RESUMINDO: QUANDO DISSEREM QUE VOCÊ É UM BOM ANFITRIÃO, FIQUE DE ORELHA EM PÉ!!!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
ANFITRIÃO
RESUMINDO: QUANDO DISSEREM QUE VOCÊ É UM BOM ANFITRIÃO, FIQUE DE ORELHA EM PÉ!!!
ATENÇÃO ALUNOS - QUESTÕES PARA PROVA
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA II
Prof. MSc: Marcos Inácio Fernandes
Questões para estudar para prova (dia : 04/11/2008)
1 – “Há homens que lutam por um dia e são bons.
Há homens que lutam por algum tempo e são muito bons.
Há homens que lutam por muito tempo e são melhores.
Mas, há homens, que lutam por toda a vida,
Estes são os IMPRESCINDÍVEIS.” (Bertolt Brechet)
Pergunto: Na nossa história ,você consegue identificar alguns desses homens imprescindíveis?
2 –“No caso do Brasil, a escravidão é uma das três maiores desgraças que se abateram sobre nós, e pelas quais pagamos até hoje. As outras duas, no meu entendimento, são a colonização predatória e o golpe de 64.” (Mino Carta, editor da revista Carta Capital). Comente o texto e relacione ESCRAVIDÃO, COLONIZAÇÃO PREDATÓRIA e DITADURA MILITAR.
3- Antes de Nelson Jobim,atual Ministro da Defesa, ainda na 1ª República, dois civis foram nomeados para as pastas da Guerra e da Marinha. Pergunta-se: Quais foram esses Ministros, quem os nomeou e em qual circunstâncias?
4 – Qual o Presidente que governou o Brasil em permanente Estado de Sítio? Por que?
5 - Descreva, em linhas gerais, o MOVIMENTO TENENTISTA.
6 – Cite algumas características do ESTADO NACIONAL MODERNO.
7 – Em que consiste o ESTADO AMPLIADO (concepção de Gramsci).
8 – Como o Estado exerce sua função HEGEMÔNICA?
9 – Hoje o PT governa o Brasil, alguns Estados e muitas Prefeituras. Pergunto: O PT tem a hegemonia na sociedade brasileira? Explique.
10 - “A direita nunca me enganou. A esquerda já.” (Daniel Cohn-Bandit). Comente a frase e explicite esses conceitos conforme a teoria de Bobbio.
11 - Segundo Gramsci, o PARTIDO POLÍTICO é o MODERNO PRÍNCIPE. Por que?
12 - Quais os principais partidos Políticos da República Velha e do período da Redemocratização no Brasil (1945)?
13 – Entre 1889 e 1930, (1ª República) como ficou conhecida a alternância no poder?
14 – Washington Luís é autor das seguintes frases:
“Governar é construir estradas.”
“A questão social é um caso de polícia.”
Pergunto: Quem foi esse cidadão e qual a sua interpretação dessas frases?
15 – Faça um breve balanço do recente processo eleitoral no Brasil .
16 – “Quem é essa mulher, / Que canta sempre esse estribilho
Só queria embalar meu filho/ Que mora na escuridão do mar.
Quem é essa mulher/ Que canta sempre esse lamento
Só queria lembrar o tormento/ Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher / Que canta sempre o mesmo arranjo
Só queria agasalhar meu anjo/ E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar.”
( Angélica de:Milltinho e Chico Buarque)
Pergunto; Quem é essa mulher? Quem é esse menino?
Interprete a música.
OBESERVAÇÃO: Serão selecionadas 4 (quatro) questões para a prova. Bom estudo!!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
BALANÇO DAS ELEIÇÕES -2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
DIA DO AVIADOR
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O PATRONO DOS OPORTUNISTAS
Stephen Zweig (1881-1942)
domingo, 19 de outubro de 2008
AOS ALUNOS COM CARINHO
TORTURA NUNCA MAIS
Torturador :
TORTURADOR: COM NOME E SOBRENOME
A decisão do juiz Gustavo Santini Teodoro é histórica. Pela primeira vez, a Justiça reconhece responsabilidade de um militar de alta patente por tortura no Brasil.A União já havia sido condenada, em outros processos, a pagar indenização para vítimas da Ditadura. O importante é que o Brasil saiba: torturador agora tem nome e sobrenome.Neste caso, chama-se: Carlos Alberto Brilhante Ustra - comandante do Doi-Codi de São Paulo, nos anos 70.Ele foi responsável pelas bárbaras torturas sofridas por César Augusto Teles, Maria Amélia Teles e Criméia Almeida. É isso que diz a sentença.Como estamos num bom regime democrático, o coronel reformado pode recorrer, evidentemente. E vai recorrer, como já nos informou o advogado dele, Paulo Alves Esteves.Enquanto isso, vale a decisão da Primeira Instância de São Paulo: Ustra vai ter que conviver com o carimbo de torturador estampado na testa.Carimbo oficial da Justiça brasileira.
