sábado, 4 de outubro de 2008

SONETO PARA GILMAR(HERMENEGILDO) MENDES



Trivial do supremo Hermenegildo

"Neste foro de gênios insepultos,
Cheio de múmias e quadrupedantes,
Vejo pingüins passarem por gigantes
E analfabetos por jurisconsultos.

Acórdãos de sentidos claudicantes,
Na feitura de juízes semicultos
Criam formas bizarras e tumultos,
Que escapa à perícia de Cervantes.

A balança da lei não tem mais pratos,
Desde de que sucumbiu Poncius Pilatos,
Desgraçou-se a justiça de uma vez.

Ele ao menos conforme a bíblia ensina
Lavava as mãos escuras com benzina,
Coisa que Hermenegildo nunca fez!"
(Aprígio dos Anjos)


Esta poesia foi composta na ocasião em que o ministro do STF, Hermenegildo de Barros, decidiu deportar Olga Benário para a Alemanha nazista. Hoje cai como uma luva a este outro personagem de nossa história, Gilmar Mendes. O poeta era irmão de outro poeta, Augusto dos Anjos.

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