Hoje o Movimento dos Sem Mídias - MSM, fez um protesto em frente a Folha de São Paulo, contra o estupro do jornalismo. Apoio integralmente e reproduzo o baner e o texto do coordenador dos MSM, Eduardo Guimarães.
Contra o estupro do jornalismo
O Movimento dos Sem Mídia, entidade da sociedade civil fundada em 13 de outubro de 2007 a partir de manifestação de repúdio de cidadãos (então ainda desorganizados) à realidade trágica que vige no Brasil de os seus maiores órgãos de imprensa atuarem como meros apêndices de partidos políticos, volta a se manifestar publicamente.
O que nos trás aqui não envolve apenas o jornal Folha de São Paulo, mas um grupo restrito de meios de comunicação. Este jornal apenas foi escolhido como símbolo do mau jornalismo que é praticado pelos impérios de comunicação controlados por meia dúzia de famílias abastadas.
Estamos aqui hoje principalmente para protestar contra o ataque covarde deste “órgão de imprensa” não a um político, não a um partido, mas a duas instituições nacionais, a Presidência da República e o jornalismo - e, por conseguinte, ao povo brasileiro.
Em 27 de novembro, este jornal, em consonância com os interesses político-partidários dessa meia dúzia de famílias que controla a comunicação de massas no Brasil, publicou um texto ladino e covarde de autoria de um colunista do veículo, o sr. Cesar Benjamin, ex-aliado do presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, e, de vários anos para cá, um de seus maiores inimigos políticos.
Uma página inteira de jornal foi concedida pela Folha ao colunista para que, em um mísero e odioso parágrafo, destilasse todo o seu rancor, toda a sua inveja, enfim, para que libertasse a horda de seus demônios interiores na forma de acusação irresponsável e covarde ao chefe da nação de que ele teria assediado sexualmente um companheiro de cela enquanto esteve preso durante a mesma ditadura militar que o mesmo órgão de imprensa apoiou e com a qual colaborou ativamente.
A Folha é pior do que veículos como o jornal o Estado de São Paulo ou do que uma revista Veja, apesar de, à diferença destes, permitir que quem diverge de sua linha editorial possa se manifestar esporadicamente em suas páginas, obviamente que muito menos do que os concordantes.
Os outros veículos supra mencionados seriam “melhores”, se é que isso é possível, porque, apesar de não assumirem que atuam como despachantes dos interesses do governador José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do partido deles, o PSDB, não se empenham tanto quanto a Folha em falsificar uma inverossímil “isenção”.
Voltando ao texto infame deste jornal que desencadeou esta reação de tantos setores da sociedade brasileira por sua covardia e pelo desrespeito aos mais comezinhos princípios que embasam o instituto do jornalismo, o Movimento dos Sem Mídia lembra aqui o princípio pétreo de sempre se ouvir um acusado e, juntamente a essa acusação, de se publicar a versão dele dos fatos denunciados.
Não foi o que aconteceu quando a Folha publicou o insidioso texto “Os Filhos do Brasil”, que transformou mera fofoca de um ressentido em fato jornalístico. A calúnia foi “escondida” em meio a um texto incrivelmente longo (uma página inteira de jornal), escrito no âmbito do desespero da imprensa partidarizada com o filme biográfico sobre o presidente da República que chega aos cinemas no início de 2010.
Sabendo da enormidade que cometeria e para poder alegar isonomia no denuncismo, poucos dias antes este jornal publicou, com um “pequeno” atraso de 18 anos, uma história que a imprensa brasileira escondeu por todo esse tempo, a história do filho ilegítimo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com uma jornalista da Globo, a qual, depois de engravidar do poderoso político, foi “degredada” na Espanha junto com o filho.
O argumento deste e de outros órgãos de imprensa para nunca terem divulgado a história sobre o ex-presidente tucano foi o de seguirem um princípio que jamais valeu para políticos que não apóiam, o princípio de respeitar a vida privada das pessoas públicas.
Poder-se-ia respeitar esse princípio, sim, se não fosse inexplicável a Globo sustentar uma vida luxuosa para uma jornalista durante tanto tempo sem que ela ofereça a esse império de mídia qualquer serviço conhecido do grande público, pois não se conhece qualquer produção jornalística relevante da mãe do filho até então nunca reconhecido pelo ex-presidente FHC.
O conluio entre a Folha e os políticos que hoje representam os interesses da direita brasileira fica claro quando se nota que a história sobre o filho ilegítimo do ex-presidente tucano só foi divulgada no momento em que ele decidiu reconhecer esse filho e pouco antes do ataque dissimulado e covarde ao presidente da República, agora acusado de ter tentado cometer crime de estupro sem nenhuma prova além da palavra de um seu inimigo político.
Este Ato Público que ora fazemos não constitui mera defesa ou mero desagravo ao presidente, porém. Protesta-se aqui contra a tentativa da Folha de dissimular suas preferências políticas e de ignorar todos os princípios básicos de todos os manuais de jornalismo conhecidos ao tentar vender uma mentira tão vil à sociedade.