DETALHES DA SENTENÇA
A decisão de Gustavo Santini Teodoro foi extremamente técnica.O juiz, por exemplo, desmonta a tese de juristas e militares que pretendem barrar ações desse tipo com base na Lei de Anistia. Veja o que diz a sentença:"admitir esta ação declaratória não representa `revisão da lei de anistia´ (...) Significa, apenas e tão somente, que a amplitude da anistia na esfera penal em nada interfere nos direitos reconhecidos à vítima no âmbito civil".Mais adiante, o juiz afirma:"tortura, mesmo em período de exceção constitucional e de atentados conta a segurança do Estado, era inadmissível, à luz do direito internacional".Depois de ouvir vítimas, réu e várias testemunhas, o magistrado conclui:"extrai-se que o local (Doi-Codi) era realmente uma `casa de horrores´, razão pela qual o réu não podia ignorar o que ali se passava".Em tempo: segundo Criméia de Almeida, o coronel Ustra não só sabia, como torturava pessoalmente suas vítimas."Fui torturada por ele. O coronel batia e mandava bater."Criméia encerrou a reportagem que foi ao ar nesta quinta-feira, no JORNAL DA RECORD, com uma frase definitiva sobre a decisão da Justiça de São Paulo:"Isso é o reconhecimento de que neste país houve tortura e torturador. E torturador tem nome!"
JUSTIÇA RECONHECE QUE USTRA TORTUROU
O juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, deu sentença reconhecendo que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (chefe do DOI-CODI em São Paulo, entre 1970 e 1974) torturou Maria Amelia Teles, Cesar Augusto Teles (marido de Maria Amelia) e Crimeia Alice de Almeida (irmã de Maria Amelia).
A tortura ocorreu entre 72 e 73.
A decisão judicial saiu ontem, mas só agora há pouco foi divulgada pelos advogados da família Teles.
Ainda não vi a sentença. Mas acabo de conversar por telefone com Janaina de Almeida Teles, historiadora, filha de Maria Amelia e Cesar Augusto. "Essa sentença é muito importante não só pra minha família, mas para o país, porque redimensiona o debate sobre a impunidade... Esse militar é responsável pela morte de mais de 40 pessoas e pela tortura de dezenas", disse Janaína.
A decisão, ainda que em primeira instância, é histórica.
Dos países da América Latina infelicitados por ditaduras nos anos 60/70, o Brasil é o mais atrasado na punição aos torturadores.
"É um alívio enorme, um conforto muito grande tomar conhecimento dessa decisão! Sinto-me amparada pela sociedade Brasiliera", disse Janaína.
Importante: a Família Teles não pedia indenização, mas sim o reconhecimento de que Ustra praticou um crime bárbaro.
O instrumento pra isso foi uma "ação declaratória " na justiça de São Paulo, iniciada em 2006.
Segundo os advogados da Familia Teles, na sentença o juiz disse não haver provas suficientes de que Janaina (na época com 5 anos) e o irmão dela, Edson Luis (na época com 4 anos) também foram torturados...
"Tenho sequelas por ter sido levada pelos militares para o DOI-CODI, por ter visto meus pais naquela situação. Isso é óbvio. Gostaria que o juiz tivesse reconhecido isso. Mas, de todo jeito é uma grande vitória a decisão de hoje", disse a historiadora.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
ANA CAROLINA - 3 PONTO 2 -
Ana e Tatiana do Pedro Vicente
Mensagem para Ana
sábado, 11 de outubro de 2008
CENTENÁRIO DO CARTOLA
O TAL DO MERCADO ESTÁ DESEMBESTADO
Em síntese: o mercado está desembestado e a procura de um novo Keynes.
