domingo, 30 de maio de 2010
TUDO FIADO
COMEÇOU A SÉRIE "B" DO ABERTO DE TÊNIS DE MESA DA RUA DA LINHA
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A NOVA CAMPANHA PELA LEGALIDADE
Do Blog TIJOLAÇO do Brizola Neto (honrando as raizes)
Brizola Neto Comentários.
Legalidade: o pronunciamento na Câmara
quarta-feira, 26 maio, 2010 às 17:14
Falei, há poucos minutos, na tribuna da Câmara e transcrevo, abaixo, as notas taquigráficas da minha fala. Daqui a pouco coloco o vídeo.
O SR. BRIZOLA NETO (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a base da democracia é o voto de cada brasileiro. A eleição tem que ser decidida nas urnas, não nos jornais, não na televisão e nem na Justiça. A eleição é a hora de o povo falar diretamente. Aquelas instituições não têm o direito de se substituírem ao povo, nessa decisão, como nós Deputados, não o temos.
Assistimos a um processo eleitoral que está sendo levado pela mídia e pela Oposição, não às ruas, mas aos tribunais. O Presidente Lula está quase que proibido de falar o nome de quem apoia.
As pesquisas dizem que metade dos brasileiros deseja votar no candidato do Presidente, mas a Oposição e a imprensa pressionam todo dia o Poder Judiciário para que o proíba de falar. Proíba, para ocultar ao povo que sua candidata éDilma, enquanto José Serra desfila como lulista.A farsa depende do silêncio.
Ora, senhoras e senhores, manifestar preferência não é pedir voto. Nós, aqui nesta casa, também somos agentes públicos. Não podemos usar nossos gabinetes, nossas cotas, os serviços pagos com dinheiro público para pedir votos.
Isso está correto, corretíssimo.
Mas imaginem se fôssemos impedidos até de falar o nome de quem apoiamos. Somos agentes públicos e agentes políticos, tanto que só podemos estar aqui, como também só pode estar lá o Presidente, se filiados a um partido político.
Quem está proibido de preferência partidária são os membros do Judiciário e os que atuam junto a ele, como a Procuradoria da República. Eles têm o dever da prudência e do equilíbrio, até para não tumultuarem as eleições. Ontem, uma Vice-Procuradora deu entrevista à Folha de S.Paulo em que,ao menos no que foi publicado, ameaça de cassação a candidatura Dilma.
Hoje, na mesma Folha de S.Paulo, o Sr. Roberto Jefferson anuncia o expediente, expressamente proibido em lei, de entregar ao candidato Serra o horário de TV do PTB, como fez e está fazendo ainda o DEM, sem que o Ministério Público tenha sequer reagido.
Há dois pesos e duas medidas? Mais rigor da lei para uns e nenhum para outros?
Nós vamos reagir com serenidade, pacifica e legalmente. Os democratas e patriotas deste País vão se unir a uma campanha pela legalidade como a que fez Brizola em 1961. Ninguém vai decidir em quem o povo pode ou não pode votar.
Não ao golpe eleitoral! Não ao tapetão judicial!
Eleição se ganha é no voto.
Obrigado, Sr. Presidente.
Brizola Neto Comentários
terça-feira, 25 de maio de 2010
A IDADE E O CINEMA
Sinopse:
Em Robin Hood, o Robin Longstride de Riddley Scott abarca todas as características do herói clássico. É aquele que mesmo quando parece enganar, está sendo honesto. Seus princípios morais e sentido de justiça estão profundamente arraigados no inconsciente e vão aflorando na medida em que usa sua experiência para ajudar a comunidade. Ao fazer isso, descobre mais sobre si mesmo e seu passado nebuloso. Só que desta vez vemos o herói terminar uma jornada no começo do filme e começar outra no final! Golpe esperto de Scott para não ser repetitivo ao contar a história de Robin Hood, já contada inúmeras vezes no cinema.
O enredo de Scott se passa durante a volta de Ricardo Coração de Leão das Cruzadas, dada como sendo em 1122. As lendas verdadeiras de Robin Hood narradas nas baladas de menestréis mais antigas datam somente a partir de 1200, ou seja, depois do que narra o filme. Robin era um nome muito comum na época, quase como para nós o “Raimundo”. E Hood (the hooded man, ou seja, Robin “de capuz”) poderia tanto ser um apelido ou um sobrenome – como seria o nosso “da Silva” –, porque homens simples usavam muito o capuz naqueles tempos. Então como saber quem era um tal “Raimundo da Silva” que era contra a tirania dos poderosos, que teria sido usurpado e se tornou um saqueador e um fora da lei? Impossível saber ao certo!
Portanto, chegamos a uma das características mais vibrantes dentro do estilo de Ridley Scott: ele é um exímio manipulador da verossimilhança! Suas reconstituições históricas são impecáveis em detalhes, mas não deixam de ser ficção, obviamente. Os detalhes das batalhas e de como era o cotidiano na Idade Média são realmente muito enriquecedores. Como ele mesmo já disse: “I’m a moviemaker, not a documentarian. I try to hit the truth” – “Sou um cineasta, não um documentarista. Tento atingir a verdade”. (Do Blog Amálgama)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
PARA VER E LER MELHOR
Tenha uma semana saudável.
Abraços
Mário Amorim
OLHAR O MUNDO E NÃO VER NADA
Isto acontece também na leitura: adquirimos o vício de não ler ou não ler direito. Disse o filósofo Nietzsche, em Além do bem e do mal, que lemos muito mal:
"Da mesma forma reduzida como o leitor hoje lê apenas algumas palavras (ou mesmo sílabas) em uma página - ele extrai de vinte palavras mais ou menos cinco ao acaso e "adivinha" nessas cinco palavras o sentido presumido delas -, de forma, igualmente reduzida, vemos hoje uma árvore exata e completa. Mesmo diante dos acontecimentos mais raros, fazemos igual: nós inventamos para nós mesmos boa parte do fato e é muito difícil sermos levados a não nos vermos como "inventores" de algum processo. Isso tudo quer dizer o seguinte: somos, radicalmente, desde sempre, acostumados à mentira. Ou, para expressar de forma virtuosa e hipócrita, ou, digamos, de forma agradável, a gente é muito mais artista do que imagina".
Vemos as palavras, mas não lemos o texto, jamais vemos uma árvore completa, "mentimos" para nós mesmos, diz o filósofo. No filme brasileiro Janela da Alma, um filme sobre o olhar, de João Jardim, é mostrado Egven Bavcar, um fotógrafo cego. Esse homem diz que as novas gerações estão perdendo a capacidade de ver. É um fato estranho numa época em que se diz que a visão é o mais utilizado de todos os sentidos. Vê-se muito, tudo é visual, há telas por toda parte, mas as pessoas não vêem, ou não vêem direito. O mesmo filósofo citado acima comenta também sobre um antigo padre confessor que havia ficado surdo e disse, certa vez, que a gente tem os olhos para ouvir. Dizia ele: em terra de cego, que tem ouvido mais apurado é rei.
