Chega!!
Regis e Marcão na Etapa Estadual do Acre da 1ª Conferência Nacional de ATER
Estou
ficando cansado e muito frustrado de estar, continuamente, perdendo amigos para
o câncer. Esse flagelo que não apenas mata, mas, maltrata. Dos amigos que
partiram, posso contar nos dedos, mas antes não tivesse dedos para contar. São
eles: Cartaxo, Frazão, Tapajós, Salete Maia, Maria Antônia, Pedro Vicente e,
agora, Reginaldo. Com exceção do Regis, vi como todos definharam, em curto
espaço de tempo, e de suas lutas, inglórias, para superar a doença.
Passei no
dia 15 último por Brasília, mas não tive coragem de lhe visitar amigo Regis.
Hur Ben e o Argileu, tinham me dito em Foz do Iguaçu, que seu estado havia se
complicado e você tinha baixado a UTI. Não quis vê-lo depauperado. Prefiro
lembrá-lo cheio de vida, alegre, bem humorado, cordato e prestimoso, sempre
pronto a ajudar um amigo.
Agradeço as hospedagens que você me possibilitou em
Brasília, os translados para o aeroporto, os passeios, os almoços e jantares que
compartilhamos, as viagens que fizemos juntos, como aquela à ilha de Marajó
pela ASBRAER.
São lembranças marcantes do nosso convívio. Agora você é saudade
em nossos corações. Acho que você não sabe, mas a sua partida deu-se no dia de
São Jorge, o Santo Guerreiro. Como disse a nossa amiga comum Júlia Aires,
consultora do MDA, “Acredito que o Régis
subiu às alturas no cavalo branco de São Jorge, de quem vestiu as roupas e as
armas. Nenhum inimigo mais o atingirá. Viverá na lua, onde a visão do mundo é
possível por lentes azuis. E será feliz eternamente.”
Assim seja.
PS – Agora, Reginaldo, vou ter que ir à França ou outro lugar da Europa ou
dos Andes, o mais breve possível, para usar o casacão chic de frio que você me
deu. Se não pintar logo uma viagem para esses lugares, vou esperar uma das
friagens do Acre. Só acho que não realça.