Em 1944, Keynes representou a Inglaterra na Conferência Monetária de Bretton Woods, que criou o FMI e o BIRD. Na ocasião propõs o abandono do padrão-ouro e a estabilização internacional da moeda. Em 1946, Keynes presidiria o FMI.
(Novo Dicionário de Economia de Paulo Sandroni - Editora:Best Seller. São Paulo,1994.)
John Maynard Keynes (1883-1946)
ESQUADRILHA DA FUMAÇA EM RIO BRANCO
“Os embaixadores do Brasil no céu”
14 de maio de 1952. A “Esquadrilha da Fumaça” realiza sua primeira exibição oficial.
Desde então, milhares de pessoas têm tido a oportunidade de travar um emocionante e inesquecível contato com a perícia dos pilotos e com a competente equipe de mecânicos que os assessora, e despertam, por isso, o reconhecimento, a admiração e o respeito pela Força Aérea Brasileira.
Atualmente, com mais de 3000 demonstrações realizadas no Brasil e no exterior, cruza os céus a “Esquadrilha da Fumaça”. Aeronaves pilotadas por uma equipe cujo destemor e orgulho são resultantes não só da confiança mútua desenvolvida ao longo dos treinamentos, como também, da certeza de estarem representando a Instituição que prima pela eficiência na defesa da soberania do espaço aéreo de nossa pátria.
Embora com uma estrutura bastante diferenciada daquela época, o Esquadrão de Demonstração Aérea - nome oficial da Esquadrilha da Fumaça, procura resguardar, hoje, os princípios de profissionalismo que lhe deram sustentação ao longo da sua existência. Com o reconhecimento nacional e internacional, concretizou-se como importante instrumento de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira, atingindo uma posição de destaque perante a opinião pública.
Os modelos de avião utilizados nesses cinqüenta anos de existência da Esquadrilha da Fumaça. São eles: o T-6 North American, o T-24 Super Fouga Magister, o T-25 Universal e o T-27 Tucano. Além do símbolo da Aeronáutica, no canto inferior, um dos selos apresenta a famosa manobra Coração, assinatura da Esquadrilha. Todos os selos têm, ao fundo, o céu azul e algumas paisagens tipicamente brasileiras, como o Corcovado. Para compor a série, Mário Alves optou pela técnica guache sobre papel. O ronco dos aviões T-6 marcou o início da Esquadrilha da Fumaça, formada por instrutores de vôo da antiga Escola da Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, em maio de 1952. Nas atuais demonstrações, é usado o modelo T-27 Tucano, fabricado pela Embraer, nas cores da bandeira brasileira. Sem dúvida, a Força Aérea Brasileira está bem representada pela Esquadrilha, com mais de 2.600 demonstrações no Brasil e no exterior.
Atualmente, a Esquadrilha da Fumaça utiliza em suas demonstrações o avião T-27 Tucano - EMBRAER, pintado com as cores da Bandeira brasileira.
A Esquadrilha da Fumaça representa para milhares de pessoas a oportunidade de travar um emocionante e inesquecível contato com a Força Aérea Brasileira, passando a respeitá-la e admirá-la como instituição capaz de garantir a soberania do espaço aéreo nacional.
Esse é o estímulo que tem movido os passos desse Esquadrão da Força Aérea ao logo desses 50 anos de sua existência, demonstrando a elevada capacidade técnica de pilotos e mecânicos, dando continuidade ao velho espírito de arrojo e determinação de homens que, nos idos de 52, propiciaram a criação da "Esquadrilha da Fumaça".
Visite a Página Oficial do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O BLOCO DA VITÓRIA ESTÁ NA RUA
BALANÇO DAS ELEIÇÕES 2008 NO ACRE
PREFEITOS e VEREADORES POR PARTIDO
PMDB - 04 Prefeitos e 23 Vereadores
PSDB - 01Prefeito e 14 Vereadores
PSB - 01 Prefeito e 20 Vereadores
PP -03 Prefeitos e 30 Vereadores
PR - 01 Prefeito e 05 Vereadores
PARTIDOS QUE SÓ ELEGERAM VEREADORES
PC do B - - 21 Vereadores
PMN - 09 Vereadores
PPS - - 06 Vereadores
PTN - - 05 Vereadores
DEM - - 04 Vereadores
PRP - - 03 Vereadores
PSOL - - 02 Vereadores
PDT - - 02 Vereadores
OUTROS - - 07 Vereadores
TOTAL 22 Prefeitos e 182 Vereadores
Bira e seu Vice, comemoram em Xapuri
Do Blog do Fernando Rodrigues
PMDB desbanca PT e PSDB no número de votos para prefeitos em todo o país
Uma das maneiras de aferir o sucesso de um partido na eleição para prefeito não é apenas o número de cidades conquistadas, mas quantos votos todos os candidatos de determinada legenda receberam no país inteiro. Nessa categoria, o PMDB ficou em primeiro lugar. Desbancou PT e PSDB e ainda estabeleceu um novo recorde nesta eleição de 2008. Nas três últimas eleições municipais, os campeões de voto foram o PSDB (1996 e 2000) e PT (2004).
