge e seu Edson (com o facão), que nos emprestou seu cavalo "Curió" para levar nossa bagagem até o centro do Antimari.
Uma vidinha mais ou menos, lendo a epopéia de Euclides da Cunha, na sua missão, no rio Purús e Chandless de demarcar a fronteira entre brasil e Perú. Obra organizada pelo Desembargador, Arquilau Melo.
Todos embarcados para início da viagem. (Valdizinho, Edson, Alex, Jorginho e o barqueiro seu Franço.)
Nessa primeira semana de outubro, tivemos o prazer de receber no Acre, os cariocas Valdir (tio do Alex) e seu amigo Jorge. Eles são metidos a pescadores e caçadores e queriam conhecer a nossa fauna e flora e exercitar um pouco do esporte que praticam no Rio. O Alex articulou uma caçada no Antimari, que é um Assentamento do INCRA no Estado do Amazonas, onde mora seu amigo Edinauro. Segundo Alex, a caça por lá é abundante e as onças esturram nos quintais da casa dos moradores. Nós fomos conferir. Eu fui de "bucha" só pela gandaia. Depois de 40 km de carro, da Vila do "V" até Porto Acre; 8 horas de barco (de baixada), de Porto Acre a Vila Floriano Peixoto (Projeto de Assentamento do Antimari no Amazonas) e depois de 3 horas a pé num picadão dentro da mata atapetado por folhas secas, chegamos no barraco de seu Vítor e D.Neuza, sogros do Lindauro. A pesca foi melhor que a caçada. Eu seu Vítor, Jorge e Alex pegamos uns 20 peixinhos, enquanto valdir e lindauro, que foram caçar, só mataram duas imbiaras (um Mutum e um Socó). O Jorge tratou dos bichos e D.Neuza fritou os peixes. Foi o nosso jantar do sábado, delicioso por sinal. no domingo, bem cedo da manhã, retornamos da nossa aventura no Antimari, um pouco cansados mas muito satisfeito em ter conhecido um pouco mais da nossa dura realidade amazônica e termos feitos novos amigos. Ano que vem, tem mais.
Assinar:
Postagens (Atom)