A revista de Filosofia de Nº 02, traz uma matéria sobre a felicidade, tema por demais ambíguo e subjetivo, que continua a desafiar filósofos e pensadores de todos os tempos. A felicidade existe? Qual a sua relação com a política e o poder? Quais as virtudes que devem ser cultivadas para ser feliz? A felicidade é um fenômeno, estritamente, individual ou também pode ser um fenômeno coletivo? São muitas questões, as subjetividades, as controvérsias sobre o tema e há apenas um ponto comum onde todos os pensadores, filósofos e poetas concordam “a felicidade não é eterna”. Como disse o nosso imortal Tom Jobim, num Clássico da Bossa Nova, “a felicidade é como a gota do orvalho numa pétala de flor/brilha tranqüila, depois de leve oscila/e cai como uma lágrima de amor”.....a felicidade é como a pluma/ que o vento vai soprando pelo ar/voa tão leve mas tem a vida breve/precisa que haja vento sem parar”....São imagens poéticas belíssimas, que retratem a efemeridade desse sentimento. Já Maysa (ex-Matarazzo), cantora e compositora da melhor qualidade, que interpretou como ninguém as desilusões amorosas (Ouça, Meu Mundo Caiu, Amargura, etc...) disse que “felicidade é privilégio de gente burra”. Já um outro anônimo amargurado falou que a receita de felicidade "é nascer burro, crescer ignorante e morrer de repente”. Que tal?? E a relação da felicidade com a política? Como professor e estudioso dessa área considero que o melhor conceito de política foi dado por Aristóteles (384-322 a.C) quando disse que “a política consiste em organizar a cidade feliz”. Fica a pergunta: é possível se aferir a felicidade de uma cidade, de um país? Pois essa revista de Filosofia traz uma matéria sobre um novo indicador criado pela NEW ECONOMCS FOUNDATION (NEF) em parceria com a FRIEND OF THE EARTH para definir o INDICE PLANETA FELIZ (IPF), que é um pouquinho mais sofisticado que o I.D.H (Índice de Desenvolvimento Humano). Entre outras variáveis, o IPF leva em consideração a expectativa e qualidade de vida, o sentimento de alegria na população e a quantidade de recursos naturais consumidos. É interessante registrar que nenhum país do G-8 (as grandes potências capitalistas, mais a Rússia), estão bem no ranking do IPF. Os Estados Unidos, como diria o saudoso carnavalesco João Aguiar está na “rabagésima colocação”, é o 150º colocado. A França é o 129º e o nosso Brasil é o 63º colocado, índice que coincide com o nosso IDH. E qual e o país mais feliz? O primeiro lugar é de VANUATU, um arquipélago com 83 ilhas no oceano pacífico, com 211 mil habitantes que dista 1750 km da costa da Austrália e cuja economia é baseada na pesca, agricultura e turismo. Taí caros amigos o endereço da felicidade! – um arquipélago do pacífico, longe da turbulência das grandes metrópoles, sem a síndrome do terrorismo, sem a ansiedade do consumismo desenfreado, vivendo sem temores e com a moderação, que segundo os Epicuristas, possibilita o “prazer contínuo”. Como mais uma vez nos ensina Aristóteles: “Ser feliz é possível, mas dá trabalho.” É no trabalho político, no exercício virtuoso do poder que reside a promessa de felicidade.
E que nunca na vida me encontrou!" (Florbela Espanca)
"Eu sou assim
Quem quiser gostar de mim
Eu sou assim
Meu mundo é hoje
Não existe amanhã prá mim
Eu sou assim, assim morrerei um dia
Não levarei arrependimento
Nem o peso da hipocrisia..." (Wilson Batista)
"Eu sou eu e minhas circunstâncias."(Ortega y Gasset)
GAVETA DE SAPATEIRO
Esse blog é uma espécie de, gaveta de sapateiro, virtual e midiática. Como se sabe, uma gaveta de sapateiro, cabe tudo e mais alguma coisa. O seu Zé Cavalcanti, escritor e político da Paraíba, autor de um livrinho com o mesmo nome, diz: "uma gaveta de sapateiro é a coisa mais desorganizada do mundo." Pois esse blog vai ser assim. Vou postar as "quinquilharias" que eu gosto, que acho interessantes, que me chamam atenção, que me assustam, mas, principalmente, as coisas que me embevecem e enternecem. Vai ter de tudo um tiquinho: memórias , histórias, "causos", humor, música, política, folclore, filosofia, frases, curiosidades, trivialidades, banalidades, imagens e cultura (útil, fútil e inútil) e mais o que me der na telha, que se enquadre nos valores da dignidade humana.
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