Os candidatos a prefeito pelo PMDB receberam neste ano de 2008 um total de 18.422.732 votos. Essa montanha de sufrágios equivale a 18,6% dos votos válidos de todo o país dados a candidatos a prefeito nas votações de primeiro turno, segundo trabalho estatístico do jornalista Piero Locatelli.
Em 2004, o campeão de votos para prefeito havia sido o PT, com 16.326.047 votos, o equivalente a 17,2% do país. O segundo colocado há quatro anos foi o PSDB (15.747.592 ou 16,5%). O PMDB era apenas o terceiro colocado (14.249.339 ou 15%).
Em 2000, o PSDB havia sido o campeão (13.518.346 votos ou 16% do total). Era seguido pelo PMDB (13.257.650 votos ou 15,7%), DEM (12.973.544 ou 15,4%) e PT (11.938.734 ou 14,1%).
O DEM merece uma menção especial por ter despencado neste ano de 2008. Ficou em quarto lugar, com 9.291.086 ou 9,4% do total dos votos de todo país dados a candidatos a prefeito. Perdeu 1,947 milhões de votos em quatro anos (havia recebido 11.238.408 votos em 2004).
Mas há mais um detalhe assustador para os demos. Dos 9,3 milhões de votos que receberam neste ano, Gilberto Kassab sozinho, em São Paulo, foi responsável por 2.140.423 –ou seja, 23% dos votos do partido. Pode-se dizer, portanto, que Kassab equivale a 23% do Democratas.
O recorde em eleições recentes sobre o total de votos do país era dos tucanos, que estabeleceram a marca em 1996 (auge do Plano Real), com 13.100.169 votos, o equivalente, à época, a 17,6% de todo o Brasil. Naquele ano, o segundo colocado foi o PMDB, seguido por DEM, PP e PT.
Agora, a marca recorde passa a ser a do PMDB, com seus 18,6% do total. É necessário, entretanto, fazer duas ressalvas. Os votos divulgados até agora pelo TSE se referem apenas a 5.512 cidades (houve eleição neste ano em 5.563). A apuração final e definitiva só deve ser divulgada nos próximos dias. Mas as cidades ainda não computadas são todas pequenas e devem fazer diferença mínima em relação às cifras já conhecidas.
A segunda ressalva diz respeito à forma como o PMDB cresceu eleitoralmente. O partido elegeu 1.057 prefeitos em 2004. Agora, antes do pleito de domingo (5.out.2008), já estava com 1.212 cidades governadas. Como se deu esse espetáculo do crescimento? Simples. Graças à fisiologia e infidelidade partidária que campeia pelo interior do país. Depois que o PMDB aderiu ao governo Lula e ganhou cargos federais, o partido passou a exercer atração irresistível sobre certo tipo de políticos.
Até agora, pelos cálculos do TSE, o PMDB elegeu neste ano 1.193 prefeitos –menos, portanto, do que de fato tem no momento. Mas certamente muitos desses prefeitos neo-peemedebistas foram candidatos à reeleição ou tentaram fazer seus sucessores. Daí veio, portanto, o recorde da sigla em termos de votos recebidos.
Em tese, a partir de agora, acabou a farra da infidelidade partidária. Por interpretação da Justiça Eleitoral, quem muda de partido depois de eleito perde o mandato. A não ser que os deputados e senadores façam uma nova lei (o que não impossível), a próxima eleição se dará sem esse tipo de anabolizante “extra-campo” usado pelos peemedebistas neste ano.