Os estudiosos da percepção falam que a visão proporciona aos homens o "espetáculo do mundo", mas sentir o mundo é diferente. Quando sentimos o mundo, nós não apenas vemos, nós aprendemos as qualidades. Quando passamos pelas ruas, um mundo de apelos visuais, de imagens, de fotografias, de cores e de cenas nos chamam a atenção. Nós saímos de nós e dirigimos ao painel publicitário, ao telão, à publicidade nas ruas. Nós vamos para lá. É diferente quando fazemos o movimento inverso, quando deixamos o mundo entrar em nós, e isso não acontece com a visão,mas acontece com a audição, com o tato e com todas as formas de sentir as coisas. Elas entram em nós, instalam-se em nós, produzem em nosso interior uma sensação de incorporação e de mudança.
A visão, falamos acima, é forma de captura, de aprisionamento, é uma maneira de apanhar uma vítima, uma presa. Há certos olhares que são ferinos, que atacam, que chispam, que agridem. Mas não há jamais um ouvir ferino, um sentir ferino. Porque sentir é perceber as coisas instalarem-se em nós, é aprender com elas, é nos desenvolvermos por meio delas, é nos tornarmos mais refinados, atentos, solidários com base no que a natureza e o mundo externo podem nos ensinar. Isso é diferente também da forma como trabalha o olhar científico, o olhar do laboratorista, aquele olhar que apanha um objeto, uma flor, um inseto e o retalha, o decompõe, o separa em múltiplas partes. Perceber o mundo é não distanciar-se das coisas para envolver-se com elas, mas uma fusão: nós nos fundimos, nós nos dissolvemos no mundo.
A visão trabalha por varredura. Olhamos a cidade como um todo, nossos olhos passeiam de uma ponta para a outra do horizonte vendo edifícios, veículos, pontes e viadutos, árvores e pessoas. Fazemos um apanhado geral da cena, olhamos tudo em "plano geral", como dizem os cineastas. É evidente que dessa forma jamais estaremos atentos aos detalhes: àquela casinha abafada no meio dos prédios, àquele paralítico tentando subir a ladeira, às flores amarelas do ipê que começam a aparecer no final do inverno. Nietzsche dizia ainda que, pela velocidade terrível da vida, o espírito e os olhos acostumam-se com um olhar e um julgamento "pela metade", ou mesmo falso, e que cada um de nós se parece como um viajante de trem, que só conhece um país ou um povo através de seu vagão. Isso quer dizer que vemos o mundo passar na rapidez, na velocidade, no agito cotidiano, e não nos detemos nas coisas. Não temos o olhar do fotógrafo, daquele que depurou o olhar e busca redescobrir as imagens esquecidas.
Fonte: Perca tempo. É no lento que a vida acontece - Ciro Marcondes Filho
Colaboração de Zirair Karmirian Filho
CARNAÚBA DAS MINHAS RAÍZES
CARLOS SEIS PONTO ZERO
sábado, 15 de maio de 2010
COMEÇOU O VIRA VIRA
Política - Eleições 2010
Vox Populi: Dilma ultrapassa Serra em todos os cenários
Publicação: 15/05/2010 17:41 Atualização: 15/05/2010 18:06
por Vinicius Sassine, no Correio Brasiliense
A pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente do pré-candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo, José Serra, em pesquisa de intenção de votos feita pelo Instituto Vox Populi.
O levantamento traz a petista com 37% das intenções de voto, em empate técnico com Serra, que tem 34% na pesquisa estimulada. A margem de erro do levantamento é de 2,2%, para mais ou para menos.
Dois mil eleitores, moradores de 117 cidades (nas cinco regiões brasileiras), foram ouvidos no levantamento. Num eventual segundo turno, Dilma e Serra também estariam tecnicamente empatados, com 40% e 38%, respectivamente, dentro, portanto, da margem de erro de 2,2%.
A pesquisa de intenção de voto espontâneo – quando o eleitor abordado pelos pesquisadores diz em quem vai votar – também aponta a liderança de Dilma Rousseff. Ela aparece com 19% das intenções de voto, enquanto Serra tem 15%. Em janeiro, cada candidato obteve 9% das intenções de votos espontâneos.
A candidata do PV, a ex-ministra Marina Silva, consolidou-se na terceira posição da pesquisa estimulada de intenção de voto, com 7%. O levantamento de votos espontâneos mostra o presidente Lula em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto, o que confirma a popularidade do presidente (mesmo sem poder se candidatar a um terceiro mandato, Lula é citado pelos eleitores).
As regiões onde Dilma Rousseff é mais lembrada são o Nordeste (44%) e o Norte (41%). Serra lidera no Sul (44%) e está tecnicamente empatado com a petista no Sudeste.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 7 de maio de 2010, sob o número 11.266/2010. As duas mil pessoas foram entrevistas entre os dias 8 e 13. O Correio publica todos os detalhes do levantamento na edição impressa de amanhã.
IBGS MOSTRA DILMA 4 PONTOS NA FRENTE NO DF
O IBGS , instituto de pesquisa do Jornal Alô Brasília faz todos os meses pesquisa eleitoral no DF. Ele terminou hoje mais uma rodada. Dilma está quatro pontos na frente de Serra.
ABERTO DE TÊNIS DE MESA DA RUA DA LINHA
quinta-feira, 13 de maio de 2010
É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
LIÇÕES DE VIDA
Reflexões de George Carlin (1937 – 2008)
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...
se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.
SERRA SE QUEIXA QUE É ECONOMISTA E DE ESQUERDA. HÁ CONTROVÉRSIAS.
TERÇA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2010
SERRA É DENUNCIADO COMO CONTRAVENTOR POR CONSELHOS DE ECONOMIA
Candidato tucano à Presidência pode pegar até três meses de cadeia
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Artigo do jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, Sitônio Pinto, publicado no jornal A União, de João Pessoa, abrigado no site do governo paraibano, informa o seguinte:
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“O Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre o pedido de interpelação judicial e o conseqüente enquadramento do candidato José Serra no Art. 47 do Dec. Lei. 3.688/41, feito pelo Conselho Regional de Economia da Paraíba e endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, e por dois membros do Conselho Federal de Economia. O pedido teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro. O procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.
O Corecon-PB fez a sua parte, denunciando a irregularidade e pedindo providências à entidade competente, - no caso o Conselho Federal de Economia, parte legítima para uma iniciativa jurídica, pois congrega todos os Corecons do Brasil, onde, hipoteticamente, Serra deveria estar inscrito como economista.
