quarta-feira, 10 de julho de 2013

ADIB JATENE VAI AO PONTO!!

Do blog "Do lado de Lá". Entrevista esclarecedora com Adib Jatene
 A visão distorcida dos "do Sul"
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 Conversamos muito sobre médicos na redação neste início de semana. As razões parecem óbvias. Uma das colegas ponderou que o marido tem plano com reembolso e que ela escolhe os melhores médicos do país e apresenta o recibo para o plano, que restitui integralmente o valor. E perguntou: quantos têm esse privilégio em nosso país? Outra colega que acompanhava a conversa, emendou: meu plano paga uma miséria por consulta. Resultado, o médico não tem tempo de te atender. Faz duas perguntas e, ou pede um exame, ou dá receita. Assim, disse, quem aguenta, referindo-se à má remuneração? Esse papo, claro, é de classe média.
 Agora, e quem tá no SUS? E quem tem que se deslocar quatro horas para um hospital de referência e, quando chega, ainda tem que esperar por atendimento? Muitas vezes de emergência. O Brasil não conhece o Brasil. O Sul Maravilha é muito diferente do Norte e do Nordeste. É melhor um médico generalista que atenda numa garagem, a não ter nenhum. Seja ele brasileiro ou cubano. Com uma diferença essencial: explica aí, Jatene? "O cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, que preside uma comissão que auxiliou o governo na formulação do projeto para a mudança do ensino médico, defende a proposta apresentada ontem pela presidente Dilma mas afirma que não conhece a versão final.
 O que o sr. achou das mudanças propostas para a mudança do ensino médico? Para Jatene, o ensino médico está formando candidatos à residência médica, com muito ênfase às especializações e alta tecnologia. “O médico precisa se transformar num especialista de gente.”
 O ensino médico está formando candidatos à residência médica. Isso estimula a especialização precoce. Precisamos formar um médico capaz de atender a população sem usar a alta tecnologia. O médico precisa se transformar num especialista de gente.
 E como ficará a supervisão? É a própria faculdade de medicina que cuidará disso. A proposta [original] é que ele fique dois anos no Estado que se formou, supervisionado pela faculdade. A escola vai fazer parte do sistema de saúde, não simplesmente dar o diploma. Com telemedicina e teleconferência fica fácil.
 O sr. foi consultado sobre isso? Vínhamos trabalhando nessa proposta, mas não sabíamos que já seria anunciada. O ministro Mercadante me telefonou dizendo que a presidenta Dilma iria anunciar, mas não deu maiores detalhes. Mas parece que está está dentro dos princípios.A proposta era mesmo de aumentar para oito anos? Sim. Quando me formei em medicina, em 1953, o curso já era de seis anos, e o conhecimento era muito pequeno. Hoje é colossal e o curso continua de seis anos.
 E em relação à política para fixar médicos no interior? Municípios pequenos deveriam integrar um consórcio para uso de alta tecnologia. Precisam, porém de um médico polivalente, que atenda de parto a uma emergência.. -

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