Abaixo, o quadro (com o que foi apurado até agora) pelo TSE em termos de número de votos e prefeitos eleitos neste ano:
Por Fernando Rodrigues
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
ELEIÇÕES - 2008. OLHA A BALSA AÍ GENTE!!!
Histórico:
Depois dessa primeira referência a balsa, há outro fato histórico ocorrido em 1910, que nos faz levantar a hipótese, que a instituição da balsa remonta aos primeiros anos daquele período. Num outro conflito entre as oligarquias seringalistas, o Prefeito Departamental, Leônidas Benício de Melo é destituido do cargo e foi conduzido preso numa lancha do Território com "ordens de ser desembarcado no primeiro barranco quando a embarcação atingisse o Estado do Amazonas." O Jornal Folha do Acre nº 15 de 11/12/1910 na sua página 2, refere-se a esse evento. "A VIAGEM DO EX-PREFEITO - Regressou a esta cidade no dia 2 deste mez a lancha Dias que conduziu o ex-Prefeito Leonidas Benício de Mello expulso deste Departamento peos revoltantes crimes que cometeu em pleno exerc´cio daquelle cargo. O exportado, no rio Purus, acima da cachoeira tomou a lancha Supremo com destino a Manaus." As "lanchas Dias e Supremo" foram, portanto, as primeiras balsas.Não sei ainda precisar se o barranco onde Benício de Melo foi "desembarcado" fazia parte do município de Manacapuru, destino do "exílio temporário e obrigatório" de todos que perdem eleições no Acre.
Na década de 50, um jornal da época, "Jornal do Povo" traz uma matéria assinada por Aluisio Queiroz, um truculento delegado de polícia, que perdeu a eleição e se recusa a embarcar na balsa. Eis um pequeno trecho do seu artigo "DE BALSA, NÃO!", datado de 12/09/1954, -"Esta é a segunda vez que somos gentilmente convidados para regressar em tão incômodo meio de transporte. Por ocasião da campanha passada, tivemos identico convite, o qual recusamos, pois achamos muito pouco amistoso o gesto dos nossos adversários. (...) O Acre inteiro já sabe que a Coligação Democrática Acreana defende a religião cristã, enquanto os nossos adversários desejam a expulsão dos padres e freiras de todo o Território. Se balsa houvesse, não seria só para nós, pois teríamos, em nossa campanhia, os Ministros de Deus. Mas, ainda não será desta vez que o compromisso anti-clerical e divorcista executará os seus planos criminosos e antipatrióticos." (Ass. Aluisio Queiróz).
Nos anos 70, o jornalista e advogado, Aluisio Macedo Maia, de saudosa memória e um contumaz passageiro de balsas (perdeu várias eleições para vereador e deputado Estadual) reintroduziu o tema ao nosso folclore político. Segundo o jornalista José Chalub Leite, o trajeto para Manacapuru foi uma invenção do Aluisio Maia "por ser bem distante do Acre, e onde os passageiros, da agonia pelo menos podiam carpir suas dores e mágoas ouvindo o choro do surubim. (...) Inicialmente esse percurso era restrito aos times de futebol derrotados no campeonato, principalmente o Atlético Acreano do doutor Aloisio Maia. Em 1972, apareceu a primeira crõnica esportiva por ele publicada no jornal O Rio Branco e a partir daí se incorporou a nossa cultura política transformando-se em tema obrigatório de cronistas, chargistas, jornalistas para "curtir" com os derrotados, de uma simples eleição de bairro, até as eleições presidenciais.
Aos balsistas, "majoritários da versão 2008", Petecão, Bocalom e, meu dileto aluno, Rocha, sejam benvindos a Manacapuru.
A minha balsa particular que saiu de ponta Negra, em Natal. Na época estava no meu Mestrado naquela cidade. Foi a derrota mais dolorosa. A eleição de 1996, quando Marcos Afonso (PT), perdeu a Prefeitura de Rio Branco para Mauri Sérgio (PMDB). Então fiz essa crônica:
CRÔNICA DE UM BALSISTA RETARDATÁRIO E SOLITÁRIO
Posso me considerar um veterano de balsas. Já fiz diversas vezes a longa e dolorosa travessia Rio Branco/Manacapuru nessa tosca embarcação, curtindo, ou melhor, carpindo todo o ritual que a democrática instituição da balsa estabeleceu para os seus passageiros - chorar as mágoas da derrota, ouvir o chôro dos surubins, cumprir uma rigorosa dieta alimentar a base de "chibé"(pirão d'água) e piranambu na agua e no sal, aguentar calado as gozações dos vitoriosos, além do trabalho de desencalhar a balsa inúmeras vezes ao longo do percurso. Afora as balsas sindicais (no Acre toda disputa comporta a instituição da balsa), já fiz essa viagem duas vezes com Lula, uma com Jorge Viana, outra com o Tião Viana e essa agora com o Marcos Afonso. Devo confessar que essa última foi a mais dolorosa, a mais sofrida, a mais solitária.