Nos últimos dias, com a revolta crescente diante da publicação de acusação tão grave – e sem qualquer elemento probatório – ao chefe da Nação e à própria instituição Presidência da República, a grande imprensa, assustada com a repercussão do crime da Folha, teve que repercutir um escândalo desvendado pela Polícia Federal contra a oposição.
O jogo de cena dessa imprensa criminosa, partidarizada e mentirosa não engana ninguém e pode ser facilmente desmontado. Basta recorrer aos arquivos de uma Folha para constatar que o surto de “isentismo” dos últimos dias é totalmente atípico. Com efeito, o passado (recentíssimo) condena despachantes de políticos como a Folha.
E apesar de a Folha ter endossado a acusação do ressentido Cesar Benjamin ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicando a fofoca do colunista sobre um suposto comportamento criminoso do presidente sem lhe dar o mínimo direito de defesa, tal comportamento foi desmentido por todos os que viveram a situação descrita em 27 de novembro.
O Movimento dos Sem Mídia afirma que este protesto não tem qualquer fundo partidário ou de culto à personalidade do presidente da República, que, como qualquer outro político, deve ser submetido a fiscalização séria da imprensa, contanto que esta se estenda a qualquer político independentemente de sigla partidária ou de ideologia.
O que pede o Movimento dos Sem Mídia, o que exige a sociedade brasileira, o que impõe a ética jornalística, pois, é o fim desse tipo de jogada política baixa, suja, mesquinha, covarde e imoral. Queremos, sim, que a classe política seja toda submetida à fiscalização da imprensa. Queremos que a imprensa seja livre, mas que trate a todos os políticos da mesma forma.
A previsível acusação que este jornal verterá de que estão tentando cercear sua “liberdade de imprensa” só se sustentaria se o veículo conseguisse se colocar a salvo do contraditório atacando seus críticos sem lhes dar voz. Mas isso acabou no Brasil e no mundo. Com a internet, aqueles que a imprensa partidarizada calou por tanto tempo agora podem se comunicar e se reunirem para, como ora fazemos aqui, soltarem a sua voz.
O mundo mudou e essa meia dúzia de famílias que sempre controlou a comunicação no Brasil não percebeu. Esses que fomentaram a miséria, a pobreza, a desigualdade, golpes de Estado, tortura, assassinatos políticos e tantos outros horrores, cada vez mais serão cobrados. O fato de estarmos aqui hoje deixa ver o novo país que está surgindo e que a família Frias, bem como suas congêneres, teima em não enxergar.
Escrito por Eduardo Guimarães às 10h02
Contra o estupro do jornalismo
O Movimento dos Sem Mídia, entidade da sociedade civil fundada em 13 de outubro de 2007 a partir de manifestação de repúdio de cidadãos (então ainda desorganizados) à realidade trágica que vige no Brasil de os seus maiores órgãos de imprensa atuarem como meros apêndices de partidos políticos, volta a se manifestar publicamente.
O que nos trás aqui não envolve apenas o jornal Folha de São Paulo, mas um grupo restrito de meios de comunicação. Este jornal apenas foi escolhido como símbolo do mau jornalismo que é praticado pelos impérios de comunicação controlados por meia dúzia de famílias abastadas.
Estamos aqui hoje principalmente para protestar contra o ataque covarde deste “órgão de imprensa” não a um político, não a um partido, mas a duas instituições nacionais, a Presidência da República e o jornalismo - e, por conseguinte, ao povo brasileiro.
Em 27 de novembro, este jornal, em consonância com os interesses político-partidários dessa meia dúzia de famílias que controla a comunicação de massas no Brasil, publicou um texto ladino e covarde de autoria de um colunista do veículo, o sr. Cesar Benjamin, ex-aliado do presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, e, de vários anos para cá, um de seus maiores inimigos políticos.
Uma página inteira de jornal foi concedida pela Folha ao colunista para que, em um mísero e odioso parágrafo, destilasse todo o seu rancor, toda a sua inveja, enfim, para que libertasse a horda de seus demônios interiores na forma de acusação irresponsável e covarde ao chefe da nação de que ele teria assediado sexualmente um companheiro de cela enquanto esteve preso durante a mesma ditadura militar que o mesmo órgão de imprensa apoiou e com a qual colaborou ativamente.
A Folha é pior do que veículos como o jornal o Estado de São Paulo ou do que uma revista Veja, apesar de, à diferença destes, permitir que quem diverge de sua linha editorial possa se manifestar esporadicamente em suas páginas, obviamente que muito menos do que os concordantes.
Os outros veículos supra mencionados seriam “melhores”, se é que isso é possível, porque, apesar de não assumirem que atuam como despachantes dos interesses do governador José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do partido deles, o PSDB, não se empenham tanto quanto a Folha em falsificar uma inverossímil “isenção”.