Por coincidência, logo após a denúncia do Corecon-PB, seu presidente, o economista Edivaldo Teixeira de Carvalho, teve sua residência invadida por três homens armados que lhe roubaram um automóvel e outros objetos de valor. A violência não parou aí. Telefonemas ameaçadores foram transmitidos à casa de Edivaldo, com a recomendação de que ele ficasse quieto. Sua casa foi rondada por automóveis em atitude suspeita.
É de estranhar também a omissão do Confea, entidade que reúne os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea), que até agora não se manifestou sobre o uso do título de engenheiro pelo candidato José Serra. Nenhum dos Creas também se pronunciou sobre o assunto”.
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O Decreto-Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941, em vigor, trata das Contravenções Penais. Seu artigo 47, no Capítulo VI, trata do exercício ilegal de profissão ou atividade:
.“Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”.
Do Blog:Brasília Eu Vi do Leandro Fortes.
Ao se declarar um homem de esquerda, durante entrevista na CBN, o ex-governador José Serra deve:
1) Ter caído em desgraça na revista Veja;
2) Ter caído em desgraça no Instituto Millennium;
3) Ter caído em desgraça na Fiesp;
4) Ter caído em desgraça no Clube Militar;
5) Ter caído em desgraça na ANJ;
6) Ter caído em desgraça nos blogs de esgoto;
7) Ter caído em desgraça na TFP;
8) Ter caído em desgraça na UDR;
9) Ter caído em desgraça na CNA;
10) Ter caído em desgraça na CNI;
11) Ter caído em desgraça no DEM;
12) Ter caído em desgraça em Higienópolis;
13) Ter caído em desgraça nas Organizações Globo;
14) Ter caído em desgraça na Febraban;
15) Ter caído em desgraça no PSDB.
Então, fico imaginando quem, afinal, deverá votar em José Serra, o Vermelho:
1) Os 30 mil pernambucanos beneficiados pela plataforma de indústria naval fixada no estado como parte do PAC?
2) Os 60 milhões de brasileiros beneficiados pela distribuição de renda catalisada pelo Bolsa Família?
3) Os 32 milhões de brasileiros que saíram da condição de miseráveis à de consumidores?
4) Os 1,2 milhão de trabalhadores que recebem um salário mínimo que pulou de 60 dólares, da Era Tucana, para 200 dólares, no governo Lula?
5) Os trabalhadores sem-terra perseguidos no interior de São Paulo?
6) Os familiares dos motoboys assassinados pela PM paulista?
7) O delegado Protógenes Queiroz?
8) O juiz Fausto De Sanctis?
9) Os comunistas?
10) Os eleitores de Dilma Rousseff?
E, finalmente, alguém pode me explicar como é que um sujeito de esquerda pode aparecer todo sorridente numa foto ao lado da senadora Kátia Abreu? Seria um caso clássico de infiltração esquerdista nas hostes ruralistas?
segunda-feira, 10 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
DA SÉRIE: COMPARAR NÃO OFENDE
Dia 6 de maio de 2001: (Governo de FHC)
a) Brasil vive crise dramática de energia e aguarda o pronunciamento do Presidente Fernando Henrique Cardoso que anunciará o racionamento à Nação;
b) Folha Online: "Além de sofrer com o aumento das tarifas de energia elétrica, o brasileiro ainda terá de gastar mais dinheiro para acender uma vela, em caso de apagões".
c) preço do produto será reajustado devido ao aumento de 5,5% no valor da parafina, vendida mais cara pela Petrobras desde o último dia 1º.
d) acidente com a plataforma P-36 que explodiu e afundou na Bacia de Campos dia 20-03, causando 11 mortes, reduziu produção nacional de petróleo em 84.000 barris/dia
e) Agência Nacional de Petróleo (ANP) afirma que acidente foi causado por "não-conformidades quanto a procedimentos operacionais de manutenção e de projeto" por parte da Petrobrás.
f) Folha On line: "Se os aumentos de tarifa não forem suficientes para reduzir o consumo de energia elétrica, brasileiros poderão ficar até quatro horas por dia no escuro".
Dia 6 de maio de 2010:(Governo Lula)
a) governo anuncia o Plano Nacional da Banda Larga para garantir acesso de alta velocidade à Internet a 40 milhões de domicílios até 2014; a estatal Telebrás é capitalizada para assumir o comando da rede de transmissão.
b) Governo cria Eximbank para incentivar exportações e define incentivos fiscais com devolução rápida de tributos para alavancar vendas brasileirsas ao exterior;
c) Indústria de máquinas e equipamentos registra o melhor março da sua história este ano com faturamento de R$ 7,2 bilhões
d) IBGE: crescimento de 18% da produção industrial no 1º trimestre deste ano é a maior expansão trimestral desde o início da série histórica, em 1991.
e) Petrobrás prepara-se para realizar mega-capitalização destinada a investimentos da ordem de US$ 174 bilhões na exploração das reservas brasileiras do pré-sal, a principal descoberta de petróleo do mundo nas últimas décadas;
f) Oposição no Congresso boicota votação das regras do pré-sal que garantem soberania nacional no controle e exploração das novas jazidas;
g) Serra, ex- ministro da Saúde e do Planejamento Econômico de FHC, apresenta-se novamente como candidato anti-Lula à Presidência da República; tucano, agora, diz que vai resolver problemas da economia com ‘tesão'
(Carta Maior e o confronto entre dois projetos de país; 06-05)
STALINGRADO NÃO CAIU E O NAZISMO É DERROTADO.
LULA DESCE A CHIBATA
Por Nonato Amorim
Nassif & Amigos.
Senhoras e Senhores, meu cordial bom dia!
O lançamento ao mar do navio João Cândido, neste dia, nas águas que banham Pernambuco – este maravilhoso Estado cantado em prosa e verso como LEÃO DO NORTE – reveste-se de significado muito especial. Trata-se da primeira embarcação da fase de revitalização da indústria naval do país, pelo Estaleiro Atlântico Sul, e é primogênito da nova frota da Transpetro.
É especial porque foi o próprio presidente da República que sugeriu o nome de batismo do navio. É especial não só para a família de João Cândido e de seus companheiros marinheiros. É especial para a sociedade brasileira, pois esta homenagem, neste ano do centenário da Revolta da Chibata, consagra o reconhecimento de uma luta justa e digna travada contra os maus tratos que existiam na Marinha do Brasil, em defesa dos direitos humanos.
Não cabe aqui e agora reabrir feridas do episódio histórico.
Mas é fundamental nos situarmos no que ocorreu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma semana após a posse do marechal Hermes da Fonseca como presidente da República.
