Brasília - O presidente Lula recebeu hoje, no Palácio do Planalto, a delegação olímpica brasileira que participará dos Jogos de Pequim. O presidente falou de motivação aos atletas e deu conselhos à equipe brasileira.“Na hora de vocês disputarem, pensem, sobretudo, na motivação que fez vocês fazerem o sacrifício para chegar à posição em que vocês chegaram. Concentrem-se, obedeçam as regras estabelecidas pelos orientadores de vocês, que as chances de vocês voltarem vitoriosos é muito maior”, afirmou o petista.“Eu quero que todos vocês ganhem todas as medalhas que forem disputar, mas quero que compreendam que, na minha cabeça, alguém que não ganha medalha não é menos importante do que aquele que ganhou”, complementou.Na ocasião, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, anunciou que o velejador Robert Scheidt levará a bandeira brasileira na cerimônia de abertura dos jogos.Lula também destacou que vai torcer pelos brasileiros e prometeu visitar a delegação em Pequim. “Da minha parte, eu estarei aqui, com os 190 milhões de brasileiros, esperando que aconteça conosco o melhor. Vou lá fazer uma visita na Casa do Brasil. A Casa do Brasil não terá bebida, a comida será toda light, para ninguém comer demais, pato de Pequim, só pato laqueado light. Vamos ficar de olho, se os chineses oferecerem para a gente uma comida muito pesada nós não iremos comer”, brincou.O presidente utilizou sua própria trajetória política e o Fluminense para destacar a importância do equilíbrio psicológico em decisões. O time brasileiro perdeu nos pênaltis o título da Copa Libertadores da América para a equipe equatoriana LDU.“Vocês viram o time do Fluminense, na hora de bater pênalti. O melhor jogador, que marcou três gols, perdeu o gol mais fácil, que era o pênalti. E não perdeu porque não sabia chutar, porque ele é um bom jogador, perdeu porque o estado psicológico devia estar numa pressão muito grande.”“Eu mesmo perdi três eleições antes de ganhar a primeira. Vocês também sabem que hoje, quem não for profissional, não está no jogo”, exemplificou.
Uma heroína olímpica - Aída dos Santos.
Nas Olimpíadas de 1964, no Japão, Aída alcançou o 4º lugar no salto em altura. As mulheres esportistas sofriam, naqueles anos, forte discriminação, principalmente as negras. Só passou pelo Comitê Olímpico brasileiro por ser a única mulher atleta com índice olímpico. Era a única mulher numa delegação de 69 componentes. Aída dos Santos , não tinha técnico, médico, massagista nem roupeiro. Ela nem sequer recebeu o uniforme da delegação, não tinha sapato de prego para saltar, tendo recebido uma sapatilha para corrida de 100 metros. salvou-lhe a solidariedade de atletas estrangeiros, particularmente o peruano Roberto Albugatas, que a ajudava nos treinos, e o cubano Enrique Figueiroa, que providenciou médico e massagista quando ela torceu o pé. Apesar de todas as dificuldades, Aída disputou a final do salto em altura com 11 atletas de várias partes do mundo, todas brancas, bem nutridas e de boa aparência. A 4ª colocação foi a melhor até então conseguida por uma brasileira em Olimpíadas, em qualquer esporte.
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