A condenação da tortura do Campo de Maio
Último presidente militar da Argentina condenado a 25 anos em prisão comum
O ex-general e ex-presidente Reynaldo Bignone no tribunal onde foi condenado a 25 anos por crimes de lesa humanidade
BUENOS AIRES, 20 ABR (O REPÓRTER) – O Tribunal Oral Federal 1 determinou, nesta terça-feira (20), no julgamento por crimes no centro clandestino de detenção e tortura do Campo de Maio, dentro das instalações do Exército Argentino, a condena a 25 anos em prisão comum do último presidente militar, Reinaldo Bignone, de 82 anos de idade.
Junto com ele, outros responsáveis pela repressão ilegal foram condenados e negados a cumprir em prisão domiciliar.
Bignone, quem entregou a banda presidencial em 1983 a Raúl Alfonsín no retorno a democracia na Argentina, havia declarado que “foi uma guerra e ninguém pode pôr isso em dúvida”, tentando justificar suas ordens.
Os acusados foram julgados por ilegalidades nas detenções e invasões de domicílios, privações da liberdade e aplicação de tormentos e torturas em 56 vítimas.
Antes de conhecer a sentença, o último presidente militar que assumiu o governo após a derrota argentina na guerra das Malvinas, afirmou que na década de ’70 houve uma “guerra irregular na qual as Forças Armadas precisaram intervir para acabar com o terrorismo” em cumprimento de ordens emanadas por um governo democrático.
E ainda colocou em dúvida os números da repressão nos anos da ditadura argentina. Bignone afirmou lendo um escrito que durou 40 minutos que “se insiste com 30 mil desaparecidos, uma cifra que deixaram como uma verdade incontestável, mas nunca foram demonstrados mais de oito mil, e se fala em roubos ou apropriações de 500 crianças mas não chegam a trinta, e nenhum dessas feitas por militares”.
Último presidente militar da Argentina condenado a 25 anos em prisão comum
O ex-general e ex-presidente Reynaldo Bignone no tribunal onde foi condenado a 25 anos por crimes de lesa humanidade
BUENOS AIRES, 20 ABR (O REPÓRTER) – O Tribunal Oral Federal 1 determinou, nesta terça-feira (20), no julgamento por crimes no centro clandestino de detenção e tortura do Campo de Maio, dentro das instalações do Exército Argentino, a condena a 25 anos em prisão comum do último presidente militar, Reinaldo Bignone, de 82 anos de idade.
Junto com ele, outros responsáveis pela repressão ilegal foram condenados e negados a cumprir em prisão domiciliar.
Bignone, quem entregou a banda presidencial em 1983 a Raúl Alfonsín no retorno a democracia na Argentina, havia declarado que “foi uma guerra e ninguém pode pôr isso em dúvida”, tentando justificar suas ordens.
Os acusados foram julgados por ilegalidades nas detenções e invasões de domicílios, privações da liberdade e aplicação de tormentos e torturas em 56 vítimas.
Antes de conhecer a sentença, o último presidente militar que assumiu o governo após a derrota argentina na guerra das Malvinas, afirmou que na década de ’70 houve uma “guerra irregular na qual as Forças Armadas precisaram intervir para acabar com o terrorismo” em cumprimento de ordens emanadas por um governo democrático.
E ainda colocou em dúvida os números da repressão nos anos da ditadura argentina. Bignone afirmou lendo um escrito que durou 40 minutos que “se insiste com 30 mil desaparecidos, uma cifra que deixaram como uma verdade incontestável, mas nunca foram demonstrados mais de oito mil, e se fala em roubos ou apropriações de 500 crianças mas não chegam a trinta, e nenhum dessas feitas por militares”.
Será que o exemplo que vem da Argentina atravessará a fronteira? (MIF)
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