Aliás, muito antes daquele período, o descontentamento dos marujos – em larga maioria, filhos de escravos ou ex-escravos, negros e mulatos, pobres e analfabetos – já era uma bomba a explodir na Marinha do Brasil. Os marujos recriminavam os castigos físicos e o excesso de trabalho. Também enfrentavam problemas com a alimentação de péssima qualidade e escassa. A lei Áurea, em 1888, não extinguiu o costume covarde da chibata aplicada aos marinheiros pelos oficiais como punição disciplinar.
As 250 chibatadas dadas no marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses foi o estopim para a revolta. O meu pai João Cândido e mais de dois mil marinheiros, então, se rebelaram. E posso dizer que, pela primeira vez, um Almirante Negro assumiu o comando dos navios da reconhecida Esquadra Branca, que era orgulho do país, e que em 1910 era considerada a terceira potência naval do mundo.
Senhoras e Senhores,
Quase cem anos depois da Revolta da Chibata, enquanto a Marinha ainda se mantém atrelada à idéia de que o episódio foi uma insurgência, o Estado vem procurando retificar os erros cometidos contra os marinheiros.
Nesse sentido, o presidente Lula, em julho de 2008, sancionou o projeto que anistiou João Cândido e os outros marinheiros participantes da Revolta da Chibata. É bem verdade que o artigo que previa o pagamento relativo às promoções póstumas e indenizações por morte aos familiares dos anistiados foi vetado, no meu entender, injustamente. Essa reparação ainda será feita.
Quero, como representante da família de João Cândido, expressar meu agradecimento ao presidente Lula pela iniciativa tomada no sentido de acertar o episódio histórico no seu devido lugar na história brasileira.
O navio petroleiro João Cândido vai singrar a imensidão dos mares com a nobre missão de transportar riquezas naturais brasileiras. Desejo que isso possa ajudar, efetivamente, na política de desenvolvimento econômico com justiça social. Nos mares e nos portos de qualquer parte do mundo, o navio será a nossa referência de grandeza e dignidade.
Vida longa ao João Cândido.
Muito obrigado.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
DA SÉRIE "AGORA FHC CORTA O PULSO" - LULA GANHA OUTRO PRÊMIO
Lula receberá prêmio da ONU por combate à fome
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio “Campeão Mundial na Luta contra a Fome” do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, informou a entidade nesta sexta-feira.
A premiação será realizada em Brasília na segunda-feira e será entregue pela diretora executiva da agência da Organização das Nações Unidas, Josette Sheeran, anunciou o órgão em seu site na Internet.
Ela iniciará visita de dois dias ao Brasil no domingo e deverá visitar projetos do programa Fome Zero em cidades próximas a Brasília para avaliar o impacto da iniciativa.
Segundo a PMA, “o prêmio destaca a importância da parceria com o Brasil em momentos como o terremoto no Haiti… e o reconhecimento dos esforços do governo do país no cumprimento das Metas do Milênio”.
Na semana passada, a revista norte-americana “Time” elegeu Lula como um dos 25 líderes mais influentes do mundo.
OS DONOS DO PODER
Este texto é dedicado ao ministro Eros Grau e aos demais que citaram Faoro para justificar seu voto dia 29 de abril
Costumava chamar Raymundo Faoro de Profeta, com P grande mesmo. Ele fazia previsões sobre o futuro da política brasileira e antecipava os eventos. Profeta no sentido de mensageiro: é quem desnuda os fatos antes que aconteçam, por conhecer os mecanismos destinados a produzi-los. Há leis inelutáveis a reger a relação entre causa e efeito, poucos, porém, sabem delas. Pouquíssimos.
Por exemplo. Raymundo não seria colhido de surpresa pela votação do STF que na semana passada rejeitou o pedido de revisão da Lei da Anistia apresentado pela OAB. Riria soturnamente, creio eu, ao assistir à demonstração de um teo-rema. Quem sabe o surpreendesse, isto sim, ter sido citado por alguns ministros, a começar pelo relator Eros Grau.
A 29 de abril de 2010, data a ser sempre lembrada com pesar, o Supremo sufragou a validade de uma lei que pretende nascida do acordo entre a ditadura e os legítimos representantes da Nação. Ou seja, a oposição dizimada, uma sociedade civil de existência duvidosa e, de todo modo, amedrontada, sem falar de um povo aturdido e resignado. Se alguém houve para contestar a lei imposta leoninamente, e com a devida, veemente pontualidade e clareza de raciocínio, foi o Profeta.
Em entrevista publicada a 21 de fevereiro de 1979 por IstoÉ, que eu então dirigia, Raymundo dizia que a chave do entendimento da anistia prometida teria de ser buscada no discurso pronunciado por Ernesto Geisel, ao anunciar o fim do AI-5, por ser este “um impedimento ao desenvolvimento”. “Pode ser surpreendente – acrescentava –, mas é uma chave dialética, a mesma abertura que seria há tempos empecilho agora é favorecimento (...), mas a dialética de Geisel tem um limite, a nossa não tem. É uma dialética de Estado-Maior (...) a primeira marca deste sistema é que se trata, em primeiro lugar, de um sistema imposto, e comandado sempre do alto, de transformações controladas.”
E logo adiante: “Tentou-se, por intermédio da coerção, fazer-se o consenso (...) é neste contexto que entra o conceito de conciliação, conceito que, na verdade, não envolve qualquer compromisso (...) a abertura não é o processo que desejávamos (...) a anistia não pode ser restrita da maneira que se pretende”.
Em ensaio também publicado por IstoÉ, no final de junho de 79, Raymundo reforçava estes conceitos, para constatar, em abril do ano seguinte, sete meses depois da promulgação da lei, que a anistia era dolorosamente restrita. Quanto ao conceito da conciliação, ele nunca deixou de ser taxativo. Ainda nos começos de 79 ele o definia como “oligárquico e seletivo”.
Explicava: “Não envolve compromisso algum com forças dissidentes porque é um projeto constituído num grupo fechado que se alarga um pouco mais. E se alarga não só, agora, por meio da coerção ideológica, sempre encoberta, mas com outro instrumento (...) chamado cooptação, que é igualmente autoritário”.
Conciliação, coerção, cooptação. Permitem qualquer semelhança, por mais vaga, com negociação equilibrada entre oponentes? Existe algo mais lamentável, e vergonhoso, do que tentar reescrever a história ao evocar o testemunho de quem esteve do lado oposto? Recordo conversas que Mauricio Dias e eu tivemos com Raymundo na sala da casa dele, contida entre o escritório e um corredor, ambos forrados de estantes repletas de livros, alinhados em ordem, aparentemente atrabiliária, em duas fileiras, para aproveitar todo o espaço.
Os papos, contristados, davam-se logo após o parto da Lei da Anistia. À beira de alguma garrafa respeitável, para suscitar o sorriso irônico do anfitrião. Movidos pela referência aos “crimes conexos” diligentemente assinalados pelos legisladores ditatoriais, dados a metáforas hiperbólicas. Ou kafkianas?