O meu embarque não se deu do histórico porto da Gameleira com os demais companheiros, onde osofrimento coletivo e o intercâmbio das mágoas atuam como um lenitivo para nossas dores individuais. Embarquei sózinho aqui no morro do Careca na praia de Ponta Negra em Natal. A minha travessia foi mais longa , mais dura e mais perigosa, pois a balsa é uma embarcação, eminentemente fluvial, não muito afeita as procelas do mar. Foi uma aventura dígna do Almir Klink( o navegador solitário). Sem a mesma sofisticação desse navegador, tive que fazer alguns preparativos para enfrentar a travessia "atlântico-fluvial". Aparelho de som e algumas fitas da MPB (incluí o dobrado "Avante Camaradas", composto para homenagear a Coluna Prestes na sua passagem pelo interior da bahia), muitos livros da bibliografia exigida no Mestrado, algumas obras literárias, principalmente poesias, além do rancho de mantimentos: muita farinha (pois sem farinha eu não almoço), rapadura, carne de bode salgada e "avoador"(um peixe de 3ª), pois só em Belém o cardapio oficial da balsa seria introduzido.
O medo e a solidão estavam presentes nessa empreitada. Manacapuru estava muito além do horizonte e quanto mais a balsa se distanciava da costa mais o horizonte também se afastava. Aí eu me lembrei dos versos de Eduardo Galeano, "Janela sobre a Utopia" em Palavras Andantes:Ela está no horizonte/Me aproximo dois passos,/Ela se afasta dois passos./Caminho dez passos/ E o horizonte corre dez passos/ Por mais que eu caminhe, jamais o alcançarei/ Para que serve a utopia?/ Serve para isso! Para caminhar."
A solidariedade e o compartilhamento da utopia com os companheiros da Frente Popular do Acre me fizeram superar o medo, enfrentar a solidão e navegar até Manacapuru. Cheguei são e salvo e com algumas leituras atualizadas. Relí, por exemplo, O Discurso da Servidão Voluntária de Etienne la Boétie, um texto clássico da Ciência Política datado de 1548, que permanece atualíssimo. Eis um trecho e tire suas conclusões: "Na verdade o natural da arraia miuda, cujo número é cada vez maior nas cidades, é que seja desconfiada para com aquele que a ama e crédula para com aquele que a engana, (...) Como se diz, todos os povos são prontamente logrados para a servidão, pela primeira pluma que lhe passou na boca; e é maravilhoso como cedem rápido, contanto que lhe façam cócegas,"
Durante o percurso Natal/Manacapuru tive que fazer muitas outras leituras para cumprir tarefas acadêmicas. Lí e pincei de A Rebelião das Elites de Christopher Lasch o seguinte tópico:"O dinheiro, mais ainda do que outras coisas agradáveis como a beleza, a elegância e o charme, tende a infiltrar-se pelas fronteiras e a comprar coisas que não deviam estar a venda: dispensa do serviço militar; amor e amizade; os próprios cargos políticos (graças ao custo exorbitante das campanhas). Soube que no dia 3 de outubro, Rio Branco amanheceu de azul e que foi caríssima essa pintura. O poder econômico é um fato nas campanhas eleitorais e sempre nos foi desfavorável, por isso não aceito a tese que essa nossa derrota aconteceu "no dia" em função da compra de votos, por cabos eleitorais e "boqueiros". O dinheiro é um fator a considerar mas não é o único e, talvez, não seja o mais importante. Em que pese a derrota em Rio Branco, a cidade que estávamos aprendendo a estimar, o PT cresceu no Estado e dobrou seus parlamentares na Câmara Municipal. Abrimos alguns flancos no interior e somos uma referência consolidada na capital. O PMDB, em Rio Branco, vai ter que se pautar pelo "jeito petista de governar" ou se desmoraliza de vez. Depois da nossa "maquiagem", como dizem nossos adversários, eles vão ter que fazer, pelo menos, uma plástica bem feita na cidade, principalmente na periferia.