Voltando ao texto infame deste jornal que desencadeou esta reação de tantos setores da sociedade brasileira por sua covardia e pelo desrespeito aos mais comezinhos princípios que embasam o instituto do jornalismo, o Movimento dos Sem Mídia lembra aqui o princípio pétreo de sempre se ouvir um acusado e, juntamente a essa acusação, de se publicar a versão dele dos fatos denunciados.
Não foi o que aconteceu quando a Folha publicou o insidioso texto “Os Filhos do Brasil”, que transformou mera fofoca de um ressentido em fato jornalístico. A calúnia foi “escondida” em meio a um texto incrivelmente longo (uma página inteira de jornal), escrito no âmbito do desespero da imprensa partidarizada com o filme biográfico sobre o presidente da República que chega aos cinemas no início de 2010.
Sabendo da enormidade que cometeria e para poder alegar isonomia no denuncismo, poucos dias antes este jornal publicou, com um “pequeno” atraso de 18 anos, uma história que a imprensa brasileira escondeu por todo esse tempo, a história do filho ilegítimo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com uma jornalista da Globo, a qual, depois de engravidar do poderoso político, foi “degredada” na Espanha junto com o filho.
O argumento deste e de outros órgãos de imprensa para nunca terem divulgado a história sobre o ex-presidente tucano foi o de seguirem um princípio que jamais valeu para políticos que não apóiam, o princípio de respeitar a vida privada das pessoas públicas.
Poder-se-ia respeitar esse princípio, sim, se não fosse inexplicável a Globo sustentar uma vida luxuosa para uma jornalista durante tanto tempo sem que ela ofereça a esse império de mídia qualquer serviço conhecido do grande público, pois não se conhece qualquer produção jornalística relevante da mãe do filho até então nunca reconhecido pelo ex-presidente FHC.
O conluio entre a Folha e os políticos que hoje representam os interesses da direita brasileira fica claro quando se nota que a história sobre o filho ilegítimo do ex-presidente tucano só foi divulgada no momento em que ele decidiu reconhecer esse filho e pouco antes do ataque dissimulado e covarde ao presidente da República, agora acusado de ter tentado cometer crime de estupro sem nenhuma prova além da palavra de um seu inimigo político.
Este Ato Público que ora fazemos não constitui mera defesa ou mero desagravo ao presidente, porém. Protesta-se aqui contra a tentativa da Folha de dissimular suas preferências políticas e de ignorar todos os princípios básicos de todos os manuais de jornalismo conhecidos ao tentar vender uma mentira tão vil à sociedade.
Nos últimos dias, com a revolta crescente diante da publicação de acusação tão grave – e sem qualquer elemento probatório – ao chefe da Nação e à própria instituição Presidência da República, a grande imprensa, assustada com a repercussão do crime da Folha, teve que repercutir um escândalo desvendado pela Polícia Federal contra a oposição.
O jogo de cena dessa imprensa criminosa, partidarizada e mentirosa não engana ninguém e pode ser facilmente desmontado. Basta recorrer aos arquivos de uma Folha para constatar que o surto de “isentismo” dos últimos dias é totalmente atípico. Com efeito, o passado (recentíssimo) condena despachantes de políticos como a Folha.
E apesar de a Folha ter endossado a acusação do ressentido Cesar Benjamin ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicando a fofoca do colunista sobre um suposto comportamento criminoso do presidente sem lhe dar o mínimo direito de defesa, tal comportamento foi desmentido por todos os que viveram a situação descrita em 27 de novembro.
O Movimento dos Sem Mídia afirma que este protesto não tem qualquer fundo partidário ou de culto à personalidade do presidente da República, que, como qualquer outro político, deve ser submetido a fiscalização séria da imprensa, contanto que esta se estenda a qualquer político independentemente de sigla partidária ou de ideologia.
O que pede o Movimento dos Sem Mídia, o que exige a sociedade brasileira, o que impõe a ética jornalística, pois, é o fim desse tipo de jogada política baixa, suja, mesquinha, covarde e imoral. Queremos, sim, que a classe política seja toda submetida à fiscalização da imprensa. Queremos que a imprensa seja livre, mas que trate a todos os políticos da mesma forma.
A previsível acusação que este jornal verterá de que estão tentando cercear sua “liberdade de imprensa” só se sustentaria se o veículo conseguisse se colocar a salvo do contraditório atacando seus críticos sem lhes dar voz. Mas isso acabou no Brasil e no mundo. Com a internet, aqueles que a imprensa partidarizada calou por tanto tempo agora podem se comunicar e se reunirem para, como ora fazemos aqui, soltarem a sua voz.
O mundo mudou e essa meia dúzia de famílias que sempre controlou a comunicação no Brasil não percebeu. Esses que fomentaram a miséria, a pobreza, a desigualdade, golpes de Estado, tortura, assassinatos políticos e tantos outros horrores, cada vez mais serão cobrados. O fato de estarmos aqui hoje deixa ver o novo país que está surgindo e que a família Frias, bem como suas congêneres, teima em não enxergar.
Escrito por Eduardo Guimarães às 10h02
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