A estranha figura dos “conexos” era a prova mais eloquente da imposição do alto, acompanhada, desde então, pela certeza (profética?) de que mais uma prepotência mesmo em tempos dito de redemocratização seria aceita por quem pode decidir, em nome da paz geral de uma Nação ainda incapaz de manifestar com nitidez, e peso determinante, a sua vontade.
É do conhecimento até do mundo mineral a extraordinária e inusitada eficácia da atuação de Raymundo na presidência da OAB. A organização ganhou com ele a importância que jamais tivera. Suas pressões, inclusive pela divulgação que ele ousou de um manifesto de 22 presos políticos do presídio de São Paulo, ou da primeira denúncia de um assassínio cometido pelo terror de Estado, aquele de Stuart Angel, acuaram a ditadura. Recorrer ao Profeta para justificar o voto de 29 de abril é impecável exemplo de como se portam, em determinadas circunstâncias, os donos do poder.
7 DE MAIO NA HISTÓRIA
Prestes no julgamento
1937-Dia do julgamento de 35
Julgamento principal dos rebeldes de 1935. Prestes é condenado a 16 anos de prisão. Em vão o advogado Sobral Pinto invoca até a lei de Proteção dos Animais para protestar contra os maus-tratos dos réus.
Do Portal Vermelho.
1795:
O bandeirante Francisco Pedro de Melo ataca os quilombos do Piolho, Motuca e Pindaituba, MT.
1900:
1ª linha de bonde elétrico de São Paulo (Light), une o centro à Barra Funda.
1947:
O TSE cassa o registro do PCB. Fechada a CGTB. Intervenção em 14 sindicatos
1949:
George Orwell publica o livro 1984, que cria a figura, sinistra, do "Big Brother".
1954:
Diem Bien-Phu: vitória decisiva da guerrilha vietnamita do gen. Nguyen Giap sobre o exército da França colonialista.
Giap (d.)
planeja a
batalha
1978:
O jurista Raymundo Faoro defende no Conselho da OAB a volta do habeas corpus como 1º passo para a democratização.
1985:
Emendão de Sarney (votado em 10/5): diretas para presidente e prefeitos das capitais (em 2 turnos), direito de voto aos analfabetos.
1991:
Preso Jerônimo de Amorim, fazendeiro, mandante da morte do sindicalista rural Expedito da Silva, de Rio Maria, PA.
1995:
A direita volta ao governo na França, após 14 anos, com Jacques Chirac.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
TIME NÃO LÊ A MÍDIA NATIVA
Mino Carta em Editorial da Carta Capital
Incrível: a revista americana escolhe como um dos 100 mais o alvo preferido dos nossos jornalistas
O partido da mídia nativa quer o confronto direto entre Serra e Dilma em lugar do plebiscito entre o passado fernandista e o presente lulista. Não prima porém pela coerência. De fato, volta e meia aí está a alvejar o presidente, monoglota centralizador a beirar o ridículo, autor de memoráveis gols-contra em política exterior, além de padrinho de uma candidata guerrilheira que pretende se fazer passar por Norma Benguel.
Às vezes me pergunto o que levaria boa parte dos nossos jornalistas, alguns deles experientes, a se engajarem na porfia, não como profissionais e sim como participantes. Militantes. Combatentes. Acreditam no que escrevem e falam? Ou se empenham para agradar ao patrão, que eventualmente chamam de colega? Ou tudo resultaria de um aprendizado, longo ou curto a depender do envolvido, que lhes anula o espírito crítico e os escraviza a opiniões e sentimentos alheios?
Parece-me, até, que se forma, no decorrer do processo, uma espiral viciosa, pela qual o jornalista cria sua verdade sem preocupar-se com o factual e convence o leitor da chamada (sublinho, chamada) classe média. O prosélito repete o lido, ou ouvido, à exaustão, até torná-lo frase feita, e a bola volta enfim ao profissional, graniticamente convencido, ele próprio, pelo milagre da transformação da opinião em fato.
Prefiro imaginar a explicação acima do que a má-fé de muitos companheiros de profissão. Não me iludo, está claro, em relação à postura dos barões midiáticos. É da tradição que eles se unam diante do risco comum. Mesmo que risco não seja. Lula cuidou de confirmar a sua Carta aos Brasileiros, e se, no seu governo, a qualidade de vida das classes D e E melhorou, queixas não se justificam por parte das demais. Sobretudo da A.
Quem sabe os nossos capitalistas ainda não tenham entendido o exato sentido do capitalismo. Resta a crítica feroz e incansável à política exterior, a qual carrega um defeito irreparável aos olhos dos senhores: marca sua independência ao se afastar dos ditames de Washington. Mas que fazer? Se dependesse dos editorialistas, e do governo de FHC, a Petrobras já estaria nas mãos da Shell, ou da Esso.
Neste momento a mídia encanta-se com a irritação de Ciro Gomes, frustrado em seus propósitos de candidato. Este capítulo poderia ser chamado “A Floresta dos Enganos”, em homenagem a Gil Vicente. Que Ciro esteja agastado é compreensível, e o enredo começa com a desastrada tentativa de José Dirceu para levá-lo à desistência, nem se sabe a que título e com quais poderes.
Vale lembrar, contudo, uma ou outra passagem de uma entrevista de Ciro Gomes, publicada por CartaCapital na edição de 10 de fevereiro passado. “Lula é um presidente extraordinário.” “Fernando Henrique (...) se avacalhou (...) virou o que houve de pior na vida pública brasileira.” “O atual governador de São Paulo é um elemento central do projeto FHC.” “Essa mídia que nós temos é um problema porque, na verdade, ela é um partido político.” Pois é, agora a mídia-partido esquece o que Ciro já disse.
Não cabe relevar ninguém. Ao perceber o uso que o jornalismo pátrio faria dos seus pronunciamentos atuais, o ex-governador do Ceará melhor agiria se ficasse quieto por ser impensável seu alinhamento com o lado de lá. Nem por isso, é evidente que a presença de Ciro no páreo prejudicaria a candidatura de Dilma Rousseff. Talvez a fortalecesse em um segundo turno.
Resta o registro de uma situação espantosa: na redação da revista Time não há quem leia editoriais, colunas, artigos, reportagens editorializadas da nossa imprensa. Caso contrário, o famoso news-magazine não apontaria o presidente Lula como uma das mais influentes lideranças em 2010. Nemo propheta in patria diziam os romanos antigos, ninguém é profeta na sua terra. Lula não é para os donos da mídia e seus sabujos, é porém para 80% dos brasileiros.
AS DUAS CARAS DA FOLHA
Apertem os cintos, a manchete sumiu!
Vocês viram que, mais cedo, postei um comentário sobre a manchete da Folha de S. Paulo falando do crescimento de 23% dos homicídios na capital paulista e, também, em todo o Estado de São Paulo, não é?