Ao companheiro Marcos Afonso, para cuja campanha contribuí pouco, vai a minha solidariedade e minha palavra de estímulo nesse momento difícil. Você não ganhou, xará, mas quem perdeu foi Rio Branco. Para sua reflexão as palavras de de Marshall Berman no prefácio do seu livro"Tudo que é Sólido se Desmancha no Ar" (uma frase que ele pinçou do Manifesto Comunista) -"manter essa vida exige talvez esforços desesperados e heróicos, e as vezes perdemos. Ivan Karamazov diz que, acima de tudo o mais, a morte de uma criança lhe dá ganas de devolver ao universo o seu bilhete de entrada. Mas ele não o faz, Ele continua a lutar e a amar; ele continua a continuar." Continuaremos companheiro.
(Artigo publicado na página de Opinião do Jornal Página 20, em 12/11/1996)
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RESULTADOS ELEITORAIS:
PT ganha em 6 das 15 capitais definidas em 1º turno
Concluídas as apurações oficiais, as urnas consagraram, já no primeiro turno, 15 prefeitos de capitais. A maioria, seis, pertence aos quadros do PT.
PSDB, PMDB e PSB elegeram dois prefeitos cada um. PV, PP e PCdoB amealharam uma prefeitura cada.
Eis os nomes dos vitoriosos do PT: 1) Luizianne Lins (Fortaleza), 2) Raul Filho (Palmas), 3) Roberto Sobrinho (Porto Velho), 4) João da Costa (Recife), 5) Angelim (Rio Branco) e 6) João Coser (Vitória).
O PSDB reelegeu Beto Richa (Curitiba) e Silvio Mendes (Teresina). O PMDB elegeu Nelsinho Trad (Campo Grande) e Íris Resende (Goiânia).
Os eleitos do PSB são: Iradilson Sampaio (Boa Vista) e Ricardo Coutinho (João Pessoa). O PP reelegeu Cícero Almeida (Maceió). E o PCdoB, Edvaldo Nogueira (Sergipe).
Noutras 11 capitais, a disputa transbordou para o segundo turno. A lista inclui as cidades econômica e politicamente mais importantes.
No segundo round, o PT disputa três capitais. O PMDB está no páreo em seis capitais. O PSB, em três. PSDB e PTB, em duas. PV, DEM e PDT, em uma.
Vai abaixo a lista das capitais em que a definição foi adiada pelo eleitor:
1) São Paulo: Gilberto Kassab (DEM) X Marta Suplicy;
2) Rio: Eduardo Paes (PMDB) X Fernando Gbeira (PV);
3) Belo Horizonte: Márcio Lacerda (PSB) X Leonardo Quintão (PMDB);
4) Porto Alegre: José Fogaça (PMDB) X Maria do Rosário (PT);
5) Florianópolis: Dário Berger (PMDB) X Esperidião Amin (PP);
6) Manaus: Amazonino Mendes (PTB) X Serafino Corrêa (PSB);
7) Brlém: Duciomar Costa (PTB) X José Priante (PMDB);
8) Macapá: Camilo Capiberibe (PSB) X Roberto Goés (PDT);
9) Salvador: João Henrique (PMDB) X Walter Pinheiro (PT) ;
10) São Luiz: João Castelo (PSDB) X Flavio Dino (PCdoB);
11) Cuiabá: Wilson Santos (PSDB) X Mauro Mendes (PR);
ERI GALVÃO NO SEIS E MEIA
domingo, 5 de outubro de 2008
MINHA VISITA À BIBLIOTECA MARINA SILVA
Marcão, identidade acreana
Por Elynalia Lima
Marcos Inácio Fernandes ou Marcão, como é conhecido pelos amigos, acreano de coração há 30 anos, esteve em nossa sala de visitas no dia 19 de junho para fazer parte da Sociedade de Filosofia a convite de Marcos Afonso. Ele contou um pouco de sua história.
Nascido no Rio Grande do Norte, veio para o Acre em 23 de junho de 1978. Atualmente com 60 anos de vida, metade dela dedicou ao Acre como sociólogo e Mestre em Ciências Políticas.
