Stephen Zweig (1881-1942)
"(...) Só quando a vitória está decidida é que Fouché se posiciona. Assim foi na convenção, no Diretório, no consulado e no Império. Durante o combate, ele não está com ninguém, no final do combate sempre fica com o vencedor." (Stephen Zweig em Joseph Fouché, livro de 1928.)
A trajetória de Fouché:
"Fouché foi um ex-seminarista, converteu-se ao jacobinismo e foi dos mais ferozes líderes anti-clericais... No auge da Revolução Francesa queimou igrejas e trucidou adversários (especialmente em Lyon). Também votou a execução do rei Luiz XVI, em 1793. Mas, quando o vento mudou, e a turma de Robespierre perdeu apoio na Convenção, Fouché na última hora ajudou a empurrar a cabeça do "incorruptível" para a guilhotina. Com isso manteve a própria sobre o pescoço. Na sequência, aderiu ao Diretório, e ainda ajudou Bonaparte a empunhar o poder. Como prêmio, virou chefe de polícia do Cônsul e (depois) Imperador Napoleão. E, pasmem, ganhou título de nobre; o ex-jacobino transformou-se em Duque de Otranto. Mas, como ninguém é de ferro, quando viu que o Imperador estava perdido, Fouché conspirou a favor da volta dos Bourbon. Assim, ganhou um Ministério de Luiz XVIII, no governo da Restauração. Ou seja: cortou a cabeça de um Bourbon, em 1793 (Luiz XVI) e, duas décadas depois pôs a própria cabeça a serviço de outro rei da mesma dinastia, Luiz XVIII."
Está tudo relatado no livro sobre Fouché do Stephen Zweig (1881-1942), autor de outro livro importante sobre o nosso país - "Brasil, país do Futuro"
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