Aí, mais tarde, recebi um telefonema de um amigo:
- Cara, você ficou maluco?
- Eu? Que é isso, fulano?
- Como é que você me bota aquele post sobre a notícia da Folha, dizendo que os assassinatos subiram 23%, e eu estou com o jornal na mão e não tem nada disso?
- Mas, fulano, tá lá, li a Folha cedo, na internet.
- Ah, então isso só saiu na internet.
- Não, tá no jornal impresso, eu peguei o fac-símile da capa e li na edição digital. Tá lá a reprodução no post da capa da Folha
- Ah, não, aquilo é montagem, só pode ser.
- Cara, você acha que eu ia vacilar e forjar uma capa da Folha?
- É, não ia dar um mole destes…
- O que pode ter acontecido é terem trocado a manchete na edição que vem pro Rio e vai para os outros Estados…Vê se não tem a mesma chamada, menorzinha, aí…
- Não, não tem nada…
- Então tiraram a primeira página, deve estar no caderno Cotidiano, olha lá…
- Não está…
- Nada?
- Nadica de nada…
Bom, claro que fui correndo atrás de um exemplar da Folha. E meu amigo estava certo. Na edição que este jornal “a serviço do Brasil” distribuiu para o país inteiro, o crescimento da violência em São Paulo foi, simplesmente, suprimido.
Pode-se admitir que, por critérios editoriais, o jornal preferisse abrir outra manchete nacional, embora, a meu ver, a importância de São Paulo e o mais do que expressivo salto nas mortes violentas continuassem a ser mais interessantes para quelaquer leitor da Folha, em qualquer parte do país do que uma queda de 12% no superávit do Governo no trimestre.
Mas aí é critério do jornal. Estranho, mas não critico.
O pulo nas mortes violentas em São Paulo, porém, merecia pelo menos um cantinho, uma chamadinha, não é?
Não, não é.
Não mereceu sequer uma linha nas 84 páginas da edição nacional da Folha.
Ela foi arrancada da capa do caderno C2, assim como a rica matéria, com gráficos e fotos, que está na segunda página deste caderno. O caderno encolheu duas páginas na edição nacional e remanejaram os necrológios e os anúncios fúnebres, para a coisa se encaixar.
E não digam que violência é um assunto exclusivamente local, pois o espaço mais nobre do jornal, sua coluna editorial é dedicado a este problema…no Rio de Janeiro!
Semana passada assumiu a nova “ombudswoman” da Folha, que avisou que ia ignorar os blogueiros e cuidar dos leitores do jornal. Também não foi falta de espaço, porque a outra nota trocada na primeira página foi a da nomeação de Andrea Matarazzo para a Secretaria de Cultura paulista, mas a matéria está lá, bem grande, na página C6, para todo o país.
A dona Suzana Singer me perdoe, mas eu e meu amigo somos leitores do jornal e ele me chamou de maluco e mentiroso por causa do que fez o seu jornal.
O que é manchete do jornal em São Paulo não merece uma linha sequer para o resto do país?
Ou isso é o resultado de uma esquizofrenia editorial entre vender jornal em São Paulo e “vender” José Serra no resto do país?
Ainda bem que não sou jornalista, para não ter motivos profissionais para me enojar do que a Folha fez.
Só fico enojado como cidadão brasileiro.
http://www.tijolaco.com/?p=1375910:21 PM
domingo, 2 de maio de 2010
SAMBA DO APPROACH
NÃO TEM TRADUÇAO - SALVE NOEL!
sábado, 1 de maio de 2010
1º DE MAIO - LULA : EU NÃO FALO INGLÊS.
Eu não falo inglês, mas meu coração pensa brasileiro, meu coração pensa o povo brasileiro, a minha consciência pensa o povo brasileiro. (Lula)
Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na comemoração do 1º de Maio promovida pelas centrais sindicais Força Sindical e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
São Paulo-SP, 1º de maio de 2010
Companheiros e companheiras,
Trabalhadores e trabalhadoras de São Paulo e do Brasil,
É uma alegria dupla estar neste 1º de Maio, este 1º de Maio que alguns vão dizer agora, este ano, que ele é político porque eu vim. Mas nos sete que eu não vim e que os outros vieram, não foi considerado político. Não existe problema. Nós, com a mesma tranquilidade que vamos a outros atos, eu venho ao ato do companheiro Paulinho e do companheiro Neto, da Força Sindical e da CGTB, para dizer aos trabalhadores de São Paulo que faltam apenas nove... oito meses para terminar o meu mandato – oito meses –, e eu duvido que em alguma parte do mundo, muitos Presidentes, depois de sete anos, tiveram coragem de vir a um ato de trabalhadores e encarar os trabalhadores cara a cara. Porque normalmente os Presidentes entravam com muita popularidade e saíam pela porta dos fundos porque não tinham cumprido aquilo que prometeram para os trabalhadores.
Para as pessoas mais novas que estão aqui – Paulinho, companheira Dilma, companheiro Aloizio, companheiro Temer, minha querida companheira Marisa, companheiros da Força Sindical e da CGTB –, eu fui um dirigente sindical importante neste país nos anos 70. Participei e organizei as greves mais importantes deste país num tempo em que a inflação era [de] 80% ao ano, no tempo em que a inflação era [de] 40% ao mês, no tempo em que a gente fazia greve e voltava a trabalhar sem receber absolutamente nada, com os trabalhadores sendo mandados embora, e o regime militar obrigando a gente a voltar a trabalhar, numa justiça até então pouco democrática.
E nos meus sete anos de governo, é com muito orgulho que eu posso olhar na cara de cada trabalhador, na cara de cada dirigente sindical, na cara de cada companheiro e dizer: em todos os anos do meu governo, 90% dos reajustes salariais foram aumentos reais, ganho real para a classe trabalhadora brasileira.
É com muito orgulho, Paulinho, e com muito orgulho, companheiro Neto, que eu estou aqui para dizer aos trabalhadores de São Paulo que na crise econômica dos países ricos, em 2008, a crise que mandou 7 milhões de trabalhadores embora nos Estados Unidos, a crise que mandou mais de 7 milhões de trabalhadores embora na Europa, a crise que foi o ato da especulação financeira, de banqueiros que em vez de investirem no trabalho, investiram na especulação, banqueiros que davam palpite sobre o Brasil, banqueiros que davam palpite sobre o México, banqueiros que davam palpite sobre a crise de todos os países pobres. Olharam tanto para o Brasil e para os países pobres que esqueceram de olhar para o que estava acontecendo nos seus próprios bancos. Foi a maior crise dos últimos 80 anos.