Em 1977, recém formado na Universidade do Rio Grande do Norte, foi convidado pelo amigo Pedro Vicente, criador do Sesc-Senac no Acre, e veio trabalhar na CEPA – Comissão Estadual de Planejamento Agrícola. Depois, foi para a Emater ( atendimento e extensão rural) e em 1991 passou a dar aulas de Ciência Política e Sociologia na Universidade Federal do Acre, onde está até hoje.
Pai de dois filhos, Aberlado e Ana, e casado com a esteticista Eró, Marcão que já desenvolveu algumas atividades com seus alunos no auditório da Biblioteca, diz que esta representa o espaço mais interessante que o Governo já criou. Visita frequentemente seus amigos de longas datas Elson Martins e Marcos Afonso. Elson foi uma das primeiras pessoas que ele conheceu ao chegar ao Acre, na redação do jornal Varadouro; e Marcos Afonso foi seu companheiro nos tempos de militância nos anos 80.
O professor Marcos Inácio deixa uma mensagem aos governantes e usuários de todas as Bibliotecas, um estrofe do poema de Castro Alves: O Livro e a América:
“Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe -- que faz a palma,
É chuva -- que faz o mar”
sábado, 4 de outubro de 2008
20 ANOS DA CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988
O VOTO NA VITRINE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, defendeu que o voto no país deixe de ser obrigatório futuramente, condicionado à maior consolidação da democracia e da justiça social.
“Eu entendo que temos um encontro marcado com esse tema no futuro e a legislação consagrará, como em outros países, a voluntariedade do voto. O eleitor comparecendo porque quer participar efetivamente do processo eleitoral e se engajando nas campanhas com mais conhecimento de causa e determinação pessoal”, disse Britto.
“Como rito de passagem, a obrigatoriedade do voto deve permanecer ainda por mais tempo. Até que a democracia se consolide e que a economia chegue mais para todos”, ressaltou.
Na entrevista, Ayres Britto também reiterou posicionamento favorável ao financiamento público de campanha, como solução mais viável para evitar que o poderio econômico prevaleça sobre as qualidades políticas de cada candidato."
FRASE DE UMAS DAS DIVAS DO CINEMA
SONETO PARA GILMAR(HERMENEGILDO) MENDES
SAIU NA CARTA CAPITAL
A engrenagem de poder e influência que faz da escola do presidente do STF um negócio de sucesso. Por Leandro Fortes
“Quem quiser ficar rico, não vá ser juiz”João Batista de Arruda Sampaio, desembargador e jurista (1902-1987)
Desde que veio à tona a história do suposto grampo de uma conversa com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, galvanizou os anseios de uma parte da sociedade que enxerga nos ministros de tribunais superiores a chance de controlar o poder negado nas urnas em eleições recentes. Como “vítima” de uma interceptação ilegal até agora não comprovada, Mendes acabou alçado à condição de paladino do Estado de Direito, dos valores republicanos e, por que não, da moralidade pública. O episódio exacerbou uma tendência crescente do STF, a de interferir além dos limites de sua atribuição na vida dos demais poderes. Coube a Mendes chegar ao extremo, quando chamou “às falas” o presidente da República por conta da mal-ajambrada denúncia do tal grampo. O Congresso, a Polícia Federal, os juízes de primeira instância, o Ministério Público, ninguém escapa da fúria fiscalizadora do magistrado que ocupa o principal cargo do Poder Judiciário no Brasil. Quem tem a pretensão e o pendor para “varão de Plutarco”, presume-se, segue à risca na vida particular os padrões morais que prega aos concidadãos. Não parece ser este o caso de Mendes. A começar pela sua participação no controle acionário do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Há de cara um conflito ético, ainda que as regras da magistratura não sejam claras o suficiente sobre a permissão de juízes possuírem negócios. Criado em 1998, o IDP organiza palestras, seminários e treinamento de pessoal, além de oferecer cursos superiores de graduação e pós-graduação. Entre 2000 e 2008, faturou cerca de 2,4 milhões de reais em contratos com órgãos ligados ao governo federal, todos firmados sem licitação. No quadro de professores contratados pelo instituto figuram ministros de Estado e dos tribunais superiores, e advogados renomados, vários deles defendendo clientes com ações que tramitam no STF presidido por Mendes.