E é com muito orgulho, Paulinho, que o Brasil foi o último país a entrar na crise e o primeiro país a sair da crise, e quem sustentou a economia brasileira não foram os banqueiros nem os empresários. Foi o povo pobre deste país que sustentou a economia. Você está lembrado, Paulinho, que eu fui, no dia 23 de dezembro de 2008, para a televisão, em rede nacional, pedir para o povo brasileiro consumir porque se o povo não consumisse, as empresas não iam produzir, o comércio não ia vender e, portanto, ia ter mais desemprego.
Eu fui para a televisão dizer: o povo tem que comprar o mínimo necessário para a roda gigante da economia continuar girando. E, graças a Deus, o Brasil, que só era conhecido no mundo por causa do Carnaval do Rio de Janeiro, que só era conhecido no mundo por causa da morte de meninos e meninas, que só era conhecido no mundo por causa de futebol, hoje o Brasil é um país respeitado porque é o maior exemplo de economia séria, de estabilidade financeira, de controle do sistema financeiro.
Eu lembro – eu era dirigente sindical, Paulinho – quando eu vivia nas ruas gritando: “Queremos um salário mínimo de US$ 100, queremos um salário mínimo de US$ 100”. Hoje o salário mínimo é de US$ 300 e nós vamos continuar a política de aumentar o salário mínimo para que a gente possa fazer as mulheres e os homens deste país, que ainda não têm uma profissão e que ganham salário mínimo, poderem viver com dignidade neste país. Já aumentamos 74% e, certamente, os aumentos vão continuar porque o povo brasileiro quer que continue.
Eu era dirigente sindical, Paulinho, quando você, eu e tantos outros, Neto e tantos outros, andávamos pelas ruas deste país com uma placa ou com uma faixa, dizendo “Fora daqui o FMI”. Eu ganhei as eleições e mandei o FMI embora, e hoje o Brasil empresta dinheiro para o FMI. Não é que o Brasil toma dinheiro emprestado do FMI.
Paulinho, no nosso governo, nesses sete anos, nós desapropriamos 47 milhões de hectares de terra para a reforma agrária. É 60% de tudo o que foi desapropriado na história de 500 anos do Brasil. Nós assentamos mais de 570 mil famílias e sabemos que precisamos assentar mais. Paulinho, quando vocês, do movimento sindical, me apresentaram a proposta do crédito consignado, muita gente dizia: “Não vamos emprestar dinheiro para o trabalhador quando o trabalhador ganha pouco e não vai pagar”.
Criamos o crédito consignado. Hoje a carteira do crédito consignado representa R$ 115 bilhões e a inadimplência é a menor possível porque o trabalhador e a trabalhadora não dão calote, porque o único patrimônio deles é o próprio nome deles e eles pagam porque têm vergonha na cara, que muita gente grande neste país não tem.
É por isso, Paulinho, é por isso que eu estou aqui neste 1º de Maio, com a mesma cabeça erguida que quando fui ao sindicato convidado quando eu era candidato, para dizer para você, companheiro Paulinho: quando deixar a Presidência, Neto, eu vou mandar registrar em cartório tudo o que eu fiz.
Registrar em cartório para entregar para a imprensa, para entregar para os deputados, senadores, para entregar para universidades, para entregar para cada sindicato, porque eu quero que quem vier depois de mim – e vocês sabem quem eu quero – saiba que tem que fazer mais e fazer melhor, e fazer muito mais, porque nós aprendemos, nós preparamos e nós estamos convencidos...
Eu disse ontem, na posse da indústria automobilística – o Aloizio estava comigo –: não pensem que por conta das eleições eu vou deixar o Brasil afundar, não pensem. Eu aprendi a minha seriedade no movimento sindical, eu aprendi a minha seriedade e não vou brincar, porque a inflação neste país não volta mais, a irresponsabilidade fiscal não volta mais. E é com essa responsabilidade que a gente vai fazer o Brasil ser a quinta economia até 2016, ser um país grande.
Foi com muito orgulho, companheiros, que nós ganhamos a Copa do Mundo, lá em Lausanne. Tinha gente que dizia: “O Brasil não pode fazer a Copa do Mundo, o Brasil é um país pobre”. Porque tem gente que é tão azeda, que se levanta de manhã, não acredita nela própria. Tem gente que só aposta na desgraça e eu aposto é na melhoria deste povo.
Quando nós fomos disputar com o companheiro Obama, com o companheiro Zapatero e com o companheiro Hatoyama, as Olimpíadas, eu cheguei em Copenhague e muita gente dizia: “Esse Lula é metido a besta. O cara sai lá de Pernambuco para não morrer de fome, vem para São Paulo, vira Presidente e pensa que vai derrotar o Obama, que vai derrotar a Espanha, que vai derrotar o Japão”. Pois bem, nós derrotamos os três e trouxemos as Olimpíadas para este país. Foi a maior votação, foi a maior votação que um país já teve nas Olimpíadas: 66 votos de diferença.
Pois bem, companheiro Paulinho, olho os trabalhadores e trabalhadoras com a convicção de quem viveu 27 anos dentro de uma fábrica, de quem sabe o que é o desemprego porque fiquei, em [19]75, um ano e meio desempregado, porque já fiquei sentado na porta da minha casa vendo a água bater no teto, porque já fiquei na porta da minha casa sentado sem ter o que comer dentro de casa.
E eu tenho a convicção, e você tem, de que este país mudou. É só ir para o Nordeste brasileiro para ver como o povo está melhorando, é só ir para o interior deste país para ver como o povo está melhorando. O Lupi falou que nós vamos criar 14 milhões e 500 mil empregos.
Ah, eu fico feliz, eu fico feliz, companheira Dilma, quando a revista Time, a revista Time diz que eu sou a pessoa mais influente do mundo, porque a elite brasileira dizia que eu não tinha competência para governar porque eu não sabia falar inglês.
Eu não falo inglês, mas meu coração pensa brasileiro, meu coração pensa o povo brasileiro, a minha consciência pensa o povo brasileiro. Eles ficam ofendidos quando o principal jornal, o Le Monde, me coloca como “Homem do Ano”; eles ficam infelizes da vida quando o El Pais, o principal jornal da Espanha, me escolhe como “Homem do Ano”; eles ficam doidos da vida quando o Brasil se mete a negociar a paz de Israel, quando eu digo que vou ao Irã, quando eu digo que vou à Palestina.
Este país é soberano, este país conquistou a sua independência quase 200 anos atrás, este país tem um povo feito de homens e de mulheres que aprenderam a andar de cabeça erguida, e quem decide o nosso destino somos nós, quem decide aonde vamos e quando vamos somos nós.
Portanto, companheiros e companheiras, eu quero dizer para vocês que espero, que não sendo Presidente da República em maio do ano que vem, que os companheiros se lembrem do Lula ex-presidente, porque ex-presidente sem mandato, nem vento bate nas costas, nem vento. Mas eu espero ser convidado para falar bem do próximo Presidente, que eu tenho certeza, certeza absoluta que o povo quer que continue o mesmo programa de governo para cuidar do povo pobre deste país. Durante cinco séculos os ricos ganharam. Agora chegou a vez do povo trabalhador ganhar a sua fatia na riqueza nacional.
Viva os trabalhadores brasileiros! Viva os trabalhadores de São Paulo! E até o ano que vem, se Deus quiser.
VIETNÃ TEU NOME É VITÓRIA!!!
“Nossa estratégia se baseou em uma ideia simples: a da guerra de todo o povo”, enfatiza o general Công. “Não havia um centímetro de nosso território no qual os norte-americanos podiam ficar tranquilos. Eles perderam para o medo.”
Vietnã: os 35 anos da vitória sobre os norte-americanos em imagens
O dia 30 de abril de 1975 marca o triunfo do Vietnã socialista contra o governo de Saigon (velho nome da cidade). A guerra e a ocupação militar e política dos Estados Unidos terminaram nesse dia, definitivamente.
Na celebração em Ho Chi Minh neste ano, que marca os 35 anos do fim da guerra, aproximadamente 50 mil pessoas desfilaram diante das tribunas, encenando momentos da luta contra os norte-americanos, com muita música e dança.
Colonia francesa desde 1856, o Vietnã foi ocupado pelas tropas nipônicas durante a Segunda Guerra Mundial. Os comunistas assumiram a linha de frente na luta contra os soldados de Hiroito, aproveitando o colapso de Paris às voltas com a ocupação nazista. Lideraram uma frente de várias correntes políticas, denominada Vietminh, e declararam a independência do país depois da capitulação japonesa, em agosto de 1945. No dia 2 de setembro do mesmo ano nascia a República Democrática do Vietnã.
Guerra da Indochina
O general De Gaulle, presidente da França, assim que viu derrotado o nazismo, ordenou que suas tropas sufocassem os rebeldes vietnamitas. Foram oito anos de sangrentos combates. Os homens de Ho Chi Minh e Giáp organizaram uma poderosa resistência guerrilheira, que progressivamente aterrorizou e desgastou os franceses. Mais de 90 mil gauleses perderam a vida nos campos de batalha.
A estocada final contra os colonizadores foi em 1954. Ficou conhecida como a batalha de Điện Biên Phủ, uma região no noroeste do Vietnã, perto da fronteira com o Laos. Os franceses imaginavam-se invulneráveis nessa posição estratégica, da qual planejavam sua contra-ofensiva a partir de uma grande concentração de recursos humanos e materiais. Mas o Vietminh, através de trilhas na selva e túneis, foi cercando o local sem ser percebido.
Depois de oito semanas, entre 13 de março e 7 de maio, as tropas do general Christian De Castries estavam destruídas e desmoralizadas. Foi o derradeiro capítulo da chamada Guerra da Indochina. Os franceses, derrotados, aceitaram as negociações que levariam aos acordos de Genebra, em 1954. Pelos termos desse tratado, o Vietnã ficaria provisoriamente dividido em dois, ao norte e ao sul do paralelo 17. Mas eleições gerais teriam lugar em 1956 para reunificar o país.
Quando se consolidaram as perspectivas de vitória eleitoral comunista, os grupos conservadores chefiados pelo católico Ngô Đình Diệm deram um golpe de Estado no sul e cancelaram as eleições. Os Estados Unidos, que já tinham sido os principais financiadores das operações francesas, assumiram a defesa do regime de Saigon. Forneceram, a princípio, recursos, armas e assessores militares.
Guerra do Vietnã
Os comunistas reagiram e lideraram, a partir de 1960, um levante popular e guerrilheiro contra Diem, articulado pela Frente de Libertação Nacional com o apoio do norte. Os norte-americanos, diante da fragilidade de seus aliados, enviaram tropas para defendê-los. Era o início da Guerra do Vietnã.
A participação direta dos Estados Unidos durou até 1973. Acabaram asfixiados e quebrados como os franceses. “A supremacia deles era tecnológica”, recorda outro veterano, o general Đỗ Xuân Công, 72. “Mas o armamento deles era para guerra à distância, com aviões, foguetes e bombas. Nós reduzimos o espaço, forçamos o combate no quintal de suas tropas. As armas modernas não tiveram serventia nem substituíram sua falta de moral para a luta”.
A casa começou a cair depois da chamada Ofensiva do Tet (o ano novo vietnamita), em 1968, quando as forças guerrilheiras atacaram dezenas de objetivos ao mesmo tempo, incluindo a própria embaixada norte-americana em Saigon. A Casa Branca já tinha mais de 500 mil homens em combate. A sociedade estrilava com as mortes, derrotas e mentiras.
Os EUA, durante os quatro anos seguintes, despejaram uma quantidade de bombas superior a que foi empregada em todas as batalhas da Segunda Guerra Mundial. No final de 1972 submeteram Hanói a 12 dias e noites de terror. Utilizaram armas químicas para destruir a capacidade alimentar dos vietnamitas e anular as forças guerrilheiras. Mas suas tropas estavam cada vez mais tomadas pelo medo e incapazes de defender suas posições territoriais.
Derrota norte-americana
Washington se viu forçado às negociações de Paris, que levariam à retirada de seus soldados em 1973. O regime de Saigon ficou por sua própria conta. Não permaneceu de pé por muito tempo. Em 1975, o Vietnã reconquistava sua unidade nacional e os comunistas venciam a mais duradoura guerra do século 20.
Os mortos vietnamitas, civis e militares, chegaram a três milhões, contra apenas 50 mil “sobrinhos” do tio Sam. Dois milhões de cidadãos, incluindo filhos e netos da geração do conflito, padecem de alguma deformação genética provocada pela dioxina, subproduto cancerígeno presente no agente laranja, fartamente empregado pelos norte-americanos. Além das perdas humanas, a economia do país foi quase levada à idade de pedra, como preconizava o general norte-americano Curtis LeMay.
Mas quem desfila a vitória, ainda assim, é o Vietnã. Os norte-americanos foram ocupar o mesmo lugar na galeria de fotos que japoneses e franceses, para não falar dos chineses: o de agressores colocados para correr. “Nossa estratégia se baseou em uma idéia simples: a da guerra de todo o povo”, enfatiza o general Công. “Não havia um centímetro de nosso território no qual os norte-americanos podiam ficar tranquilos. Eles perderam para o medo.”
Essas são águas passadas, porém. Das quais ficam lições, estímulos e valores, é certo, além de grandes livros, fotos e filmes. Mas não resolvem os desafios da paz. Os vietnamitas, nesses 35 anos, tiveram que cuidar de outro problema, para o qual a guerrilha e seus inventos não eram solução. Como alimentar e desenvolver uma nação tão pobre e destruída? Essa é a outra história do Vietnã indomável.